As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 59
Capítulo 59 - Hogsmeade em Perigo


Notas iniciais do capítulo

Ufa! Minha internet esteve horrível por esses dias e não pude postar no final de semana, mas graças a muita reza consegui estar On!! Portaanto, desculpem o atraso. Beijos



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Cena1 – Círculo de Ódio

Remo acordou mais que disposto, após a crise canina mensal seu bom humor havia voltado e encontrava-se menos depressivo. No entanto, ele preferiu se isolar um pouco.

Ele encaminhou-se para a sala do diretor com o intuito de pedir uma licença especial para visitar o túmulo de sua mãe. Apesar dos amigos aliviarem sua sensação de perda, o ódio algumas vezes ainda levava a melhor.

_ Raios me partam! – Remo esperou algo inusitado acontecer, pois seu instinto canino o alertava fazendo-o se desviar precisamente da gosma lançada por pirraça.

A gárgula se abriu atendendo-lhe o pedido dando passagem para a escada que o levava a sala do diretor. Ele subiu e estacou diante da porta batendo levemente.

_ Entre, meu rapaz.

_ Como sabia, senhor?? – Remo sempre se surpreendia com a capacidade de Dumbledore adivinhar quem está atrás de sua porta.

_ Palpite – disse por trás dos óculos de meia lua.

Remo sentou-se na cadeira diante da mesa do diretor, mas antes que pudesse falar qualquer coisa ele se adiantou.

_ Não acho seguro que saia de Hogwarts. Na verdade, nem gostaria que os alunos saíssem este final de semana para Hogsmeade.

_ Por quê? – Então, seria essa a razão pela qual se sentia tenso nesses últimos dias? Remo estava atônito por não ter percebido os sinais.

_ Precaução – Dumbledore falava mais para si mesmo que com ele. – Sr. Lupin! Temo que não tenha boas notícias para você.

_ Como assim, senhor?

_ Seu tio. Ele contestou a tutela de James.

_ O quê? – Remo se levantou exaltado derrubando a cadeira. A alteração de humor para a raiva controlada era visível na face jovem.

Um lado grotesco da guerra se revelava no mundo bruxo. Aquele adolescente perdia a ingenuidade de forma vil traído pela infâmia do próprio tio.

_ Remo, sente-se! – a calma serena do diretor o trouxe de volta a razão.

Remo nunca ouvira Dumbledore chamar qualquer aluno pelo primeiro nome. Ele colocou a cadeira caída de volta ao lugar tentando manter as rédeas das emoções conflitantes que sentia. Tanto poderia quebrar tudo que estava a sua volta quanto gostaria de matar Grayback enterrando as mandíbulas em seu pescoço.

_ Sua mãe jamais confiou em Gringotes, tanto que sua herança foi totalmente queimada com o castelo. E o nome Pendragon está perdido para sempre, pois seu nome foi trocado para Lupin...

_ Folgo em saber que o pústula não receberá nada de valor, mas então aonde isso me leva senhor? A viver mendigando? Gostaria de ter uma vida mais razoável ou talvez, só um pouco mais digna.

_ É uma conclusão satisfatória, Sr. Lupin... – Dumbledore parecia pensar bem no que falaria a seguir – mas o senhor se esquece de que terá a maior idade daqui a alguns dias, se não me engano, mais precisamente em três dias?

_ E o que o senhor aconselharia? - os olhos de Remo se intensificaram de modo esperançoso.

_ Que se mantenha centrado em seu futuro. Esta escola sempre terá um lugar para quem precisa. O senhor tem um dom, então me
faça o favor de usá-las corretamente. E por que mantenho meus olhos fechados para as travessuras dos jovens, não pense que eu não saiba o que ocorre na Sala Precisa.

_ Está bem, senhor. Acho que não devo mais tomar seu tempo – Remo desconversou para fugir do escrutínio do diretor.

_ Não se mede o valor de um bruxo por suas posses, mas por suas atitudes.

_ O Sr. Potter sempre nos dizia isso... Agora sei com quem ele aprendeu. Com sua licença.

O rapaz saiu apressadamente enquanto Dumbledore franzia a testa. Esperava que a conversa tivesse surtido algum efeito, pois não pretendia mais perder nenhum aluno para as trevas.

Cena2 – Teste

Os alunos de Hogwarts aproveitavam um feriado nos estudos, pois todo descanso era bem-vindo. O número de passes para visitar à vila de Hogsmeade bateu o recorde para aquele final de semana.

Snape esgueirou-se tentando sair despercebido aproveitando a horda de alunos que se esgueirava pela porta de Madame Puddifoot. Ele precisava chegar até a Casa do Grito.

O caminho era deserto e de certo modo isso facilitava o encontro, mas precisava tomar cuidado com os professores sempre vigilantes. Era quase como se estivessem esperando um ataque.

_ Ora, por que demorou? – Lucius apareceu emergindo das sombras.

_ Muitos obstáculos pelo caminho.

_ Ah! Milorde deseja cobrar sua lealdade – o sorriso torto e os olhos ferinos dardejaram-no sem atingir o alvo.

_ Poupe-nos de suas admoestações. O que milorde deseja que eu faça exatamente?

Lucius suspendeu a manga das vestes de Snape deixando a marca à vista.

