Broken Angel escrita por lotusflower


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

fiquei com vontade de postar mais um! Hahaha :D ps: no negrito, pode clicar :D



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– Oi. - Ela arrumou o porta retrato e se virou pra ele. - Você me evitou a semana inteira, depois do...

–É. Evitei.

– O que foi? O que eu fiz de errado? Você não me acha bonita? Não me acha boa pra você? Me diz qual é o problema comigo! - Ela pediu.

Theo riu cínico e se jogou na cama.

– Você é linda e sabe disso. Mas o que tem de errado? O que tem de errado é que você não gosta de mim. Você só quer tapar o buraco que Edward deixou em você, e como já somos amigos há muito tempo, achou que poderia usar a amizade como desculpa por uma paixão falsa.

– Theo, você sabe que é mentira!

– Não é. Eu te conheço muito bem.

–Mas eu te...

– Eu também te amo. Muito. Mas não do jeito que você tá pensando. Não tem nada de errado com você ou comigo. Mas entenda que eu sou só o seu melhor amigo e você é minha melhor amiga. Eu não te amo de outro jeito. Não te vejo como nada além de minha irmã quase gêmea, companheira de todas as horas. Connie, eu não amo você do jeito que você imagina e nem quero. Só quero a minha amiga doida.

– Mas eu achei que...

– Eu sei o que você achou. E eu sei que não foi certo eu te evitar, mas eu decidi te dar um tempo, pra ver se você reorganizava essa sua cabeça oca aí.

– Você é gay? Por isso que não me quer?

– CONNIE! Pára! Eu não sou gay!

– Então você tá namorando e...

–NÃO! Connie! Presta atenção! - Ele segurou o rosto da garota loira que estava sentada em sua frente, de olhar perdido. - Eu não sou gay, eu não estou namorando, estou ficando com uma garota aí, mas não namorando. É que eu só te quero na friendzone. Nem você me ama. Você não me ama. Entendeu? E eu não te amo. Não desse jeito, pelo menos. Você está fazendo isso porque o Edward te machucou, mas não adianta. Você sabe aí dentro que nada disso é verdade.

Connie deixou algumas lágrimas escorrerem, como se tivesse acordado do transe e Theo limpou suas lágrimas com o polegar, abraçando-a depois.

– Desculpa, Theo... por favor, não pense coisas ruins sobre mim. Eu só não sei o que fazer... O Ed me machucou muito, eu não acredito que ele fez isso comigo e eu preciso dele.

– Tá desculpada, mas não me beije novamente... A gente se conhece desde bebês e é como se eu estivesse beijando minha irmã... O que não é nada legal... E pensar coisas ruins... hm, não dá mais tempo... Isso aconteceu há alguns anos já. - Ele riu fraco e ela o acompanhou. - Esquece ele, você tem amigos, e milhares de outros carinhas no seu pé... Sem contar que agora que você tá solteira, pode tirar mais tempo pra você mesma... Partiu cinema?

Ela sorriu e ele lhe deu um beijo na testa, enquanto ela se arrumava para saírem.

Brook entrou no quartinho para se trocar e quando olhou pela janela viu o céu escuro como nunca esteve estes outros dias, o que indicava que o inverno estava chegando e parecia chegar bem rude. Fechou o vitrô, calçou seus tênis, colocou uma touca de crochê que estava em sua bolsa e saiu. Despediu-se do dono e do caixa e deixou o estabelecimento.

Andou até a calçada tranquilamente, quando ouviu passos atrás de si. Parou e olhou para trás, mas não viu ninguém, notou sua respiração acelerar e voltou a caminhar, mais rapidamente dessa vez. Agarrou-se a sua bolsa mais firmemente quando os passos continuaram, porém ela não parou de novo. Ela estava quase correndo quando os passos pararam. E ela ainda estava longe de casa. Estranhando, ela se virou para trás de novo e não viu nada nem ninguém. Seu rosto estava vermelho de nervosismo e os olhos quase enchendo de lágrimas... Infelizmente os fantasmas ainda não haviam abandonado sua mente.

