Lembranças escrita por Le Sterwinche


Capítulo 31
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, vou deixar para chorar nas notas finais. Pro caso de vocês não entenderem esse começo eu vou explicar, lembram que eu perguntei sobre o capítulo bonus com o que havia acontecido logo após o prólogo? Bom, eu resolvi não fazê-lo e como Epílogo é a continuação do Prólogo, achei melhor por aqui. Até lá em baixo beijos. Leiam as notas finais por favor.



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– NÃAAO – Harry grita correndo até Hermione pegando-a rapidamente e pondo sua cabeça que estava sangrando em seu colo.

Ele se vira e não ver mais ninguém, os homens haviam desaparecido. Harry tem que chamar Rony, mas não pode deixar Hermione ali sozinha. Ele a pega nos braços e sai andando até a loja da qual eles haviam se abrigado. Rony rapidamente olha para Harry assustado.

– O que aconteceu com Hermione? – pergunta Rony estupefato.

– Não sei. Eu... Rony eles apagaram a memória dela. – responde Harry tristemente.

– Então, o que fazemos agora Harry? – Rony estava desesperado.

– Eu não sei Rony, eu não sei. Temos que leva-la para sua casa – diz Harry segurando Hermione em seus braços novamente, o que deixou Rony um pouco ciumento, mas entendeu a gravidade do assunto e acabou não dizendo nada.

Quando chegaram à casa de Hermione, seus pais que não haviam entendido nada olharam diretamente para Harry assustados.

– O que aconteceu com a minha Mione? – perguntou Joanne perplexa.

– Apagaram a sua memória.

– Não – berrou Jo – Não, não posso acreditar que ela vai passar o mesmo que nós passamos.

– Vocês tem que leva-la ao hospital, ela machucou a cabeça, está um corte feio. Deem-me um pano, rápido. – pede Harry apressado quando sente sua calça encharcar de sangue.

Sr Granger rapidamente trás um pano e o entrega a Harry. Ele põe rapidamente o pano na cabeça de Hermione que está deitada em seu colo. Ele pressiona o pano fortemente na cabeça dela tentando estancar o sangue. Com uns trinta minutos o sangue havia estancado e Harry suspirou aliviado. Eles a levaram rapidamente ao hospital, lá ela fora atendida, eles fizeram curativos em sua cabeça e estava “tudo” bem. Duas horas se passaram e Hermione ainda estava desacordada, não pelo feitiço, mas sim pela pancada. Depois de muito tempo ela se mexe.

– Me dêem um segundo, por favor – disse Harry quando viu Hermione acordando.

Rony quis protestar, mas sabia que Harry sempre fora mais ligado a Hermione do que ele mesmo. Todos saíram do quarto onde Hermione se encontrava. Seus olhos abriam lentamente, quando viu Harry se assustou e logo tentou se sentar na maca, mas não conseguiu.

– Quem é você? – perguntou confusa e com medo. – QUEM É VOCÊ – Hermione grita assustada.

– Calma – Harry passou a mão pelo rosto de Hermione.

– CALMA? Por que você está fazendo isso? Nós nos conhecemos desde quando? – Hermione se afasta – SOCORRO, SOCOOORRO – grita Hermione.

Harry vai até ela e tampa sua boca, assim ela fica mais desesperada e começa a se debater, mas Harry é bem mais forte e a segura.

– Você não lembra mesmo de mim? – pergunta Harry com os olhos marejados.

– E é para lembrar? Olha moço eu vou chamar a policia – ela começa a falar um pouco mais alto. – Pelo amor que você tem a Deus, me solte.

O coração de Harry se despedaçou, como ela poderia reagir desse jeito a ele?

– Não, não será preciso – Harry disse fechando os olhos pesadamente deixando escorrer algumas lágrimas.

– Por que você está chorando? – Hermione se aproximou um pouco dele e o fitou.

– Por que eu irei fazer uma coisa, da qual eu nunca imaginei que pudesse fazer.

– O que? – perguntou Hermione assustada, pensando se possível aquele garoto lhe estuprar. – Não, por favor, por favor eu te imploro.

Assim Harry tirou a varinha de seu casaco, apontou para Hermione que não entendera nada e disse:

Obliviate! – Hermione apagou e então ajeitou sua cabeça no travesseiro, Harry se aproximou, enxugou as lágrimas e beijou sua testa – Eu amo você ok? Um dia você vai lembrar – e então deu um leve sorriso passeando seus dedos pela mão da garota – Mas eu não queria que nosso primeiro “encontro” fosse assim.

Harry saiu do quarto e todos estavam a sua espera.

– E então...? – perguntaram os três em uníssono.

– Ela fez um escanda-lo – disse Harry tristemente – Não lembrou de mim.

– Se ela não lembrou de você, do resto então... – disse Rony. – O que você fez?

