Segurei a mão de Clarissa que estremeceu ao sentir segurar sua mão, entrando no corredor da pediatria e falei com uma amiga de minha mãe que tomava conta do andar quando a minha mãe não estava, ela nós levou até ao setor de oncologia pediatra Clary em nem um momento falou algo desde que ela percebeu a onde estava levanto ela. Ao entrar em uma sala enorme aonde tinha crianças doentes aquilo me deu um aperto no peito, mas ao olhar para aqueles olhos curiosos que estavam encima de mim e de Clary, pude ver curiosidade, medo, esperança, felicidade, talvez seja exagero, mas minha mãe sempre dizia a mim que essas crianças as meses só tinham a companhia das enfermeiras pois os pais tinham que trabalhar para pagar o gosto do tratamento ou a “diária do hospital”. Olhei então para Clary e pude ver os olhos dela encherem de lagrimas.

–Essas crianças mesmo com a mesma doença que você tem, estão aqui lutando para sobreviver e com um sorriso no rosto, elas não desistiram Clary por que você vai desistir. –sussurrei em eu ouvido. Então uma criança apareceu em nossa frente era uma menina linda de cabelos cumpridos da cor chocolate e com os olhos verdes.

–Moço você é medico? –me perguntou curiosa.

–Não, –respondi, –eu sou o filho de uma medica que trabalha aqui, mas vejo que vocês já estão em ótima companhia. –digo olhando para alguns palhaços que tinha no grande quarto que se parecia mais um corredor enorme.

–Visita sempre são bem vindas não é mesmo crianças. –diz um palhaço e nisso as crianças gritam cada uma dizendo algumas coisas como, sempre é bom ter gente nova, adoro quando vem visita...

–Moça por que esta chorando. –perguntou a mesma menininha que estava em nossa frente.

–Você é muito linda, –diz Clary olhando para a menina, que abriu um sorriso lindo em seu rosto angelical.

–Obrigada, eu me chamo Clara como vocês se chamam? –perguntou.

–Eu me chamo Clarissa mas pode me chamar de Clary. –diz Clary limpando as lagrimas e respondendo com um sorriso lindo que sentia falta de ver.

–Eu me chamo Jace. –digo sorrindo, e olhando para a Clara.

–Clary gostei do nome posso dar esse nome para a minha boneca? –perguntou para Clary, então Clara pegou na mão de Clary a puxando até a sua cama, e eu indo a trás das duas. Chegando até a sua cama ela pegou sua boneca e mostrou para Clary.

–Linda essa boneca. –diz ela sorrindo. – e sim pode colocar o meu nome nela, será uma honra. –disse dando um beijo no rosto de Claro que fez com que seus olhos brilhassem.

–Clara você tem o que para estar aqui? –perguntei. –desculpa a pergunta.

–Há tudo bem...Não é o primeiro a me perguntar. –olhei para a menina que era tão esperta para o seu tamanho. –Eu tenho leucemia linfocítica aguda e sabe o que é mas interessante é que ela é meio que rara em dar em crianças mais fui uma escolhida que ironia do destino, –diz ela indignada , com os seus braços cruzados, logo ela abre um sorriso.

–Há mesma que eu, –diz Clary em um sussurro. – Quantos anos você tem Clara? –pergunta Clary.

–Tenho 9 anos daqui dois dias faço 10 anos. –diz ela animada. – uma tia e um tio falaram que posso fazer uma festinha aqui no hospital mesmo. – diz toda animada. –Tia você falou que tem a mesma que eu? A mesma a que? Você tem câncer também? –tantas perguntas ao mesmo temem e isso me fez rir da curiosidade dela encima de Clary.

–O mesmo câncer. –diz Clary tirando o sorriso do rosto e desviando o olhar, nisso Clara coloca as suas mãos pequenas no rosto de Clary e olha para ela.

–Você vai conseguir vencer como eu também, e ainda seremos amigas. –diz ela sorrindo e abraçando Clary, aqui me fez sentindo algumas lagrimas descer de meu rosto.

