Jennifer

Nice legs, Daisy dukes, makes a man go (assobio)
Thats the way they all come through like (assobio)
Low-cut, see-through shirts that make you (assobio)
Thats the way she come through like (assobio)
Belas pernas, micro-shorts, faz um homem falar (assobio)
É assim que elas chegam (assobio)
Decotes e blusas transparentes que te fazem (assobio)
É assim que ela chega (assobio)

Piruetas perfeitas, outras muito mal feitas e coreografias sensuais demais eram realizadas na quadra por meninas que queriam muito entrar para o time.
Estavamos eu e Megan sentadas no banco observando, enquanto Ambre dava as cordenadas do teste para as garotas.

Todo ano era feito o teste para líder de torcidas, nós já tinhamos nosso time montado mas sempre tinhamos de realizar o teste para dar as chances de novatas entrarem. Quem o fazia era eu como co-capitã e Ambre como capitã.

Mas sempre acabava comigo sentada conversando com Megan enquanto Ambre fazia tudo sozinha, ela não gostava da ajuda de ninguém. E já que isso estava bom para mim, não seria eu a me intrometer.

Cause I
Just set them up
Just set them up
Just set them up
To knock them down
Porque eu
Simplesmente armei para eles
Simplesmente armei para eles
Simplesmente armei para eles
Armei para derrotá-los

Ambre sempre foi líder de torcida, já eu fui forçada na sétima série por ela, a sua desculpa era ''Se você entrar para o time, iremos ficar mais tempo juntas'' e então eu o fiz, e milagrosamente passei.

Bom, não foi bem um milagre já que desde pequena minha madrasta levava eu e Alexy para gínastica olimpica. Ele só não se tornou um torcedor também por que sua líder seria Ambre, e é bem evidente que eles não se suportam. Ele preferia virar hétero do que ser mandado por ela.

Megan também passou pela mesma coisa que eu ano passado, mas ao contrario de mim, ela não curte muito torcida, mas o faz para ganhar mais pontos para a faculdade.

Megan é muito esforçada nos estudos.

Tight jeans, Double D's makin' me go
All the people on the street know
Iced-out, lit-up make the kids go
All the people on the street know

Calças apertadas, peitos me fazem ir à (assobio)
Todas as pessoas na rua sabem (assobio)
Relaxada, iluminada, fazendo as crianças (assobio)
Todas as pessoas na rua sabem (assobio)

— Não deviam estar mostrando para as novatas como é que se faz? — Nathaniel diz aparecendo do nada.

—Você sabe como é a Ambre... — Megan falou.

Nathaniel concordou e fixou seus olhos em mim, me analisando com uma expressao confusa.

—O que foi? Perdeu algo pelo meu corpo? — Perguntei um pouco insensivel demais.

— Só minha virgindade, Jennifer — Nathaniel ironizou e Megan ficou vermelha e voltou a prestar atenção nas garotas.

Revirei os olhos, Nath babacão.

I think I should know, how, to make love
to something innocent
Without leaving my fingerprints out, now
L-O-V-E's just another word I never learned to
pronounce
How, do I say I'm sorry cause the word is never gonna
come out, now
L-O-V-E's just another word I never learned to
pronounce

Eu acho que eu deveria saber como fazer amor com uma
coisa inocente
Sem deixar minhas digitais lá
Agora, A-M-O-R é só outra palavra que eu nunca aprendi
a pronunciar
Como eu digo 'Sinto muito'? Se a palavra
simplesmente não sai?
Agora, A-M-O-R é só outra palavra que eu nunca aprendi
a pronunciar

—Por que ta me olhando assim? — Voltei ao que eu queria saber.

—Não acha que está faltando um pouco de roupa aí? —Ele disse apontando para o meu corpo.

Nathaniel era muito ciumento e possessivo. Ele percebia até os mais pequenos detalhes.

Eu usava um short preto curto e uma regata azul. O que tinha demais nisso?

—Ah qual é Nath, como se você já não estive acostumado de me ver vestida assim na educação fisíca, nos testes, ensaios e apresentações de líder —digo.

—Geralmente o seu short não é tão curto, você ta praticamente de calcinha.

— Todos dessa escola sabem que eu sou sua namorada, por que se preocupar com isso? — pergunto já de saco cheio.

—Ok então, se você diz. Mas tente tampar mais essas coxas — ele fala enquanto arruma as meias até um pouco antes do joelho.

