The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 14
Eu sabia que era verdade!


Notas iniciais do capítulo

Ola a todos! desculpem a demora...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448152/chapter/14

POV ANDREA

Olhei de novo para o relógio. Era quase meia-noite. Onde estava o Potter?

Andava de um lado para o outro no Salão Comunal de Gryffindor. Já estavam todos nos dormitórios, exceto eu. Eu realmente tinha acreditado que James me iria ajudar, mas se tudo não passa-se de uma brincadeira para ele?!

– Eu vou-te matar Potter – disse para mim mesma.

– Estás agressiva hoje – afirmou uma voz algures na sala.

Olhei em volta. Estava sozinha.

– Quem está ai?- Perguntei. Senti que fazia figura de idiota a falar sozinha.

Ouvi uma risada.

– O amor da tua vida. – Senti alguém atrás de mim. Os lábios perto do meu pescoço causando-me arrepios.

Virei-me rapidamente, e vi-o. James Potter encontrava-se ainda vestido com a roupa de dia a dia, mas nas suas mãos tinha um pedaço de pano.

– Não sejas idiote – pedi e cruzei os braços. – Onde estavas?

Vi James sorrir.

– Eu disse que conseguia andar pelo castelo sem que ninguém me visse – afirmou. Olhei-o confusa. James levantou a mão e entregou-me o pano. – É uma capa da invisibilidade! Está na família á anos!

Olhei para o pano admirada.

– TU TENS UMA CAPA DA INVISIBILIDADE? – Perguntei sem me conter.

– Cala-te – pediu. – Queres acordar toda a gente? Que tal irmos embora? Eu ainda quero dormir antes das aulas de amanha.

– Oh, claro – concordei.

– Vamos, chega cá – indicou. Olhei para ele, com a sobrancelha arqueada. – Para pormos a capa. Como esperas que ninguém nos veja?

Contra vontade, aproximei-me de James. Ele colocou a capa sobre nós e sorriu.

– Vamos – indicou e começamos a andar até a porta.

Assim que saímos, senti James colocar a mão na minha cintura. Indignada, dei-lhe uma palmada.

– Mantêm as tuas mãos longe de mim – ordenei. Ouvi uma risada baixa.

Á noite, o castelo era silencioso e um pouco assustador.

Descemos as escadas em silêncio. Atravessamos corredores e quase que esbarrávamos em Pirraça. Por sorte, este cantava e não se apercebeu quando James foi contra um banco de madeira.

Quando estávamos no corredor do segundo andar, James puxou-me e entalou-me entre ele e a parede. Arregalei os olhos com o susto. Quando abri a boca para reclamar, James tapou-ma com a mão. Irritei-me e senti os meus cabelos e olhos mudarem.

Vi James sorrir. Mas logo a seguir ouvi vozes no corredor.

Mantive-me quieta e calada, mesmo que a minha posição não fosse muito confortável. Quer dizer, sentia as minhas costas contra a parede de pedra fria, e o corpo de James contra o meu, quente. Os meus olhos ficavam ao nível do seu queixo, no entanto James olhava para o lado. Para os donos das vozes.

Vi Draco e Minerva aparecerem na curva do corredor. O loiro parecia irritado com algo, enquanto que a diretora parecia preocupada.

– Mas porque não lhe podemos dizer? – Perguntou Malfoy. – Ela já não é nenhuma criança!

– Senhor Malfoy, ela tem 17 anos – argumentou Minerva.

– Na idade dela, já todos nós tínhamos passado por mais – disse ele. – Minerva, por favor, deixe-me falar com ela!

– Essa decisão não lhe cabe a si tomar, Draco. – Afirmou Mcgonagall e pelo tom de voz, era a sua decisão final.

Eles continuaram a andar até passarem a curva do corredor.

James soltou-me e ajeitou as roupas.

– Pensei que tinhas dito que ninguém nos conseguia ver – disse irritada.

– E não podem – assegurou. – Mas de certeza que se eles tivessem batido em nós, nos iriam descobrir. Não achas? – Perguntou irónico.

Bufei e tentei acalmar-me.

Suspirei e senti os cabelos voltarem ao normal.

– Pronto, desculpa – disse. James ficou surpreso com as minhas palavras mas não disse nada.

Continuamos o nosso caminho até á biblioteca. Era estranho estar ali á noite.

– Nada mais horripilante do que eu estar numa biblioteca a estas horas – afirmou James. Aparentemente ele pensava como eu.

– Até parece que tu entras na biblioteca em alguma hora do dia – brinquei.

– Tens razão – concordou com um sorriso. – Vai procurar o que queres – apontou para duas portas de metal no fundo da biblioteca. Área Reservada!

