POV Stefan.

– Porra, Katherine! – Falo e jogo o celular contra a parede.

Klaus Mikaelson veio até a minha casa e pediu para que eu tentasse falar com Katherine, estou tentando faz umas 2 horas falar com ela e nada dessa mulher atender a merda do celular, com certeza está e mais um dos encontros com o Matt e é justamente isso que eu não queria que acontecesse.

– Calma, Stefan! Nós só precisamos saber onde ele está e assim podemos pega-lo e tirar Katherine dele. – Fala Klaus, sentado no meu sofá e bebendo uísque.

– Ok, me explica essa história direito que eu ainda não entendi. – Falo andando de um lado para o outro.

– É simples! Katherine é a cópia da Amara e ainda é humana, Matt é um humano normal, mas existem seres que nós chamamos de viajantes, eles são capazes de entrar no corpo de outra pessoa através da mente e foi isso o que aconteceu com Matt! Um viajante entrou no corpo dele para pegar Katherine, sacrifica-la para fazer um ritual, eles precisam de uma cópia Pierce humana e é ai que entra a Katherine. – Explica Klaus.

– E pra que seria esse ritual? E por que eles pegaram a Katherine e não a Elena? As duas são humanas, as duas são cópias e lhe garanto que nenhuma das duas é virgem! Porque pelo que já vi em filmes, eles usam garotas virgens nos rituais. – Falo.

– Esse ritual serve para me matar e eles pegaram a Katherine porque ela é mais velha, o sangue Pierce corre mais forte nela, e lhe garanto que isso não é como nos filmes, irmão – Fala ele de forma sossegado.

– Espera ai! Ah eu já deveria ter imaginado isso, é claro que o Sr. Mikaelson não teria o trabalho de salvar uma vida humana qualquer se isso não colocasse em risco a vida dele. Então tu está aqui, querendo salvar a Katherine do ritual porque se eles fizerem o ritual, eles podem te matar? É isso mesmo que eu entendi? – Pergunto indignado.

– Bingo! Eles vão fazer o ritual, pegar o sangue dela, e eles tem uma das bruxas mais poderosas como aliada, ela vai colocar um feitiço em mim que irá me enfraquecer e é nesse momento que eles vão me fazer tomar o sangue de Katherine que eles vão pegar depois do ritual. – Explica.

– E como tu sabe disso tudo? – Falo pegando o outro celular e tentando ligar para Katherine novamente.

– Porque eu tenho pessoas infiltradas no meio desse grupo de viajantes, eles foram lá, ficaram sabendo de tudo e me contaram.

– E por que os viajantes querem te matar? – Pergunto curioso.

– Porque eu matei mais da metade do grupo deles e agora eles querem me matar, mas como eu estou sempre um passo a frente, eles não vão conseguir. Stefan, pense um pouquinho, nós temos interesses quase iguais, salvar Katherine, claro que por motivos diferentes, mas a essência é a mesma.

– Tudo bem, eu vou te ajudar, mas ficaria mais fácil se ela atendesse o celular. – Falo tentando novamente.

Novamente, aqui estou eu me desdobrando para tirar a Katherine do perigo, ou eu a amo demais ou eu sou muito idiota! Porque parar a minha vida por causa de uma mulher, porra! Tenho certeza que se eu visse um cara fazendo tudo o que faço por Katherine e sendo rejeitado, eu o chamaria de burro e o mataria para acabar com o sofrimento dele, mas é como dizem, tu só vai sentir realmente quando tu passar pela situação.

Deixo o celular de lado um pouco e quando o coloco na bancada, ele vibra e o identificador de chamadas indica que é Katherine.

– Stefan, Stefan! Socorro, me ajuda! – Ela fala chorando e baixinho. – Eu estou presa com Matt em um galpão, ele está querendo me matar e eu estou fugindo dele, eu não sei o que houve, mas do nada ele disse que iria me matar! O galpão é duas ruas abaixo do apartamento onde ele mora, por favor venha rápido! E não esquece...

E o telefone fica mudo, sem tempo de perguntar se ela está ferida, se ele está atrás dela ou sei lá! Corro para a sala e Klaus já está a postos com a chave das motos nas mãos, com certeza escutou a conversa. Sem tempo para elevadores ou escadas, pulamos da janela mesmo assustando as pessoas que passam do meu lado, desço rapidamente para o estacionamento e subo na moto, dou a partida e corro livre pelas ruas de New York e Klaus vem do meu lado.

Chegamos no galpão e entramos, não encontramos nada, apenas sinto cheiro de sangue e é o sangue da Katherine! Olho para todos os lados em busca dela, mas não encontro nada, apenas um bilhetinho escrito com sangue.

“ Matt Donovan já morreu, ah esqueci que tu não se importa com ele, mas se quer saber da Katherine Pierce, estaremos perto da rocha no parque, floresta adentro, sabemos que tu é um vampiro, então não será difícil de nos encontrar”

Mostro o bilhete para Klaus que assente e corremos direto para as motos novamente e vamos em direção ao parque. Esse parque fica a poucas ruas do galpão onde estávamos então logo chegamos. Deixamos a moto e vamos correndo até a rocha que fica no meio da floresta, um humano não seria capaz de achar essa rocha na escuridão e me pergunto quais habilidades esses viajantes tem.

