As Crônicas dos Marotos escrita por Leonel Cupertino


Capítulo 1
A Maldição Cruciatus


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que podem existir algumas informações desencontradas no decorrer dessa série, mas peço que vocês relevem pelo bem de todos nós. Mesmo com Sirius, James, Remus e Peter anda novos e não estando sob o ataque do Lorde das Trevas, ele pode muito bem dar uma dorzinha de cabeça aos garotos.Usem sua criatividade!



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Sirius Black caminhava afoito pelos corredores escuros da escola. Olhava para trás diversas vezes a procura de seu perseguidor. Maldita hora para os meninos não estarem com ele. Sirius podia muito bem se transformar no cão e até correr mais rápido do que aquilo, mas sabia que poderia encontrar o zelador em qualquer correr e, quando muito, ser expulso da escola.

Ele já não tinha boas relações com os pais e se soubessem que um Black foi expulso de Hogwarts isso seria a ruína para sua mãe. Não que ele se importasse muito com ela, claro, mas o que diriam dele? Ele precisava agir rápido.

Os passos iam ficando mais próximos. O seu perseguidor estava no seu calcanhar, quando finalmente mãos grandes pegaram nas vestes escuras de Hogwarts e o puxaram, tirando-o do chão.

— Tire suas mãos de mim! — Gritou. Não era mais relevante saber quem era. Ele sabia que estava enrascado. Tentou puxar sua varinha mas foi impedido pelo bruxo que o segurava.

— Onde está o mapa? É uma ordem! — A voz era fria como gelo e parecia sair das profundezas da terra. Sirius sentiu todo o seu corpo estremecer.

— Do que você está falando? Eu não estou entendendo... — Sirius se debatia, tentando correr o mais rápido que pudesse daquele monstro.

— O mapa! Me diga onde está o mapa! Vocês são apenas moleques entrometidos que não sabem sequer conjurar um feitiço! — a voz parecia zangada.

— O mapa está na biblioteca. Na biblioteca! — Sirius gritava, até que um lampejo de luz vermelha saía da varinha do homem.

— Você vai sofrer antes de morrer, menino Black! Crucio!

Neste momento, Sirius saltou da sua cama no dormitório masculino da Grifinória. Estava sentado no chão frio de pedras da escola quando viu Remus sair do banho trajando apenas a parte debaixo das vestes da escola.

— Você está se sentindo bem, Sirius? — perguntou enquanto se trocava diante do amigo.

— O mapa... O mapa Remus... Nós temos que dar um fim nele ou Ele vai vir pegá-lo.— a voz de Sirius era distante e amedrontada.

— Ele quem, Sirius? Você viu algo suspeito? Sabe que temos que comunicar ao diretor! — sentou-se na cama, tocou o ombro de Sirius e viu que o seu corpo todo tremia. — Não acha melhor ir para enfermaria? Eu nunca te vi desse jeito...

— Temos... Temos que parar de nos encontrar, Remus. Eu... Desde que começamos eu... Você sabe que não é a minha praia... Eu... Eu nem sei porque eu faço isso. — sua voz era vacilante.

— Sirius... Não vamos falar sobre isso aqui, tá legal? Depois da aula de adivinhação a gente se encontra na casa dos gritos e...

— Não! — Ele interrompeu, bravo. — Não vai mais haver nenhum encontro, você está me entendendo? Eu não sou o que você acha que eu sou... Eu... Eu estive lá apenas para te ajudar nas suas transformações.

— E você me ajudou! — Remus ajoelhou-se no chão, segurando o rosto de Sirius e trazendo para perto do seu. — Ajudou muito! Sabe que eu estaria morto se não fosse por você.

Sirius se afastou, cambaleando ao tentar ficar de pé. Sua testa estava molhada de suor mesmo ele estando em trajes de dormir. Olhou para o céu e viu que ainda era escuro e que os outros dormiam a poucos metros.

— Se quiser podemos falar sobre isso no salão comunal... Existe uma passagem na lareira... Você sabe.

Entregue o mapa, Black! Entregue para mim!

A voz do homem permanecia na sua cabeça. Sirius colocou as duas mãos no rosto e correu até as escadas sendo perseguido por Lupin que, ao chegar, viu o amigo estirado no chão do Salão Comunal com os braços e as pernas abertas e o olhar fixo no teto escuro de pedra do castelo.Sobressaltado, Lupin correu até ele e segurou-o pelos ombros, tentando levantá-lo. Ele estava confuso e assustado.

— Sirius! Fale comigo! O que aconteceu? — ele dizia, tentando tirar o suor gelado do rosto de Sirius até que o amigo começou a tremer em seus braços como se um demônio o tivesse possuído.

Lupin sentia o corpo de Sirius congelar e podia perceber que os músculos se contraíam involuntariamente. Até que ouviu passos vindos em direção ao salão comunal. Olhou para os lados a fim de tentar esconder-se, mas nada pode fazer. Sua varinha estava lá em cima, em sua cama, e ele simplesmente não podia abandonar o amigo dessa maneira.

A porta de entrada do Salão Comunal se abriu e a figura do professor Dumbledore se materializou diante dos seus olhos. Dumbledore caminhou rapidamente e apontou a varinha para a testa de Sirius, de onde saiu um filete prateado que parecia ter entrado dentro do seu corpo. Feito isso, Sirius simplesmente ficou desacordado nos braços de Lupin que olhava para o diretor com um olhar inquisidor.

— Acho melhor levarmos o seu amigo para a enfermaria, Remus. sua voz estava mais calma.

— Mas, professor, eu... Eu não entendo... O que aconteceu? O que houve com ele?

— Vamos! Não há tempo a perder! — Dumbledore ajudava Lupin passando um dos braços de Sirius pelo seu corpo, caminhando a passos rápidos até a enfermaria onde foram recepcionados por Madame Ponfrey.

— Diretor Alvo! O que aconteceu? — a voz dela era esganiçada e desesperada, como sempre.

— Madame Ponfrey tenho certeza de que Sirius Black foi vítima de uma maldição imperdoável. Peço que a senhora use todo o aparato que temos para tentar curar suas feridas internas. — a voz do diretor era calma, mas ainda sim preocupada.

Remus arregalou os olhos com a revelação do professor. Maldição imperdoável? Então Sirius poderia muito bem estar morto! Ele não conhecia ninguém que pudesse ter sobrevivido a alguma maldição imperdoável.

— E quanto a você, Lupin, vá até a biblioteca e certifique-se de que há na Sessão Reservada um pergaminho de herbologia. Sei que você entende o que eu quero dizer.

Sim, ele entendia. O diretor falava sobre o Mapa do Maroto. Sirius havia escondido ele na sessão reservada de herbologia porque, afinal, ninguém lia.

— Professor Dumbledore ele vai... — não ousou continuar a pergunta.

— Fiz o que a magia era capaz de fazer nesse caso, meu jovem. E garanto que Madame Ponfrey fará tudo que estiver ao seu alcance.— ele olhou para ela que, rapidamente, tratou de balançar a cabeça afirmativamente uma centena de vezes. — Resta-nos apenas esperar.

Remus engoliu em seco, visivelmente preocupado.


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