“– Quem você está namorando? Ele está aqui não está? – Kurt diz com lágrimas nos olhos.

Sebastian aparece na sala de estar.

– Alguém me chamou?”

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Uma discussão se inicia e Kurt ainda não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Blaine namorando com Sebastian?! Como? Por quê?

[...]

– Foda-se, Blaine! – Kurt grita empurrando o menor. – Adeus!

– Kurt, não! – Blaine tenta ir atrás de Kurt, mas já era tarde demais. Kurt não queria mais nada. Parabéns por estragar tudo, Blaine.

– Vamos, Blainey, deixa esse menino louquinho em paz! – Sebastian puxa Blaine em direção ao quarto.

– Não, Sebastian! CHEGA! Eu nunca suportei você, você é louco – apesar de ser bem gostosinho – e chantageia as pessoas! CARAMBA, NOS DEIXA EM PAZ! Vai procurar outra pessoa, eu estou fora!

– Tá bom, Blainey! Ninguém resiste ao meu corpo! Se você não me quer, tem muitos que queiram! – Argh, garoto convencido! Blaine tenta não rir. – Tchau!

Blaine até comemora a ida de Sebastian. Agora sim ele poderia abraçar Kurt e nunca mais soltá-lo. Agora sim eles poderiam colocar em prática todos os planos que eles criaram.

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BLAINE ATENDER - RECUSAR

“Eu venho recusando as chamadas de Blaine desde o ocorrido. Eu o amo tanto. Achei que ele me amasse de volta. Eu realmente não sabia que ele poderia fazer algo assim, que ele poderia ficar com o Sebastian. Logo o Sebastian. Eu sei que não deveria ter ido atrás dele, aliás, Blaine não me pertence. Bem, não mais. Foda-se, vou viver minha vida sem o Blaine.”

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Kurt sai do seu apartamento. Graças a Deus seu carro voltou, ele não precisa mais pegar metrô com o Blaine. Talvez ele devesse ir a uma festa. Talvez ele já esteja dentro de uma festa. Uns cinco meninos já o beijaram e uns oito já tentaram o levar pra cama. Que isso, Kurt? Ele está totalmente bêbado.

– Hey gato, vamos para a minha casa? – Kurt falava consigo mesmo dentro do seu carro. – Ai meu Deus, estou tão bêbado! – risos – Ok, Kurt, hora de ir pra casa!

Kurt liga o carro e sai em uma velocidade incrivelmente rápida. Ele passa todos os sinais vermelhos, ele está pouco se f*dendo com as pessoas que o xingam.

Uma luz branca o cega. Ele deveria ter colocado o cinto de segurança. Ele deveria ter ligado para Quinn. Ele deveria estar sóbrio. Blaine deveria estar com ele, não com o Sebastian.

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[...]

– Não, Blaine! Não é minha culpa se Kurt foi atrás de você na hora que você estava transando com... aquelezinho!

– Nós não estávamos! – Quinn revira os olhos.

– Vocês estavam fazendo o quê então? Brincando de pega-pega? Me engana que eu gosto, Anderson!

– Quinn, eu já... – o moreno é interrompido pelo telefone de Quinn.

– É uma chamada de Kurt! – um pequeno sorriso aparece nos lábios de ambos. – Alô? – Quinn faz uma careta e mexe os lábios sussurrando: “Não é o Kurt!”

A chamada é encerrada e Quinn já está aos prantos. Ela não acreditava. Aquilo era impossível!

– Quinn, me fala! O que aconteceu?! – o moreno seguia Quinn pelo apartamento, enquanto ela tinha uma crise de pânico.

– CALA A BOCA, SEU WARBLER RIDÍCULO! – Blaine se encolhe. – KURT SOFREU UM ACIDENTE! POR SUA CULPA! – a loira aponta para Blaine o tempo inteiro, este já está chorando. – ELE ESTÁ EM COMA! EM COMA, BLAINE!

Blaine senta-se no chão e não consegue parar de chorar. O mundo dele caiu. Como se não tivesse mais chão, ele sentia que iria cair. Cair infinitamente. Quinn, que já está calma, oferece ajuda para o moreno se levantar.

– Vamos, acho que deveríamos ir ao hospital.

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PENSAMENTO DE KURT:

O que está havendo? Porque diabos tudo está escuro? Eu tento falar, eu tento gritar, mas minha voz não sai. Eu morri? Não, espera... eu consigo ouvir as pessoas. Tem muita gente envolta de mim. Estou me sentindo um lixo. Preciso do meu pai, de Quinn, ou até mesmo a ajuda de Blaine seria bem-vinda. Eu apenas quero ter a chance de falar um último “eu te amo” para eles.