–Pensei que já éramos amigas, –diz Clary abrindo novamente um sorriso, nisso Clara abriu um sorriso de orelha a orelha.

–Tio vocês são namorados? –perguntou Clara me olhando, então vi Clary ia respondi mas fui mais rápido que ela.

–Sim somos, só que ela quer terminar comigo porque acha que vai morrer, vê se pode Clara. –olho para ela com carinha triste que a fez me abraçar, mas logo solta e volta a olhar para Clary, que me fitava irritada, então mostrei a língua a ela.

POR Clary.

Surpreendi-me ao saber que era para o hospital que eu iria com Jace ao chegar ela adorei a presença de Clara, ela me fez sorrir e sentia falta disso, então ouvi a sua pergunta e quando eu ia responder que não éramos namorados Jace foi mais rápido e olhei para ele irritada, não éramos mais namorados.

–Na verdade Clara, ela já terminou comigo então não somos mais namorados. –diz Jace me olhando com os olhos tristes.

–Tia Clary posso te falar uma coisa? –Clara perguntou e me olhou, acenei que sim, então ela continuou. –Eu pensei que iria morrer também e talvez eu vou, não sei... Só que eu estou aproveitando que estou viva e fazendo todos fazerem minhas vontades. –diz ela divertidamente me fazendo rir um pouco. – Olha tenho amigos, e não queria que eles me vissem careca e doente só que sem eles eu fiquei pior sabia, e agora que voltar a falar com eles estou bem melhor é o que diz o meu medico, e ele disse que tenho que lutar para poder realizar todos os meus sonhos, acho que você deveria lutar também pois só assim você vai saber se é para você viver ou morrer, –diz ela fazendo uma careta. –e se for para nos morrermos, pelo menos nós duas e as pessoas que amamos vão saber que tentamos e não ficaram decepcionados com nós, você não concorda? –perguntou ela.

Como uma criança de 9 anos poderia ser tão sabia, tão forte e confiante mesmo com uma doença dessa, mas ela estava certa não poderia deixar essa doença ganhar não com tanta facilidade, e se fosse para morrer pelo menos as pessoas em minha volta saberiam que eu tentei que eu lutei fiz tudo que estava ao meu alcance.

–Sim você esta certíssima Clara. –digo abraçando ela e dando um beijo em sua bochecha, e sussurro em seu ouvido. –Obrigada. –olho para Jace que pisca para mim.

–Então você vai voltar com o tio Jace? –perguntou a mim.

–Não sei se ele me quer ainda. –digo olhando para Jace.

–Sempre vou querer, –diz Jace, se aproximou de mim e me abraçou forte, então ele sela seus lábios aos meus iniciando um beijo calmo, mas ao mesmo tempo um beijo cheio de saudade, então escutamos Clara bater palmas e logo depois uma outra voz.

–Posso saber que bagunça é essa mocinha. –nisso eu e Jace nos separamos e olhei para o cara todo de branco, eu sabia muito bem quem era, então ele me olhou.

–Clarissa, –diz Valentim, – como você esta?

–Tio você conhecer a tia Clary. – pergunta a Clara.

–Sim querida, ela é a minha filha, lembra que falei para ti que tinha uma filha mais fazia muito tempo que não a via?

–Sim lembro, então essa é a sua filha.

–Acho melhor irmos Jace, eu estou cansada. –digo forçando agora um sorriso, olhei para Jace que me abraçou pela cintura.

–Clara outro dia voltamos ta bom pequena. –diz Jace agora.

–Há não, ainda esta cedo para vocês irem embora, e outra coisa Clary tem que contar para o pai dela que vocês voltaram. –diz a menina toda alegre.

–Fico feliz que vocês estão juntos novamente. –diz Valentim. –E Clarissa você esta bem?

–Estou bem sim...Vamos Jace por favor, Clara outro dia nós voltamos. – Nisso eu si andando na frente deixando os três para trás.