As Crônicas dos Marotos escrita por Leonel Cupertino


Capítulo 2
O Sumiço do Mapa do Maroto


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo da fic. Espero que vocês gostem. Agradeço as visitas e os comentários. Tudo isso serve de impulso para que eu continue a escrever.



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Remus estava decidido a ir buscar o Mapa do Maroto na sessão reservada, mas decidiu deslocar-se até o salão comunal para comunicar James e Peter do que havia acontecido. Ele ainda não podia acreditar no que acabara de ouvir da boca do diretor Dumbledore. Como Sirius foi vítima de uma maldição imperdoável se ele nem saiu de dentro do dormitório àquela manhã? Será que ele havia se levantado e caminhado pelo castelo sem que ele e os outros percebessem? Era inimaginável.

Chegando ao salão comunal, Remus correu para a cama de James, sacudindo-o.

— Acorda! Potter, acorda! Estamos encrencados! — sua voz era baixa, afinal, não queria acordar todo o dormitório masculino da Grifinória.

James acordou aos poucos, confuso e tateando seus óculos.

— O que foi, Lupin? Até parece que alguém foi para a forca... — ele dizia com aquele humor que lhe era sempre peculiar. — Por que está me acordando antes de amanhecer? Teremos um dia difícil hoje... — James o encarava com uma expressão preocupada.

— O Sirius... Ele... — Sua voz foi se tornando cada vez mais inaudível. Talvez não fosse seguro falar sobre isso ali.

— O que é, homem?! Desembucha! — James sempre impaciente.

— Vem comigo. — Ele disse, e saiu puxando o rapaz pelo braço até perceber que ele estava apenas de cueca. Ao contrário do que ele pudesse imaginar, James não se mostrou nem um pouco envergonhado, mas tratou de vestir logo suas calças.

Desceram as escadas do dormitório até pararem no salão comunal. Remus sentou-se numa das poltronas do ambiente e James se pôs ao seu lado.

— O Sirius... Eu... Eu não sei como isso foi acontecer, mas parece que ele foi atingido por um feitiço enquanto dormia. — Sua voz exalava uma preocupação fora do normal.

— O quê?! — James parecia assustado. Mais assustado do que de costume. — Mas, como? Um feitiço enquanto dormia? Mas eu não vi ninguém entrar no nosso quarto nessa madrugada e... Você tem certeza disso, Remus? — ele parecia desconfiado. Lobisomens não eram as criaturas mais confiáveis de Hogwarts.

— Acha que eu mentiria sobre uma situação tão grave? Ainda mais envolvendo o Sirius? Você acha mesmo que eu seria capaz, Potter? — Lupin tinha a habilidade de perfurar corações com as palavras.

— Que feitiço foi esse? — ele resolveu ignorar as ameaças do maroto. — E como isso foi acontecer sem que nem nós nem os professores percebêssemos? Não faz sentido!

— O professor Dumbledore me disse que... — James o interrompera.

— Espera aí! Você esteve com o professor Dumbledore? Quando? O que é que está acontecendo aqui, Remus? — ele estava mais impaciente do que de costume. — Por Merlin, será que você não consegue transmitir uma mensagem direito?

— O Sirius foi vítima de uma maldição imperdoável, caramba Prongs!

Neste momento, os olhos de James estavam completamente arregalados e era impossível descrever o motivo para tal. Ou ele estava muito surpreso com a informação prestada por Lupin, ou ele estava furioso por ter sido chamado do nome proibido no meio do salão comunal. Limitou-se a olhar para ambos os lados da salão para se certificar de que ninguém o estava ouvindo, então colocou as duas mãos na cabeça.

— O Sirius está mor... — Remus tapou o boca do amigo rapidamente.

— Não! O professor Dumbledore disse que não! Mas ele está na enfermaria.

— Então vamos vê-lo imediatamente! - James disse, se levantando.

— Espera! — Lupin tocou o pulso de James com firmeza. — Tem mais uma coisa. — ele fez uma pausa, respirando fundo. — O professor Dumbledore pediu para irmos, os três, até a biblioteca saber o estado... do mapa... — ele não se atrevia a olhar para o amigo. — Ele teme que alguma coisa pode ter acontecido ao pergaminho.

— Seu idiota! — James se desvencilhou do pulso de Lupin e tratou de subir as escadas, rapidamente. — Peter! Peter! — ele dizia em voz alta, até que Remus o interceptou na entrada do dormitório.

— Isso! Fale mais alto! Aproveite e chame todos os alunos da Grifinória para irem conosco atrás do mapa. O que você acha da ideia? Se quiser eu chamo os alunos das outras casas também... Quem sabe o ranhoso? Com toda a certeza eles adorariam saber que existe um pedaço de papel que consegue saber onde todos eles estão a todo momento. O que você me diz, hein Potter? — os olhos de Lupin estavam com uma fúria assustadora, mas a fúria logo se transformou em um olhar do mais puro desprezo. — Por favor, não banque o idiota agora. Me espere lá embaixo. Eu trato de acordar o Peter silenciosamente. Agora vá!

