POV Stefan
E mais uma vez estou eu aqui, olhando para a enorme New York do meu escritório. Daqui de dentro as coisas lá fora parecem surreais, pessoas correndo pelas ruas, táxis cheios, moradores de rua pedindo esmolas e tudo mais que uma cidade pode ter.
Já passam das 17 horas e eu estou fazendo de tudo para me manter ocupado, mas infelizmente o que eu tinha para fazer eu já fiz e o beijo de hoje manhã volta a rondar minha mente. Não tive nem a chance de me desculpar com Katherine, depois que a soltei, saiu correndo e nem olhou para trás. O beijo foi uma coisa repentina para nós dois, devo deixar claro que eu não planejei o ocorrido, eu apenas fiz. Não me arrependo e também não ligo para o fato de ela ter ficado constrangida. O fato é que ela retribuiu o beijo, e como retribuiu.
Meu coração implora para que eu sinta algo novamente, mas nego esse pedido. Pode até ser que eu sinta esse tipo de paixonite por ela, mas se eu me permitir sentir isso, sentirei também toda a dor que vinha sentindo até desligar minha humanidade e assim me tornaria uma pessoa pior do que agora.
Katherine não saiu uma vez se quer da sala dela, eu havia pedido por telefone para que ela cuidasse da publicidade de três restaurantes novos que minha empresa irá abrir e ela apenas disse ok. Não saiu para o almoço, mas vi um cara trazendo comida do restaurante chines daqui do lado e tudo o que eu pedi para que ela fizesse ela me mandou por e-mail ou pela Bonnie, com uma bela eficiencia devo observar, mas amanhã ela não escapa, vou ter que convocar uma reunião para que ela apresente a ideia para os patrocinadores e para mim. Aguarde-me senhorita Pierce.
POV Elena.
Como se não bastasse eu estudar em ma escola de freiras, descobri que é aula integral todos os dias. Eu fiquei tipo, com a maior cara de taxo quando a Irmã Abigail falou isso para mim e não pude esconder a minha insatisfação. Ela disse que eu logo irei me acostumar, mas minha vontade é de correr para longe desse lugar. E para completar, aquele garoto do fundo, Damon Salvatore é pior do que aquelas garotas que se fazem de difícil, sabe? Mas relaxa, que logo ele estará comendo nas minhas mãos.
A noticia boa de ter aula integral é que os dois últimos horários são livres e os professores ficam em suas salas apenas para tirar duvidas ou coisas do tipo, como hoje é meu primeiro dia aqui, não tive dever nem nada. Enquanto ando pelos corredores tentando conhecer o lugar e achar um bom lugar para matar aula quando estiver entediada uma garota esbarra em mim.
– Hey, olha por onde anda! - Falei estressada.
– Segura a onda ai, novata. - Falou uma garota loira e alta sorrindo.
– Desculpe-me, meu nome é Elena Pierce.
– Eu que lhe peço desculpas, tenho que parar com essa mania de andar enquanto mexo no celular, aliás, meu nome é Caroline Forbes.
– Ah é ótimo falar com alguém que não seja uma freira de 1000 anos ou com um garoto arrogante metido a dono do mundo. - Falo revirando os olhos.
– A freira de quem fala, suponho que seja a irmã Abigail e quanto ao garoto tenho certeza de que é Damon Salvatore. - Falou a loira com um sorriso amigo no rosto e sobrancelhas arqueadas
– Sim, mas como sabe? - Falei sorrindo para a garota simpática e puxando-a para sentar no banco.
– Damon Salvatore é conhecido pela sua arrogância aqui na escola e devo te avisar que tem fama de pegador aqui na escola, mas claro, que isso fica só entre os alunos, se a irmã Abigail souber disso ela pira!
– Ele é uma gato!
– Concordo, mas se quiser ficar com ele vai ter que ralar muito, hein garota.
– Pode deixar que meu alvo já está marcado!
– Garota, já gostei de ti. E se tu esta andando por aqui, acredito que está procurando algum lugar para se esconder quando não estiver a fim de assistir às aulas.
– Estou começando a achar que tu lê mentes, Caroline. - Falo sorrindo.
– Olha eu gostei de ti, e é claro que tu é do tipo de garota com quem me dou bem. Eu sou caloura aqui, e conheço muitas coisas dessa escola que poucos sabem. Vou contar as coisas que sei aos poucos para ti e ai a gente vê até onde vamos, beleza?
– Tá beleza, loira! - Falei dando uma piscadinha para ela.
POV Damon.
Essa garota, Elena Pierce, já está andando com a pior garota que ela poderia achar aqui, mas logo quando ela chegou aqui era óbvio que ela iria se envolver com Caroline Forbes. As duas passam por mim no corredor rindo alto até demais, Elena da uma olhadinha para mim e vira o rosto e eu fico rindo sozinho.
Ando devagar até alcança-las e puxo Caroline pelo braço que vira para mim assustada e Elena me olha sem reação.
– Posso falar contigo, Car? - Uso o apelido carinhoso que usava um tempo atrás para chama-la.
