POR MARIANA

Nossa, como elas são lindas! A loura traz umas calças de cabedal bordo assim como o seu casaco, uma blusa preta e uns sapatos altíssimos pretos também, a outra moça tem uma saia preta de cabedal, uma blusa branca, uns sapatos ultra altos pretos e um colar da mesma cor. Elas saberão que existem outras cores no mundo sem ser preto, branco e bordo?? Como essa gente é esquisita, hem?! As duas sorriem para o Damon e dizem "adeus" a abanar os dedos de trás para a frente, decido falar com ele:

–Quem são elas mesmo, Damon? - pergunto de forma agressiva.

–Am... Velhas conhecidas... - responde ele.

–Acho bom mesmo que sejam venhas! - AI DE QUEM OUSE EM SE METER COM O MEU DAMON!

–E você nem sabe o quanto... - que?

–Ãh??

–Nada amor. Olha, temos que estar atentos á aula!! - é a primeira vez que ouço o Damon a dizer isso. É definitivo: se passa mesmo alguma coisa...

–Tá bom...

As duas garotas se sentam ao fundo da sala e ficam caladas até tocar para a saída. Quando toca, elas são as últimas a sair, pelo menos que eu visse, pois a Camila me puxa para fora da sala feito obcecada. A minha melhor amiga é uma doida varrida!...

–CAMIIILAA!!! Não me puxa com tanta força vaca!

–SE CALA CABRA! Você viu aquelas garotas?! Que cenary!... - ahah, ela está parva.

–Vi sim, elas se estavam rindo para o Damon... - digo cheinha de ciúme!

–AHH!! A sério?? - ela está duplamente mais parva.

–Sério.... Por falar em Damon, cadê ele? - com a nossa conversa "super animada", não reparamos que se tinham ido todos embora da sala e que a porta já está fechada.

–Hum, não sei. Vamos? - Camila não deu muita importância ao sumisso do meu namorado pegador...

–Vamos... - disse cabisbaixa. Seguimos diretas á rua para irmos almoçar. A partir daí, nunca mais vi o Damon.

POR DAMON

As duas me levaram para um sítio escondido num bosque, que eu, em meus 166 anos de vida, não sabia que existia! Elas param de andar e eu, obviamente, paro também.

–Então queridas amigas, como vai isso? - pergunto sorrindo.

–Querido Damon, poderiam ir melhores se não tivessem acontecido umas coisinhas mas, para isso é que servem os amigos... - a Bonnie interrompe a Becka.

–...os amigos servem para se ajudarem uns aos outros. E, por isso é que viemos cobrar favores Damonzinho! - Bonnie percorre o meu peito com a sua mão, se seguindo a minha cara, depois a minha boca..., tenho que interromper a tarada da Bonnie!

–Bonnie, não sabia que você andava tão desesperada assim, ao ponto de me obrigar a vir para um bosque, para me violar! - falo, revirando os olhos mas, me divertindo muito, porém a tarada não acha piada, amua e tira a sua mão do meu corpo. Vejo a Rebecka a desaparecer e sinto, passados uns segundos ela por trás de mim com alguma coisa na mão mas, não me viro visto que o orgulho é muito.

–Damon, não sabia que você andava tão parvo assim, ao ponto de insultar uma bruxa amiga de uma original! - diz a oxigenada agressivamente, me espetando um pau na barriga. ESSA GAROTA É DOIDA! Auu, a minha barriga!!!

–Sempre tão amiga dos outros!... - me ajoelho no chão porque a dor já é tanta que não consigo manter-me em pé. Ela por fim, retira o pau da minha barriga, atirando ele para as couves - Beckinha, se o plano era eu ajudar vocês, esqueçam! Acabaram de me lesionar... - sorri para elas, ainda com algumas dores.

–Nossa que bom! Já está bem disposto, fazendo piadas e sorrindo, que ótimo! - ela dá uma risada, juntamente com a tarada mas, depois voltam para os seus ares de antas mortas. Me levanto:

–Olha só que você fez! Estragou a minha T-shirt branca!! - ai que ódio daquela vaca oxigenada!

–Damon, todo o mundo sabe que você tem milhões dessas no seu armário... - fala a cabra da Bonnie, rindo de frente para a Rebecka, sem nenhuma prestar atenção a mim. Aproveito a oportunidade e vou até ela e aperto o seu pescoço e o da Bonnie também que é por causa das coisas! Mas, como ela não é vampira tenho que a largar, senão morre e vai ser uma maçada... e, de seguida largo a outra, me impondo sobre as duas piruinhas:

–Isso é um aviso! Agora digam lá o que vocês querem, é que TENHO A MINHA NAMORADA Á ESPERA! - faço questão de falar bem alto, para que aquelas duas percebam (principalmente a bruxa) que eu tenho dona, apesar de estarmos a atravessar uma fase difícil...

–Namorada, hem?! Ela é vampira?? - pergunta a Bonnie. Mas para que é que elas precisam saber isso?! Não respondo - Bom, a gente precisa que você nos ajude a desenterrar um morto...

Nossa Senhora, para o que eu estava guardado!...

POR CAMILA

Almoçámos no Ruben´s, eu, a Mari e o André. Coitada, apesar de eu não estar com paciência para ele e não nos termos beijado na frente dela, a Mari ficou fazendo de vela o almoço inteiro!... Por sorte, ou obra do destino, aparece a Caroline que assim que nos avista, se dirige a nós:

–Oi pessoas! - amo o sorriso dela, é lindo!

