Edward levantou-se e levou as mãos ao cabelo. Por causa da escuridão não conseguia ver a sua cara.
– Eu vou ser pai? -perguntou.
– Sim. Tu vais ser pai.- Sussurrei e esperei pela sua reação.
– Eu vou ser pai- sussurrou. Eu levantei-me e cheguei-me para ao pé dele.
– Desculpa, eu sei que tu não querias um bebé agora, mas
– EU VOU SER PAI!- ele gritou e de repente já não sentia a areia nos meus pés. Edward tinha-me pegado ao colo e rodopiava-me, com um dos maiores sorrisos que já tinha visto na sua cara . Ele não parecia chateado ou irritado, como eu achei que ele ia ficar, na verdade ele parecia realmente feliz e entusiasmado.
– Tu não estás zangado?- perguntei quando ele parou de me rodopiar.
– Claro que não. Tu achaste que eu me ia zangar contigo por tu realizares um dos meus sonhos?
– Tu tinhas dito que para agora não querias nenhum filho, que querias esperar algum tempo
– Eu sei que disse isso. Mas é um filho meu e teu. Se calhar ainda é cedo, mas eu não me importo. Eu disse isso porque achei que daqui a alguns anos íamos estar mais preparados. Lembras-te que eu disse que o Peter tinha tido um filho?
Peter era um colega de trabalho de Edward, já tinha estado com ele e a mulher dele, a Anna, num jantar de Natal do escritório que Edward trabalhava.
– Sim. -disse
– Ele estava a falar sobre bebés e eu apercebi-me que não sabia nada sobre eles e fiquei assustado.
– Achas que vai ser difícil?- perguntei. Fiquei tão focada com a ideia de contar a Edward sobre o bebé que nem pensei de como é que seria depois.
– Talvez. Mas acho que vai compensar- disse Edward- eu estou tão feliz.
– Eu também- disse e continuamos abraçados durante algum tempo.
– Como é que lhes vamos contar?- perguntou Edward.
– Não sei. A Alice e a Rose já sabem. Se não fossem elas
– Acho que o teu pai vai querer matar-me.
– Não vai nada. Ele não vai querer deixar a filha uma mãe solteira.- disse fazendo-o rir.
– Agora a sério achas que eles vão ficar contentes?
– Acho que sim. disse eu e beijei Edward. O beijo foi calmo e apaixonado. Não sei porque é que fiquei com tanto medo de lhe contar quer dizer até sei. Mas agora não interessa, eu estava feliz, Edward estava feliz e nós íamos ter um bebé.
– O que achas de mudarmos de casa?
– O quê?- disse eu.
– Nós podíamos mudar de casa. Podíamos mudar-nos pra uma casa maior, com um jardim grande e uma piscina- disse Edward sonhador.
– Não achas que é demais, não?
– Claro que não. Eu preciso de um jardim para ensinar o meu filho a jogar futebol.
– E se for menina?- perguntei.
– Posso ensiná-la na mesma a jogar futebol, não posso?
– Claro que podes- disse e voltei a beijar Edward. As minhas mãos rodearam o pescoço de Edward e as mãos de Edward rodearam-me a cintura puxando-me mais para ele. Quando nos separámos estávamos os dois ofegantes.
– Então?
– Então, o quê?- disse não entendendo de que é que Edward estava a falar.
– Podemos comprar uma casa ou não?
– Podemos comprar tudo o que quiseres- disse eu, fazendo-o rir.
– Tudo?- perguntou e eu assenti- então também podemos comprar um cão?
– Depois vemos isso.- disse.
Ficámos na praia mais algum tempo , só a namorar e a falar sobre o nosso filho. Ainda não tínhamos arranjado uma maneira de contar aos nossos pais. Nós queríamos dar a novidade de uma maneira criativa, não queríamos chegar lá e dizer que íamos ter um bebe de outra maneira ia ter mais piada.
– Vamos para dentro? Está a ficar frio e eu não quero a minha noiva doente.- estas palavras fizeram-me lembrar de um ponto de que ainda não tínhamos falado.
– Edward- chamei-o.
– Diz.
– Sobre o casamento como é que fazemos?
– Continuamos com os planos originais ou queres casar-te mais cedo?
– Na verdade eu quero esperar algum tempo. Não me quero casar agora e depois de o bebé nascer, acho melhor esperar-mos algum tempo.
– Se queres assim- disse
– Tu não queres?- perguntei
– Eu quero aquilo que tu quiseres- disse Edward.
– Isso quer dizer que se eu quiser neste momento ir nadar tu vens comigo?
– Bella é de noite e está frio. Vamos para dentro.
– Mas eu quero ir nadar. E tu disseste que querias o que eu quisesse.
– Desde que seja algo que não interfira com a minha ou com a tua saúde. Não te esqueças que o agora tens o meu filho a crescer dentro de ti!
– Quando foste ao médico não fizeste nenhum ultrassom, pois não?
– Não. Eu só fiz mesmo o teste. Porquê?
– Nós podíamos ir lá amanhã, fazíamos o ultrassom e depois contávamos a todos!
– É uma boa ideia, mas amanha vamos ao parque
– Podemos não ir.
– Mas eu quero- disse.- e de qualquer maneira tu tens de marcar uma consulta, não podes cegar lá e pronto.
– Tens razãoentão amanhã ligamos para o hospital e marcamos uma consulta, pode ser?
– Sim. disse- Vamos para dentro? Está a ficar frio.
– Já desisti-te de ir nadar?
– Sim eu só estava a brincar!!
Fomos para dentro e o filme já tinha acabado. Já era tarde e como tínhamos de nos levantar mais cedo fomos todos dormir.
Acordamos cedo e depois de tomarmos o pequeno-almoço fomos para santa mónica. Quando chegámos ainda era cedo e alguns brinquedos ainda não estavam abertos, por isso fomos passear um pouco pela praia. Quando chegámos Emmett parecia uma criança, começou logo a escolher os brinquedos em que ia andar. Edward e Jasper também participavam nessa escolha e até o meu pai e a Carlisle estavam metidos nisso. Nós, as raparigas, também escolhíamos mas eram brinquedos que não envolviam voltas e mais voltas. Eu não podia andar em metade dos brinquedos porque quase todos tinham avisos que grávidas não podiam andar. A sério não podíamos ter ido a outro sítio?
Há hora de almoço Edward fez-me o favor de informar que já tinha ligado pra o hospital para marcar a minha consulta. Não me perguntem quando é que ele ligou , mas que ligou, ligou. Amanhã vai ser a primeira vez que eu vou ver o meu bebé e vou saber se está tudo bem com ele. Segundo as minhas contas um devia estar com aproximadamente um mês, mais coisa menos coisa.
O dia foi bastante divertido, tirando a parte em que eu não pode andar em metade das coisas que queria. Comi imenso algodão doce tipo imenso, imenso. Até fiquei enjoada de tanto comer, mas ele era tão bom que só me apetecia comer mais e mais e mais. Edward olhava para mim e ria-se, não tinha piada eu só estava nas primeiras semanas e já comia deste modo, ia chegar ao fim desta gravidez muito gorda.
Quando chegámos a casa estava toda a gente estoirada e eu e Edward fomos para o quarto, amanhã seria um grande dia e estávamos ansiosos.