Harry.

Bom, deixe-me esclarecer o que houve ontem. No dia anterior como Draco disse, fui à casa dos Weasleys pela noite por que o trabalho não me deixa mais sair durante o dia. Quando entro na casa vejo que algo está estranho, não há ninguém em casa em casa... Pelo menos quase ninguém, todos haviam saído, então resolvo sair também, mas quando ponho o meu pé direito para fora ouço alguns gritinhos baixos. OPA! Não sei se é errado de minha parte, mas não liguei, e se fosse alguém tentando matar Gina? Ao que parecia aqueles gritinhos eram dela, subi as escadas e os gritos foram tornando-se gemidos, gemidos bem agudos. Empurrei a porta e, sério vocês não iriam querer ver o que eu vi. Lá estavam eles, Gina e Draco completamente pelados em cima da cama dela fazendo... Ah vocês já sabem o que estavam fazendo. Rapidamente fecho a porta e saio correndo até lá em baixo. Não consigo conter o riso. Como assim, eles estão tendo algum tipo de relacionamento? Oh, por Merlin! Escuto passos vindo atrás de mim. Quando me viro é Gina, ela está totalmente vermelha como um pimentão, seus cabelos um pouco assanhados.

– Hã... Harry eu tenho que... Bom, descu...

– Nada disso, não precisa me pedir desculpas Gina, é só que eu pensei que todos estavam em casa. – eu a interrompo.

– Eu não quero que você fique pensando que eu sou uma cachorra prostituta sabe?

Dou risadinhas.

– Está tudo bem. Não penso isso de você – digo tentando acalmá-la.

Ela suspira aliviada.

– Que bom.

– Então, acho que vou voltar para casa e deixar vocês terminarem o que quer que seja que vocês tenham... para fazer.

Gina fica meio sem jeito e então eu volto para casa. Hoje acordei cedo como de costume, recebi uma carta dizendo que é o aniversário de Gina, irá ter um jantar e eles querem que eu compareça. Estou pensando seriamente em levar Hermione, mas será que se eu leva-la irá ter algum tipo de confusão entre eu e o Rony? Não sei. Mas não custa tentar. Levantei e fui à casa de Hermione.

– Oi – ela diz abrindo um sorriso. – O que está fazendo aqui?

– Bom, eu vim te convidar para ir ao aniversário de Gina, comigo.

– Hã... Não sei quem é.

– Minha ex-namorada.

A face de Hermione endurece.

– Eu não gosto dela – berra Hermione.

– Bom, você irá ficar em minha companhia e não na dela – retruco – Vaaamos – peço.

– Aaargh está bem – ela assente.

Hermione desce toda linda, bom o estilo bastante diferente do que ela costumava usar, mas continua linda.

Hermione.

Quando chegamos à casa da ex-namorada de Harry, logo de antemão vi o garoto ruivo que tem a síndrome do doido. Ele veio sorrindo até mim, essa parte Harry já havia me alertado, ele era... bom digamos que era afim de mim.

– Hermione... você veio – ele disse me abraçando.

– Hã... qual o seu nome? – pergunto, ele me olha triste.

– Rony.

– É, aqui estou eu Rony – digo me aproximando de Harry.

Ele encara Harry sério por algum motivo, mas não ligo. Uma garota chega e abraça Harry fortemente, pelas feições que Harry descrevera dias anteriores aquela era Gina. Não sei o porquê, mas senti uma raiva infinita crescendo dentro de mim, naquele momento eu queria jogá-la para longe dele, eu queria que ele a empurrasse e desse um fora nela, mas ele retribui o abraço. Quando esses dois pararam de se agarrar publicamente, Gina nem me olhou nem nada, que cachorra mal educada.

– Vaca – digo. Harry me olha e começa a rir. – Do que é que você está rindo? – pergunto furiosa.

– Da sua raiva.

– Você viu? Ela nem me cumprimentou, nem olhou em minha cara, ah como eu queria que ela falasse comigo e apertasse minha mão, eu iria quebrar a munheca dela. E você da próxima vez não me traga por que eu não quero estar presenciando a sua pornôlidade com essa mocreia.

Harry solta uma gargalhada.

– Está com ciúmes? – ele pergunta. Que ciúmes o que? Por que eu teria ciúmes desse garoto?

– Eu? Ciúmes de você. Ora Harry, se enxergue.

– Então essa raiva toda é por qual motivo? – indaga novamente.

– Harry...

– Eu estou amando ver você com ciuminho – ele me interrompeu fazendo cosquinhas em minha barriga. Eu rio pela primeira vez. – Está vendo aquele garoto louro?

– Sim, lembro dele. Dois dias anteriores, naquele... bar.

– Isso. Gina e ele estão namorando – ele disse, mas por algum motivo minha raiva não diminuiu. Quando ele viu que não respondi nada me puxou para fora.

– Ei o que está fazendo? – pergunto. Mas em vez de me responder ele apenas me puxa para perto, me fazendo colar em seu corpo, nós nunca tínhamos ficado tão próximos, nem no dia em que Claire morreu e ele me abraçou.

– Vamos dançar – ele abriu um sorriso.

– Mas nem temos musica – digo.

– E precisa? É só pensar na musica que você mais gosta e voalá.

Sem nem reparar já estávamos dançando, bom a dança era lenta, eu não sei qual musica ele estava pensando, mas acho que não tinha nada haver com o que eu estava pensando, por que meus pensamentos não estavam em musica nenhuma.

– Ela ainda gosta de você – digo apoiando meu rosto em seu ombro.

– Ela quem? – ele finge não saber de quem eu estou falando.

– Gina oras. Assim, eu vi como ela olha para o louro, mas ela olha do mesmo jeito para você, então eu acho que ela gostava de você e agora está começando a gostar dele. Você me entende?

– Não. Não sou tão observador como certas mulheres.

– Homens – berro. – Então, o que iremos fazer amanhã?

– Não tenho a mínima ideia. Mas o jantar já vai ser servido, vamos entrar.

Depois do jantar Harry fora me deixar em casa.

– Vocês estão namorando? – mamãe perguntou. Harry corou e aposto que eu também.

– Não – respondemos juntos.

– Não quero que escondam as coisas de mim. Eu adoro o Harry – ela falou como se ele não tivesse presente – Iremos fazer um jantar aqui já que Harry tornou-se da família.

– MÃE! – grito. Mas ela não me escuta e já vai subindo para o quarto. – Harry... é, me desculpe pelo jeito de minha mãe, ela é meio doida sabe?

– Você pediu desculpas? – pergunta ele pasmo.

– Qual o problema?

– Bom, há duas semanas atrás eu tive que lhe chantagear para conseguir que essa palavrinha saísse de sua boca.

– Há duas semanas atrás nós não éramos amigos. Daah – brinco batendo no ombro dele.

– Que bom que agora você admitiu. Bom... ainda é cedo, e eu tenho que voltar para a casa dos Weasleys.

Quando ele disse isso a minha raiva voltou, só de pensar que aquela mocreia estaria... Relaxe Hermione, relaxe disse meu consciente.

– Ok.

– O que foi? – ele perguntou curioso.

– Hã... Nada. Se cuida – digo.

Ele assente e vai embora.