The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Ola, boa leitura
bj
POV JAMES
– Não é justo Ted – reclamei. – Eu só tenho 17 anos, como é que eles querem que eu me decida sobre o que fazer a minha vida inteira?
– James, ninguém está a pedir que tu decidas sobre a tua vida inteira – argumentei. – Só que penses em algo para fazeres assim que acabares a escola.
– Como o quê? – Questionei. – Ser jogador de Quidditch, como a minha mãe foi? Ou auror, como o meu pai? Ou talvez quem sabe eu vá trabalhar para a loja do tio George como o tio Ron foi no início!
Ted riu-se e abanou a cabeça.
– Acalma-te James – pediu a rir. – Diz-me o que gostas de fazer?
Pensei um pouco. O que eu gostava de fazer?
– Dormir, meter-me com miúdas e fazer partidas – respondi.
Ted abriu a boca várias vezes antes de falar.
– Não há mais nada? Por exemplo, jogar Quidditch? Duelar? Ou algo assim?
– Eu gosto de Defesa contra as Artes das trevas – admiti. – Mas não quero virar Auror!
– Então se tu gostas dessa disciplina e gostas de brincar com os alunos, porque não… - alguém bateu á porta interrompendo-o. – Sim? – Perguntou ele, alto.
Vi uma cabeleira preta entrar e parar a olhar para mim.
Andrea parecia meio que desesperada.
– Eu… eu... – começou. – Eu não sabia que tu estavas aqui – disse-me.
– Não te preocupes – afirmei. – Eu posso sair…
– Não precisas – afirmou. Levantei a sobrancelha. Andrea Jones a dizer-me que eu podia ficar com ela na mesma sala? – Eu só preciso de perguntar uma coisa a Ted.
Assenti com a cabeça.
– O que posso fazer por ti? – Perguntou Teddy.
Andrea deu um passo em frente e suspirou. Parecia ganhar coragem.
– Eu gostaria de ler um livro que está na Área Reservada – admitiu. Vi Ted arregalar os olhos, e calculei que também o tivesse feito.
– Área Reservada? – Questionou Teddy. – Que livro?- Perguntou desconfiado.
– Eu gostaria de procurar mais informações sobre metamorfose – defendeu-se Andie. Reparei que ela mentia, mas não disse nada.
– Metamorfos? Pensei que os livros sobre isso não estivessem na área reservada – disse Ted, desconfiado.
– E não estão – admitiu Andrea. – Mas eu gostaria de procurar mais. E a Rose disse que existem livros com as linhagens das famílias. Tu próprio disseste que era genético, então porque não procurar metamorfos na árvore genealógica?!
– Que livro queres? De que família?
Andrea suspirou.
– A família Black – respondeu.
Família Black? O que andava Andrea á procura na família Black?
– Desculpa, Andrea, mas não te posso ajudar – disse Ted. Andrea abriu a boca, mas Ted interrompeu-a. – Não vale a pena insistires. Esse livro está na Área Reservada por um motivo, vamos deixá-lo lá ficar.
Andrea endireitou os ombros e eu vi o esforço que ela fazia para não se descontrolar.
– Ok, professor, muito obrigada pela ajuda – disse e virou costas, saindo pela porta.
Quando esta se fechou olhei para Ted. O metamorfo estava vidrado na porta de madeira.
– Porque não a ajudaste? – Questionei.
– Aquele livro não é suposto ser lido por alunos – informou e virou-me as costas.
Suspirei e sai da sala.
Vi Andrea andar ao longe e corri até ela.
– Hey, ruivinha – chamei-a.
– Eu não sou ruiva, Potter – disse ela irritada, tal como eu esperava. – Agora, deixa-me em paz.
– Eu posso ajudar-te a conseguires o livro – disse e ela parou de andar. Olhou para mim. – Se me contares o verdadeiro motivo para o quereres.
– Como? – Quis saber.
– Quando entrei para o primeiro ano, eu roubei umas coisinhas ao meu pai – admiti. – Diga-mos que são coisas que me permitem andar por Hogwarts sem ser visto.
