Finalmente o avião pousara. Agora era cerca de meia hora para chegarmos em Mystic Falls. Pegamos nossas malas no desembarque e nos direcionamos para as portas automáticas de entrada e saída. Eu simplesmente odiava o fato de está em uma nova cidade, ser novata me constrange um pouco. Só espero que não seja como Forks, chamar a atenção... Bella não! Você mudou agora, não seja depressiva! Ouse e abuse. Pensei. Respirei fundo e caminhei até o carro que Phil alugou.

– Vamos lá Bella! – Phil disse todo alegre. Minha mãe simplesmente não tirava o sorriso largo do rosto. Sorri disfarçando o desconforto.

– Espero que conheça muitos gatinhos. - Disse Renée. Ri abertamente, entrando no carro cujo porta-malas Phil enchia com nossas coisas.

– A ultima coisa que quero agora é um relacionamento.

– Mas não seja rebelde. – Phil falou sorrindo e sentando-se ao lado da minha mãe.

– Não se preocupe. – Falei. Phil ligou o carro, movendo-se para a saída.

Chegamos á tão esperada cidade, não se deparei com nada mais nada menos que uma cidade idêntica a Forks, só que com muito menos chuva. Mystic Falls estava ensolarada.

Passamos em frente á um prédio, escrito Mystic Grill, que até me chamou um pouco á atenção.

– Estamos bem perto. – Minha mãe anunciou feliz. Sorri.

Olhei pela janela, visualizando tudo, desde casas á plantas. Confesso que até que gostei da cidade, espero que continue assim. Senti que Phil diminuía a velocidade, olhei pela janela, o carro então estacionou em frente a uma casa. Era imensa, acho que grande o bastante, e isso não me confortava. Saímos.

– Bem vindas! – Phil riu, juntou a bagagem, carregando tudo nas costas.

– Venha Bella. – Minha mãe me puxou até a porta, Phil a acompanhou. Ele puxou uma chave do bolso de sua calça e abriu a porta. Entrei primeiro, era realmente grande e já estava mobilhada.

– Irei para o meu quarto. – Falei apontando para cima. Minha mãe assentiu.

– Daqui á pouco levaremos suas coisas. Seu quarto é o do lado direito – Minha mãe falou.

– Isso vai sobrar para mim. –Ouvi Phil resmungar. Ri.

Corri subindo ás escadas até chegar ao corredor dividido em duas partes, esquerda e direita, como minha mãe havia falado. Abri a porta do meu quarto, era enorme assim como a casa.

Esperei Phil me trazer as malas, tomei um banho demorado. Vesti um short jeans azul, uma meia-calça preta transparente, um All Star preto, uma camiseta de manga comprida branca, onde estava escrito em letras vermelhas que imitavam sangue escorrendo: Want some of my blood? *quer um pouco do meu sangue*.

Tinha uma grande janela, estava fechada, caminhei até ela e a abri, assim talvez não ficasse tão abafado e escuro. Olhei por ela o lado de fora, vi um rapaz lindo em um carro. Tinha o cabelo preto e liso, de uma maneira incrível! Parecia vivo, e olhos pretos profundos que me encaravam com misto de curiosidade e malícia. Usava uma jaqueta preta, uma camiseta preta, calças pretas e botas, talvez coturnos também pretos. Reparei que ele também me analisava. Quando terminou me deu um sorriso malicioso e irônico como se dissesse que tinha gostado. Ele tinha um ar sensual e envolvente. Retribui o sorriso, e vi que seus olhos demonstravam surpresa pelo meu sorriso, mas acelerou com o carro e foi embora. Desci rápido ás escadas.

– Aonde vai, Bella? - Minha mãe perguntou e sorriu.

– Conhecer á cidade, não se preocupe, volto antes do anoitecer. – Falei rápido e corri sem ao menos ouvir sua resposta. Abri a porta.

Fechei a porta com cuidado e comecei a andar pela rua.

