Lembranças escrita por Le Sterwinche


Capítulo 30
Espírito de vingança


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeeeeente que saudades imensas de postar aqui, mas meu tempo está escasso demais, eu não tenho mais tempo para nada, no começo do ano pensei que daria conta de tudo isso, mas está sendo mais difícil do que eu esperava, a escola cobra demais dos alunos, e eu tenho que estudar bastante para as provas que acontecem sempre, e também tenho tido muitos trabalhos e projetos, estou até indo para outras cidades para fazer filmagens e entre outras coisas, mas isso não vem ao caso, só peço desculpas pelo atraso, mas eu estou tentando, juro.
Quero agradecer a linda recomendação de Julie Granger, fiquei emocionada com suas palavras amor, muito obrigada pelo carinho.
Bom, este é o penúltimo cap, eu espero que gostem bastante, comentem e boa leitura meus amores.



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Rony.

Eu estou sentindo falta do meu melhor amigo, estou desolado, estou diferente de todas as vezes que já me senti na vida. Por que eu poderia ter todos os tipos de desavenças e brigas, poderia ter raiva e ódio dele ao mesmo tempo, mas ele era o meu melhor amigo, era meu parceiro e eu sinceramente não posso deixar isso em pune. Hermione é pura demais, talvez ela não esteja com nenhuma espécie de ódio no coração por que ela é uma pessoa boa, mas eu sim. E sei também que não vou sossegar até encontrar Pether e seu irmão Ethan e os fazer pagarem pelo o que fizeram e por ter deixado esse sentimento terrível em todos nós.

Duas semanas depois, Ethan estava preso em Azkaban, estávamos perseguindo ele e Pether, sem nos mostrar, eles estavam com medo, dava para ver em suas feições, fugiram para o outro lado do mundo, mas nós os encontramos.

Tive piedade de Ethan, pois ele era apenas um pau mandado do irmão, um tolo, não teria feito nada se o irmão não tivesse planejado tudo e lhe mandado fazer as coisas. Agora me restava Pether, eu sabia onde ele iria por que estava fugindo e eu estava apenas esperando sua chegada. Quando ele chegou ao local, se espantou ao me ver, mas acabou forçando uma risada.

– Então era você – ele disse surpreso.

Estupefaça – grito sorrindo, o que fez seu corpo bater na parede e sua varinha chegar em minhas mãos. – Agora não tem mais com quê se defender.

– Não tenho medo de você – ele disse com um tremor na voz – Aposto que veio aqui para se vingar da morte de seu querido amiguinho, não é?

– Ao menos é inteligente. Uma qualidade encontrada. – finjo espanto.

– E você burro o suficiente, para mesmo depois do que aconteceu com Harry ainda vir aqui. Posso fazer com sua amiguinha, como ela se chama mesmo? Hum... Hermione?

Senti o sangue ferver em minhas veias, cerrei os pulsos.

– Você prendeu o meu irmão, de novo, e agora os reforços em Azkaban estão mais terríveis do que nunca, não sei se ele ainda sairá de lá com vida e com consciência. E não vou deixar isso em pune.

– Está me ameaçando? – indago sorrindo.

– Sim.

– Você merece morrer, você vai morrer – digo com ódio, deixando ele dominar todo o meu corpo – Mas apenas morrer seria muito fácil, eu tenho que fazer você sofrer antes. Sofrer muito. CRUCIO!– Aponto para ele que cai no chão se contorcendo de dor.

– Rony – sua voz estava falha – Pare... Eu... Me... Arrependo.

– ARREPENDIMENTO NÃO IRÁ TRAZER HARRY DE VOLTA. CRUCIOOO! – vi lágrimas de dor descendo pelos olhos de Pether e era exatamente isso o que eu queria.

Após quarenta em cinco minutos de puro sofrimento para Pether eu vi o sofrimento em seu rosto, acho que já estava a beira de sair da lucidez.

Avada Kedavra!

Cuspo em seu corpo antes de desaparecer. Tinha me vingado, minha consciência estava tranquila, eu sentia que poderia seguir em frente por que a morte do meu melhor amigo estava vingada, e eu sei que ele era bom o suficiente e que se fosse ao contrário ele nunca mataria Pether, mas eu sei também que ele sabe que eu não sou assim, sorri lembrando do testa rachada e voltei para casa.

Hermione.

A gravidez tem sido bastante difícil, a falta de Harry só aumenta dia após dia, pensei que quando o tempo passasse as coisas mudariam e iria ficando cada vez mais fácil aceitar e conviver com tudo o que aconteceu, mas me enganei, ao me olhar no espelho eu sempre sinto um tipo de sentimento do qual não sei explicar, quanto mais minha barriga cresce mais eu penso em como seria se Harry ainda estivesse aqui, como ele agiria e como ele seria cuidadoso e atencioso comigo.

A parte mais importante é que estou grávida de um garoto, um garoto do qual os médicos dizem ser forte e saudável, pelo menos nisso eu tive sorte, não consigo criar uma imagem dele em minha mente, não sei se fico ansiosa ou apreensiva com seu nascimento, nunca imaginei que fosse ser mãe solteira, ou melhor, talvez isso passasse algumas vezes, apenas ligeiramente pela minha cabeça, mas eu realmente nunca pude imaginar em ser mãe de um filho que não teria um pai... Vivo.