Vi os olhos dela brilharem de espectativa.
– Tu tens de me ajudar – afirmou.
– Só se me disseres para que queres o livro – argumentei.
– Metamorfose – respondeu rápido demais.
Ri-me.
– Não me consegues enganar com essa conversa – disse. – Eu vejo a mentira nos teus olhos. Diz-me a verdade e eu ajudo-te. Mente-me e nunca terás o livro.
Andrea olhou para os lados do corredor. Parecia que tentava decidir-se se me contava ou não. Depois suspirou.
– Eu acho que existem coisas nessa família que eu preciso saber – disse.
– Tais como? – Incentivei-a a continuar.
– Tais como quem é o ultimo descendente – respondeu.
Olhei para ela sem acreditar.
– Não me digas que ficaste a pensar no que te disse? – Ela não me respondeu. Quem cala, consente. – Sério, Andrea? O último descendente da família Black é o Scorpius. E antes dele, o Ted. Não há mais ninguém!
– Já que tens tanta certeza nisso, não vejo mal nenhum em me deixares ver o livro – argumentou ela.
– Vamos meter-nos em sarilhos – disse eu.
Vi Andrea rir-se.
– E desde quando James Sirius Gostoso Potter recusa meter-se em sarilhos? – Perguntou ela, sarcástica.
– Gostoso? – Perguntei com um sorriso malicioso na cara.
– É o que tu tens escrito na porta do teu quarto – defendeu-se ela. – Não penses coisas! Agora, ajudas-me ou não?
Suspirei e sorri.
– Vamos a isso! – Concordei. – Hoje á noite. Espera por mim há meia-noite no Salão de Gryffindor. A essa hora já todos estão na cama.
Andrea assentiu com a cabeça, sorriu e recomeçou a andar em direção á torre de Gryffindor.
Espera! Ela sorriu? Para mim?
Eu nunca iria compreender Andrea Jones. Umas vezes quase que me matava, e agora sorria-me? E que história era essa de ser descendente dos Black?
Ela não devia estar boa da cabeça. A falta de horas de sono estavam a afetar-lhe a cabeça!
POV ANDREA
Subi para o dormitório rapidamente. Faltavam 2 horas para o jantar, e eu não tinha nada para fazer.
Arrependi-me da minha decisão, assim que entrei e vi Lisa e as amigas sentadas na sua cama a rirem-se. Quando me viram calaram-se e Lisa esboçou um sorriso irónico.
– Olá, Andrea Jones – cumprimentou-me. – Ou devo dizer Andrea Não-Jones?
Olhei para ela confusa.
– O que me chamaste?
– Ora, querida, não te faças de desentendida – levantou-se e caminhou até mim. Entregou-me um papel. A carta que eu tinha recebido. – Eu sei que tu não és quem dizes.
– Tu mexeste nas minhas coisas? – Perguntei, sem acreditar.
– Tu deixaste-as á vista – defendeu-se. – Mas eu sempre soube que tu escondias algo.
– Caso não saibas ler, a carta diz que eu não sabia de nada – disse irónica e irritada.
– Não te armes em esperta – disse Lisa. – Tu não és nada! Repara bem, que nem os teus próprios pais quiseram ficar contigo. Imagino a desilusão da tua mãe quando te teve.
Aquilo foi longe demais. Eu nem ainda sabia o que realmente se passava e já estava a ser criticada e gozada por isso?
Senti os meus olhos arderem e um arrepio no pescoço. Vermelho!
– Nunca! Nunca mais fales comigo assim – disse calmamente, o que era ainda mais assustador pois eu fervia por dentro. – Estamos entendidas?
– Espera até toda a escola saber sobre isto – disse ela.
Não me controlei. Rapidamente, retirei a varinha do bolso.
– Estupefaça – gritei. Vi Lisa ir contra o armário do quarto. – Tu não vais conter isto a ninguém. Estamos entendidas?
Lisa assentiu com a cabeça, incapaz de falar. Olhei para as amigas dela, e todas me olhavam com medo. Otimo!
Peguei na carta e sai do dormitório.
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comentem!!!