Lembranças escrita por Le Sterwinche


Capítulo 2
Aniversário part.l


Notas iniciais do capítulo

Gente a nossa Mione está beeeeeeeeeeem mudada, não sei se vocês vão gostar dessa mudança, mas foi preciso kkkk. Comentem para eu poder continuar, digam se gostou e o que acham que devo melhorar, beijos e boa leitura.



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2001- Hermione.

Nós estávamos em uma cabana, minhas roupas eram feias, estava frio, eu estava sentada em um canto chorando, o rádio ao lado começara a tocar uma musica, o garoto estava sentado do outro lado olhando para mim. Ele olhou para o lado e depois levantou-se vindo em minha direção, ele estendeu sua mão e eu a peguei. Depois de estarmos em pé ele se aproximou e tirou um medalhão que estava em meu pescoço. Eu estava triste e sem jeito, mas ele ia me conduzindo de um jeito engraçado, nossos passos iam tomando um jeito até estarmos sorrindo e dançando no meio da cabana, o jeito que ele girava me fazia rir, fazia meu coração se iluminar, suas mãos estavam em minha cintura e eu gostava de seu toque. Enfim quando a dança acabou nos separamos e por um breve momento nossos lábios quase chegaram perto um do outro, então eu caí em si e sai de perto dele.

Acordei com um sobressalto, eu e minha mania de sonhar com pessoas que nunca vi na vida, eu e minha mania de sonhar com aquele menino o tempo todo. Eu já sonhei com esse garoto umas quatro vezes. O que os sonhos poderiam significar? Bom eu já perdi muito tempo da minha vida tentando decifrar esses sonhos idiotas, não vou mais perder um segundo. Levantei, tomei um belo banho, baguncei meu cabelo, do jeito que eu gostava que ele ficasse, pus uma calça rasgada, uma camiseta e um tênis.

– Mãaaae – desço as escadas gritando para que ela pudesse ouvir. Já era uma hora da tarde, eu acho que havia dormido além da conta, mas aquilo era normal depois de uma noite de festa com bastante bebidas. Eu sempre chegava de manhã em casa e acordava a esse horário. Minha mãe ficava me enchendo o tempo todo dizendo que era pra eu arrumar um trabalho, mas só vou atrás de um emprego no próximo mês, quero aproveitar enquanto posso. E além de tudo eu sou uma bruxa, vou trabalhar em que?

– Filha, aonde você vai? Preparei um bolo para você.

– Mãe eu estou fazendo vinte e dois anos, não quero bolo, não sou mais criança. Poupe-me.

– Pode ao menos dizer aonde você vai? – pergunta mamãe, triste.

– Mais tarde eu volto. Tchau.

Então saio dali e aparato em um barzinho onde Claire está me esperando. Claire é uma baixinha loira dos olhos castanhos, ela meio que foi abandonada pelos pais quando era muito pequena e desde então mora com a tia dela, mas a tia dela vive saindo de casa por que trabalha muito, então ela praticamente mora sozinha desde criança, a tia dela se preocupa com ela, mas ela não tem condições financeiras boas então a tia de Claire tem que trabalhar para elas poderem ter algum tipo de conforto, mas voltando ela é a minha melhor amiga, ela gosta quase das mesmas coisas que eu, acho que por isso nos damos tão bem.

– E ai? O que vamos fazer hoje? – pergunta ela de um jeito diferente, acho que já estava chapada. Isso era uma das coisas que eu não gosto nela, ela se droga o tempo todo.

– Você já está assim uma hora dessas? – pergunto.

– Hoje é o seu aniversário, vamos aproveitar.

– Bom, quem tem que aproveitar sou eu e não você.

– Tudo bem, quem você vai cruciar hoje?

– Primeiros vamos conversar sobre outra coisa que está me incomodando.

– Você teve um daqueles sonhos malucos de novo? Deve ser a maconha afetando seu cérebro – Claire ria como uma louca.

– Claire, você sabe que eu não gosto dessas coisas. Só de bebida.

– Tudo bem, com quem você sonhou dessa vez?

– Com o mesmo garoto de sempre.

– Eu já sabia, mas é que você já andou sonhando com um ruivo também. Logo quando você começou a ter esses tipos de sonhos malucos.

– Eu sei, mas foi só uma vez e o ruivo desapareceu totalmente, no ultimo ano eu só tenho sonhado com o moreno e você já sabe. E depois que eu acordo eu nunca consigo lembrar do rosto dele, sempre desaparece e eu só consigo lembrar da cor do cabelo, isso é frustrante.

– Depois vamos a uma vidente e contamos a ela sobre suas loucuras, agora nós podemos beber um pouco, para mais tarde estarmos mais animadas?

– O que vamos fazer mais tarde? – indago.

– Você escolhe.

– Que tal boate?

– Perfeito – concordou ela.

– Agora vamos beber.

Eu estava deitada no balcão do bar. Claire estava quase cochilando. Eu tentei levantar, mas acabei quase caindo.

– Puxa, são seis horas da noite e eu já estou bêbada. Estou indo para casa, preciso dormir um pouco para aguentar a noite disse eu cambaleando e saindo dali.

– Acho que vou para casa também – concordou Claire.

Chego em casa e apenas caio na cama. Dez horas meu despertador toca. Pulo da cama, um pouco mais sóbria e tomei um banho. Abro meu guarda-roupa, não acho nada que servisse para aquela noite, então abri a primeira gaveta da cômoda, achei um vestido rosa claro de seda, com algumas camadas caindo, ele parecia muito... brega e eca, como aquilo tinha ido parar em minhas coisas? Eu simplesmente nunca, jamais usaria aquilo. No entanto havia outro vestido ao lado dele, um preto, decotado e curto. Bem do jeito que eu gosto pensei pegando o vestido. Fiz uma maquiagem bem forte e pus um batom vermelho. Amo vermelho. Quando sai Claire já estava me esperando com o carro estacionado. Em pleno o século vinte e um íamos a uma boate na cidade dos trouxas, não podíamos aparecer de vassouras ou coisa do tipo, nem podíamos aparatar, então Claire tinha um carro para noites como essas. Mas antes de eu sair do quarto mamãe bateu na porta.

– Já vai sair de novo? – pergunta ela. Olha eu amo minha mãe, mas ela é um saco as vezes.

– Claro mãe, hoje é o meu aniversário.

– É e você não passou um minuto com a gente – ela diz triste.

– Eu sei, mas quem se importa? – dou um beijo no rosto dela, acho que senti algumas lágrimas caírem, mas chorar faz bem a alma não é o que dizem? Saio de casa e entro no carro.

– Então, para onde vamos? – Pergunta Claire.

– Fabric. – respondo entusiasmada.


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