POV Stefan
Água entrando nos meus pulmões, lugar fechado, apertado... cofre! Alucinações me invadem enquanto eu tento me manter consciente nos braços de Katherine. Ela está desesperada e consigo escutar a voz dela me chamando ao fundo.
– Stefan, fique comigo!
Não consigo me agarrar a realidade, as lembranças daqueles dias no cofre, no fundo do mar me invadem sempre que fico em lugar fechado por muito tempo. Estou quase conseguindo voltar, mas as lembranças de estar me afogando no cofre me invadem novamente. A mesma mulher que me transformou fez isso comigo e quando eu acordei da transformação estava no fundo do mar dentro de um cofre, sorte que o Damon me tirou de lá, lembrando de tudo isso caio na escuridão novamente.
– O paciente não reage, mais uma carga e dessa vez mais forte! - Ouço a voz de um homem e logo em seguida uma descarga elétrica passa pelo meu corpo e eu volto à realidade.
– Sr. Salvatore? - Chama a mesma voz masculina de antes.
– O senhor está bem?
– Sim, estou.
– Doutor, ele ainda está sem pulso. - Fala uma moça com a voz assustada.
– Mas... como? Ele está acordado!
Levanto-me da maca deixando todos espantados, tiro os fios que estão conectados a mim e pego minha camiseta que está ao lado da cama e visto.
– Vocês viram que está tudo bem comigo e me deixaram ir. - Compeli o médico e as outras duas enfermeiras que estavam no quarto.
Sai do quarto abotoando os dois botões que faltavam e quando levantei a cabeça, vi Katherine sentada no final do corredor, com a cabeça nas mãos e os cabelos longos tampando o rosto. Puxei o médico que estava ainda parado na sala e falei.
– Você vai até aquela moça comigo e falar que nada demais aconteceu e que foi apenas um desmaio.
– Sim.
Fomos andando até o final do corredor onde Katherine esta e ela se levanta rapidamente e me vê atrás do doutor e nem se incomoda em escutar o que ele fala e me surpreende com um um abraço.
– Stefan, fiquei tão preocupada contigo! Você deu a louca lá do nada e depois desmaiou e eu, eu não soube o que fazer! - Fala Katherine soluçando.
– Querida, calma... eu só não me sinto bem em lugares fechados, foi apenas um desmaio.
– Mas seu coração, ele não estava batendo!
– Estava sim, tenho certeza! Acho que no nervosismo do momento você se enganou.
– É acho que foi isso mesmo. - Fala ela confusa.
Ela se solta dos meus braços e pega tua pasta e a minha na cadeira e me entrega, olho para o relógio e já é 21 horas.
– Katherine, você não comeu nada, né?
– Não, mas eu já vou para casa e no caminho eu encontro alguma lanchonete.
– Hoje irá jantar comigo, senhorita Pierce. - Falo em tom autoritário, ela arqueia as sobrancelhas.
– Mas meu carro está aqui e teu motorista trouxe o teu também e... - coloco o dedo em tua boca impedindo-a de falar.
– Não, meu motorista pode levar teu carro até a tua casa e tu vem comigo no meu carro e eu não aceito não como resposta, até porque - falo arrumando uma mecha do cabelo dela - estou te devendo uma.
POV Katherine
Stefan pagou o hospital e desta vez descemos pelas escadas, depois do susto que levei a última coisa que quero é que um elevador pare comigo e Stefan Salvatore dentro. Chegamos ao estacionamento e fico perdida em meio um mar de carros, pois não sei qual é o dele e então ele me puxa pela mão e tira as chaves do bolso apertando um botão no chaveiro fazendo com que uma Ferrari F12¹ acendesse as luzes indicando que o carro foi destravado.
Ele como um cavalheiro abre a porta da Ferrari para mim e assim que eu entro ele a fecha e contorna rapidamente o carro e senta no banco já ligando o carro. Assim que ele liga o cinto automaticamente prende meu corpo ao banco e é afivelado e o dele faz o mesmo e eu fico bestificada com tanta tecnologia.
