Já se tinham passado três meses desde que tinha descoberto que ia ser mãe e a partir desse momento tudo mudou. Edward e eu comprámos uma casa, perto da casa dos pais dele, que estava a ser decorada com a ajuda da minha mãe e da minha sogra. Os únicos quartos que eu e Edward tínhamos decidido decorar sozinhos foram o nosso e os do nosso filho ou filha. Edward conseguiu convencer-me a construir a bendita piscina no jardim, ela não era muito grande e por isso ainda ficamos com bastante espaço no jardim.
Hoje íamo-nos dedicar a decorar os únicos quartos que faltavam, o resto da casa estava toda decorada de um modo simples mas bastante bonito. Na parte de baixo da casa havia uma sala de estar, uma sala de jantar e da cozinha, havia ainda uma pequena casa de banho e uma outra sala que supostamente era um escritório mas que Edward e eu decidimos que podia ser o quarto dos brinquedos do nosso bebé. Por agora esse quarto ainda estava por decorar.
Já estávamos á mais de duas horas a ver coisas para o quarto do bebé, já tínhamos escolhido tudo para o nosso e ainda tínhamos comprado mais alguns objeto para o resto da casa. Quando acabámos de escolher já era hora de jantar então comemos no shopping. A minha barriga de cinco meses era simplesmente adorável mas infelizmente o meu adorável filho ainda não estava pronto para se relevar. Eu estava com esperança que ele/ela o fizesse amanhã na consulta. Ainda estávamos a morar no nosso apartamento, isto ia durar até que as coisas que comprámos hoje chegassem e fossem montadas ou seja daqui a uma semana já estaríamos na nossa casa nova.
Edward andava cada dia mais amoroso comigo e estava a transformar-se no pai babão que eu sempre imaginei que ia ser. Se antes ele queria um filho, depois de ver os pequenos vestidos que havia nas lojas queria uma filha. Se bem que ele não admitia dizia sempre que não importava o sexo ele só queria um bebe saudável. Á noite quando nos íamos deitar ele ficava mais de uma hora a falar com a minha barriga, falava sobre a nossa família e da nossa casa nova. Foi numa dessas conversas que o meu bebé se mexeu pela primeira vez

FLASHBACK ON
– Sabes bebé eu já gosto muito de ti, mas eu gostava muito de saber que nome é que te hei de chamar. Porque chamar-te só de bebé não dá em nada. Eu e a mamã já pensamos em alguns nomes mas ainda não decidimos. A tia Alice também quer saber, mas é só porque ela quer ir para o shopping comprar tudo o que vir á frente. Já te aviso que te vou manter longe dela, não quero que fiques como ela.
– Edward não digas isso da minha irmã!! Bebé não ouças o papá.
– mas é verdade! Bebé eu não sei como é que elas são irmãs a tua mãe é muito melhor. Ela não se passa tanto quanto a tia Alice. Mas também se passa- disse ele num tom mais abaixo.
– Edward!! Eu não me passo!!
– estás a ver bebé mas tu habituaste. Ela pode passar-se as vezes mas é a melhor pessoa do mundo. Quando a conheceres tu vais ama-la muito, assim como eu a amo.
– oh Edward eu também te amo!- e Edward beijou-me os seus lábios juntaram-se aos meus e as suas mãos acariciaram-me a barriga e nesse momento senti um movimento estranho dentro de mim. Edward afastou-se de mim e olhou-me assustado:
– isto foi foi o bebé a mexer-se??
– acho que sim- disse eu e voltei a sentir o movimento como confirmação. Ficámos de volta da minha barriga durante a noite toda, ainda bem que amanhã era fim de semana.
FLASHBACK OFF

Acordei depois de uma boa noite de sono com Edward a distribuir beijos pela minha barriga.
– bom dia bebé! Bom dia princesa!
– bom dia amor!- disse, Edward deixou a minha barriga e beijou-me nos lábios.
– Então pronta para a consulta?- perguntou quando já tomávamos o pequeno almoço.
