“Blaine se levanta e sai de casa. Ele não podia acreditar que Kurt tinha falado aquilo. E ele estava lá, cuidando daquele falso como um idiota. Ele só queria ser amado de volta pela pessoa que ele daria a vida.”

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*BLAINE*

Tina me contou toda a verdade. Eu nunca pensei que Kurt faria uma coisa dessas comigo. Eu ainda estou aqui na rua apenas pensando no Kurt e nesses anos que nós passamos juntos.

Estou sonhando tanto que quase não ouço o meu telefone tocando.

QUINN ATENDER – RECUSAR

Blaine: Hum... Oi Quinn.

Quinn: BLAINE! Que bicho te mordeu?

Blaine: Bem, não quero falar muito sobre isso, e não queria falar muito com você, pois...

Quinn: BLAINE ME ESCUTA! Kurt...

Blaine: Morreu?

Quinn: Blaine, pare! Kurt acordou! Pelo que eu entendi, ele quer te ver. Mas vão fazer a cirurgia na perna dele primeiro. Ah, as costelas estão melhores!

Blaine: É... Que ótimo... Pra vocês!

Quinn: O quê?! Você não está feliz? O que aconteceu com todo aquele amor?

Blaine: Aquele amor? Pergunte para Kurt sobre “aquele amor”.

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*KURT*

Blaine não apareceu mais aqui no hospital, até estranhei, mas tudo bem. Ele deve estar cansado. Quando eu acordei, Quinn estava no meu quarto e ela levou um belo de um susto, tanto que eu não conseguia mais parar de rir. Ela saiu para ligar para Blaine.

Ela ligou para o meu pai e talvez para o mundo inteiro, avisando que Kurt Hummel acordou. Meu pai chegou!

– Kurt! Meu menininho! – Meu pai corre até mim e me abraça.

– Ai, pai! Cuidado com as minhas costelas! - Tento afastá-lo. – Desculpa pai, é que dói ainda. Eu estou tão feliz de te ver! Digo, quando eu entrei em coma, só consegui pensar em você e na Quinn. – Sem Blaine? Ok, Kurt.

– Ah, meu filho... Você continua lindo como sempre! – Ele começa a fazer carinho no meu rosto.

– Que isso, pai... – Eu digo envergonhado. – E o senhor? A Carole deve estar louca de tantas galinhas correndo atrás de você, hein? – Começo a rir e meu pai fecha a cara.

– Isso não é verdade, não! Eu sou um homem de respeito!

– Claro que você é pai! As meninas se amarram! – Meu pai começa a rir.

– Eu te amo muito, meu pequeno! – Blaine vem a minha cabeça de novo. Eu o chamo de “meu pequeno”. Ou melhor, chamava.

– Também te amo, pai...

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Blaine chega em casa depois de horas na rua e encontra Tina encostada na parede com a mão na cintura.

– Onde o senhor estava?

– Eu... Tina, eu precisava pensar um pouco... Eu não consigo aguentar isso de novo! É muita pressão! Quinn me ligou e disse que Kurt acordou...

– NÃO QUERO SABER SE VOCÊ PRECISAVA PENSAR OU NÃO, SÃO DEZ HORAS DA NOITE, BLAINE ANDERSON! E a praga acordou? Não acredito que você foi visitá-lo!

– Eu não fui... – Blaine tem um olhar triste. Ele queria apenas chegar em casa e dormir, não falar sobre Kurt.

– Bom garoto! – Porque Tina tratava Blaine assim? Ele não conseguia entender, ele não era o cachorrinho dela! – Vamos, me dê um abraço.

– Eu prefiro ir dormir. Eu realmente estou cansado. – O moreno vai até o quarto, tranca a porta e tira a roupa (ele não gostava de dormir pelado com a porta aberta sabendo que Tina poderia invadir a privacidade dele. Ela adorava fazer isso). Ele já estava deitado quando seu celular vibrou.

KURT: Blaine, o que aconteceu? A Quinn finalmente liberou o celular :P A cirurgia até que foi rápida, foram apenas 2 horas. Porque você não deu notícias?

BLAINE: Olha Kurt, estou muito feliz de saber que você acordou, e estou tentando ser legal com você depois de tudo que você falou. Eu nem iria responder essa mensagem. Você ainda pergunta por que eu não fui te visitar?

KURT: Não estou te entendendo... Pode me dizer o quê aconteceu?

BLAINE: Vai à merda, Kurt. Porque não vai fazer uma visitinha no inferno e pergunta pro diabo o que aconteceu? Aproveita e fica por lá. Me deixa em paz.

KURT: ?????????

Blaine não quis mais responder as mensagens. Ele exclui todas elas e tirou Kurt da sua agenda. Mesmo assim, ele não conseguia deixar de pensar no castanho. Já era – ele pensava. – Já estou completamente apaixonado por Kurt.

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*KURT*

Não consigo entender o que aconteceu com Blaine. De uma hora pra outra ele ficou mal, não veio mais me visitar. Já se passou uma semana e amanhã estou indo pra casa, e nada do Blaine. Meus pensamentos são interrompidos pelo meu pai gritando.

– OI FILHÃO! PRONTO PRA IR PRA CASA? – Ele carrega uma mala.

– É, sim pai. Estou pronto.

– Eu posso ficar mais um tempo aqui em NY se você quiser!

– Obrigado pai, mas eu acho que Carole não está muito bem em Ohio, ela deve sentir sua falta. Não quero estragar a rotina de vocês. – Dou um pequeno sorriso. – Além disso, eu moro com a Quinn, e não temos mais nenhum quarto.

– É verdade, filho. Eu vou sentir sua falta. – Meu pai nunca foi tão carinhoso comigo. Ele é o pai que eu sempre quis, e nunca o trocaria.

– Eu também, pai... – Ele me dá um beijo na testa.

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No outro dia, Kurt vai para casa. Finalmente estava em casa. Kurt acha que Quinn chamou uma empregada, pois nunca tinha visto a casa tão arrumada. Quando eles entraram na casa, Kurt ouviu várias vozes conhecidas gritarem. Nem deu tempo de raciocinar.

– SURPRESA!

– Oh... Ai meu Deus, Quinn! Você preparou tudo isso? – Kurt diz olhando para a amiga, que assente com a cabeça. – Olha... Todos os meus amigos estão aqui! Mercedes, Rachel, Sam, Rory, Mr. Schue, Sugar, Finn e Carole! Vocês vieram! E… Tina? – Kurt lança um olhar para Quinn.

– Sim, nós estamos aqui! – Rachel diz dando pulinhos de alegria e abraça Kurt. No momento que ela o abraça, ela sussurra: - Quinn não a convidou, e Blaine não quis vir. Eu sinto muito.

– Ah, está tudo bem... – Kurt responde com uma voz baixinha e com um olhar triste.