Estava quase desmaiada com falta de oxigênio quando comecei a ouvir ruídos, como se alguém estivesse arranhando um vidro. Eu sabia que não era alguém de fora, pois eu não estava conseguindo ouvir as pessoas que estavam no outro lado da parede.
Estava quase fechando meus olhos, provavelmente morrendo, quando começou devagar á aparecer uma luz que foi aumentando aos poucos. Me virei e pareciam os mesmos símbolos que vi com o Yasuzo, quando estava na floresta e me machuquei. De alguma forma eu abri os olhos, e lentamente, me levantei. Devegar levantei minha mão, como se quizesse pegar algo, e naquele momento, a parede começou a rachar a partir do centro.
Os blocos começaram a voar numa explosão que quebrou a armadilha. Eu caí mas Yasuzo me pegou. Estava quase morta, e quando acordei Yasuzo estava no meu lado, bem perto de mim, checando se estava respirando.

–Hã? Onde estamos?

–Perto do Castelo, não se preocupe.

–C-como você me salvou?

–De acordo com o que escrevo, posso fazer qualquer coisa, é só ser da natureza. Eu escrevi nas árvores que estavam á frente do castelo, por exemplo.

–O-obrigada...

Eu tentei me levantar, o que fez ficar mais próxima de Yasuzo. Fiquei corada, estava ilesa e não conseguia fugir daquele momento. Yasuzo ficou ofegante, e também não sabia o que fazer. A aproximação foi muito grande e nos beijamos. Seus lábios gelados tocavam aos meus, até pararmos lentamente.

–Meu Deus do céu!-Comecei a correr, mesmo fraca, ao caminho do castelo. Yasuzo correu atrás de mim.

–Ei! Espere!-Yasuzo correu atrás de mim e me puxou pelo braço.

–O QUE FOI?-Eu gritei, chorando e ao mesmo tempo tímida pelo que aconteceu.

–E-eu... Me desculpe!

Eu tirei suas mãos do meu braço e corri, até chegar nos portões do Castelo novamente. Sabia que Yasuzo tinha escrito algo em algumas das árvores lá, então fiquei atenta, enquanto tentava abrir os enormes portões. Eu tinha que ser rápida, não gostaria de encontrá-lo depois do que aconteceu.

Eu cheguei no Castelo, e não consegui achar nem Yukata nem Maya, o que não me surpreende, aquele castelo era enorme. Estava sozinha novamente.