Revenge escrita por GI


Capítulo 4
Trust - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso, mesmo. Ficou pequeno esse eu sei.



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Diante dos meus olhos ela parou por um instante, eu queria me aproximar mais, mas certamente ela não deixaria. Ela estava forte, decidida, mais bonita do que já era com os cabelos negros e lisos que balançavam com o vento, eu jamais iria deixa-la se por em risco por qualquer coisa, mas ela não me pertencia mais, não mais.
– Ally Dawson não existe mais...
Ainda soava como uma garota assustada, por dentro ela ainda era assim. Mas cada vez que eu olhava dentro do profundo castanho dos seus olhos grandes e bonitos eu via aquela menina, aquela menina assustada com a morte que nunca a tinha visto de perto. Apenas dei um sorriso, me pronunciei e sai de lá com passos calmos. Não conseguia dormir sem pensar que aquela garotinha inocente havia crescido para lutar contra todos, mas ela estava sozinha. Eu precisava fazer alguma coisa. As ações para que ela pudesse comprar a casa estavam baixas, então resolvi passar a noite tentando comprar a casa. Eu não estava bem, ou estava?
Quando acordei já eram 11 da manhã ou tarde, desci o mais rápido possível para que não perdesse tempo.
– Dallas?
Murmurei logo que atendi ao telefone, Dallas estava muito confuso, ele era assim. Nós conhecemos em uma briga, engraçado mas é verdade, ele venceu a briga.
– Austin eu preciso de você, sobre o assunto do barco.
Era estranho, geralmente ele não iria pedir minha ajuda, por isso resolvi "comprar" seu barco por um preço alto, depois eu daria um jeito de resolver tudo.
– Ah, o barco. Eu posso falar com você mais tarde? Eu estou, tenho que ir ver uma amiga.
Ele bufou do outro lado da linha, eu podia imaginar sua expressão de angustia. Ele queria mesmo ajuda, mas estranhou ao me ouvir dizer "amiga".
– está saindo com uma outra garota? Espero que dessa vez ela não seja 10 anos mais nova que você. Ela é louca ou o que?
Ele riu sarcasticamente, mas eu nem ao menos dei uma risada leve. Dallas vivia fazendo essas "graças" comigo, então era normal.
– Não, eu não estou saindo com ninguém, Dallynho lindo do meu coração. Eu sei que esta com ciúmes mas, ela é uma velha amiga. Não nos damos bem mas aposto que isso pode mudar.
Ele se calou, não sei o motivo, mas sua voz não voltou por uns segundos, talvez ele queria falar alguma coisa mas achou que não seria muito cabível.
– ahaha, muito engraçado. Mas não se esqueça de vir aqui. Tchau.
– até mais.
Desliguei o celular, coloquei-o no bolso, entrei no carro e dirigi até a casa de "Juliet". Ainda vou me acostumar com isso. Por fora a casa estava calma, vazia. As cortinas balançavam conforme o vento ditava. E a serenidade tomava conta do lugar.
– Você!
Eu a vi logo atrás de mim, mas ela não estava lá antes. Ela ficava linda com os cachos claros e com pontas de um tom de cobre queimado que faziam com que os cachos movessem-se com os ventos.
– Ally, nossa, que agressiva.
Ela me encarou no mesmo instante, me dando um impulso para trás fazendo me apoiar na porta. Me olhou dos pés à cabeça rapidamente.
– Saia daqui, ela não pode te ver babaca, está se pondo em risco e se algo acontecer eu não tive nada com isso. Você tem suas escolhas.
Meu aproximei do seu rosto com uma leveza de "ódio" o que nem sequer existia para mim. Ela logo aproximou-se mais um pouco, mas aparentemente só queria abrir a porta. Eu poderia ter beijado-a, já que ela estava provocando, mas isso só passou pela minha cabeça segundos depois.
– Como você é mandona... Conseguiu comprar a casa? Ou ainda esta com a loira desabrigada?
