The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Ola a todos! desculpem a demora...
POV ANDREA
Olhei de novo para o relógio. Era quase meia-noite. Onde estava o Potter?
Andava de um lado para o outro no Salão Comunal de Gryffindor. Já estavam todos nos dormitórios, exceto eu. Eu realmente tinha acreditado que James me iria ajudar, mas se tudo não passa-se de uma brincadeira para ele?!
– Eu vou-te matar Potter – disse para mim mesma.
– Estás agressiva hoje – afirmou uma voz algures na sala.
Olhei em volta. Estava sozinha.
– Quem está ai?- Perguntei. Senti que fazia figura de idiota a falar sozinha.
Ouvi uma risada.
– O amor da tua vida. – Senti alguém atrás de mim. Os lábios perto do meu pescoço causando-me arrepios.
Virei-me rapidamente, e vi-o. James Potter encontrava-se ainda vestido com a roupa de dia a dia, mas nas suas mãos tinha um pedaço de pano.
– Não sejas idiote – pedi e cruzei os braços. – Onde estavas?
Vi James sorrir.
– Eu disse que conseguia andar pelo castelo sem que ninguém me visse – afirmou. Olhei-o confusa. James levantou a mão e entregou-me o pano. – É uma capa da invisibilidade! Está na família á anos!
Olhei para o pano admirada.
– TU TENS UMA CAPA DA INVISIBILIDADE? – Perguntei sem me conter.
– Cala-te – pediu. – Queres acordar toda a gente? Que tal irmos embora? Eu ainda quero dormir antes das aulas de amanha.
– Oh, claro – concordei.
– Vamos, chega cá – indicou. Olhei para ele, com a sobrancelha arqueada. – Para pormos a capa. Como esperas que ninguém nos veja?
Contra vontade, aproximei-me de James. Ele colocou a capa sobre nós e sorriu.
– Vamos – indicou e começamos a andar até a porta.
Assim que saímos, senti James colocar a mão na minha cintura. Indignada, dei-lhe uma palmada.
– Mantêm as tuas mãos longe de mim – ordenei. Ouvi uma risada baixa.
Á noite, o castelo era silencioso e um pouco assustador.
Descemos as escadas em silêncio. Atravessamos corredores e quase que esbarrávamos em Pirraça. Por sorte, este cantava e não se apercebeu quando James foi contra um banco de madeira.
Quando estávamos no corredor do segundo andar, James puxou-me e entalou-me entre ele e a parede. Arregalei os olhos com o susto. Quando abri a boca para reclamar, James tapou-ma com a mão. Irritei-me e senti os meus cabelos e olhos mudarem.
Vi James sorrir. Mas logo a seguir ouvi vozes no corredor.
Mantive-me quieta e calada, mesmo que a minha posição não fosse muito confortável. Quer dizer, sentia as minhas costas contra a parede de pedra fria, e o corpo de James contra o meu, quente. Os meus olhos ficavam ao nível do seu queixo, no entanto James olhava para o lado. Para os donos das vozes.
Vi Draco e Minerva aparecerem na curva do corredor. O loiro parecia irritado com algo, enquanto que a diretora parecia preocupada.
– Mas porque não lhe podemos dizer? – Perguntou Malfoy. – Ela já não é nenhuma criança!
– Senhor Malfoy, ela tem 17 anos – argumentou Minerva.
– Na idade dela, já todos nós tínhamos passado por mais – disse ele. – Minerva, por favor, deixe-me falar com ela!
– Essa decisão não lhe cabe a si tomar, Draco. – Afirmou Mcgonagall e pelo tom de voz, era a sua decisão final.
Eles continuaram a andar até passarem a curva do corredor.
James soltou-me e ajeitou as roupas.
– Pensei que tinhas dito que ninguém nos conseguia ver – disse irritada.
– E não podem – assegurou. – Mas de certeza que se eles tivessem batido em nós, nos iriam descobrir. Não achas? – Perguntou irónico.
Bufei e tentei acalmar-me.
Suspirei e senti os cabelos voltarem ao normal.
– Pronto, desculpa – disse. James ficou surpreso com as minhas palavras mas não disse nada.
Continuamos o nosso caminho até á biblioteca. Era estranho estar ali á noite.
– Nada mais horripilante do que eu estar numa biblioteca a estas horas – afirmou James. Aparentemente ele pensava como eu.
– Até parece que tu entras na biblioteca em alguma hora do dia – brinquei.
– Tens razão – concordou com um sorriso. – Vai procurar o que queres – apontou para duas portas de metal no fundo da biblioteca. Área Reservada!