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Quinn e Blaine chegam no hospital. Visitas só serão permitidas depois do meio-dia, e ainda é nove horas da manhã.

– O que vamos fazer agora, Quinn? – Blaine pergunta preocupado.

– Acho que deveríamos ligar para Burt e Carole. Eles vão ficar preocupados, eu sei. Ah, ligue para Finn. Ele deve estar aqui em NY. – Quinn pega o celular e disca o número da residência dos Hudson-Hummel.

Burt atende. Quinn não sabia que dar a notícia de que o seu filho está em coma seria tão difícil. Burt teve meio que um ataque no telefone.

– QUINN, EU JÁ ESTOU INDO PARA O AEROPORTO!

– Burt, calma! Acalme-se, por favor! Você pode vir amanhã, eu prometo que vou lhe manter informado.

Em menos de uma hora Burt já estava em NY.

Ao meio-dia, o médico liberou visitas. Então eles resolveram que iriam entrar juntos, mas que cada um teria um momento a sós com Kurt.

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*KURT*

Eu consigo ouvir todo mundo aqui. Blaine está chorando como um louco, e parece que papai está consolando ele, mas está chorando também. Nossa, até meu pai e Blaine vieram no hospital. Parece que foi algo sério. Agora eu me lembro melhor do que aconteceu. Parece que foi um acidente de carro, em um cruzamento. Apenas lembro de ter visto um carro vindo na minha direção e – BUM! – tudo ficou branco. Ouvi algumas vozes, mas não reconheci nenhuma. É isso! Estou em coma.

Blaine chega perto de mim e segura a minha mão. Agora consigo ouvir Quinn chorando. Tento falar para ela que estou bem, mas minha voz não sai. E eu estaria mentindo. Estou com fortes dores de cabeça e no corpo. Blaine ainda chora como um louco. Acho que eles decidiram deixar Blaine sozinho comigo.

Pobre menino. Está se sentindo culpado. Todos saem do quarto, então Blaine chega perto de mim. Ele está diferente.

– Kurt, tá me ouvindo? Desculpa... Você é a única pessoa que eu amo nessa vida idiota. Você é a única coisa que me faz bem. Eu sei que estou te devendo muitas explicações, mas eu só quero que você fique sabendo que você é o único que eu amo. – sua voz era fraca.

Ninguém sabe o quão bom é ouvir o Blaine falando aquilo. Eu estava com tanta pena dele. Coitadinho do meu Blaine. Meus pensamentos foram interrompidos por Blaine cantarolando “I Wanna Hold Your Hand”.

Oh, yeah, I'll tell you something

I think you'll understand

When I say that something

I wanna hold your hand

I wanna hold your hand

I wanna hold your hand

Oh, please, say to me

You'll let me be your man

And, please, say to me

You'll let me hold your hand

Now let me hold your hand

I wanna hold your hand

And when I touch you I feel happy inside.

It's such a feeling that my love

I can't hide, I can't hide, I can't hide

Não sei como, apenas aconteceu. Algumas lágrimas começaram a rolar pelas minhas bochechas. A voz de Blaine estava rouca, mas estava tão perfeita. Blaine começou a secar minhas lágrimas, talvez se perguntando o que tinha acontecido.

– Você gostou? – diz com lágrimas nos olhos. Eu decidi o que eu vou fazer agora. Vamos Kurt, você consegue! Caramba, não sabia que era tão difícil! ISSO!

Eu consegui apertar a mão de Blaine. Ele começou a chorar de novo. PORRA! Não era pra você chorar! Era pra você apenas me beijar, então eu acordaria e seríamos felizes para sempre. ~ Like a Bela Adormecida ~

– Kurt, espera aí meu amor!

Blaine saiu correndo da sala e foi chamar a enfermeira. O nome dela é Vannah, e ela é muito querida. Os dois entram no quarto e ela começa a me examinar.

– Muito bom, Kurt! – ela acaricia meu rosto. – Blaine, você sabe que Kurt pode te ouvir, certo? E você pode começar a incentivá-lo, fazendo perguntas. Se ele apertar sua mão, a resposta será sim, se não apertar, a resposta é não.

Blaine estava chorando de novo. PORRA, BLAINE! Pare de chorar igual uma menininha senão eu... vou... chorar também. Você é um puto, Blaine!

– Parece que Kurt está um pouco emocionado! – Vannah ainda me examina.

– Ele é tão lindo, Vannah! – Blaine está agindo como o meu pai. Ele deveria saber que isso não me excita nem um pouco. Eu sou safado, eu sei.

– Então, pode começar a testar as perguntas. Ele está indo muito bem!

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