Gota D'Água escrita por KuroroLucifer


Capítulo 3
Café?




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Era uma manhã radiante. Linda, com uma temperatura perfeita para qualquer atividade. Pena que eu estava tão triste, tão só, tão mal. Por mais que eu soubesse que as coisas seriam melhores com o fim do namoro, eu ainda era intimamente ligado com Paulo — eu ainda o amava. Adorava aquele corpo bem definido, daquele jeito ligeiramente sensível dele, das roupas sempre despojadas que ele usava; adorava me sentir preso em seus braços quando ele me abraçava — ele, um monstro de alto e forte — e adorava o arrepio de leve que ele me causava com o beijo quente que gostava de me dar.

Mas agora tudo isso acabara. As coisas já vinham ficando de mal a pior ultimamente e ficaram muito piores quando ele me traiu numa balada com os amigos dele. A desconfiança entre nós só aumentava e tudo ficou pior ainda quando ele começou a esquecer de compromissos que eram nossos — nossos momentos; raros momentos, inclusive.

Era nisso que eu me apegava: nessa raiva que eu sentia todas as vezes que ele me esquecia. Doía em mim cada vez que isso acontecia; e, na quarta e última vez que isso aconteceu, eu perdi completamente as estribeiras. Falei o que devia, o que não devia, mas, novamente ele conseguiu me acalmar, conseguiu me fazer desistir de desistir dele. Ele pediu perdão e marcamos de nos encontrar na minha casa. Eu cedi. Eu sempre cedia.

Tivemos uma noite ardente, deliciosa. Ele me beijou do jeito de sempre, com um quê de brutalidade e tão logo me agarrou, me colocou contra a parede. Foi me apertando as nádegas enquanto eu lhe apertava as costas, me abriu a camisa, tirou minha bermuda e cueca de uma vez só e me virou. Abaixou de joelhos e começou a me beijar, me cutucar, me dedar e eu não pude resistir.

Fomos nos beijando até o quarto. Ele arrancou sua roupa fora, me pegou pelos cabelos e colocou para chupá-lo. E fiquei ali chupando, com ele pressionando minha cabeça contra seu corpo e balançando-se, me fazendo engasgar diversas vezes. Quando ele cansou, pediu para eu parar e me deitei na cama, de bruços esperando que ele entrasse em mim da forma bruta e ardente de sempre.

***

Estar imerso nessas lembranças, claro, não ajudou em nada na leve tristeza que estava se instalando em mim. Na verdade, só piorou. Mas quando eu me peguei chorando, eu levantei da cama e decidi que não iria ficar daquela forma. Saí do quarto e mal eu atravessei o umbral que dava para a cozinha, meu celular vibrou na mesa de jantar. Olhei para o visor e não havia o número na minha agenda ou sequer reconheci o número.

Atendi a chamada.

— Alô, advogado? Tá afim de um café?

Era o garoto do restaurante.


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