Segredos escrita por Lassie


Capítulo 7
De volta ao mundo real


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, eu tive bloquei, desculpa mesmo! Aproveitem :D



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– Cuidado Rose, olhe onde pisa e não se esqueça do pequeno degrau – Scorpius disse preocupado indo na frente e abrindo a porta da casa dos Weasley.

– Pelo amor de Merlin Scor, eu sei aonde piso. Vivo aqui há anos – Rose disse sorrindo.

Ela e Alya Hope Weasley Malfoy (depois de muita discussão entre Ron e Draco) haviam sido liberadas do hospital, Rose pediu para que Roxanne e Scorpius a buscassem e a filha.

– Eu gostava mais de vocês quando não brigavam, sabiam? – Roxanne disse rindo.

Eles entraram em casa, Rose carregando um pequeno embrulho e Scorpius e Roxanne carregavam a mala do bebê e a de Rose.

– Vocês chegaram! Eu disse que buscaria, mas quando Rox avisou já estavam voltando – Ron disse correndo até a filha e pegando a neta no colo – Oi princesinha, você promete pro vovô que não vai dar tanto trabalho?

– Eu realmente espero que ela seja muito mais fácil de lidar que Rose – Scorpius disse abraçando Rose por trás.

– Vocês poderiam devolver minha filha e parar de falar mal de mim? Obrigada – Rose disse sorrindo e pegando a filha – Preciso dar de mamar, onde está mamãe ou vovó? Ainda não me sinto segura...

– Estamos aqui – Hermione disse chegando da cozinha com um prato de biscoitos e Molly fazia uma bandeja com suco e copos levitar.

– Comida – Ron disse pegando um biscoito.

– Ronald, pelo amor de Merlin! Você é um homem feito, tenha modos – Molly repreendeu.

Alya a cada dia crescia mais e mais, era motivo de orgulho para toda a família Weasley e Malfoy. Os avôs de Scorpius ficaram sabendo de tudo apenas depois da gravidez e se conformaram.

Todos adoravam Alya, ela era um lindo bebê. Um anjo. Seus cabelos castanhos avermelhados e seus olhos azuis eram uma combinação perfeita na pele macia e branca da pequena. Ela não nasceu com nenhum problema de saúde e era forte.

Rose andava tão atarefada com seu cargo de mãe que esqueceu completamente de John, mas Scorpius ainda se preocupava com o fato dele querer tirar Alya dos dois. Como presente, para Alya, Draco e Astória deram uma casa completamente mobiliada de modo trouxa para Scorpius e Rose morarem e também disponibilizaram um elfo doméstico para ajudar Rose.

Alya já estava com quatro meses e era dia de uma consulta de rotina no consultório da Doutora Grace Topaz, a pediatra que James havia indicado.

– Agora a mamãe vai tomar banho, ta meu amor? – Rose disse colocando Alya no cercadinho – Pipa – ela chamou a elfa que a ajudava em casa.

– Sim minha senhora – respondeu Pipa.

– Pipa, você pode ficar de olho na minha princesinha enquanto eu me arrumo? James já deve estar chegando para nos levar – Rose pediu.

– Pipa vai cuidar da menina Alya para minha senhora se arrumar. Pipa gosta da menina Alya, minha senhora pode ficar tranqüila porque Pipa vai cuidar da menina Alya – Pipa disse sorridente.

– Muito obrigada Pipa.

Rose era uma mãe, esposa e dona de casa dedicada. Ela havia desistido de entrar para o profeta diário, não enquanto Alya estivesse ainda precisando de sua atenção 24 horas por dia. Ela adorava cuidar da filha, sempre estava lendo, cantando, brincando com a pequena.

Scorpius quando não estava estudando (dentro ou fora do St Mungus) para ser curandeiro, estava com Alya e Rose. Ele as amava muito e era o melhor pai e marido que qualquer mulher poderia pedir.

A vida dos dois era praticamente um conto de fadas, naquela casa todos os dias eram felizes. Mesmo com o cansaço e as responsabilidades, tudo era perfeito do seu modo.

–X-

– Vamos trocar essa fralda, princesa? – Rose disse para Alya.

Elas estavam em casa. Era uma tarde ensolarada de Setembro, Alya estava com sete meses e era uma linda menina com os olhos azuis vivos e os cabelos castanhos avermelhados. Um anjo de criança, não dava trabalho e era muito inteligente e saudável, tudo o que uma mãe poderia querer.