– Vejo que chegaram rapidinho. – Um cara com capuz surge atrás de nós.

– Procuram por Katherine Pierce? – O outro sai do nosso lado esquerdo.

– Essa já era, docinhos. – Fala a outra na nossa direita.

– Ou está prestes a virar oferenda. – Fala um aparecendo na nossa frente, com Katherine nos braços e uma faca no pescoço dela.

Os caras, todos vestem roupas pretas com capuz. Já Katherine, Katherine veste apenas uma lingerie vermelha, os braços e pernas arrepiados por causa do frio, os olhos suplicando por ajuda e os lábios cobertos com fita adesiva.

O cara joga Katherine na grama e ela cai de joelhos, tento ir ataca-lo, mas Klaus me impede e sei apenas olhando nos olhos dele que aquele não é o momento para atacar.

– Essa mulher é uma completa vadia! Não sei como você e Matt conseguiram se apaixonar por ela. – O cara ainda de capuz fala e cospe no rosto de Katherine.

Olhar isso e não poder fazer nada no momento dói demais em mim, ver Katherine assim, insegura, frágil e indefesa me machuca demais e é estranho para que a vê sempre no “comando” de tudo. Eu tento olhar fundo nos olhos do cara com capuz, mas não consigo nem ver o rosto dele, até que ele baixa o capuz e vejo Matt.

– Sabe, essa mulher pode ser uma vadia, mas que ela é boa de cama, ah isso eu não posso negar! Quando forem fazer o velório dela, não se esqueçam de colocar uma maquiagem nas duas marcas que deixei nela, uma no seio esquerdo e uma no pescoço. – Fala ele tocando o corpo dela.

– Chega de gracinhas, Lafaiet! Vamos dar um fim nisso logo, aproveitar que nosso convidado de honra veio ao nosso encontro e poupando-nos do trabalho de ir até ele. – Fala uma voz feminina saindo do meio das árvores.

Como tu imagina uma bruxa? Pele enrugada, um verruga na ponta do enorme nariz, dentes podres, vestido roxo com preto, uma vassoura na mão e acompanhada de um gato preto? Se tu imagina assim, esqueça tudo isso! A bruxa que sai do meio das árvores é sexy e quente, a pele morena, os olhos pretos e grandes, alta e magra, seios grandes que quase saltam do espartilho exageradamente apertado. O cabelo preto, lisinho e curtinho dão um certo charme a ela, o rostinho de boneca tem a boca pequena em forma de coração como charme.

– Senhor Mikaelson, é um enorme prazer te ter aqui, nesse momento de glória! – Fala ela irônica. – E você, ah eu consigo identificar um Salvatore sem truques, juro que não uso truque algum. Vocês da família Salvatore são a imagem da Itália, lindos e cavalheiros como sempre.

Ela sorri para mim e eu olho com nojo para ela, fazendo o sorriso dela aumentar de satisfação. Ela olha para Katherine e toca os longos cabelos castanhos dele com uma ponta de inveja no olhar, mas logo os solta.

– Vamos começar logo, tenho coisas mais importantes para fazer.

As mãos dela se levantam e as tochas se acendem, ela olha fixamente para a lua e os caras de roupas pretas formam um círculo, Katherine olha para mim apavorada e começa a ficar desesperada, ela se move violentamente e se machuca quando cai de cara na pedra, caindo inconsciente no chão. Dois caras se colocam do lado dela e a coloca de joelhos novamente, ainda desacordada.

Olho para Klaus e ele assente para mim, nos preparamos para atacar, mas quando vamos, dois caras nos seguram e jogam verbena nos nossos olhos e nos seguram com uma força extraordinária o tempo todo espirrando verbena em nós e eu me pergunto se não vou conseguir salvar Katherine.

POV Lexi.

Cara, o Stefan é mestre em se meter em encrenca! Puta que pariu, ele deixou uma mensagem no meu celular falando o lugar eu estaria caso eu chegasse no apartamento dele e ele não estivesse e eu sei que é encrenca porque a partir do momento que ele encontra com Katherine a vida dele vira um problema! Ele não pode nem respirar que brota gente do chão para mata-lo e para matar Katherine também.

– Damon, finalmente tu chegou, moleque! Nossa que cara péssima. – Falo reparando na cara de zumbi de Damon.

– Eu e Elena brigamos, mas isso não te interessa! O que é tão urgente? – Pergunta ele impaciente, oh menino chato!

– Teu irmão se meteu em encrenca de novo, tenho certeza! Me leva para esse lugar aqui. – Falo mostrando a mensagem para ele.

– Porra, tenho cara de moto-taxista agora é? – Pergunta ele indignado.

– Se tu olhar bem, tem sim! Agora vamos que temos que salvar teu irmão no sei do que desta vez.

