Desconhecido escrita por Um Alguém
Notas iniciais do capítulo
Desculpem ter demorado tanto, é que eu estou sem computador aí tá meio difícil.
– Você está louca? - perguntei afastando-me dela.
– Não, amor. - disse ela sorridente. - Eu fico louca sem você. - ela me abraçou.
– Jennifer! - segurei-a pelos ombros e a afastei de mim.
– Adoro quando você enfatiza meu nome desse jeito. - disse ela fazendo charme.
Ignorei-a por alguns segundos. Levei as mãos a cabeça e comecei a andar pelo quarto. Em geral meu quarto até que é bem arrumado mas parecia que tinha acabado de passar um tornado. A parede de vidro oposta a porta estava com várias fotos da Jennifer coladas. O armário de mogno na parede direita estava com as portas e a gavetas abertas. Havia roupa minha espalhada por todo lado. A televisão de 43'' na estante, também de mogno, ao lado do armário estava com uma rachadura gigantesca na tela. Meus livros, CDs e DVDs estavam jogados em todas as direções. No lado esquerdo do quarto minha cama King Size estava sem os lençóis e meu violão quebrado, largado sobre ela.
– O que você fez?! - fritei para Jennifer, que continuava parada à porta me olhando. - Meu violão, minha TV, minhas coisa!
– Eu pensei em fazer algumas mudanças. Seu quarto estava muito sem graça. - comentou ela tranquilamente. - Não gostou?
– Não! Claro que não!
Ela parecia não me ouvir ou simplesmente não se importava com a minha histeria. Caminhou lentamente até a estante e aumentou o volume da música que tocava no rádio.
– Vem, lindo, dança comigo. - chamou ela dançando no meio do quarto. - Lembra quando saíamos para dançar? Você era ótimo.
– Jennifer, presta atenção. O que você está fazendo aqui? Como entrou na minha casa? - andei até ela e a segurei pelos ombros de novo.
– Eu fiquei com saudade, amor. - ela continuava dançando mesmo comigo a segurando. - E você esqueceu a porta dos fundos aberta. - Me xinguei mentalmente.
– Por que você está aqui? - perguntei.
– Eu já disse, fiquei com saudade. - ela deu de ombros e se desvencilhou de mim, dançando pelo quarto.
– Ficou com saudade de que, Jennifer?! - perdi a paciência. - De me trair, me magoar, me humilhar ou o quê?! Do que você sentiu saudade?! Porque eu não senti saudade de nada disso e muito menos de você!
Ela enfim parou de dançar. A música animada que vinha do rádio não combinava com a tensão que pairava no quarto.
– Você não pode simplesmente esquecer isso? - ela virou-se para mim. Sua máscara de animação havia caído. - Porque eu esqueci tudo que você fez! Antes e depois!!
– Não, eu não posso esquecer! E você também não esqueceu! Você vive jogando meus erros na minha cara!! - estávamos aos berros. - Você acabou coma minha vida, Jennifer! Então para que voltou? Para terminar de me enlouquecer?!
– Eu não fiz nada! Você já era maluco quando nos conhecemos! - assim que ela disse isso, perdi o controle.
Meu sangue ardia nas minhas veias. Parecia que tinha alguém enfiando uma faca na minha cabeça. Comecei a socar o rádio. Soquei até o rádio estar despedaçado e minhas mãos sangrando. Terminei de quebrar a televisão já rachada, arranquei a porta do armário e destruí a parede de vidro. Quebrei um dos pés da cama, depois a virei e fiquei chutando-a até não restar mais nada.
Jennifer estava apoiada na parede da porta, assustada. Minha cabeça ainda doía mas com menos intensidade. Eu estava ofegante e minhas mãos tremiam.
– Olha o que você fez comigo. - sussurrei olhando minha mãos ensanguentadas. - Olha no que você me transformou.
Jennifer não disse nada. Caminhou até mim, com certa insegurança. Ela segurou meu rosto em suas mãos, me olhou nos olhos e então me beijou. Dessa vez não lutei, resisti nem fugi. Beijei-a com a mesma voracidade que ela me beijava. Ela tirou minha camisa polo preta e largou-a no chão. Ela arranhou minhas costas, mordeu meu lábio inferior. Rasguei sua camiseta rosa, expondo sua queimadura no braço esquerdo, subindo pelo ombro e indo até o peito. Eu mordi seu pescoço. Ela arfou e arranhou meu rosto. Logo estávamos nus no chão perto da cama quebrada. Obriguei-me a não pensar em nada além daquele momento, mesmo sabendo que me arrependeria depois.
Acordei sobressaltado. Eu estava deitado no chão do meu quarto destruído. Levantei, peguei minhas roupas espalhadas e as vesti. Quando terminei de amarrar o cadarço da bota, Jennifer entrou no quarto. Seu cabelo castanho claro estava molhado. Ela só vestia uma camisa minha de manga comprida branca e uma calcinha vermelha, deixando suas pernas morenas de fora.
Ela sabia perfeitamente como usar seu corpo maravilhoso e cheio de curvas para seduzir. Ela rebolou até mim com um sorriso indecente.
– Era disso que eu estava com saudade. - murmurou ela no meu ouvido enquanto dava mordidinhas na minha orelha.
Nos beijamos alucinadamente. Ela pulou em mim e entrelaçou as pernas na minha cintura. Empurrei-a contra a parede. Eu mordia e beijava sua boca, queixo, pescoço e ombro enquanto ela ofegava e dava risadinhas.
Mas não consegui desligar meus pensamentos dessa vez. A imagem da Megan estava fixa na minha cabeça, me queimando, fazendo eu me sentir culpado. As mãos da Jennifer desceram até minha calça, abrindo meu cinto.
– Não, chega. - interrompi-a. - Está na hora de você ir embora. - afastei-me dela. Peguei sua micro saia jeans no chão. - Vista-se. Vou esperar você no carro. - entreguei-lhe a saia, depois sai do quarto batendo a porta.
Desci as escadas, excessivamente, devagar. Fui até a cozinha. A geladeira e o fogão são de aço inox, os armários pretos e a mesa e o balcão são de mármore preto. Peguei uma lata de cerveja na geladeira e fui para o carro. Pouco depois a Jennifer entrou no Dodge Challenger.
– Tem certeza que quer que eu vá embora? - perguntou ela fazendo charme.
– Tenho sim.
Saltei do carro. Abri o portão da garagem, voltei para o carro e dei a ré. Embiquei o carro na rua. Quando eu ia sair para fechar o portão da garagem, Jennifer segurou meu braço e lançou-me um sorriso fugaz. Ela fechou o portão e logo voltou para o carro.
– Para que lado você está morando? - perguntei-lhe.
– Leste. Estou em um pequeno apartamento alugado. - respondeu ela.
– Cadê sua camisa? - havia acabado de perceber que ela ainda estava com a minha camisa.
– Você rasgou. - respondeu ela alegremente.
Achei melhor ignorar. Virei a direita e acelerei o máximo possível. Quanto mais rápido eu a levasse para casa, melhor.
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Espero que esteja bom.
Comentários sempre bem vindos =)