Rose trocava a fralda no quarto do bebê. Todo o quarto era azul celeste e com várias estrelas brancas brilhantes pintadas a mão; toda a mobília era branca, o berço com o véu para os mosquitos, o trocador de fralda, a cômoda, a poltrona em um canto com uma almofada azul e um banco almofadado para descansar os pés, azul também, e o cercadinho com vários brinquedos. Haviam prateleiras cheias de livros infantis, fotos trouxas e bruxas da família e de Rose grávida e bichinhos de pelúcia.

– Sabia que a mamãe te ama, minha estrelinha? – Rose dizia para a filha sorridente que a observava curiosa – amo muito mesmo, eu e o papai te amamos demais e você é nossa estrela, nosso presente.

– Minha senhora, Pipa veio avisar que tem uma vista na porta. Pipa não sabe quem é então Pipa não deixou entrar, mas esse senhor pediu para Pipa vir chamar à senhora – disse Pipa na porta branca e com o nome Alya escrito.

– Eu já estou indo, muito obrigada Pipa. Bom trabalho – Rose disse pegando a filha e colocando no cercado – pode dar uma olhada nela, por favor?

– Claro minha senhora. Pipa vai tomar conta da menina estrela – disse a elfa sorrindo.

– Obrigada – agradeceu Rose, e desceu para saber quem estava na porta.

Ao olhar pelo olho mágico teve uma surpresa desagradável.

– John – as palavras saíram de sua boca antes que ela pudesse pensar em algo.

– Rose? – Ele disse do outro lado da porta – Não fique brava, mas James me deu seu endereço. Poderia abrir a porta, por favor? Precisamos conversar – completou civilizadamente e até se poderia usar a palavra cordial.

Rose não respondeu. A ruiva estava completamente sem saber o que fazer.

– Rose, por favor, eu não farei nada, se você quiser podemos ir para um lugar público – John disse – Eu apenas quero conhecer minha filha e falar com você sobre ela, se começarmos a brigar ou você não quiser mais falar pode me mandar embora que eu vou, mas deixe-me vê-la.

– John... – ela disse sussurrando.

– Abra, vamos – ele pediu – por ela, eu sou o pai dela. Tenho direito.

– O pai dela é Scorpius – Rose disse firme e irritada ao abrir a porta.

– Você sabe que eu poderia estar vindo aqui com policiais e tirá-la de você, até porque você muito estupidamente optou por criar Alya como trouxa, seu namoradinho pelo menos tem documentação trouxa? – John perguntou entrando.

– Essa é a casa que eu vivo com minha filha e meu futuro marido, John, e eu exijo que você respeite a mim e a eles – Rose disse fechando a porta.

– Claro, eu não vim brigar, mas francamente Rose – John disse chegando perto da ruiva – porque fez isso? Você ao menos conhece as leis trouxas?

– Porque eu quero que Alya conheça e respeite o mundo trouxa, ela pode não ser bruxa e o mundo trouxa é muito mais simples e livre de preconceitos e suas ameaças não me assustam– Rose disse encarando-o.

– Você sabe que minha família tem muito poder, não sabe? Eu poderia trazer a policia e tirar Alya de você agora mesmo – John disse desafiadoramente.

– Você se esquece que eu te conheço, John. Você não ataca logo de cara, primeiro rodeia e estuda sua vitima – Rose disse dando a volta nele – Scorpius tem documentos trouxas sim, Rox providenciou tudo e quanto às leis eu posso me informar, mas duvido que exista alguma lei que tire uma criança dos braços da mãe.

– Eu sei, eu estou sabendo de tudo o que está acontecendo – John disse virando-se para encarar Rose.

– Afinal, veio aqui para fazer ameaças vazias ou quer realmente falar do melhor para minha filha? – Rose perguntou cruzando os braços.

– Nossa – concertou John.

Rose revirou os olhos e respirou fundo.

– Eu quero estar perto dela, poder criá-la – John disse sinceramente.

– John... – Rose disse como se estivesse cansada.

– Ela é minha filha, Ross. Eu a quero perto de mim – disse John, com o olhar suplicante.

– Não me chame de Ross – foi tudo o que Rose disse.

– Você gostava – ele disse sinicamente.

