Faça-me amar novamente. escrita por Luanara


Capítulo 2
Rápido demais.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer às garotas que favoritaram a história, biskatherine e julie gonçalves, muito obrigada!
Leiam as notas finais.



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POV Elena.
– Maldita seja essa escola! - falei para mim mesma.
Tenho certeza de que quando meu pai e Katherine foram escolher a escola onde eu iria estudar eles fizeram uma lista com as 10 piores e escolheram a 1ª!
Uma escola de freiras! Vou matar a Katherine e o papai!
– Minha filha, está perdida?
– Oi? - Processando a intimidade dessa velha que parece ter mais de 1000 anos.
– Desculpe-me, você é nova aqui, certo? - Falou a senhora com a voz calma.
– Sim, senhora! Finalmente alguém para me ajudar nessa por... - Melhor eu me conter, antes que essa freira me coloque para ajoelhar no milho no primeiro dia.
A freira, cujo ainda não sei o nome, colocou os óculos que estavam pendurados em seu pescoço e segurou a ficha um pouco perto do rosto para ler melhor.
– Elena Pierce, certo?
– Certo, e o teu?
– Irmã Abigail. Você me verá muito por aqui, pois eu que cuido de tudo referente aos alunos de 3º ano.
– Ótimo! - Pare de ser sarcástica, Elena!
A irmã Abigail me guia pelos corredores da grande escola que mais parece um internato, daqueles que tu só vê em filme de terror. A sensação de estar dentro de um filme horror é amenizada quando entramos em um corredor repleto de quadros com imagens de santos. Nunca fui uma pessoa muito religiosa, acho esse negócio de ir à igreja todos os domingos para longas missas, muito maçante. Eu acredito em Deus e pronto.
– Aqui é a sua sala, minha filha – Falou a irmã em um tom baixo.
– Obrigada.
Olho para a placa colada na porta e leio “Inglês”, ótimo! Minha última professora de inglês era uma completa idiota e desde que a vi pela primeira vez, fiquei com trauma de professores de inglês. Respiro fundo e dou duas batidas tímidas na porta, logo a porta se abre e dou de cara com um professor careca e gordinho.
– Tem uma nova aluna, professor Daniel.
– Oh, great! – Fala abrindo um sorriso sincero e amigo para mim.
Entro na sala meio que empurrada pela irmã e puxada pelo professor, minhas bochechas começaram a queimar. O que é? Pode não parecer, mas sou tímida, valeu? Todos ali pareciam alheios a minha presença até que o professor da um tapa no quadro e todos olham assustados para ele. Ótima forma de ser apresentada valeu, gordinho!
– Alunos, essa é a Elena Pierce.
Todos olhavam para mim com uma cara de “Tá, e daí?” o que me faz corar mais ainda, eu devo estar parecendo um palhaço! Todos olham para mim e algumas garotas cochicham ao fundo, coisa que eu odeio, mas algo além delas me chama mais atenção, sim o garoto ao fundo. Sempre tem um, né? Pois é, o garoto de cabelos negros é misterioso, está de cabeça baixa anotando algo em teu caderno e no momento que ele levanta o olhar na minha direção e teu olhar se encontra com o meu, uma chama dentro de mim acende e eu percebo que aquele lugar começou a se tornar interessante.
POV Stefan.
Ela esta correndo atrás de mim, eu estou correndo o máximo que posso, mas vejo que não é o suficiente, ele está centímetros atrás de mim. Não me atrevo a olhar para trás, pois esse ser estranho falou que drenaria meu sangue até que eu me tornasse um deles. Eu não entendi, estava saindo da faculdade quando essa moça me abordou na rua pedindo ajuda, eu fui ajuda-la e ela mordeu meu pescoço, mas de alguma forma consegui sair dos braços dela e agora estou aqui correndo e correndo. O ar foge dos meus pulmões e minhas pernas resistem ao meu comando de ir mais rápido e fazem o contrário indo cada vez mais devagar... Ela vai me pegar!
– Não adianta correr, docinho! – Escuto a voz doce da moça que corre atrás de mim.
Ela puxa minha camiseta e me derruba no chão, olho apavorado para aqueles olhos castanhos escuros que do nada se tornaram mais escuros e medonhos.
– Não vai doer nada, prometo!
