Just Friends? escrita por Alex


Capítulo 24
Para Todo o Sempre


Notas iniciais do capítulo

quero dedicar esse capítulo à Bia Souto porque hoje é o aniversário dela e ela é muito diva UHFSAIUGFBAUIS
tá, eu ia escrever mais, mas resolvi deixar assim mesmo (:
espero que gostem, o próximo capítulo será provavelmente o último



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Carine estava totalmente perdida entre aquela imensidão de pessoas. Ela olhou para o relógio. Já faziam 50 minutos, onde Blaine estava? A mulher pegou o celular e ligou para o filho.

Blaine: Mãe...

Carine: Não se preocupe, Blaine. Apenas me diga o seu endereço.

Blaine: Escuta, mãe. Pega um táxi e me encontre no parque central. Tudo bem?

Carine: Ótimo, filho.

Blaine: Desculpa. Te amo, mãe.

Carine: Também te amo.

A morena guardou o celular e foi para a frente do aeroporto. Depois de várias tentativas, um táxi finalmente parou para ela.

– Parque central, por favor. – O motorista assente, dando partida.

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Carine olhou em volta, Blaine com certeza não estava lá. Ela já tinha caminhado por todos os lugares, carregando aquela mala enorme. “Vou pedir ajuda.” pensou ela.

Seus olhos pousaram sobre um menino alto, de cabelos castanhos. Ela caminhou até ele e o cutucou levemente.

– Com licença. Você viu um menino baixo, moreno, de cabelos cacheados?

O menino sacudiu a cabeça, negando.

– Droga... Será que Blaine cortou o cabelo? – Sussurra para si mesma, e o outro a olha com curiosidade.

– Blaine? Blaine Anderson?

– Sim, você conhece meu filho? – Carine pergunta surpresa.

– É, eu... Ele é meu namorado. Não sei se ele falou sobre mim-

– Sim, sim. Falou que estão morando juntos, mas não sei seu nome ainda.

– Sebastian Smythe. – O castanho sorri. – E você...?

– Carine Anderson. – Sebastian estende a mão para a mulher, mas a mesma o puxa para um abraço. – É um prazer lhe conhecer, querido.

– Oh, digo o mesmo. – Ele retribui o abraço. – Agora sei de onde Blaine puxou a beleza. – A mulher ri, corando.

– Onde está ele?

Sebastian trava, mas responde a primeira coisa que passa pela cabeça:

– Eu não sei. Estou procurando ele também. Vamos continuar o procurando.

– Tudo bem. - Os dois sorriem e continuam a caminhar.

Após caminharem por mais meia hora, Carine pede para descansar um pouco. Onde diabos Blaine estava? Aquela mala estava pesada para caramba. Sebastian, porém, deu outra ideia:

– O que acha de irmos para casa? – Pergunta.

– Tem certeza...? Quero dizer, Blaine-

– Eu mando uma mensagem para ele, quando ele ver o celular a mensagem vai estar lá.

– Tá legal. Vamos então.

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– A sua mãe evaporou, Blaine! Nós já caminhamos um monte e não a encontramos, porque não liga pra ela?

– O celular... – Blaine coloca a mão no bolso. – É. Ficou no carro.

– Porra, você é burro ou o quê?! – O moreno revira os olhos e entrega a chave para o namorado.

– Se você fosse inteligente já tinha achado a minha mãe. Vai lá buscar meu celular.

– Vai você. – Kurt devolve a chave para Blaine.

– Kurt... – Resmunga.

O castanho pega a chave e caminha – quase quebrando o chão com os pés – até o carro. Pegou o celular do namorado, e viu que tinha uma mensagem de... Sebastian? Ele volta correndo até Blaine, e quase joga o celular na cara do mesmo.

– Blaine! Blaine, Sebastian... – Kurt tenta recuperar o fôlego. – Mensagem...

– Mas...? – O moreno pega o celular e lê o torpedo.

Sebastian Smythe: Tsc, tsc... Coisa feia abandonar a mãe no parque, não acha?

– Kurt. Ele está com a minha mãe.

– O quê?! – O castanho praticamente grita, atraindo olhares curiosos.

Blaine desbloqueou o celular e digitou uma mensagem rapidamente.

Blaine Anderson: Onde você está?

A resposta logo chegou.

Sebastian Smythe: Estamos apenas se divertindo. No meu apartamento.

– Vem. – Blaine pega Kurt pelo braço e o puxa até o carro.

– O que... Blaine, você está me machucando! – O moreno abre a porta, fazendo um gesto para Kurt entrar.

– Vai, entra logo.

O mais velho entrou, sem reclamar. Não conseguia entender o que estava acontecendo, mas deveria ser algo grave. Blaine não agiria daquele jeito por qualquer motivo.