_ Você se lembra como isso foi doloroso? – ele sorriu por saber que ele sofreu a mesma dor e largou o braço e chegando mais perto sussurrou nos ouvidos de snape. – Pois a gora chegou o momento de ativá-lo. É sua chance de se vingar ou vai amarelar? Não pense que desta vez conseguirá fugir do castigo.

_ Eu não fugi, apenas milorde teve a certeza de que não o merecia. A incompetência por deixá-los fugir não foi minha. Potter e a sangue ruim pensam que os encontrei ao acaso e que estava apenas no lugar errado e na hora errada. E como um Grifinório sempre dá muito valor para um ato de bravura fizeram o gesto magnânimo de salvar um sonserino.

_ É isso que disse para o lorde? Não entendo como consegue lograr a verdade...

_ E você acha possível ter a mente devassada por milorde e sobreviver? Então, é mais ingênuo do que eu – Snape apesar da ironia não deixava nada transparecer em seu semblante sempre inexpressivo.

_ A não ser que seja um exímio legilimente, mas... Não creio! Faça o que tem de fazer até o baile de formatura. Não importa qual das maldições imperdoáveis usará. Ah! Diga a Narcisa que a visitarei em
breve.

_ Já passei desta fase. Não sou mais um garoto de recados, Lucius.

Pela primeira vez em sua frieza aparente, Malfoy mostrou sua passionalidade agarrando Snape pelas vestes apontando a varinha para o pescoço dele.

_ A minha paciência está por um fio. Eu sou o braço direito de milorde. Não me tente...

_ E você estaria tentado a fazer o quê? Milorde tem planos para cada um de nós. Ele te disse quais são?? É óbvio que não, mas ele me disse o que deseja para mim. Mate-me! Será capaz de explicar ao
lorde porque impediu que seus planos se realizassem?

Malfoy fitou Snape nos olhos, ambos numa guerra silenciosa, até que o loiro soltou o garoto de cabelos lisos e sebosos.

_ Foi o que pensei – Snape fingiu limpar uma poeira imaginária de suas vestes e virou-se para ir embora sem olhar para trás.

Cena 3 – Comensais da Morte

A marca negra surgiu escurecendo o céu. Snape correu ao ouvir as vozes em pânico. Os alunos corriam alvoroçados e os professores agiam rapidamente incentivando seus monitores para que juntassem todos para despachá-los.

_ Sirius conto com você pra juntar o pessoal do quinto e sexto ano.

_ Deixa comigo! Vem Lene – eles correram em direção a professora Sprout.

_ James eu vou ficar com você – ela disse determinada.

_ Não! Ajude a professora McGonagal com os alunos de primeiro e segundo ano.

_ Está bem!

_ Eu preciso juntar os alunos do terceiro e do quarto. Você viu Remo?

_ Deve estar passeando com a Andy na casa de chá da Madame Poddifoot.

_ Hummm! Vou ter que ir atrás dele – James beijo Lilían na testa e se afastou na direção da casa de chá.

_ Que dia feliz. Como está sobrinho? – Grayback estava com o pé encostado na parede.

Remo colocou-se na frente de Andrômeda de modo que ela ficasse escondida atrás de si.

_ Ora, ora. Não deve esconder uma coisa linda com cheiro tão doce quanto uma rosa.

_ Até parece! – Remo se aprumou falando por entre os dentes.

Andrômeda aproveitou a deixa para deformar o rosto transformando-se numa garota feia e com espinhas.

Grayback aproximou-se velozmente pondo-se ao lado deles. Entretanto recuou do mesmo modo rápido ao encarar a face de Andrômeda.

_ Por Merlim! Você tem um gosto deplorável. Quem em sã consciência degustaria uma criatura dessas? Dar-me-ia náuseas.

Andrômeda foi violentamente separada de Remo. Jogada como uma boneca caiu amortecida pelos braços de James.

 _ No entanto... Você ainda me apetece muito, Remo – Grayback agarrou os pulsos de Remo exalando seu hálito pútrido bem perto
do pescoço.

A transformação foi imediata, do homem vil para o lobisomem, ele impunha sua força sobre o garoto aproximando a mandíbula.

_ Ascendio!

Grayback foi nocauteado e lançado para o alto caindo a uma boa distância enquanto James mantinha a varinha apontada.

_ Vem Remo! Não hoje. – James fixou seu olhar no amigo. Ele via a alma se tingir de um modo que o deixava próximo da criatura bestial dentro de si.

_ Remo... – a voz suave de Andrômeda tinha um tom de súplica.

Remo piscou como se saísse de um transe, os olhos fixados no corpo inerte de Grayback se voltaram para ela, os punhos cerrados se abriram lentamente apanhando a varinha de seu bolso.

_ Não! – James e Andrômeda gritaram ao mesmo tempo em que Remo verbalizava a magia.

_ Furnunculus! – o jato atingiu o corpo em cheio. – Qual é pessoal? Essa oportunidade era boa demais.

_ Seu idiota! – Andrômeda correu para os braços de Remo.

_ Não querendo atrapalhar... Podemos ir? Os professores estão precisando de nossa ajuda pra evacuar.

Remo entrelaçou a mão dele nas de Andrômeda e eles se olharam por um instante antes de seguirem atrás de James.


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