Eu já estava em frente ao Mystic Grill, que não era muito longe de casa, entrei.

– Oi. – Um garoto loiro se aproximou.

– Oi. – Respondi.

– Então você é a nova garota? – Ele perguntou. É, parece que minha chegada aqui também se espalhou, assim como em Forks.

– Sim, Isabella Swan. – Falei estendendo a mão.

– Matt Denovan. – O garoto respondeu apertando minha mão. – O que deseja?

– Sei lá. O que me recomenda? – Perguntei. Ele riu.

– Um refrigerante, parece menor de idade – Matt me olhou nos olhos, mas nós rimos.

– Não, tenho 18, mas tudo bem, qualquer um, por favor! – Disse. Matt virou-se e arrumou tudo me entregando o refrigerante.

– Obrigado. – Agradeci e bebi um pouco. Coca cola.

– De nada. – Matt respondeu.

Enquanto me refrescava percebi que Matt não tirava os olhos de mim.

– Bem, vou indo, prometi a minha mãe não demorar. – Falei.

Paguei e segui rápido para saída. Por mais que tentasse, não conseguia mudar meu jeito, quer dizer, já mudei muito, mas tem coisas que ficam para sempre. Matt me fez lembrar que eu já era maior de idade, então resolvi ficar mais um tempo conhecendo a cidade.

Estava bem divertido, já era noite, e tinha crianças lindas brincando nas praças acompanhadas por seus pais. Infelizmente, a diversão acabou, quando me perdi em um beco, com pessoas em volta, nada amistosas. Dei meia volta.

– Ei gatinha! – Um gritou.

– Volta aqui. – Ouvi a voz de outro. Olhei para trás, eles vieram em minha direção. Caminhei um pouco mais rápido.

– Não foge! Volta aqui. – Mais um gritou. Eles estavam perto demais.

– Me deixem em paz.

– Não, não gatinha. – Me vi cercada por quatro homens. O que fiz para merecer isso?

– Não toquem em mim. – Ordenei. Um dos homens abusou e quase que me rouba um beijo, mas chutei seu joelho. Dei um chute bem forte na barriga dele. Ele desmaiou.

Os outros levantaram. E vieram na minha direção. Derrubei o troncudo no chão desmaiado, mas não escapei de outro loiro, que me empurrou com força me fazendo cair. Me sentei e vi o mesmo cara do carro segurando o loiro pelo pescoço. O jeito como ele olhava o homem me impressionou, era homicida. Ele parecia querer matá-lo. E era exatamente o que ele faria. Ele quebrou a perna dos três homens que estavam na rua, e entrou no prédio. Poucos minutos depois ele saiu de lá com a boca cheia de sangue. E para confirmar minhas suspeitas ele mordeu o pescoço dos três homens de perna quebrada e drenou todo o sangue de seus corpos.

Com a mão limpou o rosto. Eu provavelmente estava surpresa. Afastei-me para trás quando ele se aproximou.

– Entra no carro! – Ele gritou furioso.

Por algum motivo levantei e segui até o seu carro. Entrei e fiquei o observando trocar algumas palavras com outros homens que estavam por ali. O moreno logo estava dentro do carro ao meu lado. Sorri com medo.

– O que foi isso? Um surto de adrenalina, por acaso? – Falei lembrando-se de Edward. Espera! Isso já me aconteceu duas vezes e agora parece que vai ser a terceira. Porque entrei nessa droga?!

– O que?

– É, tipo...

– Não, não foi um surto de adrenalina, só não podia deixar que aqueles caras te fizessem mal. – O moreno falou ultrapassando uma fileira de carros.

– Mas por quê? Nem te conheço.

– Desculpe, Damon Salvatore, sou seu vizinho.

– Isabella Swan. – Respondi confusa.

– Eu sei que deve está com medo...

– Só estou com medo pelo fato de não te conhecer, mas não estou surpresa com a existência de vampiros, e sim, com você.

– Desculpe! – Damon falou novamente. Ele só sabe falar isso?