Blaine ligou o carro e deu partida, assustando Kurt com a velocidade.

– Blaine, se acalme! Nós vamos nos machucar! – Kurt reclama, apavorado.

– Por favor, só cale a boca. Não é a sua mãe que está com aquele marginal. – O outro o encara, e logo ele percebe o que havia dito. – Droga, me desculpe. Eu estou nervoso!

– Tanto faz. – O castanho encosta a cabeça no banco, tentando relaxar. Ele sabia que era impossível, mas não queria pensar que se Blaine se distraísse eles iriam se machucar feio.

Assim que chegaram na casa de Sebastian, foram falar com o porteiro.

– Oi, eu... Eu vim visitar Sebastian Smythe. – O homem os olha desconfiadamente.

– Nome? – Pergunta, segurando o interfone.

– Blaine Anderson. – O porteiro assente, então disca um número no interfone.

– Sr. Smythe? Sim, Blaine Anderson pode subir?

Kurt olhou para o namorado, o nervosismo visível nos seus olhos.

– Podem subir no apartamento 204. – O moreno sorri em resposta.

– Obrigado.

Eles sobem as escadas rapidamente, cuidando para não tropeçar. Chegam no segundo andar, e logo acham a porta com o número “204” pintado. Batem algumas vezes.

A porta se abre e Sebastian aparece, sorrindo cinicamente como sempre. Logo que vê Kurt, seu sorriso se desmancha.

– Achei que ele não viria. – Diz, se referindo ao castanho.

– Achei que sua obsessão por Blaine fosse menos doentia. – Sebastian faz uma careta.

– Pelo amor de Deus, nós não-

– Parem! – Blaine interrompe a pequena discussão, então se vira para o mais alto. – Seu idiota. Como pôde machucar Kurt?!

Kurt tenta impedir o namorado de tocar naquele assunto, mas quando percebe está no chão, sendo socado por Sebastian. Ele tenta defender o rosto com as mãos, porém um soco acerta seu olho.

– Eu avisei! Não era para ter contado!

Blaine empurra Sebastian, fazendo o mesmo sair de cima de Kurt. Ele joga o menino de dentes tortos contra a parede.

– Você é doente? – Grita. – Onde está a minha mãe?!

Kurt se levanta rapidamente e corre para dentro do apartamento. Sebastian tenta ir atrás, mas Blaine o empurra contra a parede novamente.

O castanho pode ouvir uma mulher resmungando, mas não sabe exatamente de onde que vem o som. Ele está atordoado e cansado – a gripe não foi embora ainda – e quer apenas se deitar ao lado de Blaine pelo resto do dia.

“Vamos, Kurt. Se concentre, você precisa ajudá-la. É a mãe de Blaine.”

A casa de Sebastian sempre fora perfeitamente arrumada, porém a sala de estar estava bagunçada como se duas pessoas tivessem lutado lá.

Kurt entra no corredor e abre todas as portas, uma por uma. Já havia aberto cinco portas, agora só resta uma. Carine não estava em lugar nenhum, onde diabos Sebastian a havia colocado? Abre a porta lentamente.

– Merda! Merda, merda, merda! Onde ela está? – Kurt corre de volta para a sala, ainda podia ouvir os barulhos. – Carine? Onde você está?

O tom da voz feminina foi aumentando, mas o garoto ainda não conseguia identificar o que ela estava dizendo. Começou a procurar. Procurou em todos os lugares, mas não achava nada. Ouvia Blaine e Sebastian discutindo fora do apartamento.

Olhou para a estante. Não custava tentar. Começou a empurrar a grande peça de madeira para o lado, revelando uma porta um pouco menor do que as outras. Abriu a porta lentamente.

– Sra. Anderson! – Kurt corre até a sogra, que estava deitada no chão, com as mãos amarradas e um pano cobrindo a boca. – Meu Deus, ele é louco! – O castanho tira o pano da mulher, que logo exclama em desespero.

– Me ajude! Me ajude, rápido! – Kurt desamarra as mãos da mesma. – Chame Blaine, por favor...

– Ele... Ele já está vindo, acalme-se! Eu não vou deixar você sozinha, tudo bem? Consegue se levantar? – Ele dá a mão para a Carine e a ajuda a se levantar.

– Consigo, obrigada. – A mulher sorri. – Me leve até Blaine, por favor! – Implora. – Eu preciso vê-lo!

– Por favor, Carine. Ele já está vindo! Vamos. – Os dois saem do pequeno quarto, apertado e quente. Kurt leva a morena até a sala, e se senta ao lado dela no sofá.

– Quem é você? – Ela sussurra, olhando para o garoto em sua frente.

– Sou Kurt Hummel. Mas pode me chamar de genro, mesmo que nenhuma sogra chame o genro de genro. – Os dois riem.