Mais uma coisa para Nathaniel ser o cara mais popular da escola. Capitão do time de futebol.

You know that type of shit just don`t work on me
Whistling then trying to flirt with me
Don't take it personally
Cause we were never in love

Você sabe que esse tipo de merda não funciona comigo
Assobiando em seguida, tentando flertar comigo
Não leve para o lado pessoal
Porque nunca estivemos apaixonados

Ele usava uma camiseta de manga curta vermelha com o número 10 em branco não muito colada no corpo, uma bermuda branca com listras pretas e vermelhas nas laterias e chuteiras pretas.

Essas eram as cores do time da escola, vermelho, branco e preto.
Nossos uniformes de líderes de torcidas também eram com essas cores.

— Ok ok ciúmento — digo me levantando e puxando o shorts um pouco para baixo, ou pelo menos o possivel sem que apareça o inicio da bunda.

— Não sou ciúmento — Encaro ele — Só cuido do que é meu.

Nath babacão.

Algum tempo depois o professor de Nathaniel o chamou para treinar e ficamos apenas eu e Megan de novo, Ambre ainda gritava com as garotas, em especial com as que estavam acima do peso.

Megan nao largava o celular nem por um segundo, ficava respondendo mensagens, provavelmente de Lysandre.
Eles pareciam ser um casal fofo, não sei por que nenhum dos dois ainda nao tinham ainda dado iniciativa. Conversavam apenas pelo celular, sendo que os dois estudam na mesma escola.

—Vou tomar água e já volto — Digo pra Megan, que na verdade foi como se tivesse dito a uma parede.

Passei pela quadra de futebol até que cheguei ao bebedor. Me inclinei para tomar agua, enquanto isso ouvia garotas alguns metros, não muito, de mim falando:

— Aquela é a Jennifer, namorada do gato do Nathaniel e co-capitã das líderes de torcida — Uma murmurou para a amiga que estava do lado.

— Vadia sortuda — A outra respondeu.

Já estava acostumada com esses comentários ridículos. Era o que ganhava por ser tão popular.

Ao me virar me debati contra alguém que provavelmente vinha caminhando na direção oposta e nem me percebeu.

Bati com o nariz no peito da pessoa, comecei o massagear antes que começasse a doer muito, ou até sangrasse.

— Desculpe, eu me virei muito depressa — Murmurei ainda segurando meu nariz e fitei o rosto de quem estava na minha frente.

Era ele.

— Não, tudo bem. Acho que quem deve pedir desculpas sou eu já que quem saiu machucada foi você — ele disse analisando meu rosto.

Ok, haja normal.

— Eu não me machuquei, é que meu nariz é sensível e...

— Seu nariz é sensível? — Ele perguntou meio debochado.

— Sim, qualquer coisinha ele... Ah qual é, não debocha — digo rindo ainda com uma das mãos no nariz.

— É, parece que você tem razão — Ele disse simplista.

— Viu só? É que... Não, espera, por que eu tenho razão? — pergunto curiosa.

— Seu nariz — ele fala.

— O que tem ele?

— Ta sangrando — Ele diz como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Ah droga — Digo ao olhar minha mão que estava no meu nariz, com sangue.

— Precisa ir a enfermaria? — Ele ainda permanece com uma expressão debochada no rosto.

— Não, isso acontece sempre, logo vai parar eu só tenho que lavar e... Para de debochar de mim! — Bato leve no ombro dele.

— Eu não estou debochando — Ele diz rindo.

— Aé? Sua expressão demonstra o contrário —falo.

E então, lembro que estou com o nariz jorrando sangue na frente de um gato.

— Ok, eu preciso ir ao banheiro — digo enquanto me viro.

Vou andando em direção ao banheiro até que o ouço gritar para mim:

— Cuidado para não esbarrar em ninguém! — Não conseguia ver seu rosto mas sabia que estava com a maior cara de debochado enquanto falava.

Me viro de onde estou e aponto o dedo para ele com um sorriso de canto e sigo o caminho para o banheiro.

Entro dentro do banheiro e vejo Rosalya retocando a maquiagem, passo por ela e me lavo meu nariz duas pias depois da dela.

Até que um milagre acontece.

— O que aconteceu com seu nariz? — ela pergunta como alguem que não quer nada com nada.

— Hã... Eu.. Hum, bati com ele sem querer e agora ta jorrando sangue sem parar — Respondo meio estranha.

Rosalya me odeia. Por que ela faria uma pergunta dessas?