– Hermione pensou que eu fosse fazer algum mal a ela, e eu tive que apagar sua memória novamente. Me perdoem, mas ela já não lembrava de nada, o que eu fiz foi apenas apagar a memória desse garoto ruim que restara em sua cabeça – desembucha Harry.

– Entendemos Harry – começa Jo o abraçando – Mas, obrigada mesmo assim.

– Ela é minha melhor amiga, eu só tentei ajudar. – Harry força um sorriso. – Por favor – pede Harry – Se ela algum dia lembrar, nos avise.

Joanne concordou. Os garotos aparataram na toca dos Weasleys. Rony deu um murro na parede, com o rosto vermelho e os olhos marejados.

– Então é assim que termina? É assim que tudo acaba? – Rony grita com Harry – Nós acabamos de começar e...

– RONY VOCÊ SÓ SE IMPORTA COM VOCÊ? VOCÊ SÓ SE IMPORTA COM O NAMORO DE VOCÊS? RONALD SERÁ QUE VOCÊ PODE POR UM SEGUNDO PARAR DE SER EGOISTA E PENSAR QUE O MUNDO TODO ESTÁ GIRANDO? – berra Harry jogando tudo o que lhe incomodava para fora – NÃO É SÓ VOCÊ QUEM ESTÁ SOFRENDO, EU TAMBÉM ESTOU, OS PAIS DELA ESTÃO E TENHO CERTEZA QUE TODA A SUA FAMILIA TAMBÉM VAI QUANDO SOUBEREM, ENTÃO POR FAVOR ESQUEÇA ESSE SEU NAMORO POR ALGUNS MINUTOS E DÊ APOIO A QUEM PRECISA.

– Você é um babaca – murmurou Rony, mas Harry o fitou e ele se encolheu – Mas dessa vez tem razão, me desculpe.

– Você deve pedir desculpas a Hermione, se um dia ela lembrar que você existiu.

Então Harry saiu dali como se estivesse em chama, seu corpo estava quente e sua cabeça explodia, a raiva era imensa, mas ao sair do hospital, uma brisa bateu em seu rosto refrescando seu corpo, então ele pensou: Tudo vai voltar ao normal.

Onze anos depois...

Hermione... 2013

Acordei apressada para ir deixar James na estação, ele estava pronto me esperando ao outro lado da porta, por incrível que pareça sim foi ele quem me acordou e está surpreendente ansioso, pois hoje é o grande dia e ele irá para Hogwarts. Quando saio do quarto me deparo com aquela figura de onze anos de idade surpreendentemente parecida com Harry, às vezes eu me perguntava – brincando é claro – Se James era realmente meu filho, pois ele não tinha nada de mim, herdara muito mais de Harry do que qualquer um possa imaginar. Seus olhos verdes esmeraldas brilhavam de ansiedade e quase como um sibilo James disse:

– Vamos logo mamãe – sua voz era estridente.

– Ok, ok já estamos indo – digo sorrindo.

Estávamos na estação de trem, James me olhou sorrindo e eu assenti com a cabeça. Então ele correu e passou pela parede.

– É estranho, mas ao mesmo tempo divertido – disse James de costas para mim.

– Eu sei como é isso.

– Então mamãe, a senhora acha que eu vou para qual casa?

– Não tenho a mínima ideia – admiti – Olha, todas as casas de lá são excelentes, não importa para qual você vá, com certeza se sairá bem. Mas, acho que o chapéu seletor considera o seu pedido.

– Sério? – James arregalou os olhos.

– Sim, ele considerou o pedido do seu pai, talvez possa considerar o seu.

– Meu pai teve muita sorte, queria conhece-lo. – vi a tristeza nos olhos de James, mas não pude dizer nada. Não sei o quanto é difícil para uma criança crescer sem um pai, sem nem tê-lo conhecido, porém eu convivo com isso todos os dias, tendo que vislumbrar isso nos olhos do meu filho, até quando ele não quer.

Tentei ao máximo não deixar transparecer minha tristeza, apenas me aproximei e o abracei, pensando em como seria se Harry estivesse ali, ele com certeza levaria mais jeito com James do que eu, pelo fato de serem tão parecidos.

– Bom, agora eu tenho que ir – ele disse se alegrando novamente.

– Certo, se cuide ok? – James já estava andando enquanto eu continuava a gritar – E não esqueça: Não vá para a floresta proibida antes que esteja pronto. Está me entendendo James?

– SIM MAMÃE – seu grito fora muito alto, mas quase não deu para ouvi-lo por conta do barulho que as pessoas causavam.

James entrou no trem, pôs sua cabeça para fora da janela e com um sorriso imenso no rosto acenou para mim, que retribui o aceno.

A noite, quando estava deitada em meu quarto, a falta de James me fez lembrar de Harry e fazer a ferida abrir novamente. Estava abraçada com um travesseiro chorando com saudades do Harry, como se eu fosse uma menininha indefesa, mas eu não era. Eu já estava quase virando uma coroa.

