POV Elena.
O final de semana passou rápido, domingo a noite e eu aqui em casa sem fazer nada! Depois do susto que passei sexta com a mulher dentro do meu quarto eu não dormi direito nem no sabádo e agora não consigo dormir novamente. Damon e eu passamos o final de semana juntos e eu contei para ele sobre a mulher do meu quarto, ele explicou a história de que ela é uma ex namorada obsessiva que ficou com Stefan e blá!
Katherine da duas batidas na porta e coloca a cabeça dentro do quarto.
– Posso entrar?
– Claro, entre. - Falo sorrindo.
Ela entra no quarto e senta ao meu lado, pegando um dos docinhos que estão no prato e sorrindo para mim.
– Então, o que te traz ao meu quarto? - Pergunto curiosa.
– Damon Salvatore! - Fala animada.
Começamos a dar gritinhos e a pular na cama como duas garotinhas, ela para e segura minhas mãos.
– Maninha, eu sei que você está grandinha o suficiente para cuidar de ti, mas eu quero saber como está tua relação com o Damon.
– Curiosa, hein! Mas só se tu contar para mim o teu relacionamento com o Stefan.
– Então comece! - Falou empolgada.
– Ah sabe no jantar? Nós transamos na sala de jogos quando o papai subiu para ver TV e ontem nós ficamos um tempo no apartamento dele brinacando com o gatinho que achamos na escola esses dias e depois fomos dar um passeio no parque. E hoje, nós fomos ao cinema e ele me trouxe aqui.
– Sim, e como ele é contigo? Ele te trata bem? - Perguntou com aquela voz de mãe preocupada.
– Claro! Ele me trata como uma princesa, carinhoso e amoroso o tempo inteiro. - Falo lembrando de cada momento ao lado de Damon. - Mas chega de falar de mim! Tua vez, irmã.
– Ah Stefan! Stefan é maravilhoso! Ele é frio algumas vezes, meio distante, mas compensa com o carinho que me da, com o brilho nos olhos dele quando me vê e é perfeito, tudo ao lado dele é perfeito!
Nós rimos juntas e decidimos colocar um filme de romance para assistir devido ao clima da conversa.
POV Stefan
Damon e eu decidimos passar a noite de domingo com uma noite de irmãos. Comprei uma mesa de sinuca, algumas cervejas e a TV já está conectada no canal de jogos.
A campanhia toca e eu vou até a porta para abrir, quando abro Damon nem espera eu falar que ele pode entrar e já vai entrando com uma garrafa de vinho em uma mão e uma de whisky na outra.
– Pode escolher, irmão! Mas sei que tu prefere o vinho, por isso trouxe uma garrafa de vinho pra ti e uma de whisky para mim.
– Ótimo!
Passamos a noite jogando sinuca, bebendo e assistindo algumas partes do jogo da NBA. Quando passa um pouco das 2 da manhã estamos Damon e eu jogados no sofá rindo por nada e falando de Katherine e Elena.
– Mano, essa garota não sai da minha cabeça! Ela é magnífica, por mais que eu não sinta nada por ela, sei que se eu pudesse sentir... eu estaria perdidamente apaixonado. - Fala Damon.
– Exagerado, jogado aos teus pés! - Zombo de Damon.
– Ah para, né! Irmão, sei que tu também está saindo com a Katherine, devo admitir que ela é bem gostosa também.
– Claro, elas são identicas! - Se não estivesse virado eu teria dado um soco nele por ter falado assim de Katherine - Mas cara, a gente precisa tomar cuidado com a doida da Amara, tá ligado que nós não estamos seguindo o que ela pediu.
– Foda-se essa louca, Stefs! Relaxa, irmão.
– Um brinde a qem quebra regras! - Falo levantando meu copo.
– Um brinde a nós! Saúde. - Fala ele batendo o copo no meu.
POV Katherine.
Acho que são poucas as pessoas que ficam animadas para ir trabalhar em plena segunda de manhã! E eu faço parte desse pequeno grupo, com certeza.
