– Solta minha namorada, vadia.

Vitor veio me defender do Dinho já que eu não conseguia porque estava sem forças de tanto rir.

– Vadia é a sua namorada.

– Pelo menos ela não tem um video na internet dando em cima de outro homem.

– Viado!

E o Dinho me largou e foi atrás do Vitor que saiu correndo e rindo. Eu estava chorando de rir no chão, não aguentava nem respirar direito.

– DINHO PARA QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO? BATER NO VITOR E NA LIA NÃO VAI TIRAR O VIDEO DA INTERNET E MUITO MENOS AS 175.000 VISUALIZAÇÕES.

Biel gritou para o Dinho que virou uma estatua e parou de correr, ele olhou chocado para o Biel.

– 175.000?

Opa, acho que ele não sabia.

– Parece que a estrela não anda acompanhando sua fama.

Zoei me levantando.

– Dinho é um cara humilde.

Vitor disse já ao meu lado.

– Eu queria esquartejar vocês, e colocar a cabeça pendurada na sala de casa.

– Mas Dinho - Olhei para o Vitor que riu e entendeu o recado. - Oh no no I, I will survive...

Cantei com o Vitor e saímos correndo.

– QUERO QUE VOCÊS SE FODAM!

Ele gritou conosco e foi para a geladeira procurar o que comer.

– Dinho eu te amo, cara, não fica assim comigo.

O abracei por trás.

– Você é uma biscate, Lia, vai dar que teu mal é falta de sexo.

– Estamos kites agora, você me perdoa?

Fiz uma carinha fofa quando ele se virou para mim.

– Não, eu vou me vingar de você e não ache que depois do que aconteceu me arrependi do que te disse na festa, continuo achando que era para o Vitor ter pego alguma das 300 garotas mais bonitas que você na festa, meu amigo merece coisa melhor.

– Amo treta!

Escutei a voz do Gui.

– Então porque você, Dinho, não pegou uma das 300 garotas e estava dando em cima do Biel?

Estavamos nos encarando, mas minha vontade era rir, Dinho tem cara de retardado.

– Primeiro porque eu estava alcoolizado e segundo porque todas as garotas estavam dando em cima de mim por causa do meu charme e eu não gosto de garota fácil.

– Por isso foi para cima do Gabriel que é um homem dificil?

– Eu não dei em cima do Gabriel, eu apenas disse que um dia eu poderia fazer a caridade de dar uns pegas em vocês dois, o que tem que ser realmente caridade para ficar com você Lia, o Vitor já tem o lugar dele no céu e a caridade é tanta que deve ser à direita de Deus assim como Jesus.

– Você é um otário.

– Não aguenta a verdade, né filhote de cruz credo?

Ele piscou para mim e saiu andando para o quarto.

– Por que eu tenho que passar por isso?

Perguntei me sentando no colo do Gui e apoiando minha cabeça no ombro dele.

– Não sei, mas pode chorar no ombro do Gui delícia aqui.

Todos riram de mim.

– Gui cadê a menina que estava com você? A Mari?

Lucca perguntou.

– Já foi.

– Nossa foi rápido.

Disse levantando minha cabeça.

– É porque ao contrário de outras pessoas nós fazemos sexo normal, sem quebrar o quarto, gritar loucamente e sair todo marcado no final, por isso não precisamos de muito tempo.

Gui disse me olhando e o pessoal riu.

– Hmmm Lia é das selvagens.

Carine fez uma cara maliciosa.

– Calem a boca que vocês não tem nada a ver com a minha vida sexual.

– Temos quando você não deixa ninguém dormir, parece uma hiena parindo.

Lucca reclamou e o Miguel e o Natan só riam.

– E aliás, que vida sexual?

Gabriel zoou com a minha greve e abstinência.

– Gostei, bate aqui Biel.

Gui disse rindo e dando a mão para o Biel bater.

– Vou é bater na cara de vocês. - Dei um tapa na cabeça dele. Falando em sexo, como sempre, vou ver o que o Vitor ta fazendo. - Vou atrás do meu namorado.

Me levantei.

– Por favor hiena, sem barulho!

