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– Você não pode falar assim comigo! – Blaine grita no corredor.

– E você não pode simplesmente voltar e arruinar toda a minha vida! – Quando o moreno faz a menção de falar, Kurt continua. – Já se foram dois anos, Blaine. Dois anos. Eu sei que no início a gente... Meio que ficava, mas eu achei que já tinha te superado. Então você voltou e me mostrou que eu estava errado!

– Kurt, eu... – Blaine começa a falar e Kurt fecha os olhos.

– BLAINE! Escuta o que eu tenho pra falar! Desde que nós terminamos, eu confesso que vim procurando alguém que me faria feliz, alguém para me abraçar e dizer que está tudo bem quando eu precisasse, mas aí foi que eu percebi... Que você é o único que vai me fazer sentir daquele jeito.

– Jeito...? – O moreno ergue as sobrancelhas em confusão.

– Completo. Feliz, amado, e... sexy. – O outro sorri. – Você foi a única pessoa até hoje que fez eu me sentir assim. Eu achei que eu poderia tentar com outra pessoa, mas... Você é você.

Blaine não sabia mais o que dizer. Kurt havia se “declarado” (de novo?) e ele sabia que este estava certo. Eles foram feitos um para o outro.

– Da última vez que tentamos você disse que não confiava mais em mim. Será que agora você confia? Nós podíamos tentar de novo.

– Apenas... Me dá um tempo, Blaine. – Kurt volta para o apartamento deixando Blaine no corredor do prédio.

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–O que houve com ele? – Quinn não conseguia entender o raciocínio de Blaine. - Vocês brigaram antes da gente chegar?

– Não, estava tudo bem... Eu realmente não sei, Quinnie. Nós meio que discutimos, só que depois conversamos. O clima ficou meio tenso, mas tudo estava bem.

– Isso é muito estranho... – Rachel olha para Kurt. – Porque você não vai lá perguntar o que aconteceu?

Kurt olha para Rachel em dúvidas e em seguida sai do apartamento em disparada, mas logo percebe que Blaine não está muito longe do apartamento de seu apartamento.

– Pode me explicar o que aconteceu?

– Eu meio que... Sabe, elas chegaram...

– Você ficou com... Ciúmes? – Kurt olha para Blaine tentando acreditar.

– Talvez. – O moreno não olha para Kurt.

– Blaine! Quantos anos você tem? Cinco? Quinn mora comigo, e isso foi totalmente infantil.

– Ok, e agora você quer que eu peça desculpas e te abrace, como fazem no primário?

– Parece que é lá onde você estuda. Deveria aprender com seus coleguinhas a não ser tão possessivo, principalmente a coisas que nem te pertencem mais.

– Isso foi rude.

– Então parece que está provando seu próprio veneno, huh? – Kurt sabe muito bem como tirar Blaine do sério.

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*ALGUMAS HORAS DEPOIS, CASA DE KURT E QUINN*

Kurt já estava chorando por algumas horas. Ele não deveria ter sido tão mau com Blaine, e ele só percebeu isso depois que foi embora. Quinn teve que mandar Rachel embora, pois o castanho não aguentava mais a baixinha tentando dar conselhos.

– Kurt... Já passou! Vai dar tudo certo, ok? Tenho certeza que Blaine te ama do mesmo jeito que você faz, e tudo vai ficar bem. Eu estou aqui, e logo Blaine estará também.

– V-Você acha mesmo, Quinnie? – O castanho desenterra o rosto do colo da amiga para falar. Ele funga algumas vezes e logo continua: - Ele é malvado às vezes, e eu acho que não deveria me “jogar” tanto pra ele como ele disse.

– Blaine pode ter idade, mas a mentalidade dele ainda é igual à de um adolescente bobinho. Todos sabem disso. Apenas dê a ele algum tempo.

Kurt sorri algumas vezes em forma de agradecimento a amiga e logo deita a cabeça no colo dela de novo, adormecendo em alguns minutos.

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Blaine estava sentado na sua cama quando Tina abre a porta do quarto.

– O que você está fazendo? – Pergunta a asiática.

– Nada de mais. Por quê? – Diz Blaine sem ânimo.

– Porque a gente não sai? Faz um tempo que nós não nos vemos e... Eu sinto sua falta.

– Agora não posso, estou ocupado. Sai, Tina.

– Porque você está fugindo de mim, Blaine Anderson? – Ela coloca as mãos na cintura e Blaine se levanta, irritado.

– Você ainda pergunta?! Você me fez parar de acreditar no Kurt, sendo que o coitado estava lá em coma sem fazer nada de ruim pra gente.

– Blaine, você sabe que aquilo era verdade... – Tina olha para o chão.

– NÃO! Quinn nunca iria confiar em você para contar essas coisas, principalmente sobre o Kurt. Ela sabe que vocês nunca se deram bem. Kurt me contou toda a verdade, e...

– ... Você acreditou nele? – A asiática tem os olhos arregalados pra cima de Blaine.

– Já chega, Tina! – O moreno empurra a menina pra fora do quarto.

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A casa estava tranquila e silenciosa, Quinn no banho e Kurt no sofá com os fones de ouvido. A campainha toca e Kurt espera alguns momentos, achando que Quinn iria atender a porta.

– Quinn! A campainha está tocando! – A loira não responde e a campainha toca de novo. – QUINN FABRAY! – Kurt se levanta bufando e vai atender a porta.

– Oi. Preciso de sua ajuda. – O menino olha Kurt.

– O-Oi... Eu não te esperava aqui depois do que aconteceu.