Infelizmente acordo um pouco atrasada e na cama de Elena, acordo a menina aos berros, caso ao contrário ela não acorda de jeito nenhum. Vou correndo para o banheiro do meu quarto e tomo banho, visto-me as pressas sem olhar muito para o que estou vestindo.
Desço as escadas e Elena já está me esperando dando leves pulinhos no mesmo lugar e papai olha para gente com uma interrogação nos olhos.
– Espero sinceramente, Elena, que tu esteja ansiosa para ir para escola para estudar e também espero, Katherine, que tu esteja ansiosa para trabalhar e não para ver certos irmãos.
– Claro que não, papai! - Falamos juntas e rimos.
– Tenham um bom dia, filhas! Papai ama vocês. - Fala ele sorrindo.
– Também amamos você, pai! - Falo pegando as chaves e saindo.
Corremos para o carro e entramos, ligo o carro e dou a partida. Deixo Elena na escola e vejo que Damon espera por ela na entrada e acena para mim sorrindo, e eu aceno de volta.
Droga, estou atrasada 5 minutos! E imagino o transito que deve estar se eu for pela rua principal entã decido pegar um pequeno atalho. Dou graças a Deus quando vejo que a rua está vazia e acelero o máximo que meu carro aguenta, pego meu celular para ver a hora novamente e quando olho para estrada novamente, mas tem uma mulher no meio da pista parada e eu piso no freio, fazendo com que os pneus do carro gritem em protesto à parada repentina.
O carro para centímetros da mulher que está com óculos escuros e roupas maravilhosas que usa tenho certeza de que não é uma moradora de rua. Os lábios dela se levantam em um sorriso sarcásticos e ela tira os óculos. Espanto-me com sua aparência, ela parece demais comigo! Os lábios destacados pelo batom vermelho se movem e eu consigo entender a palavra "desculpa" e fico sem entender até o momento em que ela pega a parte da frente do meu carro e joga para trás fazendo com que ele capote e eu me perca na escuridão.
POV Stefan
Porra! Estou atrasado e aquele puto do Damon nem me acordou. Tomo um banho e visto-me rapidamente e corro para o carro. A esposa de John teve filho então estou sem motorista por alguns dias, ótimo! Quando estou a caminho da empresa meu celular toca, conectado ao meu carro eu apenas vejo quem é no visor, Damon. Aperto o botão e a voz de Damon soa dentro do carro.
– Stefan, venha para o hospital! Rápido! - Fala ele gritando e eu escuto o choro de uma garota ao fundo.
– Qual hospital? O que houve? - Falo sentindo um aperto no coração e uma sensação ruim e logo penso em Katherine.
– Ah eu não lembro o nome, mas é aquele perto do meu apartamento.
– Sei qual é, já estou chegando.
Faço a volta de onde estou mesmo e carros buzinam para mim em protesto ao meu ato. Não ligo para nenhum deles, sinto meu estomago se revirando e piso fundo no acelerador.
Chego ao hospital em minutos e Damon está me esperando na porta com o uniforme da escola.
– Stefan, você precisa ficar calmo beleza? Katherine sofreu um acidente feio de carro e perdeu muito sangue, ela está na sala de cirurgia pois alguns pedaços do vidro da janela entraram no corpo dela.
Eu fico sem reação e Damon me abraça. Não consigo sentir, mas sinto uma pressão no coração como se alguém estivesse apertando-o com as mãos. Fecho os olhos e respiro fundo, quando abro os olhos novamente vejo Amara do outro lado do lado de fora do hospital. Ela pisca para mim e some logo em seguida.
Eu pensei que ela tinha tirado da cabeça dela a ideia louca de machucar Katherine ou Elena, mas agora só ficou mais claro na minha mente o plano dela. Ela queria fazer uma surpresa, ela nos fez achar que estava tudo bem e me atacou quando eu menos esperava.