– Francamente John...

– Eu quero formar uma família com você – ele disse chegando perigosamente perto de Rose – Eu, você e nossa filha.

– Eu já tenho uma família – Rose disse acariciando o braço de John – Eu não desejo seu mal, não mesmo, John, mas Scorpius, Alya e eu já somos uma família.

– Não discutirei isso agora com você, Ross – John disse se afastando – apenas saiba que eu não desistirei de vocês duas. Não mesmo, o Malfoy não tirará minha família.

– Ele não tirou nada, John... Foi o destino – Rose começou a falar – talvez, se você quiser e Scorpius concordar, poderá conviver com Alya. Claro que só contaríamos bem depois que ela é sua filha, mas você poderia a ver crescendo como um amigo da família...

– Você só pode estar contando uma piada – John disse incrédulo – Nunca, está ouvindo? Nunca!

– John...

– Eu quero ver minha filha.

– Não. Você está nervoso, ela não te conhece, pode assustá-la.

– Eu sou o pai.

– John, não.

– Eu nunca faria nada que pudesse machucá-la, Rose, por Deus!

Rose não sabia o que fazer, ela estava inclinada a deixar que John conhecesse Alya, mas tinha medo dele ir embora com ela ou fazer algum mal a elas.

“Quanta bobagem” pensou Rose “ele tem razão, preciso parar de vê-lo como um monstro, ele é um canalha e galinha, mas um monstro...”

Ela mordeu a parte inferior do lábio, ele sorriu ao notar.

– Você sempre faz isso quando já decidiu o que fazer, mas mesmo assim não quer tomar uma atitude – ele disse fazendo parar de morder a parte inferior do lábio no mesmo segundo e engolir a seco ficando ereta – sempre achei isso fofo – ele sussurrou no ouvido esquerdo da ruiva

– Eu tenho um namorado, nós moramos juntos e eu o amo muito John, então, por favor, pare de flertar comigo – Rose disse dando um largo passo para trás.

– Eu não prometo nada – ele respondeu

Rose respirou fundo e deu-se por vencida

– Vamos, Pipa está cuidando dela – Rose disse fazendo um gesto para que ele a seguisse.

Eles atravessaram o Hall e a sala, indo direto para as escadas que levavam para o segundo andar.

– Aqui é grande – disse John subindo os degraus atrás de Rose.

– O Senhor e a Senhora Malfoy presentearam Alya com essa casa mobiliada, aqui tem tudo para que ela cresça com segurança e confortavelmente – Rose disse

Eles passaram a primeira e a segunda porta, que estavam fechadas, e Rose parou antes da terceira e virou-se para John.

– Você vai ver Alya e ir embora, entendido? – Rose disse firmemente – Não quero que você fique aqui por mais de 30 minutos, até porque logo Scorpius chega e eu tenho que fazer o jantar e dar banho e tomar banho e fazer mil coisas.

– Se você viesse morar comigo não precisaria levantar da cama para pegar um copo d’água – John disse sugestivamente – eu pagaria uma babá por hora para Alya e você teria uma empregada só a seu dispor.

– Eu estou feliz com a minha vida e Alya não tem babá porque eu não quero, eu gosto de cuidar dela e da casa e Pipa me ajuda muito – Rose argumentou

– Você não nasceu pra isso, Rose, e seus planos? Você foi aceita no profeta e recusou. Você nunca recusaria se estivesse comigo porque eu daria suporte pra você poder trabalhar com o que sempre quis e como sempre foi seu sonho – John disse desafiando Rose.

– Sonhos mudam – ela disse simplesmente – Eu só quero curtir minha filha, John. Quero que ela cresça com a mãe por perto, quero cuidar dela, estar perto dela o máximo que eu puder.

– Vem, você precisa ser rápido – Rose disse puxando-o para dentro do quarto.

– Pipa – Rose disse – obrigada pro cuidar de Aly, pode descansar, se eu precisar, chamarei.

– Pipa gosta de cuidar da pequena estrela. Pequena estrela sorri para Pipa – disse Pipa feliz e depois saiu do quarto.

– Essa é nossa filha? – disse John chegando perto do cercadinho e olhando para Alya de um jeito bobo e inocente – Oi – ele disse para o bebê.

Alya sorriu para John, esticou sua mão esquerda e olhou para ele curiosamente. John tocou na mão de Alya e ela segurou o dedão dele e balançou.

