E Se Tivesse Acontecido? escrita por Dai


Capítulo 5
-Quem és? o que fazes aqui? como se chama?


Notas iniciais do capítulo

Oiii moçada!!!
Todo mundo me matando por esse cap? creio que sim jijij
(ameaças por causa dele não faltaram.. jiji)
Bem, eu escrevi esse capítulo 3 vezes, e apagava e reescrevia algo novo.. ai apagava de novo... e no fim saiu essa coisa horrrrível! Perdoem-me, não consegui expressar devidamente..., e.. ñ me matem!
E esse cap vai pra algumas pessoinhas...
Paulinha Ferreira, Myllena Araujo, Kamila Maria, Karina Célia, Aldinha (minha filha) e Gabii Macesse.
beijoos.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448806/chapter/5

Depois de tantas lágrimas, Paulina adormeceu enrolada aos lençóis manchados. Sua mente viajou até as palavras de Paola antes de vir para aquela casa... “Mesmo você usurpando meu lugar, Carlos Daniel é meu. Meu!” Entre tantas lágrimas e a dor que inundava seu peito, caiu no poder do sono.

Passava-se das 3horas da manhã, Paulina dormia tranquilamente. A porta do quarto lentamente se abriu. Com passos lentos e cautelosos aquele homem perdido em devaneios, aproximou-se da cama admirando-a de longe. Seus olhos, sua boca, cada curva de seu tão belo rosto.

Carlos Daniel a admirava. Aqueles lábios inchados após tantos beijos e carícias trocadas. O mover de suas bocas, o encaixe perfeito que juntos seus lábios faziam. Sua voz terna e suave. Seu toque carinhoso e sensível. Seus braços aconchegantes. Sua entrega completa.

–Como pode ser tão distinta? –Pensou.

Suas mãos tremiam ansiando por tocar a pele macia da mulher que agora descansava entre tecidos de cor clara. Sua pele, sua cor, seus cabelos, seu cheiro. Tudo estava tornando a distância dele para com ela mais difícil. Ele queria aproximar-se, mas o medo falava mais alto.

–O que faz? Onde realmente vive? Quem é esse ser? Quem é essa mulher? Porque me deixas cada vez mais confuso? Eu deveria odiá-la... Mas não sei o que me prende a ela. O que esta acontecendo? -–Perguntava-se.

Seus maiores instintos vieram perturbá-lo. Seus dedos traindo-o, começaram a suar. Agoniado, passou as mãos pelos cabelos bagunçados, deixando-os mais descoordenados ainda. Cuidadosamente, ansiando a proximidade dela, seu corpo aproximou-se sem fazer ruídos e tocou a face dela com a ponta dos dedos. Sua pele ficou extremamente sensível ao tocar a dela. Sua mão não aguentando, abriu-se e cariciou completamente cada curva do rosto perfeito que tinha em contato consigo.

Carlos Daniel fechou os olhos por um mero instante e sua mente viajou aos momentos juntos que passaram. Com a ponta dos dedos, tocou os lábios dela e a sentiu soltar o ar cuidadosamente.

–Você deve-me explicações. –Disse baixinho.

Carlos Daniel tomado por uma ira que o atacou de repente, levantou da cama com velocidade e começou a caminhar com passos pesados pelo quarto.

–O que fazes aqui? –Perguntou Paulina ao despertar em um salto da cama. Rapidamente encolheu-se sobre as cobertas enrolando-se ao máximo.

Carlos Daniel andava de um lado para o outro agoniado. Seus dedos não paravam de revirar seus cabelos. Estava descontrolado. Parando no meio do quarto, Olhou para Paulina que permanecia imóvel sobre a cama. Em sua face o espanto e o medo eram evidentes. Carlos Daniel a olhou por um mero instante e mais uma vez passou as mãos nos cabelos.

–Tome um banho. Precisamos conversar. –Disse ele com a voz seria e o olhar fundo.

–Pode me dar licença? –Pediu ela com a voz baixinha, carregada de medo.

–Não! –Disse rispidamente, sem pensar. –Quer dizer... –Tentou aliviar a voz. -Eu ficarei aqui te esperando. Algum problema?

Paulina imediatamente assustou-se com seu tom de voz. E sua mudança repentina ao falar a assustou mais ainda. Ela, nervosa, apenas acenou com a cabeça em negativa e cobrindo-se ao máximo com o lençol. Levantou a passos largos e rumou para o banheiro.

Paulina entrou apavorada no espaço frio. Suas mãos suavam e seu corpo tremia por inteiro. Seu coração acelerado parecia ir ao rumo da explosão. Sem mais esperar, deixou que o tecido caísse ao chão, e ligando o chuveiro, entrou debaixo da agua deixando as lágrimas virem a tona.

–O que eu faço Deus meu? E agora? O que farei? Eu não devia ter me entregado! Não devia! Eu o amo tanto... mas Devia ter evitado seu toque! E agora? E agora? Ele vai me odiar... –Perguntava-se entre as lágrimas sufocadas pelo som do chuveiro.

Carlos Daniel movia-se dentro do quarto em um ritmo louco. Parecia marcar território. Paulina desligou o chuveiro, enrolou uma toalha nos cabelos e vestiu um roupão rosa. Após olhar-se no espelho e odiar a si mesma pelo ato ocorrido, não podia negar o quão maravilhoso foi e o quanto o desejava. Alguns minutos depois, ela criou coragem e saiu do banheiro enevoado.