Sai de debaixo da cama e caminhei até aquela zona.

Abri as portas que rangeram e entrei. Senti James atrás de mim.

Comecei á procura numa das estantes, enquanto que o Potter começou noutra. Quem diria que seria James Potter a ajudar-me quando eu precisava. Sorri.

“Poções Malignas”, “ Horcruxes – Vantagens e Desvantagens” , “Como controlar Dementores”

Li os títulos de vários livros. No final da estante, estava confusa. Se aqueles livros eram perigosos porque é que ainda os tinham na biblioteca. Quer dizer, qualquer aluno os podia ler ali. Qualquer aluno com uma capa de invisibilidade.

Percebi que James estava muito calado e resolvi procura-la.

Encontrei-o encostado a uma estante com um livro pequeno e verde, com aspeto de velho, nas mãos. James tinha um pequeno sorriso nos lábios e os seus olhos brilhavam.

– Grande ajuda! – Afirmei, assustando-o.

James deixou cai o livro e olhou para mim. Depois sorriu.

– Eu disse que te trazia – baixou-se e apanhou o livro. – Não que te ajudava a procurar. Além disso, isto – mostrou-me o livro, - é demais.

Li a capa.

“1001 Partidas para se fazer”

– Pergunto-me porque será que está na Área Reservada – disse ele.

–Porque será – afirmei irónica.

–Até parece que alguém iria ler o livro e colocar todas as partidas em ação – afirmou ele a brincar.

Não me dei ao trabalho de responder. Algo captou a minha atenção.

Ao lado da cabeça de James, estava um livro enorme e preto. Encaminhei-me até ele, e vi James surpreender-se com a minha aproximação mas quando viu que eu queria o livro desviou-se. Peguei no livro e coloquei-o numa das mesas.

O livro estava coberto de pó. Com um assopro de ar, limpei-o.

Com letras elegantes e prateadas, o título estava gravado na capa.

“ A mui antiga e nobre família Black”

Sorri. Era este mesmo o livro que andava á procura.

– Encontraste-o – afirmou James. – E agora?

– Agora, leio-o – informei.

James bufou mas não disse nada, em vez disso, sentou-se á minha frente e continuou a ler o seu livro verde.

Abri o livro. Na primeira página vi um brasão com as palavras “toujours pur” gravadas. Três cães negros rodeavam um emblema com duas estrelas e uma espada. Então aquele era o brasão Black?

Outra pagina virada, e um texto apareceu. Estava escrito em outra língua pelo que nem me dei ao trabalho de perceber.

Passei várias páginas e começaram a aparecer fotografias.

Uma fita preta com um nome em prateado encontrava-se no topo da página. “ Aladfar Black” Logo a seguir uma foto de homem, e depois a suas descrição.

Aladfar foi o primeiro Black conhecido da história. Nasceu em 657 a.C e morreu a 698 a.C. Morreu devido a causas desconhecidas.”

O texto continuava mas eu centrei-me na fotografia.

Um homem com aparentes 30 anos olhava-me com imparcialidade. O cabelo era preto e tinha uns olhos cinzentos enormes.

Virei a página e encontrei uma mulher loira de olhos azuis.

“Araminta Meliflua”

Continuei a virar as folhas. Pollux Black. Finius. Cassandra. Elladora... e muitos mais. Aparentemente, ter cabelos pretos e olhos cinzentos era algo comum na família Black, no entanto existiam alguns loiros e olhos azuis.

Finalmente, encontrei nomes que reconheci.

Sirius Black.

Vi o mesmo homem que tinha visto na sala dos quadros, a olhar para mim. Os mesmos cabelos, os mesmos olhos, o mesmo sorriso maroto.

Andromeda Black Tonks

Calculei ser a avô de Ted.

Narcisa Black Malfoy

A mãe de Draco.

Draco Black Malfoy

Scorpius Hyperon Malfoy

Teodore Tonks Lupin

Outra página virada.

A meio da página estava uma foto minha. Eu aparentava ter 16 anos.

O quê? Como?

A página estava incompleta. No meu nome apenas aparecia Andrea Black, e na descrição a minha data de nascimento.

Deixei o livro aberto naquela pagina e encostei-me para trás na cadeira.

Eu tinha razão. Eu era adotada. Eu era uma Black!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiro, o brasao dos Black é mesmo assim! Toujours Pur, significa SEMPRE PURO!
Um pouco obvio, nao? ahahah
Segundo, o que acharam da conversa do Draco e Minerva?
Terceiro, ela é uma Black? Como? O quê? Filha de quem?
Quarto, porque é que eu nao recebo comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Cursed Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.