As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 60
Capítulo 60 - O Destino de Marlene


Notas iniciais do capítulo

Foi muito difícil faze essa maldade com o Sirius. Snif. Snif.



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Cena 1 – Conseqüências

O ataque a Hogsmeade foi um aviso claro do Lorde das Trevas, não haveria clemência para com nenhuma entidade bruxa, principalmente para com aqueles que abrigassem trouxas.

Hogwarts estava condenada antecipadamente. Entre mortos e feridos houve muitos feridos e a morte de um aluno trouxa do terceiro ano, Tom Smith.

Dumbledore como representante da escola via-se numa situação difícil diante dos pais trouxas, a de convencê-los de que seus filhos estariam mais seguros dentro dos portões de Hogwarts do que fora dele.

No entanto, não havia argumentos para a questão de que seus alunos estariam a mercê do perigo durante as férias e pesava em seu coração o risco de perder vários deles nessa ocasião.

Como se já não fosse suficiente Voldemort ter causado tanto sofrimento e problemas conseqüentes ao ataque a Hogsmeade. Ele ainda aterrorizava outros tipos de pais, aqueles formados por um dos cônjuges trouxa. Agora mesmo, o diretor atendia um casal em sua sala, o medo se alastrava como uma praga sem que houvesse um antídoto para isso.

_ Hananah. Oliver... Entendo a preocupação que sentem em relação a única filha, mas são tempos difíceis.

_ Não – a mulher foi categórica e histérica. – O senhor nunca entenderá. Nunca teve filhos!

O marido tentou acalmar os ânimos da mulher segurando-lhe as mãos. Após um longo período de silêncio constrangedor ouviu-se a voz calma e pausada do diretor.

_ Por certo! Nunca os tive de modo natural, mas considero-me afortunado por ter sido professor de muitos alunos com passagem nesta escola. Inclusive lembro-me com estima de uma garotinha com passagem freqüente na enfermaria por ter sido vítima de brincadeiras maldosas, mas sua inteligência brilhante ofuscou as diferenças e ela floresceu aqui.

A senhora corou mantendo-se quieta e pensativa.

_ E lembro-me de um garoto que preferia fugir das aulas e ganhar uma detenção do que assistir uma aula no Trato de Criaturas Mágicas e, no entanto, hoje é renomado naquilo que mais detestava.

_ Oh! Desculpe-nos, Dumbledore. Foram tempos bons e o senhor há de convir que não voltará enquanto esse demônio que-não-deve-ser-nomeado continuar tramitando entre os mundos como se fosse soberano.

_ Partiremos para um país tropical e remoto, onde os interesses e maquinações desse bruxo das trevas não se estendam.

_ Não creio que a ambição dele tenha limites. Lamento dizer que ele irá onde houver trouxas para eliminar até que não reste mais nenhum. Depois, irá a caça dos mestiços e não será magnânimo para com esta raça porque considera-os abominações e cuidará de eliminá-los de uma forma mais cruel. E todos os dias chegam informações de atrocidades cometidas pelo uso de maldições imperdoáveis. Portanto, não creio que haja algum lugar seguro.

Um leve entreolhar do casal indicou a Dumbledore que a discussão se encerraria de modo insatisfatório.

_ Por favor... Já estamos decididos. Traga Marlene até nós e partiremos imediatamente.

Cena 2 – Injustiça

A professora McGonagal interrompeu a aula de poções causando alvoroço entre os alunos ao entrar intempestivamente na sala.

_ Com licença, professor Sloghorn. Necessito levar a senhorita McKinnon até a sala do diretor.

A garota acompanhava os passos apressados da professora.

_ O que houve professora?

_ Seu pais estão aqui para levá-la embora – a professora se voltou rapidamente sempre mantendo a passada no mesmo ritmo.

_ NÃO! – Marlene estacou o corpo girando para fugir.

_ Impedimenta!

O feitiço diminuiu a velocidade de Marlene fazendo-a parar de resistir ao ver a professora se aproximar. Lágrimas de desespero rolaram de seu rosto.

_ Desculpe... – a professora McGonagal disse com pesar enquanto limpava-lhe o rosto com um lenço. – Eu realmente preciso levá-la. Sei que gostaria de se despedir dos seus amigos, mas não creio que seus pais sejam tolerantes por mais tempo.

Aquela mulher tinha um domínio excepcional, pois já era difícil executar uma magia quanto mais duas ao mesmo tempo. Ela fez uma pena e um pergaminho aparecer na frente de Marlene enquanto a mantinha presa.

_ A pena se move por pensamento, portanto, escreva enquanto a levo até a sala do diretor.

Não houve mais nenhum contato entre as duas, pelo longo caminho ouviu-se apenas o som da pena que escrevia sua despedida.

Cena 3 – O Adeus

Sirius corria percorrendo escadas e corredores para chegar até a gárgula que o levaria a sala de Dumbledore.

_Qual é a senha? – perguntava para cada um dos amigos que chegava desesperando-se ao receber uma negativa. – Cadê o Remo?

Ele foi o último a chegar carregando Andrômeda em suas costas, pois ela ainda se convalescia na enfermaria.

_ A senha? – gritou nervoso.

_ Esperança!

A gárgula se pôs em movimento e todos se amontoaram para subir a escadaria que levaria a porta da sala. No entanto, os degraus pareciam não ter fim, era como se estivessem encantados por um feitiço que os estivesse impedindo de subir.

_ Finite Incantatem! – James e Lílian disseram ao mesmo tempo.

De repente, o topo da escada apareceu e eles estavam diante de uma porta trancada.

_ Bombardia! – Dessa vez Remo apontou a varinha destrancando a porta de uma forma não convencional, ela foi praticamente destruída e provavelmente lhe renderia uma detenção.

_ O que pensam estar fazendo? – a professora McGonagal postou-se diante do grupo, mas ao ver o aceno do diretor distanciou dando passagem.

Tudo que eles puderem ver foi Marlene cabisbaixa distanciando-se com os pais na lareira.

_ Marlene! – Sirius aproximou-se, mas foi detido pela mão de Dumbledore. Ele não sabia onde um homem franzino guardava tanta força.

_ Sirius – ela levantou os olhos tentando voltar. Porém, era tarde demais. Os pais a seguraram e o vórtice criado pelo pó de flu se fechou.

_ Pra onde ela foi? – disse encarando o idoso que afrouxava seu braço com os olhos embaçados.

_ Essa é uma informação que para a segurança deles não estou autorizado a dar.

Sirius ajoelhou-se caindo num pranto compulsivo como se lhe houvesse arrancado uma parte vital de seu corpo, o próprio coração.

James e Remo levantaram-no para saírem da sala, mas nos olhos de cada um dos presentes fervia uma condenação implícita contra os adultos que fizeram seu amigo sofrer.

Penalizada com a situação e com certo sentimento de culpa, a professora McGonagal se lembrou do pergaminho.

_ Peter! – chamou o último dos marotos antes dele sair completamente.

_ Senhora? – ele se voltou.

_ Entregue para Sirius. Marlene escreveu isto antes de partir.

_ Claro! – Peter pegou o pergaminho guardando-o na manga de suas vestes.


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