Já estou com oito meses e três semanas, falta pouco para o garoto nascer, escolhi seu nome e será James, em homenagem ao pai de Harry e ao próprio Harry que também tinha James em seu nome, todos concordaram e disseram que é um lindo nome.

Os Weasley’s estão me tratando melhor do que já me trataram algum dia, se é que isso possa vir a ser possível, mas eles estão agindo como se esse bebê fosse um membro de sua família e minha mãe... Bom, minha mãe eu não preciso nem falar, ela está me mimando mais que o necessário e às vezes eu acabo perdendo a paciência com ela. E apesar de que o Rony tenha matado Pether e mandado Ethan para Azkaban, todos estavam felizes com ele, e até com sua atitude, nos sentíamos mais seguros de qualquer coisa.

Deito para dormir, está tarde. Tenho um sonho estranho, uma coisa me puxando para baixo, estou sufocando, como se a morte estivesse querendo me levar, ouço choros, gritos e com um sobressalto acabo acordando, minha respiração está ofegante demais e eu quase perco o fôlego, tento me ajeitar mas percebo algo errado, olho para a cama que está encharcada e sinto uma forte dor na barriga.

– Mãaaaaaaae – grito, com medo de talvez ela não escutar, grito novamente, desta vez mais alto – Mãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaae, vem aqui, por favor.

Ela chega atordoada no quarto ainda de pijama com a face tomada pelo desespero de quem acaba de acordar com um grito.

– Oh céus! O bebê vai nascer, mas não estava previsto para hoje estava? Ele iria nascer daqui à duas semanas. O que houve?

– Mãe eu não sei – quase não consigo falar com tamanha dor – Pelo... No-nós te-te-temos que ir...

– Elviiiiiiiiis – mamãe grita chamando meu pai que chega em um segundo com as coisas prontas – Vamos logo.

Entramos no carro, mamãe ia no banco traseiro segurando minha mão enquanto eu soluçava chorando.

– Calma minha querida, já estamos chegando – tentava me acalmar.

Quando chegamos ao hospital eu já estava suando frio, mas como já há muito tempo havia decidido, eu não queria ser cortada então resolvi ter um parto normal.

– Força menina – dizia o médico que estava acompanhando minha gravidez desde o inicio.

Soltei um grito desesperado e forcei bastante, mas estava doendo demais e eu estava começando a ficar tonta, minha vista estava embaçando.

– Falta pouco – escutei o médico dizendo.

Pus força novamente e deitei com a cabeça no travesseiro exausta, minha vista estava embaçada e eu estava pingando de suor. Fechei os olhos e com a mesma ligeireza os abri, vi uma cena da qual nunca irei esquecer. Harry estava sorrindo ao lado do médico, mas ele estava diferente, estava mais... lindo Seus olhos verdes brilhavam olhando atentamente para mim, seu sorriso maravilhoso continuava entre os lábios e eu senti lágrimas mornas descendo pelo meu rosto, não sabia mais onde encontrar força, minhas pernas tremiam, sabia que era uma ilusão e que eu não podia fechar os olhos por que quando os abrisse novamente Harry já teria desaparecido, tentei me concentrar em sua imagem que dizia: Força Mione!

Meus olhos ardiam e eu não podia mais deixa-los abertos, fechei-os pondo novamente força, a que eu não tinha colocado antes, escutei um choro ao longe, dei um pequeno sorriso, abri meus olhos novamente e Harry continuava ali sorrindo para mim, como se dissesse que eu tinha ido muito bem, então desmaiei exaurida.

Acho que passaram-se horas, não sei ao certo, mas quando acordei já estava em um quarto de hospital, deitada em uma cama e minha mãe estava ao meu lado.

– Onde James está? – pergunto – Onde Harry está?

Minha mãe me olha confusa com a segunda pergunta.

– Querida, você está fraca, perdeu muito sangue, e por conta dos medicamentos deve estar se confundindo, Harry não está mais nesse mundo...

– Não mãe, ele está sim eu o vi – grito sentindo as lágrimas pesarem novamente em meus olhos, grito na tentativa de não escutar a realidade chegando em minha vida – Eu o vi, juro, ele estava lá mãe, ele estava – começo a chorar sem parar, soluçando e mamãe me abraça.

– É claro que ele estava meu amor, ele está vendo tudo. Mas não presente aqui...

– Não... – ponho as duas mãos em meu rosto, percebendo enfim que tudo não tinha passado de uma alucinação. Mas era uma alucinação bonita, boa, maravilhosa e eu queria muito mais dela, mas não sabia ao certo se aquilo aconteceria de novo. Escuto um choro fino e agudo ecoar pelo quarto, tiro minhas mãos do rosto e tiro ele do braço da enfermeira.

O seguro um pouco sem jeito, mas acabo aprendendo imediatamente, minhas lágrimas pingam em seu rostinho frágil e branco, tento parar de chorar. É impressionante o modo como uma coisinha tão pequena dessa já havia roubado meu coração e eu já o amava, muito. Seus olhos continuam fechados e a enfermeira diz que eu tenho que descansar e que ele tem que ir para outro lugar, fazer os exames. Concordo, mas antes peço um segundo. Beijo o topo de sua cabeça e logo após o entrego para ela.


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