–Desculpe a demora. –Disse o mais baixinho possível como um sussurro. Seus olhos chocaram-se com o corpo de Carlos Daniel colado a janela, observando a madrugada clara pela lua cheia. Ele, nada disse. Apenas continuou mirando a noite. Paulina em uma agonia completa, sentou-se a beira da cama de cabeça baixa, esperando algum retorno dele.

–Por que? –Soou a pequena pergunta dele pelo quarto.

–Carlos D-Daniel, eu... –Dizia em retaguarda antes de ser interrompida.

–Por que dormiste comigo? –Pronunciou ele virando-se de frente para ela, chocando seus olhares.

Paulina permaneceu em silêncio. Exasperado, passava as mãos nos cabelos a cada minuto.

–Eu sei que... –Disse alto, e logo baixando a voz, sendo cauteloso, continuou: -...sei que não és minha esposa.

Paulina imediatamente arregalou os olhos e seu olhar tocou com a mirada negra dele que a observava. Sua boca imediatamente secou. Em seus ouvidos as batidas aceleradas de seu coração ecoavam sem controle. Sua mente traiçoeira, jogava palavras em seus pensamentos, atormentando-a mais ainda. “ele não é seu” “Você foi fraca” “devia ter resistido.”

–Quem é você? O que fazes aqui? Onde está minha esposa? –Descarregou ele.

–Eu... Carlos Daniel, eu.. eu posso explicar... –Dizia ela movendo as mãos sobre o colo, em desespero.

–Apenas responda. –Falou frio. –Onde está Paola?

–Não sei. –Disse com os olhos marejados.

–como você não sabe?! –Gritou. Percebendo o horário, respirou profundamente e baixou o tom de voz. –Como você não sabe?

Paulina apavorou-se com o jeito dele para com ela, e com um nó preso a garganta, respondeu:

–Eu a conheci e ela obrigou-me a vir para cá. –Uma lágrima deslizou por sua face. –Perdoe-me Carlos Daniel. –Pediu baixinho deixando as lágrimas virem a tona outra vez.

–Aonde? –Perguntou prestando atenção a cada detalhe das palavras pronunciadas por ele.

–Em Cancun.

Paulina pronunciava cada palavra quase sem voz alguma. Não sabia o que fazer, e as únicas coisas que iam a sua boca, era o que ele lhe perguntava.

–Paola estava sozinha? –Perguntou engolindo em seco.

–Não. Estava com Luciano Alcântara.

Carlos Daniel cerrou os dentes, e após respirar profundamente e soltar o ar para aliviar a tensão, prosseguiu.

–Como encontraste com Paola?

–Eu trabalhava em um Toalhete de Senhoras em um clube na cidade. Em uma das noites, encontrei-me com ela. Paola ficou encantada com nossa semelhança, dizendo que um dia eu poderia servi-la para as loucuras de Paola Bracho. –Ela lançou um olhar para ele, que ao chocar-se com o seu, foi desviado no mesmo instante.

–Prossiga. –Pediu com a voz mais relevante.

–No momento, não achei tamanha semelhança entre nós. Paola estava bem vestida, maquiada, e sempre com muita classe. Já eu, nada além de uma moça que cresceu na beira da praia. –Disse ela diminuindo a voz a cada fala.

–Paola propôs que eu viesse para a Capital e usurpasse o seu lugar por um ano, em troca de muito dinheiro.

–Ah sim... –disse sarcástico. –E você aceitou no mesmo instante?

–Não! –Exclamou ela levantando-se. –Eu recusei. Paola na noite seguinte foi até o clube e escondeu uma pulseira de esmeralda e brilhantes em minha bolsa. Após armar uma cena, pediu ao gerente que procura-se pelo local. Levando-o ao toalhete, o Gerente abriu minha bolsa e encontrou a pulseira. –Suspirou ela. – Enfim, ela disse que se eu não aceitasse usurpar seu lugar, me colocaria na cadeia.

Carlos Daniel engoliu em seco. Esse não era sua maior preocupação, o que ele realmente queria saber era por qual motivo entregou-se a ele. O que a levou a fazer aquilo, sendo pura.

–Qual o seu nome? –Perguntou baixinho.

–Paulina. –Ela engoliu em seco e logo soltou a respiração que mantinha presa sem perceber. –Paulina Martins.

–Paulina. –Testou ele a pronuncia do nome dela.

–O que te levou a dormir comigo, não sendo minha esposa? –foi direto.

–Eu... ah... eu... –Ela não sabia o que Dizer. Como diria a ele que o amava? Era impossível que ele acreditasse.

Carlos Daniel caminhou até a porta, e antes de sair, virou-se para ela que o olhava receosa.

–Amanhã te quero fora daqui. Passe na fábrica após arrumar suas coisas. Não quero que fique em minha casa.

Carlos Daniel virou as costas e saiu batendo a porta com força.

Paulina no mesmo instante correu para a cama, e jogando-se sobre ela, mergulhou em uma dor sem fim, expressando-a em lágrimas. Carlos Daniel desceu as escadas e dirigiu-se para a biblioteca. Ali, serviu uma dose de Whisky e a bebeu lembrando as palavras dela.

–Paulina... –Pronunciou olhando um ponto qualquer no ambiente.

O restante da madrugada passou lentamente. Ambos não dormiram pensando no giro que suas vidas haviam tomado. O dia amanhecia, e logo, um teria que encarar o outro mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e ai? ñ me maaatem...
#Comentem, #Favoritem..
e estão gostando da trama? recomendem e façam-me feliz!!
Beijoooos Dai♥