Em um canto do salão, Eric e Nikki haviam se levantado com dificuldade e se equilibraram com mais dificuldade ainda, para dançarem. Estavam suados por falta de glicose no sangue e cruzavam as pernas ao dançar, mas até que se situavam bem pelo salão.

– Macaquinha… - a voz ralentada de Eric estava rouca no ouvido de Nikki e só ela conseguia entender.

– Adoro quando você me chama assim, sabia? É tão sexy! - Ela riu, quase que sadicamente.

– É? - Eric a puxou mais para perto de si e beijou seu pescoço, dando leves chupões, mordiscou a orelha dela e chegou até a boca da loira, distribuindo beijos por onde passava. Os dedos dela subiam e desciam no corpo de Eric, enrolavam-se nos cabelos loiros dele, agarravam com força a camisa, tanta força que pareciam ceder a qualquer momento.

– Macaquinha?

–Que foi?

– Eu vou me mudar. - ele confessou e a olhou, tentando se manter sério.

E foi em questão de segundos que Nikki recuperou a consciência.

– Como? - Pasma, olhou-o fixamente.

– Eu vou sair da cidade.

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Connie e Theo estavam em algum lugar perto da mesa, e Connie comia quase sem respirar, enquanto fungava.

– Connie, você vai engasgar! - Theo advertiu-a, tirando algum lanche da mão dela.

– Eu não acredito nisso! Ninguém liga pra mim! Eu fiz tudo pra ele e ele fez isso comigo? É muita humilhação! - Ela engoliu mais um pedaço do doce de abacaxi.

– Não fala assim, princesa… CONSTANCE! - Theo alterou sua voz e chamou a atenção da menina, que o olhou assustada. - Você vai engasgar! Para de comer! - Ele tirou tudo da mão dela, puxando-a pela mão até a arquibancada.

– Ninguém liga pra mim, Theo! Ninguém quer saber de mim! Ninguém se preocupa com o que eu tô sentindo. Eu fui humilhada na frente de todos da nossa sala! Edward acabou com tudo o que eu tinha de mais importante, jogou fora tudo o que eu sentia, me humilhou, eu tô me sentindo um lixo! Ninguém se importa comigo de verdade.

– Princesa! Pára… Eu amo você! Eu me importo com você, estou aqui agora, não estou? E não vou sair daqui sem você rindo. Ele é um babaca e por mais que tenha demorado, você conseguiu ver isso. Amanhã vai estar tudo normal, ninguém vai se lembrar, porque você é a Connie, Constance que todo mundo adora, a mocinha esperta, bonita e que todo mundo respeita e ama. É a minha Connie, a minha cachinhos dourados. Eu me importo com você. Posso não ser a pessoa que você quer que se importe ,mas não diga que ninguém se importa porque é mentira. - Ele limpou as lágrimas dela e sorriu.

Connie o analisou, fitou-o profundamente com aqueles enormes olhos castanhos dela, e numa fração de segundo já estava com a sua boca colada na dele. Tinha sido um impulso e ela sabia disso, mas o quão errado esse impulso poderia estar, ela não fazia nem idéia.

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–Então quer dizer que Brooklyn é a pegadora, dj, bonitinha e fofa do colégio?- Connor brincou.

– Você deve estar me achando uma galinha, né? - Ela escondeu o rosto no pescoço dele. - Desculpe. - Ela levantou rápido.

– Olha, acho que não orna muito com o seu tipo, mas eu gosto de você mesmo assim. Você tem um coração enorme e eu percebi isso assim que te vi no Tower. Então, tá valendo.

– Acredite: eu tenho motivos para isso. Eu não queria, mas foi a única saída.

– Quer me contar?

– Não…

– Pof! - Ele fingiu um soco , com a tirada que ela havia lhe dado e arrancou um sorriso dela.

– Desculpe, não foi ignorância, eu só prefiro não falar…

– Tô brincando, relaxa! - Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da sua orelha e a olhou. - O seu sorriso… É muito lindo.

– Você tá me deixando sem graça… E você ficou lindo de Batman.

– Quase um fetiche, né? - ele riu para quebrar o gelo.

(When I Was Your Man - Bruno Mars)

(Safe And Sound - Taylor Swift)

Ela gargalhou alto.

– Sério agora… você tem algo que me intriga…

– Hum…

– Mas você tem o rosto bonitinho, então eu gosto de você… - Ele mirou a boca dela. - Muito.

A mão dele na cintura definida dela. A mão dela no cabelo dele. Os olhos dela nos dele. Uma mesma frequência de corações batendo, as pernas bambeando e a respiração ofegante. Uma boca esperando a outra. Apenas alguns dias, mas ele sabia que o que sentia era avassalador, talvez só uma paixão, mas era intensa nessa hora e nada mais importava.

O espaço entre os lábios de Brook e Connor foram diminuindo, e ao roçarem de leve um no outro, Connie agarrou o pulso da amiga e a puxou com força, arrastando-a para longe dela.