–Leo se afasta.

O empurrei com força, vou meter umas porradas nesse muleque eu mesma pra deixar de ser otário.

– Qual é, Lia? Você sempre gostou do meu jeito.

– Eu sempre te odiei, não sei nem o que me levou a namorar você. Nem o sexo era bom.

– Mas você parecia gostar.

E lá estava seu sorrisinho e tom de deboche outra vez.

– Eu tinha que tentar sentir prazer pra apagar meu fogo né? Me imaginava transando com o Ian Somerhalder durante, só assim gozava.

Como eu sou engraçada, ri da minha própria frase. Ele me olhou com ainda mais raiva.

– Eu posso te fazer gozar.

E ele se aproximou ainda mais.

– Lia?

Escutei a voz do Vitor do lado de fora e batendo na porta, graças a Deus. Leo tentou tampar minha boca, mas dei alguns tapas e mordidas.

– VITOR ARROMBA A PORTA!

Gritei e no mesmo instante a porta se abriu com um barulho alto.

– O QUE ESSE FILHO DA PUTA TA FAZENDO AQUI?

Vitor ficou morto de raiva quando viu o Leo, me soltei e fui para o lado dele.

– Ele é um idiota, vamos.

Tentei levar o Vitor para fora, mas ele estava parado observando o Leo com raiva, aposto que tentando não ataca-lo agora.

– Eu só queria falar com a Lia e alias, filho da puta é você.

Leo Inglês disse e eu parei de tentar levar o Vitor embora e me virei para ele.

– Então você fala inglês?

Perguntei chocada.

– Claro, Lia e sim sei o que ele disse quando nos conhecemos.

– Você é um pau no cu, vamos ali fora agora já que fala minha língua.

Vitor chamou.

– Vitor bebe, vamos lá para fora, não vale a pena brigar, vem.

– Eu ainda vou te pegar otário.

Ele deu um última encarada no Leo.

– E meu namorado que eu sei que é gostoso ta falando que vai te pegar, mas é na porrada e não do jeito que você quer tá?

Ri do Leo e acompanhei o Vitor.

– Agora eu tenho motivos, porque não me deixou bater nele?

Ele tinha ficado de mau humor.

– Porque só ia estragar nossa noite.

– Mas ia melhorar a minha.

– Já passou. Mas você foi mais rapido do que pensei me procurar.

Ele riu.

– Depois de um tempo saquei que tinha ido no banheiro e fui até lá para a gente se pegar.

– Você quer ir pra casa pra gente se pegar lá?

Perguntei fazendo uma voz sensual e ele sorriu maliciosamente.

– Só se for agora.

Ele deu um tapa na minha bunda e eu ri. Fomos atrás do pessoal para nos despedir e ver quem ia conosco.

– Pessoal eu e o Vitor já vamos, alguém vai com a gente?

Dinho e Biel ainda estavam conversando, Lucca tinha ido dar uma volta, Sophia e Pietra conversavam com o Miguel e eu não sei do Gui e da Carine.

– Entre escutar barulho em casa e aqui eu prefiro aqui.

O Biel riu do comentário do Dinho.

– Dinho eu ainda espero quando você ficar sóbrio, eu vou te dar uma surra, que você vai se sentir como se estivesse com ressaca.

– Por quê? Por que sou sincero? Não tenho culpa se você parece um avestruz com dor de barriga quando está transando, aqui pelo menos eu posso dançar com barulho.

– Dinho eu te amo.

Biel continuava gargalhando com o Dinho e de quebra o Vitor também.

– Eu sei, Biel. - Ele passou a mão pelo rosto do Gabriel. Todos amam o Dinho, porque eu sou maravilhoso.

– Eu vou me vingar de você, seu retardado. Vitor continuava rindo de mim ao meu lado. Vamos logo embora antes que eu mate o Dinho aqui mesmo.

– Lia eu também vou ficar aqui com a Pietra, um dia eu volto pra casa.

Soph disse abraçando a Pietra.