— Aqui — Ela me entrega um lencinho — Só água não vai adiantar pra retirar o sangue já seco.

— Ah, obrigada — Sorrio mas ela nao corresponde, apenas termina de passar o batom e sai do banheiro.

O que acabou de acontecer?
E estou me referindo tanto ao acontecimento de antes quanto o de agora.

Aquele cara é tão gato que só de olhar para ele me sinto como se tivesse realizando os 7 pecados capitais. Meu Deus do céu.
''Nathaniel também é gato'', Megan diria.

Qual é, apenas olhar não é crime.

Castiel

— Qual é, vamos lá! — Imploro para Lysandre que estava sentado em baixo da árvore mandando mensagens pelo celular. Deve ser para aquela tal de Morgan, Mirian, Melissa, sei lá.

— Não estou afim — ele responde.

— Cara, você é gay?

— Não — Ele responde confuso.

— Você ta preferindo ficar aqui sentado do que ir ver gostosas lideres de torcida rebolarem. Você é gay — confirmo.

— Talvez eu só não seja um pervertido como você.

— Gay. Gay. Gay e gay — digo — Vou eu mesmo sozinho então.

* * *

Era disso que eu tava falando.

Mais de trinta garotas de mini saias dançando, rebolando e fazendo abertura no meio da quadra. Que escola maravilhosa.

Tinha uma mostrando os passos que elas deviam fazer, provavelmente deveria ser a abelha rainha.

Loira de tracinhas e saia rosa. É, é a popular mimada dos filmes colegiais.
Tinha mais duas sentadas, que... Espera, eu conheço uma delas.

É a gata da aula de matemática. Não me surpreende ela ser líder de torcida com aquele corpo. Ela usava um shorts beeem curto e apertado preto, e uma blusa azul colada no corpo.

Isso é provocação.

Sério, eu não sei o que vi nessa garota, além do corpo sexy dela. Eu nunca me vi tão atraído por alguém assim. Não que eu esteja apaixonado por ela, só to falando que ela me provoca coisas nada puras.

A amiga sentada ao lado dela também não era nada mal, só que ela era tão magra e pequena que parecia que iria quebrar a qualquer momento. O rosto dela era angelical. Se ela gostar de poemas melodramáticos e época vitoriana, dará um ótimo casal com Lysandre.

Tenho que me lembrar de mostrar ela para o meu amigo gay. Se bem que ele anda bem apaixonado por essa tal de Morgan.

A garota da aula de matemática se levanta e vai em direção ao bebedor.

Hora de atacar

Ela ficou um bom tempo bebendo água, parecia estar com muita sede. Estava esperando ela se virar para voltar para quadra para mim ir na direção oposta e puft!
Me debater com ela ''sem querer''.

Não é a melhor da ideias, mas é a que eu tenho em mente agora.

E então eu o faço. Ela se vira e nos trombamos. Ela até pede desculpa. Mas fica todo tempo com a mão no nariz. Parece ter se machucado.

— Não, tudo bem. Acho que quem deve pedir desculpas sou eu já que quem saiu machucada foi você — Digo, aproveitando a oportunidade.

Ela diz que seu nariz é sensível, e não consigo não achar graça nisso.

Ela percebe minha cara de deboche e reclama, e até ri. Consigo ver até um biquinho de ''sinta pena de mim'' no rosto dela.

O nariz dela começa a sangrar. Não demonstro preocupação, apenas simplesmente a alerto.

Ela vê sua mão com sangue e resmunga um ''Ah, droga''. Pergunto, novamente com cara de debochado se ela precisa ir a enfermaria.

Ela demora, mas percebe. Eu acabo até levando um tapinha no ombro.

Ela é gata demais. Até com o nariz jorrando sangue.

Ela vai para o banheiro, e não perco a oportunidade de gritar algo:

— Cuidado para não esbarrar em ninguém!

Ela para e se vira da onde estava e aponta o dedo do meio para mim, com uma expressão super sexy (tudo nessa garota é sexy), e segue seu rumo.

Merda, esqueci de perguntar o nome dela. Vou deixar essa para uma próxima oportunidade.

Eu geralmente não me foco em apenas uma garota, mas essa é diferente. O sorriso dela é tão perfeito e a risada tão gostosa que te da vontade de rir junto. Os olhos tão azuis parecem duas piscinas de águas cristalinas.

Merda, estou agindo feito o Lysandre.

Essa garota me provoca demais.