–Oi! - dizemos todos em uníssono.

–Mariana, você está fazendo de vela?! - ela quer rir mas, se controla porque todo o mundo sabe que a Mari fica fodida quando se riem das situações caricatas onde ela se mete.

–Quer fazer um candelabro comigo? - uii, ela está fodida!!

–Calma Mariana, a Car está só brincando com você! - digo, tentando acalmar os ânimos.

–Olhem vão dar uma volta, façam as pazes... - fala o André, dando um "tchau" para elas.

–Ok... - a Mariana se levanta e sai junto com a Car. Digo adeus ás duas e olho para os olhos verdes dele, que ainda ontem eu amava e que hoje me parecem vulgares, na esperança de encontrar a resposta do porquê de ele ter despachado as meninas. Como não encontro, tenho mesmo que lhe perguntar:

–Então?

–Eu não estou a aguentar, Camila! - nossa, ele parece estar mesmo mal...

–Aguentar o quê? - pergunto, sem o mínimo interesse.

–O sangue, as pessoas, tudo!! - tenho uma resposta muito simples para você: NÃO ME PEDISSE PARA SER VAMPIRO TAMBÉM!

–Respira fundo... Com o passar do tempo você vai aprender a lidar com isso, como eu. - tento acalmá-lo mas, sem sucesso.

–Me ajuda Camila! - olho para ele um pouco assustada e confusa.

–Vamos dar uma volta. - digo, saindo do Ruben´s com ele. André me segue até a um bosque que conheço como a palma da minha mão, conversámos bastante, até que ouvimos vozes e, corremos em velocidade vampiresca para o sítio de onde elas vêm. Quando chegámos, nos deparámos com o Damon e as duas novatas lá da escola. Medo!

–Damon? - dissemos eu e o André ao mesmo tempo.

–Camila? André? O que é que vocês estão fazendo aqui? - ele esta tentando tapar a T-shirt com o seu casaco mas, se nota claramente que tem sangue.

–Mas isso é sangue! - falo, indo para ao pé dele super preocupada. Ficamos tão juntos que pude sentir o bater do seu coração. Mas, me apercebo que estou a ser muito protetora do Damon e me afasto, indo para junto do André - Am, nós viemos dar uma volta, o André não se estava sentido muito bem... - me agarro a ele, deixando o aleijado cheio de ciúmes.

–Ah, recém transformado! - diz a loura, acho que é Rebecka o seu nome.

–Se nota assim tanto?! - André esboça um sorriso estranho.

–Sim! - dizem as duas em uníssono.

–Camilinha e você, te... vos apresento uma bruxa tarada e uma vampira original oxigenada. - primeiro Damon aponta para a moça negra (Bonnie de seu nome, acho eu...) e depois para a Rebecka.

–Bruxa!? Vampira original?! Nossa!, muito prazer!! - elas riem mas, não de uma forma a gozar com certeza por causa da minha cara de parva com aquela revelação. Sorrio para elas, envergonhada.

–Talvez você nos possa ajudar também... - falou Bonnie. Mas quê??

–Ãh? - só consigo dizer isso, no meio de tanta excitação e confusão.

–Você conhece o Damon, não é? - pergunta ela.

–Foi ele que me transformou, não foi cabrão? - a minha expressão muda radicalmente, de uma cara alegre para uma cara de nojo.

–Foi querida. - ele me respondeu com bastante ironia.

–Nossa, você é a primeira que eu vejo que não suporta o Damon! - fala a Rebecka, surpreendida. Eu beijei ele mas, isso não deve contar, acho eu...

–Não esteja tão certa disso... - EU MATO AQUELE CABRÃO! Damon percebe que fez merda e muda de assunto - Ela não vai ajudar a gente porque eu não quero que ela se machuque e eu também não preciso de ajuda, nem quero!

–Mas você não tem que querer! Quem dita as regras deste jogo somos nós e, ela nos vai ajudar sim a desenterrar o Fergus! -WTF???

–Esperem lá, vocês querem que ela desenterre um morto?! - André se junta á conversa.

–Sim. - respondem as duas. Elas acham que desenterrar um morto é uma coisa super normal!, como se fizessem aquilo todo o santo dia!...

–Só por cima do meu cadáver! - nossa!, não é preciso tanto André...

–Querido não se meta por caminhos apertados, que vai dar mau resultado! Quer morrer também, é? - pergunta a Rebecka, ela passa-se de vez em quando!

–Ouçam lá: ninguém toca em ninguém! Eu ajudo vocês, na boa mas, ninguém faz mal a ninguém e ninguém mata ninguém! - falo, metendo ordem na conversa.

–Tá bom. - elas aceitam.

–Mas eu quero algo em troca, quero que me ajudem quando eu precisar. - sou clara e objetiva, fazendo a minha melhor cara de séria. Continuo falando, após uma loga pausa onde ninguém ousou falar - Quando é que vamos desenterrar o Fergus?

–Você tem a certeza disso, amor? - ele está preocupado.

–Sim, Dré. - beijo ele, não porque queira mas porque quero provocar no Damon ciúmes.

–Temos que ir, vai tocar... - fala a Bonnie.

–Então vamos. - diz o Damon aziado. Vamos para as aulas e o dia prossegue, se é que em Mystic Falls se pode dizer assim, normalmente.