– Nós poderíamos ficar também, né? Dormir eu, você, Sophia e Pietra em um mesmo quarto.

Dei um tapa no braço do Vitor rindo.

– Se quiser ficar Lia, eu dou conta de duas, mas o bobão do Vitor não pode assistir porque eu não quero.

– Então você não vai abusar lesbianicamente da minha namorada.

O Vitor fez uma careta pra ela e eu ri.

– Lesbianicamente existe?

Soph ficou em duvida.

– Logico que existe, caminhoneiro, e se não existe acabei de inventar e foda-se, vou embora fazer sexo com a minha namorada.

– Você é um ordinário.

– Dá para vocês pararem? Perguntei rindo da briga idiota. Soph então você e Dinho vão ficar, Biel você também?

– Logico, vou dar mais uns drinks para o Dinho vai que eu me dou bem que nem a Sophia hoje.

Ri do Biel.

– Ok, Miguel posso ir no seu carro?

– Pode.

Ele me entregou a chave e eu dei para o Vitor.

– Cuida de todos esses imprestáveis para mim, tá?

– Vou cuidar, Lia.

Dei um abraço no Miguel.

– Tchau meus amores e Dinho.

– Tchau diva, se divirta.

– Tchau gostosa.

O Biel e despediu seguido da Sophia.

– Tchau empata foda.

A Pietra disse e todos riram.

– Vai crescer, Pie.

– Tchau baranga.

– Cala a boca, Dinho.

– Vai dar e me deixa.

– Otário.

– Puta.

– Viado.

– Mas você queria me dar quando chegou.

– Eu vou bater em você.

– Você só fala.

– Só falo?

Fui para cima dele e o Vitor me segurou, mas suas gargalhadas faziam ele me segurar com menos força. Dinho se levantou do sofá e começou a fazer umas coisas estranhas.

– Vem, eu sei dos karatê, kung fu, box, sushi e yakisoba.

Ele fazendo uma pose estranha, mas nem se aguentava em pé, nem eu me aguentei depois do sushi e yakisoba, comecei a rir.

– Você não se aguenta nem em pé.

– Opa. Ele ia caindo em cima da Pietra que o ajudou a se levantar. É porque até o ar tá sentindo o poder dos meus golpes.

– Dinho cala a boca que eu quero ir pra casa.

Vitor riu e lhe deu um empurrão para que se sentasse de novo.

– Que é isso, irmão? Nos nossos tempos você era mais carinhoso, agora a Lia volta, vocês namoram e eu sou tratado com hostilidade? Isso não é de Jesus.

– Vamos embora, Vitor. Ri e empurrei o Vitor, mas antes me virei para o Dinho. E você se prepare para amanhã.

Briguei com ele e fui saindo com o Vitor.

– O Dinho é um idiota.

Ri e o Vitor riu também me abraçando.

– Já vai Lia?

Quando chegamos perto do carro escutei a voz do Leo, eu ignorei pena que o Vitor não fez o mesmo.

– O que?

Ele se virou perguntando já que não tinha entendido a pergunta do Leo, esse negocio de português e inglês é um saco.

– Perguntei se a Lia já ia embora.

– A Lia? Sim, ela já vai, mas não é da sua conta.

– Vitor ignora, vamos.

– É claro que é da minha conta, minha ex namorada voltou para o país e eu tenho que aproveitar.

– Aproveitar minha mão na sua cara?

Perguntei segurando o Vitor, a última coisa que queria agora seria briga entre os dois.

– Aproveitar a sua companhia, amor.

– Amor é o soco que eu vou dar na sua cara.

Ele se alterou mais um pouco e tive que me esforçar ainda para segurá-lo.

– Leo na boa, sai daqui.

– Por que está segurando ele, Lia? Até parece que vai fazer alguma coisa, não passa de um riquinho estrangeiro filhinho de papai.

– Rico, estrangeiro, e filho de papai sim porque não tinha como ser filho do meu tio, mas pode ter certeza que eu vou quebrar sua cara na primeira oportunidade que eu tiver, só não quero fazer isso agora porque a Lia não quer e tenho coisa mais interessante para fazer em casa.