Sai de debaixo da cama e caminhei até aquela zona.
Abri as portas que rangeram e entrei. Senti James atrás de mim.
Comecei á procura numa das estantes, enquanto que o Potter começou noutra. Quem diria que seria James Potter a ajudar-me quando eu precisava. Sorri.
“Poções Malignas”, “ Horcruxes – Vantagens e Desvantagens” , “Como controlar Dementores”
Li os títulos de vários livros. No final da estante, estava confusa. Se aqueles livros eram perigosos porque é que ainda os tinham na biblioteca. Quer dizer, qualquer aluno os podia ler ali. Qualquer aluno com uma capa de invisibilidade.
Percebi que James estava muito calado e resolvi procura-la.
Encontrei-o encostado a uma estante com um livro pequeno e verde, com aspeto de velho, nas mãos. James tinha um pequeno sorriso nos lábios e os seus olhos brilhavam.
– Grande ajuda! – Afirmei, assustando-o.
James deixou cai o livro e olhou para mim. Depois sorriu.
– Eu disse que te trazia – baixou-se e apanhou o livro. – Não que te ajudava a procurar. Além disso, isto – mostrou-me o livro, - é demais.
Li a capa.
“1001 Partidas para se fazer”
– Pergunto-me porque será que está na Área Reservada – disse ele.
–Porque será – afirmei irónica.
–Até parece que alguém iria ler o livro e colocar todas as partidas em ação – afirmou ele a brincar.
Não me dei ao trabalho de responder. Algo captou a minha atenção.
Ao lado da cabeça de James, estava um livro enorme e preto. Encaminhei-me até ele, e vi James surpreender-se com a minha aproximação mas quando viu que eu queria o livro desviou-se. Peguei no livro e coloquei-o numa das mesas.
O livro estava coberto de pó. Com um assopro de ar, limpei-o.
Com letras elegantes e prateadas, o título estava gravado na capa.
“ A mui antiga e nobre família Black”
Sorri. Era este mesmo o livro que andava á procura.
– Encontraste-o – afirmou James. – E agora?
– Agora, leio-o – informei.
James bufou mas não disse nada, em vez disso, sentou-se á minha frente e continuou a ler o seu livro verde.
Abri o livro. Na primeira página vi um brasão com as palavras “toujours pur” gravadas. Três cães negros rodeavam um emblema com duas estrelas e uma espada. Então aquele era o brasão Black?
Outra pagina virada, e um texto apareceu. Estava escrito em outra língua pelo que nem me dei ao trabalho de perceber.
Passei várias páginas e começaram a aparecer fotografias.
Uma fita preta com um nome em prateado encontrava-se no topo da página. “ Aladfar Black” Logo a seguir uma foto de homem, e depois a suas descrição.
“Aladfar foi o primeiro Black conhecido da história. Nasceu em 657 a.C e morreu a 698 a.C. Morreu devido a causas desconhecidas.”
O texto continuava mas eu centrei-me na fotografia.
Um homem com aparentes 30 anos olhava-me com imparcialidade. O cabelo era preto e tinha uns olhos cinzentos enormes.
Virei a página e encontrei uma mulher loira de olhos azuis.
“Araminta Meliflua”
Continuei a virar as folhas. Pollux Black. Finius. Cassandra. Elladora... e muitos mais. Aparentemente, ter cabelos pretos e olhos cinzentos era algo comum na família Black, no entanto existiam alguns loiros e olhos azuis.
Finalmente, encontrei nomes que reconheci.
Sirius Black.
Vi o mesmo homem que tinha visto na sala dos quadros, a olhar para mim. Os mesmos cabelos, os mesmos olhos, o mesmo sorriso maroto.
Andromeda Black Tonks
Calculei ser a avô de Ted.
Narcisa Black Malfoy
A mãe de Draco.
Draco Black Malfoy
Scorpius Hyperon Malfoy
Teodore Tonks Lupin
Outra página virada.
A meio da página estava uma foto minha. Eu aparentava ter 16 anos.
O quê? Como?
A página estava incompleta. No meu nome apenas aparecia Andrea Black, e na descrição a minha data de nascimento.
Deixei o livro aberto naquela pagina e encostei-me para trás na cadeira.
Eu tinha razão. Eu era adotada. Eu era uma Black!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Primeiro, o brasao dos Black é mesmo assim! Toujours Pur, significa SEMPRE PURO!
Um pouco obvio, nao? ahahah
Segundo, o que acharam da conversa do Draco e Minerva?
Terceiro, ela é uma Black? Como? O quê? Filha de quem?
Quarto, porque é que eu nao recebo comentários?