**
Acordo aos gritos e totalmente suado, faz muito tempo que não tenho esses pesadelos e foi tão real! Todos os dias eu jogo pragas naqueles malditos olhos castanhos. Olho para o relógio que marca 9hrs da manhã.
Meu apartamento é suficientemente grande para caber umas 3 pessoas, mas moro apenas eu aqui. Meu irmão, Damon Salvatore, mora sozinho em outro apartamento perto da escola dele. Ele também é um vampiro, foi transformado pelos mesmo olhos castanhos, porém ele não aceitou tudo isso muito bem. Nós enterramos cada uma de nossas gerações e isso o matou por dentro fazendo com que ele desligasse a humanidade dele e eu a minha.
Levanto da cama e caminho até a cozinha e pego um bom vinho para degustar, rotina de todas as manhãs. Sinto falta de alguém para conversar e me pego pensando novamente na Katherine Pierce, a garota que começa a trabalhar comigo hoje, a sala dela será ao lado do meu escritório para eu ter contato direto com ela sempre que precisar.
Decido ir para o escritório mais cedo. Tomo um banho e visto as roupas o mais rápido que posso, e me vejo ansioso para ver novamente aquela garota que tirou meu sono e percebo que não reparei nos olhos dela, eu sempre costumo fazer isso, mas dessa vez não o fiz.
Chego ao escritório e já tem gente lá, todos me dizem um "olá" ou um simples "bom dia" e eu sempre sou gentil com todos, não faz meu estilo ser aquele tipo de CEO que faz com que todos tenham medo e se sintam inferiores, eu sempre falo que aqui somos iguais e nenhum aqui tem um tratamento melhor que o outro, nem mesmo eu.
Entro no elevador e já tem uma moça lá dentro com roupas pretas coladas ao corpo, cabelos longos e lisos com óculos escuros.
– Vai subir? - Perguntei a ela.
– Sim.
– Procura por alguém, moça? - Perguntei novamente, intrigado com aquela moça e com a sensação de já tê-la visto.
– Sim, procuro por Stefan Salvatore.
– Sou eu, senhorita.
Ela finalmente levanta o olhar para mim e sorri, os dentes brancos e pontiagudos gritam para que eu pare aquele elevador e saia correndo de dentro dele. Um arrepio subiu pela minha espinha e meu pesadelo veio a minha mente. A moça se aproxima de mim e me empurra na parede, com teus dedos longos e finos aperta um botão que faz o elevador parar bruscamente.
– Enfim nos encontramos novamente, docinho. - Falou a moça com a voz doce e sedutora.
– Quem é você?
– Não lembra de mim? Noite, chuva... O dia em que você foi transformado. - Falou ela passando as unhas no meu pescoço, bem onde fui mordido.
– Você é a mulher que me transformou.
– Sim, esperto você! - Falou a moça sorrindo.
– O que você quer? Não bastou destruir a minha vida e a de meu irmão? - Falo de forma ríspida.
– Destruir? Não chamo isso aqui de destruir. Você teve tempo suficiente apara construir a tua vida e realizar os teus sonhos! Eu dei a ti a imortalidade, o maior presente que alguém pode receber. Eu sou teu anjo, a tua salvação e agora tu tem a oportunidade de me agradecer e ao invés disso me trata ma desta forma?
– Agradecer? - Imitei falando com o mesmo tom de voz que ela usou - Agradecer pelo que? Vi meus pais morrendo, meus avós, meus primos e toda a minha família! Enterrei cada um deles. Damon se tornou a pessoa mais amargurada do mundo e hoje quase não falo com ele, você tirou de mim tudo o que eu tinha de mais precioso! Minha vida se tornou um misto de solidão e dor acumulada. Eu prefiro morrer a ter que viver com isso.
– Quer morrer? Eu te mato aqui e agora, sem esforço algum.
– Vai embora daqui, agora!
Sai dos teus braços e apertei o botão para fazer com que o elevador voltasse a subir. Ela ficou lá no canto do elevador com os braços cruzados e vi que lágrimas escorriam pelos teus olhos. Eu não sei quem é essa moça, não sei nome, idade e muito menos o porquê de ela ter me transformado. O elevador finalmente chegou ao último andar e eu sai, deixando aquela louca psicótica lá dentro.
POV Katherine.