Natan me zoou.

– Vão dar meia hora de cu com o relogio parado, por favor.

Disse rindo.

– Eu adoro, eu me amarro.

Biel disse e eu gargalhei.

– Desnecessário.

Miguel disse para ele sobre seu comentário e eu fui rindo. Entrei no quarto e ele estava deitado na cama olhando para o teto.

– Tudo bem?

Perguntei entrando e fechando a porta.

– Tudo indo.

– Preocupado ainda, né? - Me deitei por cima dele que me abraçou pela cintura. - Nós vamos estar com eles em breve.

– Eu sei, vai dar tudo certo.

Ele sorriu e me deu um beijo na testa, me deitei em seu peito e apenas ficamos abraçados.

[...]

– Foi maravilhoso ver você de novo e conhecer seus amigos, ver se não desaparece.

Miguel disse me abraçando, estávamos todos no aeroporto voltando para casa.

– Prometo mandar noticia.

– Vamos visitar vocês assim que pudermos e melhoras para seus pais, Vitor.

Natan nos abraçou.

– Obrigado, cara.

Vitor agradeceu.

– Lia sua égua, vem me visitar logo e traga o Dinho com você.

– Claro que eu volto, gatinha.

– Só por cima do meu cadáver.

Biel respondeu enquanto abraçava minha mãe, agora ele deu para ter ciumes do Dinho.

– Claro, Carine.

– Foi tão rápido, me manda noticias do seu tio, filha.

Minha mãe já chorava.

– Eu sei, mando sim. Amo vocês.

Abracei meus pais com toda força. Nos despedimos e fomos para o avião, olhei para eles no aeroporto, Pietra e minha mãe estavam abraçadas e choravam incontrolavelmente, os outros nos davam tchau. Foi pouco tempo, mas amei cada segundo. A viagem foi longa, mas procuramos descansar para que assim que chegássemos fossemos ver o tio, e assim fizemos. Quando chegamos fomos direto para o hospital.

– Paulo Machado.

Vitor disse na recepção.

– Quarto 203.

Fomos todos em direção ao quarto, Vitor abriu a porta devagar e assim que o viu tia Dora se levantou e correu o abraçando e começou a chorar, entramos todos e a abraçamos também.

– Como ele está, mãe?

– O médico disse que ele está melhorando, filho, mas sem previsão para ele acordar ainda.

Ela se distanciou para olhar para o rosto do Vitor que começou a limpar suas lágrimas.

– Calma tia, sei que ele vai acordar logo.

A abracei e ela chorou mais nos meus braços.

– O que está acontecendo?

Tio Paulo disse e todos o olharam, ele parecia meio perdido além de parecer estar se acostumando com a claridade.

– Não acredito que ele fez eu vir lá do Brasil para acordar, esse homem me odeia.

Vitor disse frustrado e a tia correu para o lado do tio.

– Deixa de ser idiota.

Dei um tapa nele.

– Mas foi só a gente chegar que ele acordou, parece birra dele comigo.

– Idiota você! Tio, como o senhor tá se sentindo? Ficamos preocupados.

Disse me sentando na ponta da cama e passando a mão em seu rosto, tia Dora estava sentada do outro lado apenas observando ele.

– Eu to bem, eu acho.

– Graças a Deus você acordou.

A tia deu um beijo na testa dele.

– Devíamos ter ficado no Brasil.

Vitor disse se aproximando junto com os meninos.

– Nem parece o garoto que veio chorando a viagem toda.

Lucca bagunçou com ele.

– Não havia necessidade de vocês voltarem, eu ia ficar bem como eu estou agora, meninos.

– Nós só viemos por causa da mamãe que estava preocupada e estava sozinha sofrendo aqui.

– Para o seu azar eu to acordando e eu ainda posso atirar em você.

Tio Paulo disse sério.

– Mas tio o que aconteceu? Como você levou esse tiro?

Gui perguntou o que todos queríamos saber.

– Um cara pegou uma arma, mirou em mim, apertou o gatilho, a bala pegou em mim, doeu e eu caí no chão. Tio disse e eu ri da cara de jura? do Gui. Tem um cara querendo atrapalhar meus negócios e acho que acabar com a minha vida, por isso achava melhor que estivessem no Brasil.