— Pelo menos pegue a minha varinha e as minhas vestes. — James o obedeceu contra a sua vontade, indo sentar-se de volta no salão comunal.

Após poucos minutos James pode avistar um Pettigrew sonolento e cambaleante pelo salão comunal. Remus lançou um olhar severo para o amigo e entregou-lhe sua varinha.

— Ele está bem? — perguntou a Lupin, já no corredor fora do salão comunal da Grifinória.

— Sim, só precisa de um pouco... — esbravejou, puxando o gordo baixinho pela gravata. — ... de pulso.

— Eu poderia estar muito bem dormindo na minha cama quentinha. Não sei porque vocês me trouxeram pra cá. Onde estamos indo? — Peter questionava entre bocejos e sonecas momentâneas.

— Você não contou a ele? — murmurou Potter, ao lado do outro. Estavam bem mais adiantados que o gordo.

— E ia adiantar? No estado em que ele está tenho certeza que não consegue compreender nada. — respirou fundo, seguindo rumo a biblioteca.

— Tem ideia de quem poderia ter feito isso ao Sirius? — a dúvida pairava na mente dele desde que soubera da notícia. Se ele não havia deixado o dormitório, como poderia ter sido vítima de uma maldição imperdoável? E quem ousaria lançá-la dentro das dependências do castelo? Com toda a certeza o professor Dumbledore teria as respostas e ele, secretamente, o procuraria no dia seguinte.

— Não sei, mas o professor Dumbledore parecia bastante adiantado e preocupado. Era como se ele pudesse prever o que ia acontecer, entende? Ele se materializou do nada dentro da sala comunal pra socorrer o Sirius.

— Ele te disse alguma coisa? Fez alguma queixa? Sei lá, qualquer coisa...

— Não, ele não me disse absolutamente nad... Peter! — Remus gritou, vendo o amigo caído no chão do começo do corredor. — Eu não acredito nisso... Peter, você está bem?

Ele e James Potter correram rapidamente até Pettigrew. Quando James segurou-o para levantá-lo, Remus pôde ouvir uma espécie de ronronar.

— Não me diga que ele está... Seu filho da mãe! — Lupin deu-lhe uma bofetada na cara que o fez despertar rapidamente.

— Ai! Doeu, Lupin! — e James deu-lhe outro tapa, fazendo a expressão de Pettigrew parecer incrédula.

— Pare de ser bobo da corte! Nós estamos com um problema sério aqui! Não é hora de sonecas! — disse, apontando a varinha para uma de suas têmporas. — Ou você se comporta a partir de agora ou vai virar penduricalho pra árvore de natal da escola esse ano!

Dito isso, Peter pareceu mais alerta do que nunca, mas não ousou fazer nenhum questionamento inoportuno. Percebendo que chegavam até a biblioteca, arqueou uma das sobrancelhas.

— O que viemos fazer aqui? As provas estão longe ainda... Olha James eu sei que você está indo mal em poções mas isso não significa que temos que estudar de madrugada, entende?

— Dá pra calar a boca? — Lupin o interrompeu, empurrando o corpo gordo de Peter para dentro da biblioteca. — Nós viemos pegar o mapa!

Dito isso, a expressão de Peter foi alterada subitamente.

— Mas por que viemos atrás dele agora? Está na sessão reservada... Não podemos entrar aí. Alguém pode aparecer e nos pegar! Eu já perdi dez pontos para Grifinória na aula de História da Magia e a Lily quis me matar. Imagina se nos pegam? Vamos perder no mínimo cem pontos. Isso se não formos expulsos...

— Detesto admitir isso, mas ele tem razão. — interveio James. Lupin apenas revirou os olhos, continuando a caminhar para a sessão reservada.

— Você esqueceu quem foi que pediu pra eu vir aqui, James? Dumbledore! Ele, assim como nós, sabe os passos de cada um dos alunos nesse castelo. É claro que nem aquele zelador nojento nem a sua gata asquerosa vão aparecer por aqui. Fiquem tranquilos, tá legal?

Logo os três rapazes já estavam dentro do cômodo que continha os mais proibidos e secretos livros de Hogwarts. Pareciam ignorar todas as preciosidades que ali eram contidas para irem direto a sessão de Herbologia.

— Prateleira "M", quarta coluna. — disse James, como se ninguém soubesse onde estava.

Lupin tratou de puxar quatro volumes grossos de "Mandragoras: The Deadly Secrets" e observou a pequena caixa de madeira. Tirou-a da prateleira e colocou-a sobre uma pequena mesinha próxima a estante. Tirou a varinha do bolso e fez um pequeno gesto para que a caixa se abrisse. Uma pequena poeira saiu de dentro dela, mas quando ela foi se dissipando era possível perceber que a caixa estava vazia.

— Não é possível! — James disse, assustado, olhando para os outros.

— O que significa? Por que o mapa não está aí? Sirius o pegou? — indagou Pettigrew que já tinha suas pernas trêmulas.

— Significa que estamos ferrados, isso sim. — finalizou James.


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