Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 40
Hey Potter


Notas iniciais do capítulo

Olá, obrigada por todos os comentários e continuem amando o Luke! ;)



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Há poucas horas o salão comunal dos monitores parecia estar em guerra, mas nesse momento, a calmaria pairava no lugar, parecia que nada havia acontecido. Que nenhum livro voara em direção ao garoto perto da prateleira, e nenhuma ofensa fora cuspida na garota distraída com seu livro, sentada no imenso sofá marrom que a engolia. A discussão começara por algo sem importância, tolo e inútil, mas os argumentos foram se tornando intensos e ofensivos, até que as coisas simplesmente saíram do controle e objetos começaram a voar sobre suas cabeças. Não fora como suas brigas costumeiras, dessa vez era sério, as ofensas magoaram ambos e com o orgulho á flor da pele, não se desculpariam tão rápido. E foi daquela forma, calma, silenciosa e sem palavras trocadas que o domingo passou.

—Certo Rose, o que foi que aconteceu? Vocês nem se quer se olharam hoje. —Luke perguntava enquanto se dirigiam para uma aula qualquer.

—Já disse, nós discutimos. —Deu de ombros. —Não importa, eu só quero me concentrar agora, os N.O.M.s estão mais pertos e ainda tem o Quadribol.

Luke segurou seu braço impedindo-a de entrar.

—Olha, ele é um idiota. —Falou para a ruiva. —Mas pelo o que eu entendi você também pegou pesado. —Liberou seu braço. —Apenas tente. Okay?

—Okay. —E dito isso Rose entrou na sala, ignorando os olhares de alguns Grifinórios que tentavam entender porque a mesma andava com Sonserinos.

Tiago continuava sem falar com a garota, e ignorou sua presença durante todas as aulas, assim como no café da manhã, almoço e provavelmente no jantar. Scorpius havia percebido, mas resolveu não dar importância.

Após as aulas, Rose colocou seu uniforme de Quadribol e desceu para o Campo. O treino seguiu bem, Tiago expôs a ideia de substituir Rose um tanto distraída, mas foi vetado pela maioria do time que lhe dissera que perderiam sem Rose.

Após o cansativo treino sob a vassoura, Rose foi diretamente para o Salão Comunal, não seria ignorada novamente e então preferiu pular o jantar. Permaneceu sentada no sofá, lendo, assim como fez durante o domingo inteiro. Não tinha com quem conversar, e pela primeira vez em anos, tinha uma imensa vontade de bater um papo, mas não era por isso que se desculparia com Scorpius.

Ao ouvir o som do quadro de abrindo, simplesmente levantou-se e recolheu seu livro, subindo as escadas logo em seguida, trancando-se no quarto.

xxx

—Bom dia, ruiva. —Luke bagunçara o cabelo de Rose ao entrar na sala, como sempre fazia. Mas dessa vez, para a surpresa de muitos, sentou-se ao lado da garota.

—Bom dia. —Sorriu simpática.

—Você vai assistir o treino da Sonserina? —Perguntou tirando os livros da mochila.

—Não. —Molhou a pena no tinteiro. —Acho que nenhum Sonserino gostaria de me ver por lá, e eu quero terminar um livro.

—Hey, não me venha com essa de preciso ler e que ninguém vai querer te ver, você é minha amiga e minha convidada. —Respirou. —E isso não é um pedido, é uma ordem. Esteja lá depois das aulas.

Um pigarreio os tirou da conversa.

—Srta. Weasley e Sr. Zabini, será que eu posso começar a minha aula? —O professor perguntou arrumando os óculos arredondados.

—Claro, desculpe professor. —Rose abaixou a cabeça e Luke assentiu.

Depois de algum tempo o garoto lhe passou um pergaminho dobrado,abriu-o com cuidado, sem chamar atenção do professor.

Campo de Quadribol, depois da aula.”

Rose o olhou e apertou o papel, não teria como fugir porque com certeza Luke a arrastaria, e a situação seria um tanto constrangedora. Apenas assentiu em resposta com relutância.

—Já é a segunda vez. —O professor pegou o papel com cerca agressividade e o leu em voz alta, a classe se estourou em burburinhos. —Combinem seus encontros depois da minha aula.

—Desculpe, não vai se repetir. —Rose desculpou-se.

—Assim espero, caso contrário serei obrigado a tirar pontos de suas casas. —E com rispidez voltou a falar sobre algum termo descrito no livro.

Caminhavam pelo corredor, rumo à próximo aula quando Tiago passou apressado e lhe deu um esbarrão.

—Hey Potter! —Tiago virou-se já com a varinha preparada. —Quando vai parar com a infantilidade?

—Infantilidade Zabini? Ficaria como eu se a garota da família andasse com pessoas não confiáveis. —Retrucou com rispidez. —Não se meta em assuntos familiares.

—Ela já é bem grandinha para saber em que confiar Potter, não deve tratá-la como criança. —A raiva era visível em seu rosto. —E eu me meto quando o assunto envolve meus amigos.

Luke concluiu e tateou a mão de Rose, puxando-a para a sala da próxima aula. Ainda faltavam alguns minutos para entrarem, o rapaz parou na porta a puxou-a para a parede.

—Desculpe, exagerei eu não devia ter me metido. —Desculpou-se com a ruiva. —Ele tem razão.

—Não tem não, obrigada por me defender. —Abraçou o garoto. —Agora vá para a sua aula.

—E você vá para o campo de quadribol depois das aulas. —Rose assentiu derrotada e entrou.

As aulas correram tranquilamente e para sorte ou azar, todos os Grifinórios a partir do quarto ano foram liberados do último período. E Rose como de costume foi para de baixo de sua árvore ler alguns de seus milhares de livros. Ainda lembrava-se do momento que tivera com Scorpius ali em baixo dos galhos curvilíneos e folhas verdejantes. No inicio ficara tensa com a proximidade exagerado a seu ver, mas após o cachecol ver de prateado lhe aquecer, seu corpo relaxou sob o toque macio. Em seguida, os braços de Scorpius em sua cintura e em sua perna. Suspirou com as lembranças, mas varreu-as de sua mente com um sacolejar. Abriu o livro insensivelmente e virou as páginas incansavelmente até ouvir um som de passos quebrando as folhas secas.

—O que quer? —Perguntou áspera.

—Falar com você. —Hugo falava sem jeito

—Desculpe, achei que fosse outra pessoa. —Ajeitou-se. —Fale.

—Desculpe o Tiago, ele é um babaca quando quer e essa coisa de ficar ignorando você não é dele. —Procurou por algum traço de compaixão no rosto de Rose, mas desistiu. —Apenas tente conversar com ele, sim?

Rose assentiu.

—E quando for conversar com ele, evite levar algum Sonserino, ele não pararia para te ouvir. —A ruiva riu e levantou-se, bagunçando os cabelos avermelhados do irmão.

—Prometo tentar, agora se me der licença, tenho um treino para assistir.

—Treino da Sonserina? —Torceu os lábios. —Talvez eu passe por lá, até mais Rô.

A ruiva abanou e saiu rebolando pelos gramados da escola.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem, recomendem e etc...