– Meu Deus,Paulo! Eu não sabia que era tão grave, Bruce tentou me explicar, mas estava tão preocupada com você que não dei ouvidos.

Tia Dora voltou a chorar.

– Não chore, nós vamos ficar bem.

Ele tentou acalmá-la. O médico entrou na sala e eles começaram a conversar, quando ele saiu tio Paulo pediu para que ficasse sozinho com o Vitor.

– Cuidado para o senhor não ser assassinado.

Dinho disse enquanto saíamos e nós rimos.

– O bonde é o poder.

Gui disse se sentando em uma das cadeiras de espera e se referindo ao tio ter acordado quando chegamos.

– Claro que são.

Tia Dora disse revirando os olhos e indo até o médico novamente.

– Lia?

Escutei uma voz familiar e me virei, Nick estava atrás de mim sorrindo.

– Nick!

O abracei, acho que a última vez que o vi foi na minha festa de aniversário.

– Fui visitar você outro dia, mas a casa estava vazia. - Ele me soltou. - E aí galera?

Ele cumprimentou os meninos.

– Oi.

Eles responderam em coro.

– Nós estávamos no Brasil, acabamos de voltar.

– Nossa, nem chama.

– Brasil é demais, cara.

Lucca disse piscando e sei que ele não estava falando do país em si.

– Imagino, Lia é um bom exemplo disto.

– Não irmão, as garotas são bonitas, você não entendeu o recado?

Dinho disse me chamando de feia.

– Nick você conhece o novo fenômeno da internet?

Perguntei dando um sorrisinho e o Dinho fechou a cara, Nick começou a rir.

– Lembrei! Todos já viram esse video por aqui. Quem imaginaria, Dinho? Não esperava que jogasse no outro time.

Todos começaram a zoar o Dinho.

– Lia meu pai quer falar com vo... - Vitor se interrompeu quando viu Nick ao meu lado e ele estava me abraçando pelos ombros, Vitor estreitou os olhos. - Meu pai quer falar com você.

– Ok. Nick a gente se vê!

Dei um beijo na bochecha dele e fui até o Vitor o abraçando.

– Nem adianta me abraçar.

Ri o soltando e indo em direção ao quarto.

– Lia minha filha eu queria te pedir um favor.

Tio disse quando me sentei ao seu lado na cama, Vitor havia se sentado na poltrona e brincava com algo.

– Ela é orgulhosa e não vai aceitar.

Ele comentou ainda olhando para o que tinha na mão.

– Preciso que me prometa uma coisa.

Tio Paulo pediu e eu o olhei desconfiada.

– Não vou prometer nada.

– Eu PRECISO que me prometa.

– Me diga o que é que eu posso pensar.

Ele revirou os olhos.

– Preciso que deixe o Vitor cuidar de você, eu estou realmente preocupado com o que esse filho da puta que está atrás de mim anda planejando, tenho medo que ele faça algo com você ou a Dora e enquanto estou no hospital, quero que deixe o Vitor cuidar de vocês.

– Por que o senhor não me dá uma arma? Vou me sentir mais segura.

Disse rindo e ele me acompanhou.

– Égua.

Vitor comentou.

– É sério, minha filha, me prometa isso por favor.

– Vai Lia, promete.

Olhei para o Vitor que estava louco para que eu prometesse.

– Vitor cala a sua boca, resto de aborto.

Tio disse já com raiva, acho melhor eu prometer e evitar preocupações para ele que já estava mal.

– Ok tio, prometo.

– Se fudeu.

Vitor começou a rir.

– Você que vai se foder quando eu levantar daqui.

Tio disse rindo.

– O que esse botão faz? - Vitor mexeu no botão do negócio que ele tinha nas mãos e a cama começou a ser regulada, dei um pulo dela. Que legal.

Ele ficou abaixando e subindo a cama, tio Paulo se sentava quando ela levanta e deitava quando Vitor a deixava reta.

– Filho da puta!

O tio estava irritado enquanto Vitor continuava se divertindo.