Falei me referindo a ultima dona da casa, ela ainda tinha a casa em seu nome pois a casa de praia estava em leilão, o lance de Ally deve ter sido alto, mas nem sempre isso é o essencial.
– pra quê quer saber? Que tal sair daqui antes que eu resolva te expulsar? Você nem imagina como seria fácil acabar com você não é? Um minuto e você já era.
Ela ameaçou com todos os olhares maléficos possíveis, ela era uma garota nada fácil, alguém que que nunca aceita ajuda de quem deve se aceitar.
– Por favor Ally... Ou melhor, Jules.
Eu implorei, por um segundo ela parou. Mas antes que algo fosse dito, Juliet fechou a porta na minha cara, sim ela o fez. Caminhei até o carro e entrei, mesmo sem que ela pedisse ajuda eu iria fazer tudo que fosse possível. E dirigi até onde Dallas morava. Ele era meu amigo de longa data, mas na verdade não gostava muito de se aproximar de mim, ninguém gosta, pois sempre acham que eu sou mimado e egocêntrico, o que não é verdade.
{Juliet P.D.V.}
O que aquele idiota tem na cabeça? Acha mesmo que eu vou voltar atrás e resolver pedir ajuda dele, eu não preciso de ninguém, não mesmo. Qual o problema dele? Desde que cheguei aqui vive me atormentando, noite e dia. Parece até que quer me ver a cada instante, isso é tão desnecessário.
– Juliet, quer dizer... Senhorita?
Alguém me chamou, resolvi me virar para ver quem era. O Moreno, alto e lindo bom moço, não que eu esteja interessada, olhou para mim de cima a baixo. Seus olhos brilharam naquele instante, que golpe baixo.
– Elliott, que surpresa agradável!
Sorri torto para disfarçar a minha angústia, eu tinha tantas coisas para resolver e... Ele veio.
– Sim, eu vim trazer... Sua... Sua carteira esqueceu ela no evento de ontem...
Ele gaguejou com um olhar sedutor, estava perdido, mas não perdia a chance de me galantear, o que era inútil. Ele me deu a carteira e sorriu, aquilo foi doce, mas ninguém consegue me conquistar apenas com um sorriso.
– Obrigada! Você foi muito gentil, eu adorei que tenha vindo mas, eu já vou sair preciso resolver as coisas sobre o leilão... A casa... A mobília e o resto.
Meio que o expulsei, isso deve ter sido ruim, talvez sim ou não, o que importava era que eu deveria me aproximar dele, sutilmente. Passei dois meses estudando os gostos dele, eu sabia sobre ele mais do que ele mesmo sabia. Ele odeia mulheres que forçam a barra e adora ser rejeitado, então isso que devo fazer. Você vai ver...
– É que... Eu pensei se você podia sair comigo amanhã talvez... Isso foi tão clichê, me perdoe senhorita... Qual é mesmo o seu..
Interrompi antes que ele se tornasse mais patético do que estava sendo, ele era lindo, gentil, mas infelizmente eu não sentia nada, nenhuma ligação ao menos. Sorri mais uma vez demostrando interesse.
– Pra você é Juliet, e sim eu aceito sair com você, parece interessante.
Ele se despediu e saiu, parecia ter ganhado na loteria. Era de se esperar, mas eu até senti um pouco de receio ao aceitar seu convite. Logo que sentei-me ao sofá o celular tocou, era Cassie.
– Oi, eu preciso falar com você sobre a casa... Acabou de sair o resultado.
Ela estava explicando de um modo que sentimos no ar que a noticia não é boa. Tudo deve ter dado errado, droga!
– o que houve, eu consegui?
Ela demorou a responder, talvez não queria alertar muito, mas era o que estava acontecendo naquele instante.
– Na verdade outra pessoa conseguiu comprar a casa de praia... Sinto muito.
Era só um pouco para acabar com as minhas chances de prosseguir com o plano...
– Quem conseguiu?


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Notas finais do capítulo

Até mais! =)



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