Ele sobe na moto e eu subo logo em seguida, coloco minhas mãos na cintura dele e ele faz cara feia para mim pelo retrovisor e eu o aperto mais. Ele corre até o lugar que Stefan fala na mensagem e damos de cara com um bosque.

– Vamos ter que ir andando a partir daqui. – Fala ele colocando um cadeado na moto.

– Mas vai estragar meus sapatos! – Falo olhando para meus lindos scarpins vermelho sangue de salto 20cm.

– Azar o teu, loirinha! – Ele fala indo em direção às arvores. – Vem ou não?

– Porra, vou né! – Falo colocando meus sapatos no pé novamente e correndo bosque a dentro.

Quando estamos quase perto da rocha, escutamos alguém falando em línguas e pela minha vasta experiência e com a idade que eu tenho, sei que é uma bruxa fazendo um ritual. Caralho, onde o Stefan foi se meter desta vez? Ando devagar pelas folhas e Damon aponta falando que vai pelo outro lado porque disse que viu vampiros segurando Stefan e mais alguém.

Chego perto o suficiente para ver a bruxa, preparo-me e corro na direção dela, com o braço estendido na posição certa para arrancar o coração dela e BINGO! Coração na mão. Olho para trás a tempo de ver o corpo da morena indo de encontro ao chão, morta e sem mais nenhuma utilidade. O coração dela ensanguentado nas minhas mãos, olho para os caras encapuzados que seguram Katherine e desonro a bruxa que matei, lambendo o sangue dela da minha mão.

Os caras vem pra cima de mim na louca, e só da pescoço quebrado, coração fora do peito, pernas e braços voando pelos cantos até que não sobra mais nenhum deles e vejo Damon enfiando um pedaço de galho no coração do segundo vampiro com quem lutou.

Corro na direção de Stefan e ele se recupera dos machucados causados pela verbena, espero até que ele abre os olhos e eu seguro o rosto dele para que ele olhe para mim.

– Hm nada melhor do que abrir os olhos e a primeira coisa que vê é esse meu rostinho lindo! – Falo tentando alegra-lo e da certo.

– Obrigado, Lexi mais uma vez por ter me salvado e também por ter salvado Katherine. – Fala ele me abraçando.

– Bom, isso vai te custar um par novo de sapatos. – Falo apontando para os meus, um deles já sem o salto!

– Pode pedir o que quiser para mim, Lex! Nada paga os favores que tu já fez para mim.

– Que isso, Stef! Tu fala como se nunca tivesse feito um favor para mim, nós somos amigos e fazemos as coisas sem querer outras em troca, a não ser que sejam sapatos! – Falo rindo.

Ele da aquele sorriso de parar corações para mim e olha para Katherine, que levanta com dificuldade e porra, essa mulher mesmo morrendo ainda consegue me fuzilar com os olhos, caralho!

POV Katherine.

Finalmente consigo levantar, ainda um pouco tonta ameaço cair para o lado, mas Stefan me segura, sempre pronto para me proteger. Ele pega o meu rosto nas mãos e olha fundo nos meus olhos.

– Desculpe-me, Katherine por não ter conseguido te salvar. – Fala e me abraça.

– Estamos vivos, Stef! E se não fosse por ti, Lexi não teria vindo aqui e me salvado, não é mesmo? Tecnicamente tu me salvou sim, e eu te agradeço muito por isso. E eu que preciso lhe pedir desculpas. – Falo abaixando a cabeça, mas ele me faz olhar para ele novamente.

– Desculpas pelo que, Kath? – Pergunta ele.

– Por ter sido essa vadia que eu fui! Fiquei te enrolando, te provoquei com Matt e sei o quanto isso te machucou e sei o quanto isso foi infantil da minha parte, mas eu não sei! Eu sou assim, eu machuco as pessoas sem querer. – Falo chorando e o abraço.

Stefan não fala nada, apenas me abraça forte e beija meus cabelos. Não sei como pude ser tão teimosa achando que poderia encontrar essa paz e esse amor nos braços de outro homem, não sei como pude ser tão burra! Sei que transei com Matt, porque enquanto estávamos lá, eu olhei para os olhos dele e vi apenas aquele azul que me lembra o mar e sei que ele irá se lembrar disso, se Lexi não tiver matado ele!

– Lexi, eu acho que tu matou o Matt. – Falo sem sair dos braços de Stefan, apenas olhando para ela.

– Matei não, ele eu apenas desmaiei, fica tranquila que o teu pau-amigo ainda está vivo e pronto para ficar duro novamente para ti! – Fala revirando os olhos.

Escondo minha cabeça no peito de Stefan e sinto que ele está rindo, mas não tem problema, sei que vacilei mesmo com ele e sei que irá demorar muito para eu conseguir ter um relacionamento legal com ela, mas eu vou tentar, por Stefan eu faço qualquer coisa.

– Preciso te dizer uma coisa, agora eu posso te dizer com toda certeza do mundo. – Falo olhando nos olhos dele e sorrindo.

– Pode dizer, minha Kath. – Fala ele.

– Eu te amo, Stefan.