– Não, Damon! Agora estou ocupada mostrando a escola para minha nova colega.
– Ah claro, mais uma de suas cachorrinhas. - Falei lançando o olhar para Elena.
– O único cachorro aqui é tu, Damon! Nunca mais se refira as minhas amigas desta forma, ou eu faço você ser expulso desta escola.
– Ah vai contar para o papai, é? - Falei desafiando-a e ainda segurando o braço dela.
– Ah chega, Dam! - Falou Car sorrindo.
Ela me abraça e Elena nos olha surpresa.
– Então Elena, esse é o arrogante de quem estávamos falando agora pouco.
– Ah essa peça eu já conheço. - Falou Elena.
Olhei para ela e dei uma piscadinha, ela já está nas minhas mãos e não sei, algo nela me atrai e olhar para o sorriso dela me faz querer sorrir também, o que me é estranho, pois é a primeira vez em muito tempo que tenho vontade de sorrir.
POV Katherine.
Enfim 19 horas! Meu primeiro dia foi cheio, desde o espetacular beijo que recebi e ... Katherine! Pare de pensar nisso, agora! Passei o dia inteiro tentando bloquear isso da minha mente e agora que estou sem nada para fazer o beijo volta a minha mente. Os lábios deles, aquela mão forte na minha cintura me puxando para perto e ah!
Dei uma espiadinha pela porta e vi que ele não estava lá, apenas Bonnie e essa é a minha deixa. Pego minha bolsa e meu casaco no cabide, apago as luzes e saio da sala quase desesperada.
– Boa noite, Bonnie! Até amanhã.
– Boa noite, senhorita Pierce. - Falou sorrindo.
Chamei o elevador e me irritei com a demora dele, ah por que esse prédio tem que ter tantos andares? Olho para os números dos andares de acordo com que o elevador vem subindo, 17, 18, 19 e 20!
Entro no elevador correndo e aperto o botão para ir para o primeiro andar, e as portas demoram para fechar e Stefan sai da sua sala e vem correndo até o elevador e quando as portas estão fechando ele coloca o braço na frente e as portas voltam a se abrir.
– Tenha uma boa noite, Bonnie. - Fala ele acenando e ela acena com a cabeça.
Pelo canto dos olhos percebo que os pés de Stefan batem impacientemente no piso do elevador e solta um pouco a gravata.
– Então senhorita Pierce, só te avisar que marquei uma reunião de última hora para amanhã às 10 horas em ponto.
Olho para ele boquiaberta, mas logo me recomponho.
– Claro, é sobre a divulgação do teu novo restaurante ou da casa noturna?
– Da casa noturna é claro, aliás, adorei o que fez... Hm agora precisamos saber se os patrocinadores e os sócios irão gostar.
– Tenho certeza que eles vão gostar, sei o que fazer. - Falei sorrindo.
– Ótimo, assim que eu gosto.
Estamos no 5º andar quando o elevador da um solavanco e para e sem perceber eu me agarro ao braço de Stefan e ele olha para mim com um sorriso divertido e logo eu o solto.
– Quanto tempo esses elevadores não param e pode ter certeza que eu vou pegar no pé dos funcionários que cuidam da manutenção! - Fala Stefan exasperado.
– Calma, é só ligar para o cara da recepção. - Falei pegando o telefone, mas vejo que está sem sinal.
– Droga! - Grita Stefan
Olho para ele assustada enquanto ele coloca a pasta no chão e tira a gravata e começa a tirar a camiseta, gotinha de suor brotam na testa dele e ele esta ofegante.
– Stefan, você está bem? - Perguntei chegando perto dele.
– Eu pareço estar bem? - Grita ele.
– Ah então não precisa da minha ajuda.
Ele parece não escutar o que falo e começa a respirar profundamente repetidas vezes e vejo que ele está sem ar, ele encosta na parede do elevador e escorrega até que cai no chão. Eu me desespero e caio de joelhos ao lado dele abanando-o com minha mãe e limpando o suor da testa dele com a camiseta que estava no chão.
– Á-água! - Gaguejou ele.
– O que? Tu quer água?
– Tem água nos meus pulmões, eu vou morrer!
–Calma, não tem água aqui não, Stefan fica comigo! - Falei desesperada.
Me desespero mais ainda quando Stefan começa a respirar mais devagar e desmaia nos meus braços. Pego meu celular na bolsa e graças a Deus tem um pouquinho de sinal, disco rapidamente com os dedos trêmulos o número da emergência.
– Boa noite, qual é tua emergência?
– Elevador, eu estou presa no elevador com um homem desmaiado nos meus braços, ele ficou com falta de ar e desmaiou.
– Onde vocês estão?
– Na Salvatore Enterprises, por favor venham rápido.
– O socorro já está a caminho.
Jogo o celular de volta dentro da bolsa e fico olhando para o rosto de Stefan Salvatore, secando as gotinhas de suor da tua testa. Abraço-o e o deixo mais perto de mim, ele está frio. Coloco a cabeça em teu peito e não sinto teu coração bater.