– Fico feliz em saber que você é o namorado do meu menino, não ele. – Kurt arqueia uma sobrancelha.

– Ele... Tanto faz, vou ver se Blaine está bem. – O castanho se levanta, e a mulher logo faz o mesmo. – Carine-

– Eu quero ir com você. – Ela enrosca seu braço no de Kurt.

Ele assente e caminha lentamente ao lado da mulher, até a porta de entrada. Blaine está chorando ao lado de Sebastian, que está desacordado.

Assim que o moreno vê a mãe, pula nos braços dela, a abraçando. Enquanto eles se abraçam, Kurt vai até Sebastian e mexe no corpo desacordado do mesmo.

– Blaine? – Kurt chama a atenção dos dois, que se separam.

– Eu... Eu ia chegar nesse ponto. Eu acho que matei Sebastian.

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– Tem certeza que não quer ir para casa? – Kurt segura a mão do namorado. – Nós já estamos aqui por horas.

– Foi tudo minha culpa, Kurt. Sei que ele é uma pessoa horrível, mas eu realmente machuquei ele. – Blaine suspira. – Vocês podem ir para casa se quiserem.

O médico aparece, carregando uma prancheta. Blaine, Kurt e Carine se levantam, querendo saber mais sobre o estado de Sebastian.

– Vocês são os responsáveis por Sebastian Smythe?

– Nós... Nós somos amigos dele. – Kurt diz.

– Tudo bem. Sebastian sofreu uma pequena fratura craniana, quebrou duas costelas, também teve alguns ferimentos na pele. Ele está sedado, mas irá acordar em cerca de duas horas.

– Obrigado. – Blaine se senta. O médico dá um sorriso forçado, e vai falar com outras pessoas.

– Você realmente quer esperar, Blainey? – Diz Carine, acariciando a bochecha do filho. – Nós podemos voltar amanhã.

– Eu nem quero falar com ele. – O moreno finalmente responde. – Só me sinto na obrigação de ficar aqui.

– Às vezes você é bonzinho demais. – Kurt ri. – Vamos, você deve estar cansado. Foi cansativo, não foi?

Os três voltaram para casa. Eles ainda não acreditavam que aquele dia tinha mesmo acontecido. Carine se sentia muito estranha. Ela tinha sido sequestrada pelo suposto genro dela, seu filho e seu – verdadeiro – genro foram salvá-la, e quando achou que estava tudo bem, descobriu que Sebastian estava seriamente machucado.

Quando chegaram, perceberam que a casa estava vazia. Kurt ajudou a sogra a arrumar o quarto de hóspedes, então foi para o seu quarto. Blaine estava deitado de costas para Kurt, provavelmente já estava dormindo. O castanho se deitou ao lado do namorado.

– Hoje foi estranho. – Blaine finalmente diz, depois de alguns minutos em silêncio.

– Eu sei. Mas vamos relaxar. Já acabou, tudo bem? Amanhã vai ser um novo dia, muito melhor que esse. – Kurt beija o ombro do outro. – Vamos dormir?

– Não estou com sono. Mas pode dormir. Vou ficar cuidando de você. – Blaine se vira, ficando de frente para Kurt.

– Você foi incrível hoje. – O castanho passa os dedos nos cabelos de Blaine, desembaraçando alguns cachos.

– Eu? Você foi ainda mais. Não sei nem como te agradecer por ter ajudado minha mãe.

– Eu sei como você pode me agradecer. – Kurt diz entre sorrisos.

– Sabe? – Pergunta.

– Apenas... Apenas fique comigo pelo resto de nossas vidas. Essa é a única coisa que eu te peço. – O mais velho sente lágrimas acumuladas em seus olhos.

– Claro que sim. Não precisa nem pedir, Bee. – Blaine beija o namorado. – Durma. Eu sei que você está cansado.

Kurt cai no sono em menos de 5 minutos. Ele realmente estava cansado, e ainda um pouco assustado.

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– Kurtie? Kurtie, acorde. – Blaine sacode o namorado gentilmente.

– Não, Blaine! Não me deixe, por favor! – Kurt diz desesperadamente, gotas de suor escorrendo pela sua testa.

– Vamos, amor. Acorde.

Kurt lentamente abre os olhos e olha ao redor. Ele já previa que teria pesadelos, principalmente depois de toda a adrenalina daquele dia. Ugh, o que tinha de errado com a mente dele? Isso chegava a ser injusto. Todos tinham um sono tranquilo, menos ele, que sempre tinha pesadelos.

– Blaine... Blaine, eu te amo. – O moreno o abraça fortemente, proporcionando um calor confortante.

– Shh, calma. Eu também te amo.

– Fique aqui comigo para sempre, por favor. – Kurt pede com a voz embargada por conta do choro.

– Para todo o sempre, Kurtie.


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