Eu prometi para mim, no sabádo de manahã na casa de Katherine, que se ela cumprisse com a promessa dela eu daria o que ela quer, e se ela quer a mim, ela terá. Sei que terei que fazer o sacrifício de deixar Katherine, mas é só o tempo necessário para matar Amara. E se Katherine me quiser depois eu voltarei para ela.
Subimos para o andar onde Katherine está sendo operada e cada segundo se torna uma tortura para mim. Até que duas horas de espera é recompensada com uma boa notícia.
– Ela está bem! Só precisa descansar um pouco e já pode receber visitas, mas não pode receber alta porque precisamos cuidar de alguns ferimentos superficiais e de alguns pontos que tivemos que dar por causa da profundidade do corte. E mais um aviso, entre um de cada vez. - Fala o doutor e sai.
– Vá primeiro, senhor Victor. - Falo colocando a mão nos ombros dele.
– Obrigado.
Vou até uma mesa próxima dali e pego na minha pasta papel e uma caneta. Eu nunca escrevi uma carta tão emotiva na minha vida, mas era isso que eu precisava fazer e o certo a se fazer em um momento como esse.
– Já entramos todos, Stefan. Pode ir agora. - Fala Elena com a mão no meu ombro.
Respiro fundo, dobro a carta que escrevi com tanto carinho e coloco no meio do buquê que pedi para Damon comprar.
– Você tem força, irmão! Faça o que acha certo. - Damon, mesmo sem eu ter contado para ele sabe o que pretendo fazer.
Ando até o quarto e toda a coragem que reuni para dizer adeus para Katherine desmorona como um castelo de cartas quando eu vejo teu sorriso fraco para mim.
POV Katherine.
Stefan entra no quarto de cabeça baixa e com um buque lindo de rosas nas mãos. Seu perfume preenche a sala e eu desfruto desse cheiro maravilhoso do qual senti falta.
– Como você está, Kath? - Fala Stefan um pouco distante e logo me vem um pressentimento ruim.
– Estou melhor e você?
– Bem. - Fala ele se sentando na cadeira ao lado da minha cama, deixando o buque na mesinha e pegando minha mão.
– Katherine, não sabe o quanto fiquei preocupado contigo.
– Não precisa se preocupar, eu estou bem! É bom te ver aqui.
– Sim, vim só ver se tu está bem, meu amor.
– Stefan, o que houve? - Pergunto sentindo tua tensão.
– Nada, bom... Eu preciso ir agora porque o doutor falou que tu precisa repousar! Nos vemos quando tu se recuperar, meu amor.
Ele vem até mim e me da um selinho demorado e cheio de amor, olha nos meus olhos e eu percebo o vestígio de uma tristeza disfarçada neles que faz meu coração ficar apertado. Ele da um beijinho na minha testa e sussurra um "Eu te amo" que faz meus olhos encherem de lágrimas e eu sussurro de volta "Eu também te amo" e ele sai do quarto rapidamente de cabeça baixa. E eu sinto, não sei porque, que isso foi uma despedida.
Pego o buquê e sinto o cheiro das rosas e vejo que tem um cartão no meio delas e tiro colocando o buquê de volta na mesa. Sinto o cheiro dele misturado com o cheiro das rosas e sinto também a textura da sua caligrafia no papel.
"Querida Kath, sabe quando tu sente que precisa proteger alguém? Pois é, sinto isso com relação a ti. Espero que entenda a minha decisão, espero que não fique brava comigo. Sinto muito, mas não posso explicar para ti o real motivo da minha decisão, mas se você olhar um pouco além do que tu conhece, irá entender. Nem tudo é o que parece ser, meu bem. Quero que saiba que minha intenção nunca foi te machucar e muito menos te enganar. Não fique triste, pois depois que isso tudo passar, eu voltarei para você se ainda me quiser. Saiba que eu te amo, Kath e não me odeie"
Esqueço-me dos meus machucados e de todos os ferimentos que foi causado pelo acidente, pois a dor maior agora, está no meu coração