As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 58
Capítulo 58 - Amor Eterno




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Cena 1 – Quando os Corpos se Atraem

A lua nova parecia tímida e o céu se iluminava somente pelas estrelas que pontilhavam a escuridão da noite enquanto duas figuras encontravam-se sob a ponte. 

Sirius e Marlene estavam abraçados envolvidos naquele momento a dois, sem os outros marotos envolvidos nos trabalhos e deveres antes da NIEM’S antecipada.

Parecia simples quando o futuro dependia apenas de um teste e não de uma obscura guerra contra os disseminadores das Trevas. O Mundo bruxo não era mais o mesmo e os alunos precisavam amadurecer depressa... Mas talvez, quisessem apenas sentir o doce sabor da paixão. 

_ Tem certeza, amor? A gente pode voltar... 

Marlene se pendurou no pescoço de Sirius oferecendo os lábios numa entrega total, sem medo ou dúvidas.

_ Não quero mais resistir... – Marlene disse efusiva enquanto ambos procuravam por ar e acrescentou preocupada – você tem certeza que aqui é um bom lugar?

_ Não é o ideal, mas é deserto – sorriu com cara de bobo como se pedisse desculpas. – A capa mágica do James faz o resto. 

Sirius estendeu um manto e deitou-se nele, convidando Marlene a fazer o mesmo para que pudesse cobrir a capa sobre os dois.

_ Nossa! Sirius! – ela disse surpresa. – Que incrível! Dá pra ver o céu estrelado mesmo usando a capa.

_ É incrível mesmo. – Sirius olhava para ela. - Você é muito linda, sabia?

_ Sabia!  – Ela riu da careta que ele fez. – Você é o culpado porque fica me dizendo isso toda hora.

_ Então... Senhorita convencida – acariciava os cabelos dela. – Preciso me lembrar de te falar isso a cada minuto.

_ Deixa de “papo furado” e faça a sua parte – Marlene começou a desabotoar a camisa de Sirius. 

_ Ei!! Devagar “aí”. Era eu quem deveria estar nas últimas.

_ E você acha que as garotas também não ficam assim?

_ Eu nem acredito que estamos aqui. Tô com medo de acordar...

_ Vamos ver se é um sonho – ela beliscou o braço de Sirius com força. 

_ Ai! Essa doeu de verdade. – Ele massageou o local beliscado.

_ Pelo menos você sabe que é real. 

Sirius acariciou o rosto dela, correndo as mãos pelos cabelos sedosos. Sôfrego, não queria assustá-la com o rompante de desejo, o que sentia por ela era para valer e queria demonstrar mais amor do que paixão, mas quanto mais acesso tinha mais difícil ficava manter o controle. 

Marlene correspondia às sensações maravilhosas por puro instinto. Os gemidos saiam entrecortados e soltos ao vento toda vez que a pele fervia ao contato ou quando ouvia seu nome murmurado.  Ela estava pronta para se tonar mulher. 

A nudez não era possível, mas toda roupa que impedia um contato maior ou foram desabotoadas, levantadas ou meramente afastadas do caminho para que os dois pudessem mapear os pontos sensíveis até a exaustão. 

Eles experimentaram o prazer de se completarem unindo seus corpos como um só ser. E nada poderia mudar o fato de que estavam irremediavelmente ligados. O amor que eles sentiam um pelo outro era tão certo quanto a numerologia na aritmância. 

_ Amo você, Marlene McKinnon.

_ Eu também, Sirius Black.

E os lábios se uniram pela última vez numa doce promessa, como um prelúdio daquilo que pretendiam ter para o resto de suas vidas.

Cena 2 – Quando as Almas se Encontram

 Onde estavam seus amigos? Remo estranhou por eles não o encontrarem no salgueiro. Apesar de a poção mata-cachorro deixá-lo manso como um cordeiro, a lua sairia em breve e ele não ousava brincar com a sorte. 

A transformação não completava, mas era desconfortável ter noção das orelhas pontudas. Muito embora fosse melhor do que se descobrir nu pela manhã sem ter noção do que aconteceu.   

_ Ah, é! Eu esqueci. Sirius, o traidor... Pegou a capa de invisibilidade emprestada e o James não pôde sair. E agora ele deve estar... Errr... Melhor nem pensar. 

_ No que você não quer pensar? – a voz de Andrômeda se fez ouvir na escuridão.

Remo tentou se esconder na sombra do salgueiro em vão.

_ Okay! Você não está conseguindo esconder esse rabo fofo. 

_ Que rabo? – Remo se virou sobre si mesmo como um cachorro procurando seu rabo – não tem nenhum rabo. 

_ Aham! Não tem, mas deve ser mega difícil esconder essas orelhas pontudas, não?

