– Kurt. – Blaine cutuca o garoto. – Acorda, Bee.

– Mhmm... – Murmura. – Você é tão bom na cama... – Blaine ri e beija Kurt.

– Você está atrasado, docinho.

– Atrasado? – Kurt arregala os olhos. – Mas... Droga! Eu preciso trabalhar!

O castanho pula da cama, veste a primeira roupa que encontra e corre para a cozinha.

– Quinn?

– Oi, mané. – A loira se vira para o amigo, segurando uma xícara de café. – Eu fiz café para você, sabia que ia se atrasar.

– Obrigado... – Ele pega a xícara e assopra o líquido, tentando esfriá-lo.

– Depois de ouvir vocês transarem a madrugada inteira, não me impressiono que esteja atrasado. – Kurt cora. - Eu vou arrumar a sua roupa. – Ela larga a xícara na pia e vai para o quarto do amigo.

O menino sorri em agradecimento, e continua a bebericar o seu café. Isabelle ia matar ele. Mas... A chefe era sua amiga, talvez se ele contasse que havia reatado o namoro, ela ia entender.

Enfim, Kurt tomou todo o café, e foi para o quarto. Assim que entrou na peça, encontrou Blaine enroscado nos cobertores, e um conjunto de roupas em cima de sua cama.

“Obrigado por existir, Quinn Fabray.”

_________________________________________________________________

Depois de uma longa viagem até o trabalho, com Quinn perguntando sobre sua noite com Blaine, os dois finalmente chegaram.

Ambos subiram as escadas rapidamente – depois de uma pequena discordância sobre ir de elevador ou pelas escadas – e finalmente chegaram ao local. Kurt foi para a sua sala, e percebeu que tinha uma mulher de costas. Isabelle, certamente.

– Erm... Oi, Isabelle. – A mulher se vira, sorrindo.

– Pode dar suas desculpas, Kurt. – Ela cruza os braços, ainda com um sorriso estampado no rosto.

– Bem... Ontem eu estava doente, e consequentemente não pude vir. E meu namorado se mudou para o meu apartamento, tudo está uma bagunça. Eu sinto muito, Isabelle.

– Está tudo bem. – Isabelle aponta para uma pilha de papéis sob a mesa de Kurt. – Mas termine tudo isso hoje.

A mulher saiu da sala, e Kurt suspirou, se sentando. Ele ia ter um longo dia pela frente, era melhor não começar a se estressar tão cedo.

_________________________________________________________________

Algumas horas depois...

– BLAINE! – Grita Rachel. – Eu estou indo para casa.

– Tudo bem. – O moreno, que estava assistindo televisão, acena com a cabeça.

– Se cuide. Diga para Quinn me ligar quando ela voltar do trabalho.

– Ok. – Ele sorri.

A garota pega a bolsa e sai do apartamento, deixando Blaine sozinho com seus pensamentos.

Após alguns minutos, a campainha toca, tirando Blaine de seus devaneios. O garoto se levanta, e vai até a entrada.

– Rachel? O que você esqueceu dessa vez? – Ele abre a porta.

– Meu nome nunca foi Rachel.

Sebastian. Puta merda, Sebastian.

– O que você quer? – Blaine se controla para não dar um soco no menino em sua frente.

– O que você acha que eu quero? Não vai me convidar para entrar?

– Não. Dá o fora daqui.

– Parece que alguém foi manipulado. O que ele inventou, pequeno Blaine? – Sebastian cruza os braços e se encosta na porta, sorrindo.

Aquele sorriso tão... Irônico.

– Eu não sou manipulado facilmente, Sebastian. Por isso mesmo estou te ignorando.

– Oh. – O mais alto coloca a mão na boca, fingindo estar ofendido. – Então ele realmente fez uma lavagem cerebral em você? Parece que você não pensava assim quando nós ficamos.

– Ora, Sebastian. – Blaine revira os olhos. – Pelo amor de Deus, deixe de ser infantil! Aquilo foi uma noite, eu estava bêbado, e me arrependo completamente. Francamente, você é um idiota.