– Já está frio. – Falei quebrando o silêncio.

No momento em que tentei desligar o ar-condicionado ele também levou sua mão no mesmo ponto, fazendo com que se tocassem, era fria, como a de Edward. Tirei rápido e o fitei rapidamente, mas voltei a atenção para frente. Vi de canto, ele também repetir meu ato, me olhando rapidamente.

No caminho não trocamos mais nenhuma palavra, somente olhares, os dele misteriosos e intensos, os meus envergonhados e curiosidade. Ai Bella, você não musa mesmo!

O carro finalmente estacionou em frente á casa dele. Saímos.

– Er...Obrigado. – Falei sem jeito quando ele se aproximou e se colocou em minha frente, me fazendo encostar minhas costas em seu carro.

– Não foi nada. – Damon falou, com um sorriso sexy?!

– Eu...- Fiz uma pausa pequena. – Damon, preciso ir.

Ele não respondeu. Nós nos aproximamos. Quando nossos lábios estavam perto de mais me afastei.

– Boa noite Damon. – Falei beijando sua bochecha.

– Boa noite. – Esperei a respostas e fui para casa.

Abri a porta sem delicadeza, o que fez um barulho enorme.

– Bella? – Minha mãe correu.

– Oi!.

– Bella, você me prometeu...

– Está tudo bem mãe, eu estava com...Um amigo! – Falei finalizando com rapidez.

– Quem?

– Um vizinho que conheci, Damon Salvatore. - Respondi. Tentei recuar.

– Fico feliz por isso. Não jantamos ainda, porque não o convida? – Renée perguntou. Ah não!

– Mãe. – Resmunguei.

– Hey Bella! Finalmente chegou, sua mãe quase chama a policia. – Phil falou descendo as escadas e indo para cozinha.

– Típico. – Falei ironicamente. Phil e eu rimos, mas minha mãe parece não ter gostado.

– Preciso conhecê-lo, Bella. – Ela insistiu cortando o assunto.

– Tudo bem. – Falei.

Sai e caminhei até a casa de Damon. Antes de bater na porta, ela se abriu.

– O que lhe devo a hora? – Damon brincou.

– Minha mãe, quer te conhecer. Ela te chamou para um jantar...- Fiz uma pausa longa, só continuei com um sinal que Damon fez para que eu não parasse. – Eu sei que não comem.

– O que? Que tipo de vampiro você conheceu? – Damon perguntou rindo. O olhei confusa.

– Esquece, você vem? – Perguntei.

– Sim. – Ele respondeu.

– Vamos. – Puxei-o.

(...)

Aproveitei que Damon saiu do meu pé, graças á minha mãe, para pesquisar e conhecer mais sobre sua espécie. Me tranquei no quarto, pesquisando em minhas fontes nem um pouco autenticas sobre espécies diferentes de vampiro o que acabou não resultando em nada o que deixou me deixou triste demais. Tomei um banho e vsti uma roupa mais casual.

– Bella? – Alguém bateu na porta. Logo reconheci, Damon. Ele não vai me deixar em paz? Guardei tudo muito rápido ás coisas que estavam em cima da cama.

– Entra. – Falei.

– Sua mãe permitiu para que fosse á minha casa, agora.

– Sério? – Brinquei fingindo felicidade. – E se eu não quiser? – Falei secamente.

– Não seja tão má mocinha. – Damon brincou.

– Tá bom. – Falei.

Levantei e caminhamos lada á lado até a sua casa. Fomos até seu quarto, sentei na cama, com a permissão dele.

– Vou lá em baixo, mas já volto. – Damon disse. Eu não respondi.

Estava um pouco escuro o quarto, mas vi um porta retrato em cima de uma escrivaninha. Levantei e fui até lá.

– O que? – Me perguntei ao me ver na foto junto a ele. Ri.

Voltei a cama. Não tirava os olhos dali. Tomei um susto ao ver Damon, ele sorriu.