O Vitor respondeu com raiva e me puxou para o carro, ele entrou pelo lado do passageiro, tinha que dirigir porque Vitor não sabia onde era, dei a volta no carro e quando entrei, ele abriu a porta rapidamente e saiu correndo.

– CARALHO!

Gritei e desci do carro correndo, ele tinha ido bater no Leo. Quando cheguei onde estavam, o Vitor estava dando uns socos no Leo que logo conseguiu revidar, e acertou a boca do Vitor.

– E agora filho da puta?

Vitor estava dando uma boa surra no Leo, não queria briga, mas não custava nada admirar a lua um pouco e estava realmente bonita.

– O que ta acontecendo aqui?

Natan veio correndo de dentro de casa.

– A lua tá bonita, né?

Estava observando e o Natan me deu um tapa na cabeça.

– Sua abestada.

Ele correu para separar a briga, mas logo formou uma rodinha e o Natan não estava tendo muito sucesso para separar, tem que ser eu pra tudo. Fui até lá.

– PAREM!

Gritei puxando o Vitor que tentou se soltar de mim.

– Sai Lia.

– Ta bom de briga.

Dei um tapa na cara dele que parou de lutar contra mim e me olhou chocado.

– Eu ainda vou pegar você.

Leo disse e se soltou do Natan indo embora.

– Lia cuidado com o Leo, você sabe como ele é traiçoeiro.

– Relaxa Natan, eu sei. Vou levar o Vitor embora.

Dei um beijo na bochecha dele e puxei o Vitor pela mão.

– Você bateu na minha cara?

Ele perguntou chocado quando já estávamos no carro.

– Sim.

Concordei rindo e dei partida no carro.

– Eu vou bater em você também.

– E eu quebro seus braços.

– Por quê?

– Porque eu posso.

Sorri para ele.

– Eu te odeio.

– Quer voltar para o seu relacionamento com o Dinho? Fica a vontade

Ele riu do meu comentário.

– Desgraçada.

– Você me ama.

Me inclinei para lhe dar um selinho.

– Lia olha pra frente, eu já morro de medo de estar andando de carro com você dirigindo.

– Eu sou foda, com licença meu amor.

Acelerei o carro, estava tarde e não tinha tanto transito.

– Deus tenha pena da minha pessoa.

Ele me zoou e eu reduzi a velocidade e fiz uma careta para ele.

– Só não bato o carro porque eu poderia machucar minha linda face, mas eu deveria bater e acabar com o lado em que você está.

– Se machucasse não ia fazer um estrago pior do que já está.

Dei uma encarada nele que estava rindo sem parar de mim.

– Vou chamar os moleques das quebradas daqui pra te dar uma surra, Vitor Machado, e eles não são que nem os negões americanos não, tá?

– Como você vem me falar que não são como os negões americanos, Lia? Você já teve envolvimento com esses negões foi?

Logo ele mudou de expressão e eu ri.

– Lógico, bebe, tive uns casos aí e você sabe que negão é divertido né? Aí fui unir diversão com outras coisas.

Brinquei e ele ficou me encarando.

– Que tipo de diversões?

– A mesma que estou indo fazer com você em casa.

– Aposto que se diverte mais comigo.

– Dá pra se divertir, mas com o negão que fiquei a diversão era maior, se é que me entende.

– Você tá falando que o pau dele era maior que o meu?

– Eu disse isso? Mas era sim.

– Eu vou te bater.

– Eu já disse que quebro seus braços.

– Vou fazer greve de sexo então, meu pau é pequeno mesmo, não vai fazer muita diferença.

Ele tinha se irritado e eu só ria.

– No dia que Vitor Machado conseguir segurar uma greve de sexo, Michael Jackson irá sair do tumulo com todos os outros do cemitério cantando e dançando Thriller.

Ele me encarou com os olhos semi cerrados.

– Se prepare para o apocalipse zumbi então.