Rachel governa o lado obscuro escrita por Rafa


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.



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— Estou surpresa de ver você aqui, Dorin, — Quinn observou, em seguida, olhou por cima do ombro para enfrentar Emilian. — Esti Demis. — Meu romeno parecia estar piorando, mas eu sabia que era um comando. "Você está dispensada." Não que eu já tenha usado.

Ela empurrou-se para fora da moldura da porta e entrou na sala, andando para a direita até o meu tio sem realmente cumprimenta-lo ou a mim.

— Sua presença era necessária em um julgamento, Dorin, — ela disse, pairando sobre o vampiro mais baixo. — Você se esqueceu da data?

Quinn não estava sendo rude, ela nunca foi rude, mesmo com os funcionários, mas era óbvio que ela estava muito descontente com meu tio, que lambeu os lábios e balbuciou:

— Sim, bem... Eu... Eu estava atrasado, e então eu ouvi que Anastácia não estava bem...

Quinn não disse qualquer coisa quando Dorin andou. Ela não precisava. Era óbvio que a próxima vez que um vampiro estivesse em julgamento, era melhor a bunda de Dorin estar em seu assento.

Eu joguei meu olhar para meu tio pedindo desculpas enquanto ele se movia em direção à porta, curvando-se ligeiramente e dizendo para nós duas:

— Estou indo agora. — Ele olhou para Quinn por permissão. — Se estiver tudo bem.

Quinn não tentou impedi-lo, e me perguntei de novo, por que os meus dois melhores aliados não se tornam amigos? Por que Quinn não podia perdoar Dorin por sua fraqueza, que aos olhos de Quinn é pior do que a insubordinação? "Perigoso," era assim que ela chamava o instinto de Dorin para a autopreservação. "Perigoso para todos, acima de tudo para Dorin!"

Eu queria entender isso, mas eu não entendi. Tentar sobreviver parecia bastante razoável para mim.

— Eu vou falar com você mais tarde, — eu disse a Dorin quando ele nos deixou sem sequer um adeus.

Então, quando a porta se fechou atrás de meu tio, Quinn moveu-se para mim, ainda sem uma palavra, eu me preparei para o nosso confronto. Ela tinha que saber que eu estava fingindo.

Mas ela não mencionou o pijama, ou o julgamento. Ela apenas me tomou em seus braços e me cumprimentou como sempre fazia quando estávamos sozinhas: com um beijo.

Aliviada, mas de alguma forma nervosa, eu passei meus braços em volta do seu pescoço, e o beijo se tornou mais intenso.

Eu queria aproveitar esse momento raro e privado, mas mesmo enquanto eu sentia a pressão de seus dentes contra a minha garganta, eu encontrei-me alcançando as suas mãos, procurando por algum pequeno traço pegajoso de sangue — eu tinha medo que minha mulher, que estava murmurando "Eu te amo" em meu ouvido de novo e de novo, tivesse acabado de verter sangue, porque eu sabia que havia uma chance de que ela não tivesse sido apenas júri e juiz, mas carrasca, também.

— Quinn, o que aconteceu esta manhã? — Eu perguntei em voz baixa.

Ela não respondeu. Ela tinha ficado muito calma novamente, já que bebeu de mim, e brincava distraidamente com o meu anel de noivado, girando em torno de meu dedo enquanto me segurou no sofá no meu escritório.

— Quinn? — Ergui a cabeça fora de seu ombro para ver o seu rosto: suas maçãs do rosto salientes e nariz, reto e aristocrático, a mandíbula forte que faz lhe parecer mais velho do que é. Como a maioria das meninas da Escola Woodrow Wilson, incluindo a minha melhor amiga, Mindy Stankowicz, eu tinha estado atraída por ela e intimidada por sua muito madura boa aparência. E ela parecia ainda mais como uma princesa e guerreira desde que voltou para a Romênia. — Quinn?

— Sim? — Ela finalmente se virou para me olhar. — Eu sinto muito... Eu estava perdida em pensamentos.

— O que aconteceu hoje? — Repeti, embora eu tivesse certeza que eu sabia, apenas a partir do olhar em seus olhos. A infelicidade que ela finalmente revelou totalmente.

— O veredito foi culpado, — ela disse. — Não havia dúvida. Nenhuma dúvida na mente dos Anciões.

Meu coração se afundou.

— E você? Você tem alguma dúvida?

— Eu não posso permitir dúvida, — ela disse. — Se eu tivesse mesmo uma pequena parte, eu não poderia ter realizado a sentença. Minha mão poderia ter hesitado, e eu teria causado a agonia do prisioneiro ainda mais. Eu apenas nunca quero ser cruel. — Sua carranca aprofundou. — E se os Anciões tivessem percebido a hesitação da minha parte, eu teria me machucado — nos machucado — por parecer fraca.

— Então, você realmente fez...? — Eu não poderia nem mesmo dizer isso.

Mas Quinn podia. — Sim, Anastácia. Eu o destruí. A lei é clara. Destruição é punível com a destruição. E destruição de um Ancião deve ser respondida por ninguém menos que o membro do clã com mais alto escalão. — Seus olhos endureceram um pouco. — Além disso, nós duas sabemos que eu sou mais adequada para destruir com tão pouca dor possível. Tenho treinado desde a infância para usar uma estaca de forma eficiente. Execução não é uma tarefa para ser passada para um servo, como lavanderia.

