The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 30
O nosso acordo!


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Bem, desculpem pela demora sério. Entre ficar doente, ter exames e ter a minha cadela a roer-me os capítulos escritos à mão, eu não consegui postar mais cedo.
Mas, finalmente, cheguei com um cap novo!
Espero que gostem!



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Senti alguém mover-se ao meu lado e abri os olhos. Não era habitual dormir com alguém, normalmente era sexo e depois cada um ia para o seu lado. Dormir acompanhado não era algo que eu fazia.

Olhei para a minha companhia e sorri. Ela estava de costas, nua, com o cobertor a tapá-la, deixando apenas as costas á mostra. O cabelo preto estava espalhado pela almofada. Era estranho. O cabelo dela estava tão preto que chegava a ter reflexos azuis com a luz.

Isso fez-me relembrar a noite anterior.

Qualquer dia ela iria matar-me apenas por ser ela mesma. Andrea era linda, inteligente e sexy. Uma combinação perigosa, mas ao mesmo tempo excitante! E muito viciante! Era engraçado como mesmo depois de a ter tido nos meus braços a gemer o meu nome, eu ainda a queria.

Queria senti-la outra vez. Queria ver o pequeno sorriso que ela deu quando atingiu o orgasmo. Mas, acima de tudo, queria ver os seus olhos azuis novamente…

Andrea suspirou a dormir e eu sorri.

Aproximei-me dela e beijei-lhe o fundo das costas. Fui subindo os beijos até chegar ao seu pescoço. Ela resmungou ainda adormecida.

– Deixa-me dormir, Potter – reclamou empurrando-me para longe.

Gargalhei. Mesmo adormecida ela era assim?!

Voltei a aproximar-me.

– Andrea? – Chamei calmamente. – Horas de acordar…

De repente, ela virou-se para mim.

– Se não te calares imediatamente eu vou matar-te – ameaçou. – Agora, deixa-me dormir! – Ordenou deitando-se na almofada e fechando os olhos, ficando virada para mim.

Apoiei-me no cotovelo e aproximei-me do seu ouvido.

– Eu tenho uma coisa para te dizer – sussurrei.

Ela bocejou e olhou para mim.

– Se me vais dizer que para ti, ontem á noite, foi só sexo, tudo bem – disse ela. Eu podia ver os seus olhos ainda um pouco azulados. Olhei-a confuso. – Ora, Potter, tu tens cara de ser daqueles que vai para a cama com uma mulher e no dia seguinte foge dela a sete pés! Não precisas de te preocupar, eu não vou andar a correr atrás de ti!

– Então, isso quer dizer que não estás chateada? – Questionei. Ela negou com a cabeça. – E não tem problema se eu quando sair daqui for ter com outra? – Procurei confirmar.

–Eu não sou tua mãe nem tua namorada para te controlar, Potter – afirmou ela. – Vai ter com quem tu quiseres, mas deixa-me dormir!

Deixe-me cair no colchão, olhei o teto.

– Onde é que tu andaste toda a minha vida? – Perguntei retoricamente.

– Em Beauxbatons – afirmou ela de olhos fechados. – Posso dormir agora?

– Não – afirmei. – Não agora que a conversa está a ficar interessante.

– Interessante para ti – argumentou ela. – A mim só me está a dar sono…

Tive uma ideia. Uma ideia que podia ser espectacular mas também podia resultar na minha morte.

– Gostaste?

Andrea levantou-se, rapidamente, tapando o peito com o lençol.

– Gostei do quê? – Perguntou desconfiada.

Revirei os olhos.

– Ora do quê! De ontem á noite, claro – disse eu. – Gostaste?

Ela encolheu os ombros.

– Não foi mau – garantiu. – Porquê?

– Era algo que repetirias?

– Tu és assim tão inseguro que precisas da confirmação da rapariga para saber se és bom na cama? – Questionou ela com um ar de incredulidade.

– Não é nada disso – garanti. – Eu só estava a pensar que nós podíamos repetir.

Andrea arqueou uma sobrancelha.

– Onde queres chegar com isso? – Perguntou voltando a deitar-se na almofada. Ficamos virados um para o outro.

Apoiei-me no meu cotovelo.

– Tu não gostas de mim, certo? – Procurei confirmar, nunca se sabe, né? Eu sou James Potter!

– Nem por isso – assegurou ela.

– Eu também não tenho qualquer tipo de sentimento romântico por ti – indiquei. – No entanto, juntos, somos muito bons na cama. Então porque não podemos juntar o útil ao agradável?

– Como assim?

– Andrea, o que achas de nós fazermos sexo sem compromisso? – Questionei.

Era agora. A minha morte já estava próxima!

Andrea ficou a pensar durante algum tempo, analisando-me.

– Ninguém poderia saber – afirmou, de repente.

– Então tu aceitas?

– Com algumas condições, sim – confirmou ela. – Primeiro, ninguém pode saber. Segundo, lá fora, continuamos os mesmos. Potter e Jones a odiarem-se como sempre. Ok?

– Tudo bem, desde que me chames de James quando tivermos juntos, – negociei.

– Certo – concordou. – E podemos sair com outras pessoas!

– Por mim, está óptimo – garanti.

– Agora, já posso dormir? – Perguntou ela bocejando.

– Não comigo aqui – pisquei o olho.

Andrea bufou e levantou-se começando a procurar as suas roupas. Observei-a enquanto ela andava por todo o quarto, nua.

– Sabes, a maioria das raparigas teria vergonha de andar nua á frente de um rapaz – comentei.

Jones olhou-me com uma sobrancelha arqueada.

– Não há nada aqui que tu já não tenhas visto ontem – afirmou e continuo o que estava a fazer, deixando-me de boca aberta.

Essa deveria ser a minha fala. Ela deveria estar envergonhada e eu deveria lhe dizer isso. Desde quando os papeis se inverteram?

POV ROSE

Eu andava de um lado para o outro no salão Comunal de Gryffindor. Eram onze horas e não havia sinal de Andrea, e James também não tinha descido. Eu precisava de resolver o problema de ontem.

Aquele ataque de Andrea não era normal. E que historia era aquela de matar alguém? Andrea devia-me muitas explicações.

– Ela não está lá em cima – disse Lisa Finnigan quando desceu as escadas. – Não a vejo desde ontem!

– Obrigada! – Agradeci e vi-a sair do salão.

Boa, não tinha dormido no dormitório. Onde estaria ela? Provavelmente com James!

Corri até o salão Principal, á procura do meu primo. Nem sinal dela. Avistei um aglomerado de cabeças vermelhas e dirigi-me para lá.

– Bom dia – cumprimentei todos. – Fred, sabes do James?

O ruivo olhou-me divertido.

– Esse ai não dormiu no nosso quarto – afirmou a sorrir. – Deve andar a pegar alguma garota…

– Bem, obrigada – disse e sentei-me á mesa.

– Está tudo bem, Rosie? – Perguntou Roxy. – Pareces nervosa.

– Estou óptima – menti. – Está tudo bem, não te preocupes.

Todos os meus familiares me olharam desconfiados, mas eles sabiam que eu não iria dizer o que me afligia.


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Notas finais do capítulo

Lembram-se de um anel que Andrea recebeu no seu aniversário enviado pelos "pais"? Bem, ele era azul, e o bilhete dizia "quero ver os teus olhos dessa cor mais vezes"
O que acham que significa? E porque se manifestou com James?
E esse acordo? Bom ou mau?
E a nossa Rose preocupada?



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