Já passa das 11hrs e eu tenho que ir trabalhar daqui a pouco. Elena já foi para a escola e hoje eu posso me arrumar com mais calma. Estou ansiosa não só por começar no meu novo emprego, mas também porque irei ver Stefan Salvatore.
Saio do conforto da cadeira do computador e vejo que papai já saiu para trabalhar, ótimo! Vou até a cozinha e vejo um bilhete no balcão.
"Querida Kath, já levei Elena para escola e vou direto para o trabalho, pois surgiu uma reunião de última hora. Não quis te incomodar, pois estava concentrada demais nos teus trabalhos. Seu almoço está no microondas. Tenha um bom dia e boa sorte no teu primeiro dia de trabalho... Com amor, papai"
Papai sempre deixa o bilhete com as mesmas palavras quando sai cedo para o trabalho e eu fico rindo sozinha. Vou até o microondas e pego o meu almoço, bife, arroz e a salada que esta na geladeira. Como tudo bem rapidinho e subo para tomar banho.
Já indo para meu novo emprego, percebo que não estou tão segura quanto estava no dia anterior e sei o culpado desse nervosismo, Stefan Salvatore.
POV Damon.
Essa garota nova, não sei o nome dela e não me interesso em saber. Desde o momento em que me olhou quando entrou na sala não parou mais, eu só queria ver o que estava escrito no quadro atrás dela e ela achou que eu estava olhando para ela.
Sinal toca e eu suspiro aliviado, pego o celular e disco o número que a muito tempo não chamo.
– Alô? - Escuto a voz do meu irmão do outro lado da linha.
– Stefan, não aguento ficar nessa escola. - Falei irritado.
– O que fez desta vez?
– Não fiz nada! Por que acha que eu sempre fiz algo errado?
– Porque nas últimas 5 vezes que tu me ligou falando essa mesma frase, você havia sido expulso e essa frase é meio que um pleonasmo para mim.
– Ok, eu só quero sair daqui! Essas freiras são insuportáveis, Stefan.
– Só mais um ano, Damon... - Falou Stefan desligando na minha cara.
Suspiro procurando por paciência para não quebrar aquela sala toda e se possível destruir todo esse prédio velho que eles chamam de escola. Vou até meu armário e pego os materiais que preciso para as duas próximas aulas, biologia e trigonometria.
– Com licença. - Escuto uma voz feminina me chamar e viro com a minha melhor cara de galanteador.
– Sim? - Meu sorriso some quando vejo quem é.
– Hm... meu nome é Elena Pierce, a aluna nova da turma de inglês do 3º ano.
– Lembro de ti. - Falo dando as costas para ela, fechando a porta do armário e saindo pelo corredor.
– Minha próxima aula é biologia, eu não sei onde fica a sala e não quero me atrasar, será que você pode me mostrar? - Droga, além de esquisita é oferecida.
– Sim, já que está aqui.
Pelo silêncio dela percebi que consegui deixa-la sem graça, e isso é um ótimo toque para ela me deixar em paz. Tem algo nos olhos dela que me deixa perturbado, me recordo de já ter visto esses mesmos olhos em algum lugar e não me traz sensações boas.
POV Stefan.
Ótimo, Bonnie ainda não chegou e a Katherine chega daqui alguns minutos. Ainda não estou preparado para ver alguém depois do que aconteceu naquele elevador. Tenho certeza que aquela mulher quer algo comigo ou com meu irmão, estava tão atordoado quando ele me ligou que nem lembrei de avisa-lo sobre ela. Ligo para o celular dele e cai direto na caixa de mensagem, ele deve estar na aula, merda!
Ouço o barulho do elevador indicando que alguém chegou aqui nesse andar, seja a Bonnie, por favor! Abro a porta e vejo Katherine saindo do elevador, toda segura de si, perfeitamente equilibrada em saltos altos enormes e roupa no mesmo estilo da que usou ontem na entrevista, porém vermelha e apertada o que realçava a cor branca de sua pele e suas curvas, com certeza, resultado de horas em academia e boa alimentação.
Ela olha para cima e encontra o meu olhar, parece surpresa ao me ver ali parado na porta da minha sala, observando-a. Ela levanta a cabeça e quando vai dar o primeiro passo em minha direção, se atrapalha com os saltos altos e a vejo cair na minha direção, mas eu a seguro antes que ela caia com a cara no chão.