– Claro. Espero que tudo esteja bem- eu morria de medo que algo pudesse acontecer ao meu bebé. Especialmente depois de pesquisar em alguns sites que falavam sobre maternidade e crianças. Li histórias em que tudo corria normal no tempo de gravidez, mas depois de o bebé nascer os médicos notavam que i bebé era diferente. Não que eu me importasse de ter um bebé deficiente mas eu li o que aquelas mães escreveram, eu consegui sentir a dor que elas tinham, não por ter um filho assim mas por não o poderem ajudar a ter uma vida melhor, mais saudável e talvez feliz. Eu sentia que algumas se sentiam culpadas pelo que tinha acontecido, mas na verdade não eram. Todos os comentários que haviam, diziam isso " A culpa não é sua. Deus quis assim, por alguma razão foi". E eu não estou a dizer que não concordo só... É difícil imaginar que isso me aconteça a mim e por muito cruel que pareça nenhuma mulher imagina a sua vida com um filho deficiente, e eu não era uma exceção á regra.
– Bella não te preocupes. Tu estás a cumprir á risca o que a médica te mandou fazer e o ultimo ultra não acusou nada. Relaxa vai tudo correr bem...
– E se não correr? Tu vais... Tu vais continuar ao pé de mim?
– Claro que vou. Aconteça o que acontecer eu vou ficar contigo e vou apoiar-te em tudo.
– De certeza?
– Bella, tu não confias em mim?
– Claro que confio mas eu li num site...- e não pode continuar porque Edward me interrompeu.
– Acho que vou impedir o teu acesso a esses sites. Bella já te avisei que não quero que te preocupes. Isso não te faz bem a ti nem ao bebé.
– Eu sei, mas se acontecer eu quero estar preparada.
– Se isso acontecer vais ter pessoas á tua volta. Pessoas que te vão ajudar a superar tudo o que precisares. Não vais estar sozinha, no mínimo vais-me ter a mim. E sabes que há muitas mais pessoas dispostas a ajudarem-te. Agora relaxa!! Não penses mais nisso. Quero que usufruas da gravidez, não quero que penses no que pode acontecer mas no que vai acontecer. Nós vamos ter um filho ou uma filha e ele ou ela vai ser amado de qualquer maneira. Nem que venha com 500 braços e 200 pernas eu e tu vamos amá-lo acima de tudo.
– Obrigada tu estás a ser muito fofo- disse já com lágrimas nos olhos.
– Tu sabes que é verdade.- disse ele vindo-me abraçar.
– Sim eu sei. Mas mesmo assim obrigada. Eu amo-te- disse enterrando a cabeça no seu ombro.
– Eu também te amo Bella.
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– Está tudo bem com o bebé Bella, já podes respirar. Não há nenhuma anomalia no seu crescimento: o seu peso está dentro da média assim com o seu tamanho. - disse a Dra. Kate. Nestes últimos meses tínhamo-nos visto regularmente, não só por causa da gravidez. Duas semanas depois de voltarmos das ferias, Edward teve um jantar de trabalho porque tinham entrado novos advogados para a firma e o chefe de Edward cria promover a boa relação entre colegas de trabalho( palavras do chefe não minhas). E qual foi a minha surpresa quando de repente vejo a Dra. Kate de braço dado com um dos novos colegas de trabalho de Edward. Durante essa noite falamos muito, descobri que os dois tinham um filho com 2 anos, o Nicholas. Depois dessa noite voltámos a encontrar-nos. Garrett, o novo colega de Edward e marido da Dra. Kate ou Kate( como ela agora me obrigava a chamar) fazia uma espécie de dupla com Edward e os dois davam-se muito bem, e por isso ás vezes jantávamos com eles ou almoçávamos.
– E já dá pra ver o sexo?- perguntou Edward entusiasmado.
– Sim, vocês querem saber ou preferem deixar o mistério até ao parto?
– Queremos saber- disse eu rapidamente. Afinal Edward não era o único entusiasmado. Este concordou comigo.
– Muito bem. Bella, Edward vocês vão ser pais de...