Revenge escrita por GI


Capítulo 5
Selfish


Notas iniciais do capítulo

i'm back



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Dois erros nunca devem ser iguais, dois acertos nunca devem conserta-los. Nada mais justo que perdoar e ser perdoado honestamente. Mas se os danos se tornam permanentes, destruindo a vida de quem não tinha nada com nada, alguém deve pagar.

Ainda estava cedo, eu havia feito o possível para ter de volta o sorriso daquela bela morena de longos cachos, eu sei, eu sei que ela não iria querer minha ajuda, mas não custa tentar. Entrei no meu carro, porque eu havia ido ate as docas com Dallas. Ele me apresentou o primo dele, Dezmond...

– o que quer de mim? eu disse que não queria você no meu caminho, Moon.

Olho para o espelho que havia naquela parte de cima do carro, o retrovisor, logo encontro seus olhos castanhos-claros. Ela não estava nada amigável, eu não estaria também se estivesse no seu lugar.

– Como entrou aqui?

– eu que faço as perguntas, certo?

A firmeza de sua voz não me permitiu continuar.

– porque diabos comprou minha casa? Eu te disse que não quero sua ajuda, e se ficar no meu caminho... ah Austin, você vai perder tudo que um dia já teve.

Eu sorri sarcasticamente. Ela lamentou por isso me encarando com os olhos mais tenebrosos possíveis, mas que nem demostrava sentimento algum. Eu queria ajudar, por que era minha divida com Lester.

– Seu pai foi a unica pessoa que confiou em mim, acreditou em mim, eu só queria poder um dia retribuir isso a ele, ou talvez a sua filha.

Ela não ligou, ainda tinha a mesma expressão refletida pelo espelho. Virei-me para trás, queria vê-la, o rosto que eu mais havia tido pesadelos e angustias. Eu só queria dar o apoio que sua família não poderia dar.

– Prometi a ele que te daria a vida que merece.

Ela sorriu, não necessariamente um sorrisão ou um sorriso falso, ela selou os lábios e os esticou, estilo Mona Lisa ou algo assim. Mas seus olhos demonstravam agradecimento, ela era humana.

– Obrigada por isso, mas pode pelo menos colocar a casa no meu nome?

Seu tom havia mudado, agora ela estava calma, ou nem tanto irritada quanto estava minutos atras.

– Ela já esta, considere um presente, para Allyson. Hoje é o grande dia não é?

Me referia ao seu aniversario, que por anos foi comemorado pelo seu pai escrevendo uma carta de parabéns. Uma carta que ela nunca poderia receber de suas mãos. Ela se aproximou, sorriu mais um pouco. Com uma de suas mãos tocou a minha que estava descansando sobre as marchas do carro. aquilo não foi nada atrativo, era como se estivéssemos dado um minuto de silencio a Ally.

Depois de um tempo ela saiu. As pressas. Ela não queria ser vista, não por mim, mas por essa ligação, poderia arruinar tudo.

Ally PDV

Caminhei ate aquele restaurante, o agente financeiro, que havia contribuído com a prisão do meu estava la, ela queria me ver. Ele acreditava que eu era uma garota ingenua e desconhecida. Apesar disso não liguei, ele estava na lista. O plano estava em andamento, eu só precisava de... não.

NÃO... Okay.

Liguei para ele, sim Austin. Precisava de alguém que tinha meios políticos, financeiros e um lugar esplendido nos investimentos da bolsa de valores, e ainda por cima, alguém que sabia de tudo... então era ele

– Preciso da sua ajuda, quando eu mandar a mensagem venha me buscar aqui, duas quadras de onde estávamos... Ouviu?

– você não me deixou nem dizer oi, mas claro.

Desliguei, a armação estava completa, o plano era perfeito, sem erro, e mais tarde eu ainda teria o passeio com um dos Millers, o dia estava ótimo.

Um ano mais tarde

Corri para alcança-lo, ele estava fraco, nunca havia o visto assim, estava frio e triste.

– Austin... Espera.

Eu não aguentei ver sua dor estampada na sua face, caiam-se lagrimas e lagrimas. Ele já havia perdido o pai, a mãe a qual nunca viu, o melhor amigo... e agora isso?

– Eu não aguento... não da... já chega de jogos eu te disse. Isso é culpa de cada um deles... também é sua culpa, eu pedi sua ajuda... Mas você estava com ele... Eu a amava muito.

As pausas eram afogadas pelas sua lagrimas, ele gaguejou cada frase, não conseguia olhar nos meus olhos. Eu tentaria uma palavra de conforto, mas eu também queria chorar, metade dessa culpa era minha.

– ela te amava, Austin...

Minha voz instável surgiu como se um abismo estivesse a surgir diante dos meus pés, até que pude ter o calor de seus braços em volta da minha cintura, segurando todo meu corpo para o seu. Correspondi, abraçando-o ainda mais, durante minutos. Eu ouvia seu choro. E logo ele me afastou levemente.

– você não pode passar a noite me consolando, Jules. Você tem planos, pode ir, nos vemos amanha...

Eu puxei seu braço antes que ele escapasse, apesar de tudo, eu o queria por perto.

– Eu não vou te abandonar, Austin...

Seus olhos se aprofundaram nos meus, por um instante eu não sabia onde estava.

– Eu também te amo, Jules.


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Notas finais do capítulo

acho que daqui a alguns capitulos vcs vão entender esse "Um ano depois"



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