As relíquias dos Imortais-Reino dos Elementais escrita por Kai


Capítulo 11
Fogo x Água


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Os novatos não faziam ideia de quão comum eram as brigas entre os elementais. A maioria nem notava mas eles brigavam quase o tempo todo, desde os 10.000 anos de existência deles existia uma enorme rivalidade entre duas principais potências elementais que se chocam até os dias atuais: Ondins (água) e Salamandras (fogo), fogo e água brigavam e se confrontavam insistentemente desde o começo da civilização humana eles não se davam bem. No entanto a vida tanto sem o fogo como se a água eram indispensáveis tanto para elementais como para as pessoas (humanos) comuns. Essa rivalidade não só era no mundo real como também ali na ilha Tartária, os elementais da água eram astutos, convictos, ágeis e perspicazes. Os elementais do fogo eram corajosos, estratégicos, fortes e velozes, não era tão diferente entre os espíritos ancestrais: Leviatã e Dragão.

Muitos dos outros chalés se amontoaram para observar a briga entre Andrew e Markus. Andrew era alto, musculoso e provavelmente do 3º, ele tinha reverenciado Jack na entrada ao chalé mas tinha um aspecto rude e teimoso, segundo Dante ele era inglês e conhecido por ter causado muitos problemas a polícia londrina. Andrew também era moreno, com cabelos crespos. Markus por outro lado era finlandês, branco, da mesma altura, cabelo loiro platinado, pele muito branca e parecia ter certos espasmos. Seus olhos mostravam vontade imensa de arrancar a cara de Andrew. Markus usava calças jeans e camiseta polo arranhada e um pouco rasgada, já Andrew tinha sangue caindo do nariz e o queixo manchado com sangue além das calças jeans desgastados e a camiseta regata folgada. Jack e os novatos estavam vendo junto com Dante que disse que seria prudente observar um combate, mas Jack tinha percebido que o que ele queria mesmo era ver derramamento de sangue;

–O que está esperando Markito?– falava Andrew com sarcasmo -Você está mais para Marikita- Com raiva Markus o atacou com socos e pontapés. Segundo Jean, ele era um ondim portanto um elemental da água. Mas como Jack não via nada achava impossível ele lutar, mas ficou impressionado com a esperteza dele. O garoto colocou os braços para trás e começou a fazer movimentos com a mão, em câmera lenta percebeu que gotas de água passaram a flutuar, saindo do gramado e então iniciou a dar socos no ar. Do nada rajadas de água foram surgindo a partir do chão, mas quando iam atingi-lo elas rapidamente congelavam e se transformavam em gelo. Markus tinha dado dois socos e dua rajadas de água vieram na direção de Andrew na forma de estacas de gelo.

A maioria dos alunos que observavam tinham saído de seus respectivos chalés ou casebres e agora estavam um pouco mais ao sul do templo Yomi. O espaço era bastante amplo e perto de um riacho que vinha do norte. As árvores ficavam perto da beira portanto eles tinham espaço suficiente para lutarem. Jack sentiu receio e tensão no combate quando viu que Andrew tinha desviado como um lutador de boxe de um nocaute. A medida que Markus tirava água do solo no lugar de gramíneas ficavam enormes manchas pretas de plantas rasteiras murchas e sem vida, água era vida, sem ela nada existe. Andrew ergueu a mão direita e ela começou a chamuscar e pegar fogo, depois disso bradou;

–Você vai ver agora seu pedaço de finlandês ambulante-

–Olha seu...-falava Markus, Jack não queria repetir aquelas palavras mas viu que elas não propriamente utilizáveis em seu vocabulário. Andrew acendeu uma chama na mão correu em direção ao ondim como se fosse dar um soco, e ele fez o mesmo. Água e fogo se chocaram gerando uma mini explosão fazendo uma cratera no solo. O lugar estava queimado e uma neblina leve e passageira tinha se formado. Dante assim como outros foram ajudar os rapazes e segurá-los antes que mais conflito fossem realizados;

–Me largue, eu vou matá-lo!- bradava Andrew, da mesma forma Markus. Então sordidamente, Andrew começou a ter o corpo coberto de água que subia do solo e o prendeu até o pescoço e depois se congelou;

–QUEM FOI QUE FEZ ISSO?- perguntou Dante impaciente. Os dois sempre brigavam, por mais que os conselheiros lhes castigassem. Colocassem-os presos na masmorra da Tartária, os rapazes teimavam em brigar algumas vezes sem motivos apenas por serem cabeças duras sem cérebro;

–Eu- falou uma mulher alta, ruiva, com aspecto terrível e sombroso. Ela era alta e Jack já tinha visto-a: Samara, apesar de bonita demonstrava traços de crueldade e capacidade de fazer qualquer coisa para continuar sendo superior;

–O que vocês, indisciplinados e imbecis, acham que estavam fazendo?- perguntou outro com uma voz dura e sábia: era Gaio o conselheiro e professor dos gnomos, que apontou a mão em direção a Markus. E então a terra proveniente do solo subiu-lhe até o pescoço o que fez ele reclamar das formigas e outros rirem;

–Isso não tem graça nenhum, e é melhor que vocês voltem as suas atividades senão terão o mesmo destino que esses dois cabeças ocas!- gritou Samara. Todos se assustaram e aos poucos foram para os seus respectivos chalés, se fosse Dante, Jack diria que o espetáculo tinha acabado. O sol já estava se pondo e o céu cada vez mais escuro ficava, um arrepio surgiu na espinha de Jack e fez ele querer ir diretamente para o chalé das salamandras enquanto o monitor do seu chalé falava com Samara e Gaio.


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Notas finais do capítulo

Obrigado