Jennifer Lancaster

Chamei educadamente o Peter, para ir no corredor comigo, mas como ele não aceitou, parti pra agressividade e puxei-o pela orelha, ele saiu dizendo "ai ai sua puta mal comida, Jennifer isso doí caralho"

Esse era o Peter, um viado encubado.

— Peter, deixa de ser gay cara. — dei um tapa na cabeça dele — todo mundo sabe que você é afim da Clary, e se você não agir logo, vai perde-lá pro Edward, aquele gostoso, ai socorro.

— Guarde seus comentários carnívoros para você. — ele disse com raiva.

— Você também é uma delicia Peter, olha esse cabelo, essa voz de locutor de motel. — ele riu.

— Só você mesmo, viu.

— Eu sei, sou demais. — eu sou muito convencida, de vez em sempre.

— Eu vou falar com ela, no final da aula. — ele disse, decidido.

— Esse é o Peter,que eu conheço. — falei e dei um abraço nele.

— Agora vamos voltar pra lá. — ele disse me puxando pelo braço.

Voltamos para onde todos estavam, Clary estava sentada ao lado de Edward, eles estavam conversando e o papo parecia muito bom, deu pra perceber o olhar de raiva do Peter, ele nem se sentou, ele saiu pro corredor e Kate foi atras dele, depois de alguns minutos, o sinal tocou para o segundo tempo, fui com Thomas pra sala, ele segurou na minha mão e eu olhei pra ele, aquele sorriso torto, era quase impossível vê-lo sorrir e não sorrir também, chegando na sala lá estava Peter, com a cara enfiada no livro de química, quem não o conhecesse pensaria "que garoto estudioso" mas ele só estava tentando não chorar e afundando a cara no livro, eu soltei a mão de Connor, e fui até o Peter.

—Hey,você está bem? — tirei o livro da cara dele e me agachei ao seu lado.

—Estou, por que não estaria? —ele disse, colocando a cara entre os braços.

—Porque a garota que você ama, estava de altos papos com um gostosão?

—Jenn, você muito bobinha — disse Peter, bagunçando meu cabelo— você sabe animar uma pessoa quando ela está derrotada. — completou ironicamente.

— Só quem pode me chamar de bobinha é a Clary, vou deixar essa passar porque você pode estar sofrendo de cornice aguda.

— Sentem-se, vamos começar com uma matéria bem difícil e por favor, se esforcem para tirar pelo menos um cinco, assim não irei achar que sou um fracassado e me perguntar o por que escolhi a profissão errada. — esse era o Mr.McCall, nosso professor de química que vivia se lamentando de sua vida patética.

Passaram se três horas e finalmente estava livre do inferno.

— Jennifer. — ai essa voz de locutor de motel. Me virei e era o Connor, pedindo para que o esperasse, eu estava morrendo de fome e ele ainda me fazia esperar, eu não ia esperar nem minhas amigas, que estão passando umas semanas lá no meu apartamento, porque o meu pai está viajando.

— O que foi? — perguntei.

— Nada, posso acompanha-la ate em casa? — ele perguntou sorrindo, eu mal conhecia o cara e ele já queria me acompanhar? Vai que ele me assalta, ou me estupra na minha própria cama, se bem que pra ser um estupro seria sexo contra a minha vontade, e como assim eu n ia querer aquele gostoso na minha cama?

— Ah, claro. — eu ainda vou me arrepender dessa pequenas palavras de efeito enorme.

Baixou a mãe diná foi Jenn? Deu pra prever o futuro agora ? Não é que quando você diz "claro" com cara de idiota nunca dá certo.

Fomos a caminho do meu apartamento, eu havia esquecido completamente das minhas amigas.

Clary Findlay

— Eu não vou poder acompanha-lá até em casa. — Edward disse meio desanimado.

— Ah, sem problemas, eu sei ir para casa sozinha. — Eu disse tentando disfarçar minha alegria, eu não queria que ele me acompanhasse, ele era muito legal, divertido e bacana, mas sei lá, eu não queria.

— Então, eu vou indo.

— Espera, eu vou com você até a saída do inferno. — falei e ele riu.

Fomos caminhando até a saída, claro né, eu não iria sair correndo feito uma louca.

— Tchau. — ele disse.

— Tchau.

Fui pela direita e ele pela esquerda, me senti naquelas cenas de filme, pena que era o cara errado indo na direção oposta, bem que poderia ser o Peter.
Eu estava indo para o apartamento, e alguém me puxa pelo braço para o lado, ai aquele beco na Avenida, eu odeio becos, ou eu perco a virgindade ou eu perco a vida, ah é o Peter.

— VOCÊ TÁ FICANDO LOUCO, SEU VIADO? — falei puta da vida. — TÁ QUERENDO PERDER ESSE TEU PALITO DE DENTE QUE TU CHAMA DE PAU?

Do nada ele me beija, no começo eu resisti ao beijo, mas não tinha como resistir ao Peter, ele era perfeito, eu amava aquele garoto, pera o Peter eixou de ser gay e tomou iniciativa?

Não era mais a gravidade que me prendia aquele mundo, e sim, ele, o Peter, ele conseguia me prender sem correntes, ele consegue me levar e me trazer de volta em poucos minutos.

— O que foi isso? — perguntei sem folego.

— O que eu deveria ter feito a muito tempo. — ele disse, retomando o beijo.

—Eu...Eu te amo Peter. — falei, entre selinhos.

—Eu te amo Clary. — ele disse me pegando no colo, e me girando no ar.

Aquele, sem dúvidas, era o melhor primeiro dia de aula da história dos melhores dias de aula.

Eu to tão feliz, que estou parecendo a Jenn, aquela bobinha.