– Já andou em uma Ferrari, senhorita Pierce? - Pegunta ele com um sorriso lindo no rosto.
– Não, nunca! - Falo maravilhada com a beleza do interior do carro e ainda mais com o intenso olhar que ele lança na minha direção.
– Então prepare-se para ter o passeio da tua vida. - Fala Stefan, não de forma convencida, mas de uma forma alegre que me faz sorrir automaticamente.
Ele sai da vaga com cuidado e logo estamos na pista, as pessoas na calçada olham e apontam maravilhadas com a bela Ferrari vermelha de vidros escuros. Eu sempre quis ter uma vida boa, tanto em questão de felicidade quanto em questão financeira e o luxo, não vou negar, faziam meus olhos brilhar! E aquele homem sentado no banco ao lado, com os olhos fixos na estrada, sua postura perfeita e suas roupas caras me passa a imagem do homem com quem sempre sonhei, desde menina. Eu sou uma verdadeira vadia, mas claro, não deixo isso tão óbvio.
Quantos garotos eu namorei na faculdade por interesse? Perdi as contas, o primeiro foi Jeremy Gilbert, garoto que toda garota gostaria de ter ao lado. Me levou para as festas mais caras da universidade e me apresentou para as pessoas que mais tinham influência ali dentro e o resto é segredo. Claro que vocês ninguém sabe disso.
Olho para Stefan novamente e ele está concentrado em algo além da estrada, viajando em pensamentos presumo eu. Quando vou falar alguma coisa para quebrar o silêncio, o carro para e vejo que estamos diante de um restaurante fino.
Stefan sai do carro e abre a porta para mim, estende a mão pra que eu me apoie para conseguir sair do carro de uma forma que não mostrasse algo além da minha saia. Depois que eu consigo sair do carro, Stefan vai até o manobrista e entrega as chaves do carro para ele.
– Sr. Salvatore - Fala ele acenando com a cabeça.
– Leigh - Fala Stefan.
O manobrista entra no carro e eu o perco de vista quando ele entra no estacionamento do restaurante.
– Esse restaurante é teu? - Pergunto curiosa para Stefan.
– Em partes sim, sou apenas sócio do dono. Espero que goste de comida japonesa, Katherine.
– Ah eu adoro! - Falo animada.
POV Elena
– É né, pai! Quando eu chego tarde em casa faltam arrancar minha cabeça fora!
– Sua irmã já é adulta, Lenis. - Fala papai usando o apelido que me deu quando eu era criança.
– Lenis, pai? Sério isso? - Falo emburrada.
– Você adorava esse apelido, minha filha.
– Sim, mas eu cresci!
– Está certa, meu bem. Desculpe-me. - Fala o papai abrindo os braços para mim.
Vou até ele e deito no teu colo, ele passa a mão no meu cabelo e eu sinto uma paz que só senti hoje enquanto olhava nos olhos de Damon Salvatore. Aquele garoto me mata lentamente cada vez que ele morde os lábios, cada vez que ele fala meu nome e cada vez que da uma piscadinha discreta. Hoje pude ver um lado dele que não poderia imaginar, ele ama e idolatra gatos! Hoje antes de irmos pra casa, ele achou um gatinho filhote no estacionamento e o levou para casa e me deixou escolher o nome, Blue Snow, devido aos grandes olhos azuis e os pelos brancos.
– Minha filha está apaixonada ou é impressão minha? - Fala papai tirando-me das minhas lembranças.
– Não, né! Tá por fora, pai. - Falo tentando esconder um sorriso bobo.
– Eu posso estar velho, mas ainda sei reconhecer a paixão nos olhos de uma garota, ainda mais quando essa garota é minha filha.
– Ah pai... Ele é lindo demais! - Falo sentando-me ao lado dele.
– Eu quero conhece-lo.
– Calma, pai! Tudo no seu tempo.
