1999 – Pós-guerra.

Harry e Gina estavam se beijando. Gina ia puxando a camisa dele, o clima estava esquentando então Harry se afastou.

– É melhor não – disse ele.

– Por que não? – perguntou Gina.

– Nós estamos na casa de seus pais, não é certo, pelo menos não aqui.

– Ah, eles não ligam – ela o puxou novamente e começou beijá-lo.

– Eu tenho que sair agora – ele se levantou da cama.

– Aonde você vai Harry? – Gina estava com raiva.

– Vou dar uma volta com Rony e Hermione.

– Você vai me trocar por eles? – Gina estava gritando.

– Gina, já faz dois meses que eu estou aqui com você todos os dias e não saio com eles, calma eu também quero ter um tempo para mim.

– TEMPO? VOCÊ ESTÁ PEDINDO TEMPO?

– Gina, você está me prendendo demais, será que da para parar com isso? – Harry já estava impaciente. – Eu preciso respirar.

– Você fala isso por que não dá valor ao que tem. Harry eu tenho minhas necessidades.

– E EU TAMBÉM TENHO, EU SOU UM HOMEM, PODE TER CERTEZA DE QUE EU TENHO MAIS DO QUE VOCÊ, MAS AQUI NÃO – gritou Harry, Gina se encolheu. – Desculpe – disse ele.

– Você nunca falou comigo desse jeito – ela estava triste.

– Eu sei, mas é que você também nunca me perturbou tanto.

– Você acha que eu te perturbo Harry Potter?

– Não foi isso o que eu quis dizer, puxa ver se entende.

– Eu vou arrumar outro namorado, um que me dê valor, um que não me troque pelos seus amiguinhos bestas.

– Então vá lá Gina, faça o que você quiser, eu não me importo.

– Ah então é assim?

– É, assim sim, vá atrás do seu namorado perfeito, se é que ele existe. Por que para mim já deu, acabou.

– Acabou? Como assim acabou? Harry, você não pode fazer isso comigo.

– Já fiz. Me desculpe – disse ele saindo do quarto, quando ele sai do quarto esbarra em Hermione.

– Deu para escutar da sala – disse ela.

– Eu sei – ele suspirou, como se tivesse respirando de verdade depois de anos. – Isso acontece todos os dias, não aguento mais tantas brigas, Gina está impossível ultimamente.

– Ela só está passando por certas fases Harry, você sabe.

– Eu aposto que você também está passando, mas não faz isso com o Rony.

– É verdade, quem faz é ele. – disse Hermione um pouco triste.

– Acho que é de família.

Hermione riu.

– Você ainda gosta dela Harry? – perguntou Hermione.

– Gosto, mas acabou, definitivamente.

– Tem certeza de que é isso o que você quer?

– Mione, eu acho que já deu o que tinha que dar, eu e Gina nos gostamos muito, mas não nascemos para ficarmos juntos. Se é que você me entende.

Os dois riram. Rony chegou com a expressão um pouco emburrada, ultimamente ele havia tido crises de ciúmes quando Hermione chegava perto de alguém.

– Que tal irmos a Hogsmeade? – perguntou Hermione – Deve ter novidades por lá, faz muito tempo que não saímos juntos, vamos, por favor.

– Hermione e suas invenções – brincou Rony. – O que você acha Harry?

– Acho que deveríamos ir mesmo. – concordou Harry.

– Então vamos. Você vai chamar a Gina? – indagou Rony olhando para Harry.

– Nós acabamos de ter uma conversa não tão legal, terminamos.

– Sério?

– Sim, mas não quero falar disso. Vamos logo.

Hermione, Harry e Rony andavam pelas ruas de Hogsmeade.

– Haaaarry – Hermione ria – Como você pôde?

– Ora Hermione, foi fácil enganá-la.

– Eu deveria contar para Gina que você está todo felizinho em vezes de estar triste com o termino de vocês? – resmungou Rony, ele estava aborrecido com a amizade de Hermione e Harry.

– Não enche Rony, vamos aproveitar o momento. Como é bom estar livre – disse Hermione se aproximando de Harry e entrelaçando o seu braço no dele.

Harry olhou para Hermione que sorriu ao penetrar seus olhos naquele lindo par de olhos verdes.

– Vou comprar alguns doces, me esperem – disse Rony indo na dedosdemel.

– Já que agora estamos sozinhos, eu tenho que te perguntar uma coisa – começou Harry.

– Pode perguntar.

– Eu percebi que você anda triste ultimamente, o que está acontecendo Mione?

Hermione olhou para baixo.

– Olha, eu não quero me intrometer na sua vida, nem nada do tipo, só estou preocupado, eu sou seu melhor amigo lembra?

– Sabe, a minha vida não está como eu planejei.

– Não estou entendendo.

– Sabe Harry eu nunca planejei em sair de Hogwarts e ir morar na casa do meu namorado. Os Weasley são ótimos, mas eu queria um lugar meu sabe? E eu estou sentindo tanta falta dos meus pais.

– Eu também nunca planejei sair de Hogwarts e ir morar na casa da minha namorada, quer dizer ex-namorada.

Hermione riu.

– Desde pequena que eu sonhava alto, planejava tantas coisas para meu futuro quando terminasse o colégio, mas aqui estou eu e meus sonhos indo por água a baixo.

Harry a fitou.

– Acho que é cedo demais para ficar pensando que você não tem mais chances Mione, você começou sua vida agora, ainda tem muitas coisas para acontecer, você vai ver – ele deu um empurrãozinho no ombro dela.

– Obrigada – pediu Hermione.

– Não tem de que.

Rony chegou com milhares de doces nas mãos e em sua blusa. O céu escureceu e então começou a chover. Os três correram rapidamente e entraram em uma loja.

– Como pode estar chovendo tanto? O dia estava ensolarado. – perguntou Harry confuso.

– Não tenho a mínima ideia – respondeu Rony.

Hermione olhou pela janela e viu uma garotinha pequena que tinha se perdido da mãe, ela deveria ter em torno de quatro anos correndo desesperada pela rua e resolveu ir atrás dela.

– Não Mione, é muito perigoso – pronunciou Rony puxando o braço dela.

– Não importa, ela precisa de ajuda.

– Mione, por favor, por mim – pediu Rony.

Hermione sorriu e deu um selinho nele.

– Você fica muito fofo preocupado.

– Eu vou com você – ofereceu Harry e Hermione assentiu.

Rony bufou furioso, Harry e Hermione saíram dali e correram atrás da pequena, um homem alto e musculoso pegou Harry e outro negro e bastante forte pegou Hermione.

– Haarry – tentou gritar Hermione esticando o braço para tocá-lo, mas o homem pôs a mão na boca dela e a arrastou para longe.

Harry sacou a varinha e sem o homem perceber lançou um feitiço – Estupore! – o cara ao seu lado caiu no chão o que fez Harry correr atrás de Hermione.

– HARRY NÃO – gritava Hermione – SAI DAQUI, VAI, CORRE, SAI – Hermione estava desesperada, já não bastava ela ter que passar por aquilo, não queria que Harry passasse também.

Mas ele não desistiu e continuou correndo. O homem soltou Hermione, ela correu um pouco até ele sorrir e dizer:

– Obliviate! – Hermione o olhou confusa, levou uma queda batendo sua cabeça fortemente no chão, desmaiando.