– Você gostou de mim, não é filha? Você gostou do papai – John disse bobamente – Posso pegá-la, Rose?

– Pode – Rose disse sorrindo.

Alya não resistiu a nenhum carinho e/ou brincadeira de John e pareceu ter gostado dele.

Rose olhou a hora pela terceira vez. Quinze minutos.

– Já se passaram quinze minutos, John, é melhor você ir, sim? – Ela disse abrindo os braços para pegar a filha.

– Só mais quinze minutos – John suplicou – Eu e Aly estamos nos dando bem, não é Aly?

– John, não. Eu já tinha avisado – Rose disse pegando Alya que ficou confusa – Você chegou aqui de surpresa e Alya têm horários, sabia? Eu estou tentando impor horários para ela brincar dormir e comer, para se sentir confortável e segura.

John ponderou, ele havia se informado muito sobre bebês e sabia que isso era o certo a se fazer.

– Está bem, você está certa. Aly precisa de disciplina e eu atrapalhei – ele disse rendendo-se – será que eu poderia vê-la de novo? Eu venho na hora que você quiser, nem que seja pra ficar aqui só por 20 minutos, eu só quero ver minha filha – ele pediu sincero.

Rose olhou de John para Alya, soltou um longo suspiro e disse:

– Eu preciso conversar sobre isso com Scorpius, está bem? Esse tipo de decisão é tomado como um casal, eu peço para James entrar em contato com você John, agora, por favor, vá embora.

– Rose, eu estou realmente tentando fazer isso o mais amigável possível - John disse tentando se acalmar.

– Eu sei John, mas não é algo simples – Rose disse ajeitando Alya no seu colo – você chegou do nada e estamos falando de uma criança e... Só nos dê um tempo, por favor. Eu preciso falar com ele e é uma situação complicada.

– Eu sei o caminho até a porta – John passando por Rose e sorrindo para Alya – só não se esqueça que você não tem todo tempo do mundo e que eu quero minha filha.

Rose abraçou Alya fortemente.

Depois da visita de John, Rose não conseguiu fazer mais nada a não ser ficar perto da filha. “Quando foi que tudo isso ficou tão complicado?” pensou ela olhando para a filha.

Quando Scorpius chegou, ele deparou com Rose na poltrona dormindo com Alya em seu colo, dormindo também. Ele achou a cena linda e quase se arrependeu de ter que acordá-la.

– Rose – ele disse suavemente.

Ela segurou Alya fortemente ao acordar surpresa. A pequena começou a chorar.

– Calma – Scorpius disse sorrindo e pegou a filha no colo – Ela deu muito trabalho?

– Não, ela nunca dá trabalho – Rose disse respirando profundamente.

– Está tudo bem? – Scorpius disse ninando Alya.

– Alya precisa tomar banho, eu vou dar banho nela – Rose disse indo até ele pegar a filha.

– Eu faço isso – disse Scorpius.

Rose pegou uma muda de roupa e tudo que era necessário para o banho de Alya e Scorpius foi para o banheiro do quarto para dar banho na pequena na banheira.

– Scorpius, eu preciso te falar uma coisa – Rose disse na porta do banheiro.

–Terminando aqui eu vou pro nosso quarto e conversamos ok? – Ele disse sem tirar os olhos de Alya.

Rose seguiu para seu quarto e sentou-se na cama desesperada. Vários minutos depois Scorpius entrou no quarto e se assustou ao ver Rose tão frágil.

– Aconteceu alguma coisa séria – ele disse.

– Sim, aconteceu – ela disse abrindo um sorriso tristonho.

Ele foi até ela e sentou do seu lado, entrelaçou seus dedos aos dela e, suavemente, começou a desenhar um circulo com o polegar.

– John – ela disse depois de um longo suspiro.

Eles se olharam, Scorpius cortou o contato visual e endireitou-se, ela soltou sua mão e curvou-se ainda mais.

– Ele esteve aqui, quis falar sobre Alya, quis vê-la – disse Rose sem olhá-lo – ele deixou claro que quer que Alya saiba que ele é o pai e o veja como pai, mas ele não brigou nem nada, ele conversou mesmo. Eu até deixei que ele a visse.

– O que ele falou exatamente? – Scorpius perguntou.

