– Tudo bem. – Blaine se senta na cama. – Podemos fazer isso.

O moreno dá um pequeno sorriso e Kurt retribui, ainda pensando em o que deveria dizer. Será que Blaine iria o deixar? Mas... Eles nem tinham algo, certo?

– Então... – O castanho suspira, sentando na mesma posição que Blaine.

– Sim? – Blaine pega as mãos de Kurt. – Olha, eu sei que você está meio nervoso. E eu praticamente sei o que você vai falar, te conheço. – Ele pisca para o menino de olhos azuis, o fazendo corar.

– Ok, me diga suas conclusões.

– Eu te amo. – Kurt sente seus músculos se contraírem e seu estômago pular. – E eu realmente quero ficar com você, eu apenas... Eu não quero te machucar, eu te amo tanto.

– Você não vai me machucar novamente. Eu confio em você.

Os dois sorriem, e Blaine dá um beijo na bochecha do amado.

– Vem, quero te levar em um lugar especial. – O moreno estende a mão para Kurt, o ajudando a levantar.

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Enquanto Rachel está no banho, Quinn remexe na agenda da morena, procurando um número de telefone em especial.

– Achei! – A loira rapidamente pega o celular e disca o número, esperando ansiosamente para que a pessoa do outro lado atenda.

– Alô? – A voz feminina faz Quinn gelar.

– S-shelby. Oi, é Quinn aqui.

– Oi, Quinn! O que gostaria?

– Eu sei que vou sair com Beth apenas semana que vem, mas... Queria saber o que ela gosta de fazer, e tudo mais, assim posso planejar algo para fazermos.

As duas conversam por mais alguns minutos, um pouco antes de Rachel sair do banho. Quando ela entra no quarto, encontra a loira chorando, com o rosto enterrado em um travesseiro.

– Quinnie! Amor, o que aconteceu? – Ela senta do lado de Quinn e acaricia as costas da mesma.

– Beth... É Beth, eu nauihagramaiouars! – A loira fala um pouco enrolado por conta do choro.

– Espera, Quinn. Repete, por favor. Respira fundo e repete.

– Eu me arrependo tanto! – A menina joga a cabeça no colo da namorada.

– Shh... Está tudo bem! Foi o melhor para vocês duas. Ela tem uma vida maravilhosa, e vai ter uma vida melhor ainda quando te conhecer melhor.

– Você acha? – Quinn vira o rosto, tentando enxergar a namorada.

– Tenho certeza.

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Blaine e Kurt já estavam no carro por duas horas, com o moreno dirigindo e o outro garoto no banco ao lado, vendado.

– Blaine, estou ficando enjoado!

– Já estamos chegando! Quer parar?

– Não, se eu for vomitar, quero vomitar encima de você. Por estar me trazendo nesse lugar maldito.

– Tenho certeza que você vai retirar tudo o que acabou de falar quando chegarmos lá.

Depois de dez minutos, Blaine estaciona o carro em frente a uma casinha de madeira, com algumas árvores na frente, e uma cerca baixa pintada de branco.

– Chegamos, Kurt. – O moreno sai do carro e abre a porta para o castanho.

– Por favor, tira essa venda logo. – Blaine obedece, e Kurt fica boquiaberto quando vê a casa. – Blaine, essa casa é linda! Podemos morar aqui? – O moreno ri e Kurt fica parado por um momento, como se estivesse paralisado.

– Você está bem? – O mais velho assente um pouco.

– Que barulho é esse, Blaine? Não me diga que... ESTAMOS NA PRAIA! ISSO SÃO AS ONDAS! OHMEUDEUSEUAMOAPRAIA! – Ele começa a pular loucamente, enquanto Blaine solta algumas (muitas) gargalhadas.

– Vamos entrar, querido.

Eles entram na casa, deixando Kurt encantado. Era uma casa meio rústica, mas ao mesmo tempo parecia ser bem cuidada e confortável.

– Nós passávamos as férias aqui. Mas vínhamos no inverno também. – O moreno sorri e aponta para uma lareira no canto da sala de estar.

– Essa casa é maravilhosa, mas... – Kurt se vira para Blaine. – O que acha de me levar no seu quarto? – O moreno cora enquanto Kurt solta um sorriso malicioso.

– Meu quarto?! Bem, uhm... Sim, meu quarto, venha. – Os dois sobem as escadas e entram em um pequeno quarto, com as paredes azuis, uma cama de solteiro, e algumas prateleiras com livros e pequenos brinquedos.

– É um lindo quarto. Mas deve fazer um tempo que vocês não vem aqui, certo? – O castanho passa a mão por cima de alguns livros, tirando um pouco do pó.

– Sim. Meus pais são separados, nunca mais viemos aqui.

– E porque diabos você tem a chave dessa casa, Bee? – Kurt senta na cama, ainda observando o quarto.

– Você não esperava que fôssemos passar o fim de semana inteiro no seu apartamento, certo?

– Eu tenho que trabalhar amanhã, Blaine.

– Uma mentirinha de vez em quando não faz mal. E é por uma boa razão, Kurtie.

Blaine sorri e senta no colo de Kurt, beijando sua bochecha, e em seguida seu pescoço, fazendo o mesmo se arrepiar.

– Blainey... Blaine, pare com isso.

Kurt tentava se afastar do moreno, mas este insistia em “atacar” o pescoço do castanho, deixando algumas marcas.

– O que eu tenho que parar? Não estou fazendo nada.

– Você está sim! Pare com isso. – O menino mais alto se levanta, deixando o outro confuso.

– O que aconteceu, Kurt? Achei que você quisesse...

– Eu quero! Mas você está indo rápido demais, e... Não vamos fazer isso agora! Vem, vamos para a beira da praia.

Kurt e Blaine vão a pé, pois a praia era menos de uma quadra de distância da pequena casa. O caminho fora em silêncio, os dois tremendo de nervosismo. Blaine tenta pegar a mão de Kurt, assustando o mesmo.

Depois de chegarem lá, colocaram uma toalha no chão e se sentaram encima. Até quem enfim, Kurt tenta puxar assunto.

– Hoje o dia está muito bonito. Fazia tempo que eu não via o mar. – O castanho sorri.

– Eu sei. Aqui é muito bonito, mesmo quando chove.

Blaine olha para Kurt e sorri, montando um clima agradável.

“Merda, eu quero tanto beijá-lo. Mas nada te impede de beijar ele, Kurt. Vai, o Blaine é todo seu.”