Emily P.O.V.

Eu entro no “meu quarto” depois da aula. Deito um pouco na cama e fico pensando na vida. Assisto um pouco de televisão, entro no computador, então eu avisto o diário da Aria, eu sei que é errado ler ele, mas não o resisto. Abro ele e pego no meio e leio:

“ As vezes eu tenho um pouco de inveja das garotas, eu nunca sei quando eu estou bem com ele ou quando estamos mau.O Caleb mudou-se e o relacionamento de Hanna foi afetado.Já o Toby entrou no A team só para nos ajudar, principalmente sua garota Spencer. E claro a Paige é tão otimista, sempre dando uma força para a Em quando ela está deprimida, mas Emily não sabe a sorte que tem. Eu queria namorar alguém que me deixasse sempre para cima e que confiasse em mim mais que eu mesma.”

*New

É não foi certo. Não é o que parece. Mas eu não consegui evitar, ha principio não me parecia ruim. Tudo bem, até parecia, mas meu desejo foi incontrolável. Puxa, sinto-me como se estivesse relatando meu caso com uma amante, não é igual, porém partilho da culpa e da total falta de uma explicação plausível para o ocorrido. Não preciso contar, o que Aria não vê, Aria não sente. E eu espero que não sinta mesmo...

O celular de Aria toca e Emily já conhece aquele toque diferenciado. Era sim, quem ela pensava e claro ela teria de atender mesmo que fosse totalmente incomodo:

– Como você esta, raio de sol?

– Bem, Fitz – Respondo.

– Sinto-me satisfeito ao ouvir isso, menos com a parte do Fitz. Você nunca me chama assim, por que agora?

– Não foi por mal é porque meus pais estão em casa, por isso te chamei assim.

Minha desculpa foi tão inacreditável, que não sei como ele não comentou o quanto era descabida. Afinal se meus pais estivessem em casa, seria mais viável não chamá-lo pelo nome. Conversamos mais um pouco e então dei a desculpa de que estava com dor de cabeça. Tenho que admitir que não tive ideias, para boas mentiras, hoje.

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O tempo corria. E certamente parecia que as horas haviam tornado-se minutos e os minutos segundos. A verdade estava chamando e chamava alto. Os corações de Hanna e Spencer ficavam cada vez mais apertados e seus batimentos insólitos. Tentavam ligar, irem à casa da outra e talvez até enviar um SMS, porém não conseguiam. Afinal não há maneira boa de dizer a uma amiga: ESTRAGUEI TUDO! SEU BOY TE DEIXOU POR MINHA CAUSA... Já era difícil pensar, quem dirá dizer.

Spencer sentiu-se tão incomodada que em impulso sai de casa. Ela deveria encontrar Hanna urgentemente. A culpa estava consumindo-a de tal forma que seus pensamentos permaneciam em um contínuo Round and Round. Passos lentos, coração acelerado, mãos trêmulas, face com nítida palidez. Não era um Heart Attack. Era um secreto desconcertante que poderia acabar em mais rompimentos do que já havia acontecido. Ao chegar na porta de Hanna, parecia que a campainha estava à metros de distância e assim não conseguia alcançá-la. Contudo ela permanecia ali á sua frente e em uma outra situação seria muito fácil apertá-la. Não tinha como voltar atrás, já estava ali. Literalmente a verdade estava á porta e Hanna deveria abri-la.

– Oi, Hanna. Como vai?

– Tentando encontrar paz, mã...Senhora Hastings! – Diz Spencer (Hanna) quase falando mãe ao invés de Senhora Hastings.

– Algo a atormenta? Pode me contar. Sabes bem que não conto tudo aos outros – Verônica responde.

– Sim, sei. Mas realmente preciso conversar com a Spencer. Ela esta no quarto? – Spencer responde rápido porque aquela conversa não estava diminuindo o nervosismo da situação. E por incrível que pareça até piorava. Vai em direção as escadas, já estava no segundo degrau e ouve Verônica dizer:

– Não esta. Ela na verdade, não esta em casa. Por alguma razão ela estava impaciente e foi estudar no café. Ela tem algum trabalho importante? Minha filha aparentava estar muito atordoada. Sabe de alguma coisa que poderia incomodá-la?