– Damon, o que é isso? – Perguntei o mostrando a foto. Ele ficou sério.

– Você! Em outra vida! – Damon falou. Não era possível, ele só podia está brincando. – Bella, nós já nos apaixonamos em uma outra vida, quer dizer em sua outra vida, por segurança te abandonei, mas você morreu em um acidente de carro.

– Não brinca Damon. – Ri sem acreditar.

– Não estou brincando, o nome dela era Scarllet Johansson, eu a conheci na Inglaterra, poucos anos antes de conhecer Katherine – Damon fez uma pausa, aproveitei para interrogá-lo.

– Quem é Katherine?

– Uma paixão antiga. – Damon explicou.

– O que aconteceu com Scarlett?

– Ela era igualzinha a você, morre em um acidente. – Damon estremeceu.

– Não...Não fica assim. – Falei tentando confortá-lo. Ele riu e levantou.

– Tudo bem mocinha. Espere aqui. – Damon falou fazendo gestos engraçados. Ri.

Damon demorou demais e acabei voltando para casa, já estava tarde. Subi rápido, evitando qualquer tipo de interrogatório da parte da minha mãe. Me joguei na cama e nem liguei pelo fato de dormir com aquela roupa.

(...)

– Precisava me arrastar até aqui tão cedo? – Perguntei ainda com sono. Damon me obrigou á ir para sua casa.

– Sim. – Ele riu enquanto tentava abotoar sua camisa.

Eu comecei a espiar todas as suas notas e lembretes presas com fita adesiva no espelho e acabei encontrando uma foto da Scarllet, ela era idêntica a mim. Virei-me tentando ignorar a foto, mas Damon se aproximou. Sua camisa estava um pouco aberta, então me ofereci a abotoá-la. Nos aproximamos demais. Eu tinha um pequeno sorriso visível no rosto, então Damon beijou-me com intensidade – sugando meu lábio inferior para depois pressionar a sua língua macia pelos meus dentes. Abri mais a boca, desesperada para deixá-lo entrar mais, sem medo de mostrar o quanto o queria. Mas ele se afastou.

–Bella. – Sussurrou meu nome. Ignorei e voltei a beijá-lo.

Damon me jogou na cama e tirou minha blusa e comecei a tirar sua calça... Sem nunca separar nossas bocas... Eu puxei os cabelos de Damon e arranhei suas costas, Damon passava as mãos pelas curvas do meu corpo, e assim os nós ficaram, com beijos ferozes e arranhões, por fim Damon me pegou no colo, depois me deitou e se posicionou por cima de mim, os beijos continuaram e deram lugar as caricias e der repente Damon parou, o mesmo me olhou por alguns segundos.

– Feche os olhos, Bella. – Ele ordenou. O obedeci.

Damon passou a língua sobre o meu pescoço e em seguida o mordeu, coloquei as mãos sobre os ombros de Damon e respirei fundo, o mesmo sugou meu sangue, de forma diferente, não feroz como havia feito com os homens, eu estava gostando e sem querer soltei um gemido, Damon levantou o rosto e olhou para mim e sorriu. Fechei os olhos. Comecei a ver lembranças da outra vida? Damon me mordendo, um acidente, uma floresta, Damon me carregando, meu nascimento!

(...)

– Damon isso não é justo. – Falei.

– O que?

– Eu não sou a Scarllet e não serei sua continuação.

– Não penso assim. – Damon falou. Tudo se silenciou, até mesmo os barulhos dos fundos daquela floresta sombria.

– Não faz assim. – Sussurrei o abraçando.

– Como?

– Não me faça sofrer. – Completei. Damon não respondeu, apenas me beijou. Beijo apaixonado! Meu sangue parecia queimar. Minha mente se enchia de pensamentos bobos. Não conseguia descrever o sabor de seus beijos invadindo minha boca e me dominando com o prazer mais suave e gostoso...No mais puro êxtase, me encontro parada, perdida na sua boca, Damon parou e nos afastamos um pouco.

– Eu te amo.