— Eu sinto muito... — Para o pobre assassinado Constantin Dragomir, e minha órfã prima Sugar, e o preso também. E, para Quinn, que eu não deveria ter deixado...

— Lamento, também, Rachel. — O uso do meu antigo nome me disse que Quinn também estava lutando por dentro. Ela lutou contra o uso de "Rachel" na Pensilvânia, insistindo que eu era "Anastácia." Mas ultimamente ela tinha passado a me chamar de Rach em privado. Eu pensei que ela especialmente utilizava o apelido quando ela sentia falta de apenas ser uma adolescente americana, como eu fiz várias vezes. A maioria dos dias, eu só queria poder viver no apartamento acima da garagem dos meus pais adotivos, casada, mas ainda um tipo de criança. Mas eu não podia sequer ligar para mamãe e papai, que estavam em uma viagem de pesquisa em uma parte remota da América do Sul.

Eu sabia que eles estavam viajando para evitar o seu novo "ninho vazio", e eu entendi isso, mas eu gostaria de falar com eles, embora eu soubesse o que minha mãe antropóloga cultural diria sobre o julgamento.

—Você tem que aprender a viver de acordo com as normas duras da sua nova cultura. Quinn advertiu você...

Lembrei-me algo do diário da minha mãe biológica, também:

— Como uma princesa você vai ser chamada para testemunhar a destruição.

— Eu odeio Estado de Direito — eu murmurei.

Pela primeira vez naquele dia, Quinn sorriu.

— Princesa! Nós concordamos que o estado de direito é o que é mais necessário neste reino, não?

— Sim, mas...

— Não há, mas! — Ela ficou séria novamente. — Nossos clãs têm ignorado as nossas próprias leis por muito tempo. Mesmo nos últimos dez anos, o que você chamaria de linchamentos tem sido mais comum do que os julgamentos, entre os vampiros. E as leis protegem os governantes também. — Seu sorriso voltou. — Veja o quanto eu aprendi na América, com a sua Constituição e sucessão ordenada de líderes e de licenciamento interminável e regras?

— Eu sei, — eu concordei. — As leis são boas. Mas eu simplesmente não poderia estar lá para aplica-las hoje.

— Por favor, não seja tão dura consigo mesma, — ela disse. — Você foi criada entre os gatinhos por vegans. — Então ela fez uma rara admissão: — Foi difícil, mesmo para mim, levantado por assassinos em uma dieta de violência.

— Mas você fez isso.

— Sim, e vou fazê-lo novamente. E você vai aprender a ficar ao meu lado quando você se acostumar com esta cultura, da mesma maneira como me acostumei com a sua.

Minha voz caiu para um sussurro.

— E se eu não puder?

Quinn sorriu.

— Eu costumava me fazer essa mesma pergunta, quando encarava as lentilhas cozidas de sua mãe. “E se eu literalmente não puder levantar o garfo hoje?” E ainda assim eu fiz isso, Rachel.

Meus olhos se arregalaram.

— Você não pode comparar o julgamento de hoje e a caçarola de lentilhas.

Mas Quinn arqueou uma sobrancelha e riu.

— Você não a provou?

Então ela se levantou e eu a vi transformar, como sempre fazia de cônjuge a governante. Por que eu não poderia fazer esse truque?

— Lamento, mas eu preciso ir agora, — ela disse, inclinando-se para me dar um beijo rápido. — Eu preciso me preparar para a reunião com os Anciões de amanhã.

Meu coração se afundou novamente.

— Onde Claudiu irá mencionar meu surto...

— Não se preocupe Rachel, — Quinn pediu. — Você está crescendo tão linda para se preocupar tanto. Eu prometo a você, eu vou lidar com Claudiu.

— Quinn... — Eu sabia qual seria a resposta, mas eu não poderia deixar de perguntar, pela centésima vez. — Tem certeza de que não devemos adiar a votação de confiança? Talvez esperar um ano, então eu tenho algum tempo para impressionar os Anciães?

Mas ela já estava balançando a cabeça.

— Os títulos de rainhas são protetores, como a lei, — ela me lembrou. — Elas têm infinitamente mais força do que o príncipe e a princesa e quando você é tão jovem quanto nós somos, tentando dominar duas nações de vampiros cruéis, você precisa de qualquer vantagem para se proteger. O maior risco especialmente para você seria adiar a votação. Eu não posso deixa-la vulnerável quando eu sei uma forma de proteger você.

Eu tive que admitir que eu não queira ser vulnerável.

— Ok.

Ela me beijou de novo, então foi até a porta e, convocou Emilian para voltar ao seu lugar, deixou-me sozinha com um monte de livros romenos empoeirados que eu não sabia ler, papéis que eu não tinha certeza se deveria assinar, e preocupações que eu não sabia como lidar. Então eu fiz a última coisa que eu provavelmente deveria ter feito, como uma princesa.

Peguei meu celular, fui me esconder no banheiro mais próximo e disquei um familiar número internacional, desesperada para ouvir uma voz ainda mais familiar.


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Notas finais do capítulo

Então...?



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