– O-obrigada, sr. Salvatore. - Fala ela ainda nos meus braços
– Disponha, senhorita Pierce.
Ela se levanta dos meus braços e ajeita a saia enquanto eu ajeito as mangas da minha camiseta.
– Bom, pedi para que colocasse tua sala aqui do lado da minha.
– Ao lado da tua? - Fala ela como se não acreditasse e eu dou uma risadinha sem perceber.
– Algum problema, senhorita Pierce?
–Não, nenhum! Eu só achei que eu ficaria lá embaixo.
– Então por que veio até aqui? - Falei sério novamente.
POV. Katherine.
Esse tom sério e autoritário que ele usa comigo não me agrada nem um pouco, se ele acha que se torna mais atraente e superior sendo assim... está certo! Mas eu não me sinto confortável porque nunca ninguém falou assim comigo.
– Vim porque eu não sabia onde iria trabalhar e se não me engano o senhor disse para eu pegar todas as informações que precisasse aqui com sua secretária, então por isso, vim até aqui, porém vejo que ela não está aqui.
– O transito está complicado hoje, ela deve se atrasar. - Falou ele recuando. Bom garoto!
– Então minha sala é essa? - Falei apontando para a porta fechada bem ao lado da dele.
– Sim. - Falou ele já se apressando para abrir a porta antes que eu abrisse.
Entrei na sala e vi que era enorme, bom não tão grande assim, mas com certeza é maior dos outros que trabalham lá embaixo. As paredes brancas muito bem iluminadas pela parede do fundo que é toda de vidro traz uma sensação de paz e tranquilidade o que com certeza torna o trabalho um pouco mais leve. A mesa um pouco menor que a dele está vazia, ou melhor, a sala está vazia, composta apenas pela mesa de madeira clara, duas estantes grandes da mesma cor e duas cadeiras de girar.
– Está vazia assim para que você arrume do jeito que lhe agradar, senhorita Katherine. Costumo dar essa liberdade para todos que trabalham aqui, até porque vai passar boa parte do teu dia nessa sala, então sinta-se tranquila para decorar como quiser. Só lhe peço para não mudar cor das paredes e naquela porta ali você encontra o banheiro.
– Anotado, sr. Salvatore.
Ele fica calado por alguns minutos olhando por além daquela parede de vidro e eu me perco no corpo que o terno esconde, tenho certeza que os ternos dele são feitos sob medida, porque é tudo muito perfeito, desde as mangas do paletó até as barras da calça, tudo perfeitamente ajustado. O terno preto mostra o quão fechado ele é e me pergunto quantos segredos ele deve ter.
Quando olho para ele percebo que ele estava olhando para mim e logo fico corada, ele me pegou observando-o e isso não é legal em um primeiro dia de trabalho e com o meu chefe. Ele se aproxima de mim e segura meu queixo, não sei quais são as intenções dele. Bem, na verdade eu sei, mas quando olho em teus olhos me perco no brilho verde e inocente.
– Teus olhos - fala ele bem baixinho - teus olhos me lembram algo.
Ele me olha com o olhar confuso, ele franzi a testa e uma pequena ruga se forma entre as duas sobrancelhas e eu me sinto tentada a tocar teu rosto.
– Algo dentro de mim me diz para ter medo desses olhos, mas eu não tenho. Quando olho para você eu sinto tudo o que eu reprimi e desliguei um tempo atrás.
Do que ele está falando? Penso ficando tão confusa quanto ele aparenta estar. Ele aproxima o rosto do meu e eu sinto tua respiração em meu rosto, o perfume dele entra pelas minhas narinas e eu me vejo incapaz de me mover. Sei que o certo a fazer é me afastar, mas algo no olhar dele me prende e o cheiro dele, ah o cheiro dele me fez ficar sem reação. E finalmente os lábios dele encostaram nos meus.


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Notas finais do capítulo

Eai... o que acharam? Gente, por favor, não me deixem sozinha e me falem o que está achando da fic e o que acham que deve melhorar e tals porque assim eu tenho uma noção de como escrever cada cap porque claro que as sugestões e opiniões de vocês serão levadas em consideração, mas só vou saber se vocês me falarem, né? Sei que tem muita gente Steferine, então se quiserem falem da fic para as amigas.
Nos vemos no próximo cap. e nos coments :*



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