Quando ela se virou para prosseguir caminho, viu um homem parado e deu um pulo, seguido de um rápido susto.

– Hey, sou eu! - Connor apareceu na fresta de luz que o poste fazia.

– Ai, Con! Meu Deus! Que susto! - Ela colocou a mão no coração e normalizou sua respiração.

– Desculpa, não queria te assustar, só te... surpreender. - Ele estendeu um buquê de flores amarelas e brancas, tão alegres quanto o rosto jovial da moça que estava à sua frente. Ela, no mesmo instante sorriu.

– Que lindas! Obrigada. - Ela olhou para dentro dos olhos dele e ele piscou para ela.

– Sabe... a gente meio que nem se falou direito depois do que aconteceu na festa... Sempre com interrupções. - Brooklyn entendeu o que ele quis dizer com interrupções, era tudo em relação ao beijo que eles nem começaram.

– É... - Ela retomou a caminhada.

– Saiu agora do trabalho?

– Saí. E você, teve treino?

– Sim. E reunião com o treinador.

– O que ele queria?

– Queria pedir alguns conselhos sobre os pontos fracos do BeaverCreek. Minha antiga escola já ganhou deles.

– Ah.

– Posso te acompanhar até em casa, senhorita?

Ela parou e fitou o asfalto. Era perigoso tanto para ela quanto para ele, engatar em algum laço afetivo. Mas ela tinha passado todo esse tempo sem saber o que era amor, e agora que estava prestes a descobri-lo, com o garoto que fazia suas mãos tremerem e sua testa suar frio, perder a fala e tudo mais, não podia perder a chance. Já tinha renunciado a muita coisa nessa vida de “fugitiva” de seu pai. Inclusive sua mãe. Dentro da guerra de sua cabeça, seu coração gritou mais alto. Ela deixaria tudo seguir seu curso natural, mas se algo acontecesse dentro de dois dias, contaria para ele sobre tudo. Pelo menos, se ele quisesse se mandar, ele saberia porque e ela não se apegaria tanto.

– Claro. - Ela sorriu e Connor se mostrou capaz de ser mais fofo, pegando a bolsa dela e a abraçando pelo ombro, protegendo-a da brisa congelante.

Eles caminharam entre conversas banais, sobre escola, amigos, time e tudo mais, até que chegaram na faixada coberta por flores da casa da Sra. Finn.

– Sua mãe gosta de flores pelo jeito... - Ele brincou, enquanto observava ela colocar o buque num vaso que estava vazio, com o maior cuidado.

– É...- Brook concordou e se virou para ele, e ele entregou a bolsa à ela. - Obrigada pelas flores e... pela companhia até em casa - ela sorriu e olhou pra ele.

Connor chegou mais perto dela e a abraçou, sussurrando em seu ouvido:

– Será que a gente pode continuar de onde paramos?

– Acho que sim. - ela sussurrou de volta.

Ele se afastou um pouco, o suficiente para mirar a boca dela e deseja-la, quando a porta da frente se abriu.

– Brooklyn, é você... Ah, desculpem. Podem continuar! - A sra. Finn fechou a porta novamente e os dois riram.

– Acho que não querem que a gente se beije... - Connor brincou.

– Teoria da Conspiração! - Ela riu.

Connor olhou para os dois lados e olhou de volta pra ela.

– Acho que agora não tem ninguém.

– Tomara mesmo.

Ele a segurou pela cintura, aproximando-a mais para perto dele e selando o primeiro beijo deles. Era de longe o beijo mais mágico de cada um, algo que nunca sentiram em outros beijos estavam sentindo agora, como correntes elétricas e faíscas saindo dos dois.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Finalmente! Heheh! Curtiram o first kiss? :D eu amei... Obrigada por lerem e comentem!!!! bjoos