Hermione.

– Convencida – ele diz depois de um beijo.

– Só estou dizendo a verdade. – dou de ombros.

– O que vamos fazer hoje? – pergunta mordendo os lábios e eu dou um tapinha em seu ombro.

– Estou com fome. – digo fazendo bico.

– Huum... Ok – ele começa a me beijar, beijando meu pescoço, sinto uma coisa estranha, um tipo de fogo aumentando dentro de mim, mas o empurro. – Certo, vou ver se tem algo para você comer.

– Muito obrigada senhor... safadinho – brinco.

– Eu? – ele me olha, por um momento pensei que ele fosse dizer “Ah não sou nada disso não” Mas ele apenas sorriu. Os anos tinham mudado algo nele ou eu nunca soube que esse lado dele existia? Não importa, eu gosto desse jeito dele. Começo a rir sozinha com meus pensamentos.

Depois de comer aquela gororoba que o Harry fez para mim, que por sinal estava muito muito gostosa. Subimos para o quarto dele. É impressionante o silêncio dessa casa, de algum modo me sinto diferente aqui. Não que eu esteja pensando besteiras, mas não preciso ter medo de que meu pai ou minha mãe entrem de uma vez e... Bom vocês já sabem.

Depois de algumas horas, estávamos deitados na cama de Harry, meu rosto em seu peito. Algumas lágrimas descem e eu agradeço por a blusa de Harry ser bastante grossa e ele não sentir a água. Mas isso não ajudou em nada, com poucos segundos ele segura meu rosto com as duas mãos e me olha sem entender nada.

– Por que você está chorando? – pergunta.

– Nada... Foi...

– Não me venha dizer que foi um cisco em seu olho – ele me interrompe – Agora pode falar a verdade – ele exige com um jeito engraçado.

– É que desde cedo eu não tive muito tempo para pensar na vida daquele homem que eu tirei. Estou me sentindo mal agora, como se toda a culpa estivesse caindo em minhas costas agora. – digo deixando mais algumas lágrimas escorrerem – Eu não consigo acreditar ainda que eu matei... Eu matei uma pessoa. Harry eu não consigo acreditar que matei uma pessoa – o abraço fortemente desatando em choro.

– Ei, se você ficar lembrando-se disso o tempo todo não vai lhe fazer bem, você tem que esquecer. Claro que eu sei que no momento é meio impossível, mas você tem que conseguir. – Harry passeou sua mão pelo meu rosto. – Eu sei que é horrível, sei que você nunca quis matar uma pessoa desse jeito, mas aconteceu. Agora você não pode mais fazer nada.

– Eu sei, eu sei. Mas é tudo tão estranho, é como se eu tivesse pego no sono e acordado apenas três anos depois. – insisto.

Harry afagou meus cabelos lentamente.

– Só tente esquecer.

– Certo. Eu vou tentar – digo enxugando as lágrimas e forçando um sorriso.

Depois de alguns minutos em silêncio, resolvo falar.

– Alguma mulher já passou por aqui? – olho para a cama. Harry sorri e meneia a cabeça.

– Aqui não – ele garante – Isso importa?

– Hã... não – finjo – Só queria saber, sabe que sou curiosa – forço um sorriso. Mentira, se eu soubesse que ele já tinha deitado com outra mulher ali acho que eu teria um ataque e gritaria com ele. Ainda bem que ele respondeu aquilo, mesmo que talvez seja mentira eu não me importo, no fundo eu prefiro não saber.

Ele sorri e me da um beijo, um beijo intenso e cheio de desejo, quando nossos lábios se separaram suspirei ofegante. Desde cedo que ele anda fazendo esse tipo de coisa, quando abro a boca para protestar ele me cala tocando seus lábios nos meus e começando aquela tortura delirante e ao mesmo tempo muito desejável, passando as mãos nas laterais de meu corpo subindo e descendo enquanto eu o agarrava com força pela camisa.

Subi em cima dele que apertou minha cintura com força enquanto nos beijávamos. Depois desceu a mão e apertou com força minha bunda, o fitei por alguns estantes com uma expressão engraçada. Quem é você e o que fez com o meu Harry santinho? Penso. Quando a posição se inverteu Harry deu vários beijos em meu pescoço, tirando lentamente minha blusa.

– Gina vai me matar – digo.

Ele me olha e começa a rir.

– Não se ela estiver fazendo o mesmo com o Draco – ele diz.

Fico surpresa com o que ele disse, mas resolvo discutir sobre isso depois. O puxo mais para si, o beijando novamente, dessa vez com mais intensidade. Começo a desabotoar os botões de sua camisa, quando ele estava sem camisa fui dando alguns leves beijos em seu abdômen. Foi fácil para ele tirar meu short curto e rebolá-lo longe.

Enquanto nos beijávamos ele desabotoava meu sutiã vagarosamente, passando a mão pelas minhas costas, o que fez os pelos de minhas costas se eriçarem completamente.

– Você é linda – ele diz me fitando. Fecho os olhos com vergonha.

Seus lábios encontravam os meus com mais força e desejo. Eu apreciava cada segundo, acada toque de seus lábios eu perdia cada vez mais o controle do meu corpo que estava em chamas, mas ele parecia não se importar com isso e continuava sorrindo e fazendo tudo lentamente como se não houvesse pressa alguma. Mas havia, por que eu simplesmente necessitava dele naquele momento, necessitava mais e mais. Cravei minhas unhas em suas costas o arranhando e ele pareceu entender o recado.

– Você vai acabar me matando – digo impaciente e ele apenas sorri.

– Se doer me fala que eu paro na hora. Certo? – Ele perguntou com os olhos suplicantes, eu sabia que ele não conseguiria parar, mas ainda assim estava sendo cuidadoso comigo. E isso fez com que todos os meus sentimentos ampliassem mais ainda. Eu o amo, e isso não se discute.

Com certeza aquilo tinha sido uma das melhores coisas que já fiz na vida, não só pelo momento e sim por quem me fez sentir isso, não há palavras para descrever como o Harry fora carinhoso e entre outras coisas. Aquela tarde passou voando, quando Harry caiu exausto ao meu lado eu sorri e olhei pela janela, já era noite, eu estava cansada. Exausta, para melhor dizer, depois apenas encostei minha cabeça em seu peito que estava suado, mas no momento não importava. Ele estava a ponto de pegar no sono.

– Eu te amo – ele diz com a voz sonolenta.

– Eu te amo – respondo e depois acabo pegando no sono rapidamente.