– E você é mais idiota ainda por ficar com aquele estúpido. Será que ele transa melhor com você? Vamos ser realistas, Kurt só pode te satisfazer com sexo. E nem é tão bom assim.

– Cale a sua boca!

Blaine soca o rosto de Sebastian, que se afasta um pouco, mas logo ataca o moreno, dando um soco no rosto e na barriga do mesmo. Blaine revida, e consegue derrubar Sebastian no chão.

– Não ouse falar assim dele. Nunca.

O garoto chuta Sebastian mais algumas vezes antes de entrar no apartamento e trancar a porta.

– Holy shit. – Blaine corre para o banheiro, e percebe que um roxo está começando a aparecer em sua bochecha. – Merda.

Ele vai para a cozinha e pega uma bolsa de gelo, torcendo para que a marca desaparecesse em questão de poucas horas. Algo meio impossível.

_________________________________________________________________

Depois de longas – e estressantes – horas, Kurt finalmente tinha terminado todo o trabalho. Ele olhou no relógio, e vendo que já eram 9 horas da noite recolheu todo o seu material e saiu de sua sala.

– Finalmente! – Quinn exclama, assustando Kurt.

– Jesus, Quinn! Achei que estivesse sozinho.

– Acha mesmo que eu iria ir embora sem nem te avisar? – O castanho sorri e acompanha a amiga para fora do prédio.

A volta para casa foi silenciosa. Kurt estava muito estressado para conversar. Sendo assim, ele apenas fechou os olhos e dormiu.

A amiga o acordou depois de vinte minutos, avisando que haviam chegado. Eles saíram do táxi e entraram no prédio, e logo que abriram a porta do apartamento, sentiram um cheiro maravilhoso de macarrão.

– Você está cozinhando, Blaine? – Kurt vai para a cozinha, surpreso, e encontra Blaine virado para o fogão.

– Sim. – Ele murmura.

– Aconteceu alguma coisa? – O castanho nota que Blaine estava falando pouco, e nem tinha se virado para dar oi.

– Nada. Está tudo bem.

– Acha mesmo que vai se esconder pelo resto da noite, Blaine Anderson? O que está acontecendo? – Kurt caminha até o namorado e o vira, vendo a marca roxa no rosto dele.

– E-Eu... Não fique bravo. – Blaine sussurra, de cabeça baixa.

– Apenas me diga a verdade e vai ficar tudo bem. – O castanho toca carinhosamente a área machucada, fazendo Blaine fechar os olhos.

– Foi Sebastian. Ele veio até aqui, e eu falei para ele ir embora. Então ele falou algo idiota sobre você, e eu apenas... Não consegui aguentar.

– Oh, meu amor. Por incrível que pareça, esse seu lado que eu não conhecia está me deixando excitado. – Kurt ri.

O moreno cora, e logo sente os lábios do namorado contra os seus.

– Eu te amo, meu pequeno. Mas você não pode mais se meter em confusão. Seu rosto é muito lindo para ficar com marcas.

– Tudo bem. – Blaine sorri e se vira para o fogão novamente.

_________________________________________________________________

23h45min

– Bee? – O moreno entra no quarto. – Eu já terminei de usar o banheiro, se você quiser-

– Não.

– Tá legal... – Blaine se deita ao lado do namorado. – Está tudo bem?

– Uhum. – Concorda. – Tudo ótimo.

– Tem certeza?

– Tenho, pare de perguntar. – Responde Kurt, grosseiramente.

Blaine olha para o castanho, estudando as feições do mesmo.

– Me conte a verdade.

– Eu estou apenas com medo. – O garoto suspira antes de continuar: - Olhe só o que ele fez com você, imagine se eu encontrá-lo na rua ou algo assim...

– Eu mato ele se encostar em você. – Kurt nega com a cabeça.

– Não seja tolo, Blaine. Vamos apenas dormir, sim?

– Claro. – O moreno sorri e beija o namorado, antes de desligar seu abajur.

– Boa noite, Bee.

– Boa noite, Kurt.