_ Andy! O que é que você está fazendo aqui? Aliás, como você conseguiu despistar os monitores?

_ Nós, garotas temos as nossas técnicas – Andrômeda chegou mais perto – ahn! Você está aflorando seu lado animal?

_ Não brinca? Eu quase nem notei – Remo amarrou a cara, pois não queria que ela o visse naquele estado.

_ Eu acho... 

_ Eu sei! Eu pareço um cão sarnento... – Remo interrompeu Andrômeda. 

O riso cristalino aqueceu o coração do garoto apesar da situação não ter graça nenhuma para ele.

_ Lene que me desculpe, mas cão sarnento está mais para o Sirius. Você está para um lobinho muito... muito sexy – ela soprou as palavras fazendo-o abanar as orelhas.

_ Pára! Eles estão mais sensíveis – os pelos eriçaram e o tom dourado mesclou-se aos olhos sempre castanhos. 

_ Hum! Que interessante... – Andrômeda o rodeou como uma gata que se enrosca no pé.

_ AnDYYYYY! – o nome dela tornou-se um uivo estrangulado então, ele alertou-a com voz alterada – não provoca. 

_ Quer ver algo realmente engraçado? – Andy alterou sua forma para que a boca parecesse um focinho.

_ Co-como? – Remo estava realmente surpreso.

_ Simples. Assim como você eu também sou um pouco diferente. A metamorfomagia é algo que está em meu sangue. Eu posso alterar a minha aparência... É como se eu estivesse tomando a poção polissuco todo o tempo.

_ Alguém sabe disso?

_ Não. Só você... Acho que agora podemos fazer uma troca de segredos.

_ Você já sabe, não é mesmo?

_ É um lobisomem... Mas gostaria de saber por você.

_ É uma longa história. 

_ A gente tem a NOITE toda – Andrômeda enfatizou a penúltima palavra. 

_ Vamos usar a noite toda só pra conversar? 

_ Hummm! Podemos começar com uma bitoca de focinho? Auuuuuuuu! – Andrômeda imitou o uivo de uma loba. 

Remo grunhiu algo ininteligível enquanto Andrômeda se moldava a ele. O amor não era para ser entendido, mas sentido e muitas vezes, como nesse momento, nada faria diferença para o que os unia.

Cena 3 – Quando as Vidas se Completam

_ Você também está sem sono? – Lílian sussurrou jogando-se na poltrona da Sala Comunal. 

_ Não. Só estou de plantão como monitor. Sabe como é... Dando um tempo antes de fazer a ronda. 

_ Errr... – Lílian fez cara de paisagem.

_ E a senhorita acaba de ganhar uma detenção por estar fora do aposento – James sorriu mostrando as covas do rosto.

_ Podemos negociar? – Lílian ergueu a sobrancelha levemente.

_ Inegociável. Como castigo terá que me fazer companhia e me entreter para que não durma em serviço. 

_ Nossa! Que azar... De todos os monitores tinha que encontrar o mais durão? 

_ Venha! Vamos fazer a ronda antes que eu resolva mostrar as durezas da vida. A gente vai acabar rolando nesse sofá.

_ Garotos! Só pensam nisso – Lílian fez pose de moça ofendida colocando as mãos na cintura.

_ Garotas! – James cruzou os braços no peito - Adoram atiçar o fogo, mas não querem se queimar.

_ Eu gosto do calor confortável da lareira – ela sorriu recostando-se novamente no sofá de modo indolente.

Aos olhos de James, Lílian parecia muito convidativa, a ele pareceu muito mais sensato se levantar quando ainda tinha forças para resistir. 

_ Lílian, estou tentando ser o cavalheiro que fui educado pra ser, mas... Eu não sou de ferro! Dá pra dar uma força nesse sentido? 

_ Diga, por favor! – os olhos verdes e brilhantes piscaram faceiramente.

_ Por favor... – ele murmurou gentilmente entendo a mão.

Por um breve momento ela o contemplou com encanto. Ele era bonito e olhos francos a atraiam, mas definitivamente não havia mais resquícios do garoto fútil e despreocupado.

O amor não pediu passagem para entrar, mas invadiu-a de uma certeza absurdamente completa, ela jamais se arrependeria de confiar sua vida a ele. 

_ Como posso negar um pedido tão especial, mas você tem certeza absoluta que prefere fazer a ronda? – ela foi içada para um abraço envolvente.

_ Você tem sorte por eu não ser o Sirius, sabia? – James disse encostando a boca nos lábios de Lílian.

_ Você teria mais sorte se eu fosse Marlene.

_ É uma pena que eu goste de ruivas sardentas e de gênio forte. 

_ Então... A sorte é minha. 

A altura dele era duas vezes maior que a dela fazendo-a sentir-se protegida enquanto era escoltada para fora da torre.


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