– Nada demais, ele falou que não vai aceitar que outro homem crie Aly, Scorpius, e depois ficou brincando com ela até eu o mandar ir embora – Rose mentiu.

Rose não queria brigar com Scorpius ou falar sobre as ameaças e propostas indecentes de John, mas Scorpius conhecia demais a ruiva e por isso sabia que ela estava mentindo.

– Você mentiu – Scorpius disse levantando da cama e indo até a suíte do quarto.

– Eu não – Rose gaguejou seguindo-o

– Não ouse mentir – Scorpius disse virando-se bruscamente para olhar nos olhos de Rose – o que foi que ele falou? Que eu não sirvo pra isso? Que ele é o pai? Que ele quer se casar com você?

– Scor...

– Não Rose, não. Ele vem até nossa casa e fala o que quer e brinca com nossa filha e você não fez nada.

– Não foi assim ok? Ele realmente propôs que eu me casasse com ele e disse que não vai deixar Aly comigo enquanto eu estiver com você, mas eu o mandei parar e respeitar essa casa e a mim, ok? Eu o deixei entrar porque ele estava sendo gentil e eu sei que ele não ia fazer nada.

– Você sabe? – disse ele irônico.

– Sei sim, eu o conheço.

– Esqueci desse pequeno detalhe, você o conhece bem, assim como ele te conhece bem demais até.

– Para de ser idiota, Malfoy – Rose disse irritada – ele não é um monstro.

– Esqueci que ele é um santo

– Grande parte da culpa dessa confusão toda é minha, na verdade a maior parte.

– Nisso concordamos, Weasley – Scorpius disse irônico – você o deixou entrar em vários sentidos.

– Agora você fica mandando indireta infantil, sério?

– Porque você o deixou entrar? Você sabia que eu seria contra. Ele só quer destruir tudo de bom que construímos

– Na hora me parecia uma boa ideia, pelo menos ele parou de fazer ameaças sobre policia e justiça.

– Então foi por medo?

– Eu não tenho medo dele, apenas queria calar a boca dele.

– Então você o beijou?

– Para de ser idiota, por favor.

– Idiota? Você deixa um cara que te engravidou, brincou com seus sentimentos e faz ameaças de tirar sua filha de você a não ser que você ceda à chantagem dele de se casar e eu sou o idiota?

– No momento está sendo sim. Eu conheço o John e ele não ataca de primeira, e outra, ele realmente queria conhecer a filha.

– Essa filha não é dele.

– Infelizmente biologicamente falando é, e isso já está causando brigas demais então, por favor, sem essa discussão no momento.

– Eu vou tomar meu banho e dormir porque trabalho amanha – anunciou Scorpius.

– Precisamos falar com nossos pais. John não está de brincadeira, ele realmente quer fazer parte da vida da Aly

– Mais um problema

– Se eu sou a razão de tantos problemas porque ainda está comigo então, Malfoy? Eu sei me virar sozinha, ok? Eu posso cuidar da minha filha sem homem nenhum pra me ajudar – Rose disse com a voz alterada e cheia de raiva – Não vejo problema nenhum em sair dessa casa, eu posso voltar pra casa dos meus pais ou ir pra casa da Rox ou de qualquer pessoa da minha família, ta? Eu nunca quis ser um problema pra ninguém e muito menos pra você.

– Sabe qual é o grande problema, Rose? – Scorpius disse sorrindo e aproximando-se da ruiva.

– Qual? – ela disse irritada cruzando os braços.

Então, ele colocou o cabelo flamejante que cobria a orelha direita da ruiva para trás e sussurrou: Eu gosto de problemas.

– Você é um completo imbecil, Scorpius Malfoy. Imbecil!

– Eu te amo muito, Rose – ele disse serio – e não quero John dentro desta casa de novo.

Rose respirou fundo e meneou a cabeça em concordância.

“Agora sim John vai querer tirar minha filha de mim” pensou ela.

Scorpius deu um breve selinho na ruiva e foi tomar banho, Rose pegou um livro qualquer e tentou ler na sacada, mas não conseguiu. Ela só conseguia pensar no inferno que está por vir e que os segredos serão todos descobertos. “Todos vão me odiar e acima de todo esse ódio ainda é possível que eu perca minha filha”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, tentarei ser rápida, ok? E também gostaria de agradecer a todas as visualizações e aos poucos e muito significativos comentários



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