A cabeça de Spencer dizia sim. Realmente ela sabia de algo que poderia destroçá-la. Mas de sua boca saiu:

– Não, senhora. Juro que não sei. Se me permite irei encontrá-la. Marquei com ela, mas pensei que ainda estava em casa. Ela saiu logo porque queria chegar cedo lá. Irei lá então. – Spencer diz torcendo para que Verônica acreditasse em algo tão suspeito.

– Claro querida, devia ser só isso mesmo. Cuide dela e se divirtam lá. – Responde a Sra. Hastings acreditando fielmente no que ouvira.

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Aria on:

Como vou dizer para Emily que beijei a namorada dela e pior que a até senti algo. Tecnicamente, Paige quem me beijou, contudo essa explicação não afastará a raiva de Emily. Lá estava eu pensando, quando batem em minha porta.

– Pode entrar- eu digo. E com essa fala, passa pela porta meus problemas em forma de menina. A situação já estava horrível e eu acreditava não poder piorar. Até ela entrar e me provar que era possível.

– Não atendeu meus telefonemas. Está tudo bem?

– Sim, Paige

–Essa é a confirmação. Tem alguma coisa errada. Pode falando, senhorita Fields. – Paige se senta na cama e me confronta com preocupação.

– Tudo bem, são só alguns problemas que não estou pronta para dizer quais são, porém espero que você possa entender. Porque não posso contar. – Digo sincera.

– Claro meu amor, quando estiver pronta é só me contar. Por hora só preciso saber se te sentes bem.

– Estou bem sim, você esta comigo, não é?! – Rimos e ela acente com a cabeça, segura minhas mãos e apenas conversamos até que seus pais ligaram pedindo que ela retornasse à sua casa.

–Preciso ir, mas não queria ter que te deixar agora. Se precisar me liga. Estou aqui por você não esquece.

Depois que Paige diz isso, me dá um beijinho na testa e me deixa sentada na cama. Eu já estou me acostumando a ser Emily e realmente não é ruim.

Aria off

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Hanna on:

Precisei escapar, a pressão psicológica era demais para mim. Cheguei no café agora, tentarei estudar, quem sabe isso me acalma. Espera, sou eu vindo? Quero dizer a Spencer. Eu tentando fugir e lá vem ela.

–Preciso falar com você – Ela diz muito ansiosa

–Eu também – Digo angustiada

–Fala primeiro!

– Fala você, tu que vieste à minha procura. – Ela me olha - Nossa falei igual a sua mãe. Já sou uma Hastings- Nós rimos e isso parece nos tranquilizar um pouco.

– Não me entenda mal, mas realmente prefiro que me fales primeiro.

– Tudo bem, contar isso não esta sendo fácil. E peço seu perdão em adiantamento...

– Nossa falando assim parece uma legítima Hastings – Ela diz rindo do meu novo vocabulário.

– Não estou brincando, dei-me sua atenção! – Ela ri mais e aquietasse sentindo minha seriedade. – Toby e você já não estão como eram antes.

– Como assim não estamos mais? Eu mudei de corpo, mas ele não. Ele mudou? – Ela diz e eu penso que ela esta uma perfeita Hanna.

– Vocês não são mais o que eram...- Ela me interrompe

– Fala logo!

– Ele terminou comigo – Spencer ri, porém não era um riso nervoso e isso era estranho. – Porque esta rindo? Você entendeu o que eu disse? SPENCER + TOBY = OVER

–Eu ia te dizer o mesmo. Estou rindo, pois eu vim aqui dizer o mesmo á você.

– Você terminou com o Caleb? Como você fez isso? – Falo sem acreditar

– Foi ele quem terminou comigo. E por que esta nervosa?- levanto e ando em círculos de frente ao balcão. – Você terminou com o Toby também e nem por isso estou te culpando.

Ela esta certa, estamos iguais. Essas são nossas consequências. Penso e então a abraço.

– Obrigada.

–Por terminar seu namoro?

– Não, por ser minha amiga.

Tudo estava bem, um peso saiu de nossos ombros.

Hannah off

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Elas conversam um pouco mais e até estudam. Hanna precisava manter as notas de Spencer e ela estava conseguindo. A noite chega e elas precisam ir. Ao saírem pela porta, sentiram algo que há algum tempo não existia em seus corpos. O medo chegou como um SMS:

“Porque é fácil entender e aceitar o que já se espera...