– Eu que deveria falar isso pra ti. - Fala ele arqueando as sobrancelhas.
– Verdade! - Falo e nós dois começamos a rir no sofá.
POV Damon.
Elena Pierce, saia dos meus pensamentos agora! No caminho da escola para casa eu encontrei uma garota e a trouxe para casa, nós transamos e foi só isso. Tudo para tirar Elena da cabeça por pelo menos algumas horas. O nome da garota é Vick Donovan, ela estuda lá na escola, mas não me lembrava dela por lá.
O gatinho que também trouxe para casa mia na sala do apartamento e eu vou até ele, a pequena bolinha de pelo branca, Blue Snow, vem correndo até mim e fica em pé apoiado na minha perna pedindo por atenção. Que nome idiota você deu para esse gato, Elena. Mas ele pareceu gostar do nome.
Vou até a cozinha e encho o pratinho dele com água e colo a ração que comprei em outro e deixo na frente dele para que ele coma. Fico observando-o e lembrando de Elena. Garota, por que me encanta tanto? A garota que de inicio achei esquisita agora assombra meus pensamentos toda hora.
Escuto Vick murmurando meu nome no quarto e volto rapidamente para cama e deito-me ao lado dela.
– Damon?
– O que é? - Falo de forma ríspida.
– Nossa, por que esta falando assim comigo?
– Vadias merecem ser tratadas como vadias uai.
– É isso que eu sou para você?
– Que isso, garota! Nós só transamos.
Ela levanta da cama brava e chuta os lençóis que se enroscam sem sua perna, seu corpo magro está nu e eu observo cada um de seus movimentos e por causa da raiva que está sentindo a veia do pescoço dela pulsa mais rápido, fazendo com que minhas presas apareçam e eu morda o pescoço dela.
O sangue quente escorre por todos os lados, seus seios já estão vermelhos com seu próprio sangue e ela geme como uma louca com certeza esquecendo do que eu havia dito segundos atrás e eu finalmente encontrando minha paz, fantasiando com os meus dentes cravados no pescoço de Elena Pierce.
POV Stefan
– O que achou do jantar, Kath? - Pergunto e já sei a resposta quando vejo o sorriso nos lábios dela.
– Foi ótimo, melhor sushi que já comi na minha vida! Sério, obrigada.
– Um presente meu para você, senhorita Pierce.
– Mesmo assim, obrigada.
Essa mulher, conseguiu o milagre de me fazer sorrir contando-me histórias sobre sua infância e sobre sua fase pervertida na faculdade. Quem diria que essa mulher já fez tanta merda na vida? Eu também me senti bem para contar algumas histórias para ela sobre meus momentos pervertidos e nós nos divertimos falando sobre todos os assuntos que você é capaz de imaginar.
Chegamos na casa dela e ela suspirou como se lamentasse por nosso momento juntos ter acabado e isso me fez sorrir.
– Está entregue e segura exatamente às 22 horas como prometido, senhorita Pierce.
– Já falei que pode me chamar de Kath, senhor Salvatore.
– Só se tu me chamar de Stefan.
– Ok, Stefan! Mas no trabalho é Senhor Stefan.
– Combinado, Kath! - Falei sorrindo.
– Vou entrar logo, acordar cedo amanhã para a reunião.
– Nossa, eu me esqueci completamente!
– Normal. - Falou Katherine sorrindo. - Então, boa noite e obrigada mais uma vez pelo jantar.
– Um minuto.
Sai do carro e abri a porta para ela.
– Faz isso sempre?
– Fala como se eu saísse com muitas mulheres, Kath.
– Estou errada? - Fala ela me desafiando.
– Sim, está.
– Duvido, mas tudo bem. Boa noite, Stefan.
– Boa noite, Kath.
E ficamos sem jeito sobre o que fazer depois, ela então se coloca na ponta dos pés e me da um selinho saindo logo em seguida.
Fico parado um tempo e volto para o carro e porra, essa mulher me fascina!