James era minha alegria, ter ele ali comigo era a coisa mais importante do mundo, quando eu estava com ele, apesar de lembrar de Harry o tempo todo, eu me sentia mais feliz, mas naquele momento meu pequeno havia ido embora, e eu só iria vê-lo após alguns meses e isso seria muito para mim.

Fui para a cozinha, pus um pouco de vinho em uma taça e comecei bebê-lo, odeio bebidas que contém álcool, mas eu precisava no momento. Bati levemente com as mãos na mesa, eu precisava ver o Harry, precisava conversar com ele, lhe contar meus problemas, desabafar. Mas como aquilo era possível?

O único jeito de me sentir mais próxima dele era quando ia ao cemitério, e fazia um bom tempo que eu não ia, mas eu esperaria amanhecer para ir, admito, tenho medo de invadir cemitérios na calada da noite.

No dia seguinte fui ao cemitério, levei um buquê com vários tipos de flores diferentes, e cores diferentes. Pus em cima de seu túmulo e me abaixei.

– Não sei por que, mas sempre que venho aqui tenho a impressão de que você está ai sentado em cima desse túmulo, eu sei que se você estivesse escutando isso acharia que estou ficando maluca.

Me ajeitei um pouco e pigarreei.

– Harry, onze anos se passaram, onze. E quando eu achei que as coisas fossem melhorar depois de tantos anos elas só fazem piorar a cada dia mais. A saudade que eu sinto de você já não tem mais explicação e nem palavras existentes que possam expressar. Eu queria tanto que você estivesse aqui, acompanhando comigo o crescimento do nosso filho, eu preciso de você, James precisa de você, é como se faltasse algo na nossa vida. Ninguém nunca substituirá você. Sempre disse que as pessoas tem várias paixões, e gostam de várias pessoas ao decorrer da vida, mas cada pessoa só tem um amor na vida, aquele que fica, que deixa marcas, que sempre vai permanecer, o amor verdadeiro, que mesmo que você esteja com outra pessoa, e apaixonado por ela, o amor irá permanecer. E eu tenho certeza que você é o meu, eu nunca vou esquecer você, nunca mesmo. Posso até gostar de alguém, mas é você quem eu amo.

Dei um breve sorriso.

– Mas Harry, eu não estou feliz, eu queria muito vir aqui algum dia e lhe dizer que eu estou sendo feliz e que sua falta já não me machuca tanto, mas eu não consigo vir aqui e mentir. Eu espero que algum dia eu possa dizer isso, espero que algum dia eu possa te reencontrar, espero que você esteja feliz, onde quer que esteja. – como vocês já sabem, eu estava chorando – Eu te amo Harry, eu amo muito mesmo.

Não quis mais dizer nada, eu realmente estaria ficando maluca se contasse todos os meus problemas para uma pedra, talvez Harry nunca tenha escutado uma palavra do que eu havia dito algum dia. Foi isso o que eu pensei olhando para seu túmulo. Respirei fundo e fui trabalhar.

Meses depois...

Quando James saiu do trem vestido com seu uniforme, seus cabelos pretos esvoaçando e seus olhos ligeiramente verdes atrás de uma lente me procurando foi como ver Harry pela primeira vez novamente dentro do expresso Hogwarts, foi como se Harry estivesse ali. E eu senti, pela primeira vez depois de anos, que eu poderia recomeçar minha vida novamente, mas com a mais pura certeza de uma coisa... Não importa quantos anos passem, quantas pessoas venham a entrar e sair da minha vida, eu nunca e jamais esquecerei e nem tampouco deixarei de amar Harry James Potter.


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Notas finais do capítulo

Aqui eu estou, e então gostaram desse último cap? Primeiramente eu queria dizer que essa fanfic foi... Foi uma loucura kkkkk, eu tive essa ideia e pá, chorei bastante escrevendo certos capítulos e fiquei super animada com o apoio e paciencia de vocês. Queria agradecer a estas 5 lindas recomendações, aos 29 leitores que favoritaram, aos 75 acompanhamentos e ás 6.687 visualizações, a maioria eu não sei quem são, mas obrigada mesmo assim e obrigada por cada comentário. Vocês me ajudaram com tudo e isso era tudo o que eu precisava. Então, aqui eu estou dando mais um adeus á uma fanfic da qual eu me apeguei muito, mas um dia tinha que acabar não é mesmo? Desculpem por qualquer coisa, principalmente pelo atraso, mas tudo o que aconteceu é por que tinha que acontecer, é por que eu já havia planejado desde o começo. Eu realmente espero que tenham gostado e obrigada por tudo gente, e aos meus leitores de HP, eu já estou planejando outra fanfic pra vocês, até a próxima.



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