Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 39
Por ora


Notas iniciais do capítulo

Olá, queria primeiramente dedicar o capítulo para Vic, pela recomendação. Querida desejar Boas vindas para as leitoras novas, e agradecer à todas os comentários.



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Scorpius caminhava ao lado de Luke, haviam acabado de sair da Zonko’s e já se encaminhavam para a Dedos de Mel, encheram algumas sacolas e saíram rindo de um garoto que havia derrubado algumas caixas de Feijõezinhos de todos os sabores, espalhando-os pelo chão.

—Certo, e quando você vai se declarar para a Weasley? —O garoto moreno ria.

—Eu, er, eu não sei. —Completou. —Ela é difícil demais. E acho que não vai dar em nada,

—Se desistir, me avise. —Riu. —Acho que tenho chances.

Scorpius fechou a cara, deixando-o com um olhar sombrio. Luke caiu na risada.

—Você tinha que ter visto a sua cara. —Com a risada alta algumas pessoas pararam para olhá-los. —Estou brincando, a garota é sua.

Scorpius suspirou aliviado.

—E depois dela ser vista usando o seu cachecol, acho que quer dizer alguma coisa. Ambos deram de ombros no mesmo segundo.

—Não sei. —Sorriu. —Vamos até a casa dos gritos?

—Vamos lá! —Luke empurrou o amigo pelo ombro.

A neve já estava derretida, mas surpreendentemente o frio permanecia. Estavam perto de uma árvore quando avistaram ao longe, uma cabeleira ruiva escorada em uma das toras cortadas que sustentavam a cerca.

—Vai conversar com ela, depois nos encontramos. —Luke sorriu, empurrando o amigo. —Vá logo.

Scorpius sussurrou um “ok” e continuou a caminhar até a garota.

—Você está bem? —Xingava-se interiormente, era óbvio que tinha algo errado.

—Ah, eu... —Rose voltou o olhar para a casa. —Eu não sei, Tiago anda estranho, cria discussões à toa.

Parecia comprimir um xingamento.

—Ele envolve você em tudo, sempre acha alguma razão para colocar seu sobrenome na conversa. —Passou a mão pelo rosto, aflita, virou-se para o garoto.

—Foi o cachecol, não é? —Perguntou ignorando o sorriso falso da ruiva.

—Foi, mas eu não me importo. Sou bem grandinha e não preciso de alguém cuidando o que faço ou deixo de fazer. —Apertou o tecido verde e prateado, batendo o pé.

—Certo, senhora independente, vamos tomar uma cerveja amanteigada! —Enlaçou seu braço no da ruiva e iniciou a caminhada até o Três Vassouras.

—Onde está meu cachecol? —Rose perguntou ao loiro.

—Aqui! —Tirou do bolso e colocou-o de volta no pescoço. —Precisei tirar para sentar na mesa da Sonserina, estavam quase me lançando alguma azaração.

Rose riu.

—Está certo. —Entraram e se sentaram na bancada, sem antes Rose procurar com o olhar pelo o estabelecimento inteiro, algum sinal de Tiago.

—O que vão querer? —Um rapaz moreno com um belo sorriso se aproximou.

—Cerveja amanteigada. —Scorpius encarou a decoração enquanto Rose pareceu pensar.

—Chocolate quente. —Sorriu sem jeito e o rapaz anotou.

—Chocolate quente? —Perguntou incrédulo. —Já bebeu Cerveja Amanteigada, não é?

—Claro que sim. —Rebateu. —Só quero algo quente e doce.

—Certo, até porque não é como se você fosse ficar bêbada com cerveja amanteigada.

—Eu sei, até porque é impossível ficar bêbada com cerveja amanteigada. —Sorriu enquanto suas bebidas eram servidas.

—Certo, então vamos fazer assim. —Scorpius trocou os canecos de lugar. —Até metade, depois trocamos.

—Fechado, mas que fique bem claro que eu prefiro chocolate quente.

—Okay, ruiva. —Continuaram bebendo e conversando sobre coisas triviais, e desnecessárias.

—Certo, eles não ficam juntos no final, ela é atacada por um lobisomem. —Rose contava o final do livro, que Scorpius dissera que não conseguiria ler até o fim do campeonato de Quadribol.

—Está me dizendo que depois de toda aquela situação melosa entre os dois, ela morre e deixa ele sozinho? —Talvez fosse de mais para um homem entender.

—Claro, mas sem antes dar o “último beijo”. —Zombou do termo.

—É romântico. —Scorpius concluiu.

—Não, é sádico. —Rebateu bebericando agora seu chocolate quente. —Ela está morrendo, e em vez de dizer alguma coisa, simplesmente o beija como se fosse algo eterno. Acho que só o deixou mais deprimido.

—Foi o último beijo deles, com certeza ele deve ter considerado. —Debateu, usando o melhor argumento que veio em sua cabeça. —Eu consideraria.

—Puxa, não conhecia seu lado argumentativo sobre historietas românticas. —Bebeu mais um gole de seu chocolate.

—Você não conhece nem metade dos meus “lados”, minha ruiva. —Sorriu de lado. —Sei ser muito romântico.

Rose sorriu um tanto ruborizada. Scorpius se aproximou e envolveu sua mão na nuca da ruiva, lenta e torturantemente encostou suas testas. Olho no olho, azul no azul acinzentado. Ao sustentar o olhar tão fixo e viciante, corou ainda mais.

—Não pode ficar me beijando sempre que quiser. —De certa forma o comentário de Rose foi provocante, o que fez Scorpius controlar uma risada.

—Por ora. —Desencostou suas testas lentamente, como se ainda tentasse sentir a respiração da garota.

—Acho melhor irmos. —Rose concluiu, quebrando o contato visual que havia se formado entre eles.

Scorpius riu e tirou do bolso alguns sicles. Caminhando com Rose logo em seguida para fora, enlaçando seus braços novamente e seguindo a trilha até os portões do castelo.

—Você está ficando louco. —Rose insistia naquilo.

—Sério? Então porque ele ficou sorrindo para você enquanto anotava o pedido?

—Ele não estava me olhando, e depois daquilo, duvido que ele sequer converse comigo. —Scorpius riu da frustração falsa que Rose tentou implantar na voz.

—Disso? —Scorpius se aproximou segurando os cotovelos da garota, que obviamente corou com intensidade. O garoto separou seus corpos e começou a rir.

—Não tem graça. —Rose lhe acertou um tapa no braço.

—Hey, essa doeu. —Reclamou esfregando o local atingido.

—Era pra doer mesmo. —Rose cruzara os braços, indignada, e levantou o nariz.

Luke se aproximou por trás e jogou os braços nos ombros dos amigos, ficando entre ambos.

—Olá casal, como estão? —Perguntou alegre.

—Bem. —Scorpius respondeu.

—Não somos um casal. —Retrucou Rose.

—Certo ruiva, já que não são um casal, posso ter a honra de te pedir em namoro? —Falava enquanto Scorpius já começava a soltar fumaça pelas narinas. Rose ria. —Desculpa, mas não vou poder esperar sua resposta, terei de desistir de seu amor tão intenso. Não posso trair uma amizade.

Rose ria ainda mais. O garoto se aproximou do ouvido da garota e sussurrou:

—Mas se quiser, podemos continuar às escondidas! —Nesse momento Rose gargalhou alto, junto de Luke que ria da cara do amigo emburrado.

—Vamos logo, pegaremos detenção se continuarem aí! —Reclamou Scorpius já à alguns metros na frente.

Seguindo o garoto, Rose e Luke riam do modo emburrado do amigo à frente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até o próximo!