Mystic Falls escrita por Larissa Armstrong


Capítulo 9
Pizza a la Stefan


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora de postar, aconteceu várias coisas comigo. de uma internet fdp até o meu computador quebrando repentinamente :'( espero que gostem desse cap :3



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V

Acordei com o maior calor. Esse era um daqueles dias quentes, que até o contato com o sol faziam a minha pele derreter ou seja, um dia infernal. Olhei no relógio. Já era onze da manhã, o que significava que eu estava completamente atrasada. Olhei para o lado, e a Hayley ainda estava dormindo. A noite de ontem não fez tão bem a nós duas. Peguei meu travesseiro e joguei nela.

–Acorda aí. A gente ta atrasadíssima. – eu falei, correndo para pegar minha calça que estava na cadeira. Eu vestia apenas calcinha e uma blusa fina, então corro para o guarda roupa para pegar uma blusa e começo a me vestir.

–Que horas são? – Hayley pergunta, sonolenta.

–Onze da manhã – eu disse pulando para a calça jeans entrar nas minhas pernas. O que normalmente não era difícil, mas hoje estava complicado demais, afinal eu estava suada feito porca.

–Ai meu Deus. A gente deve ter perdido umas 3 aulas. Só nos resta almoçar agora!

–Você vai filar aula?

–Ah, por que não? Nesse calor não deve ter ninguém assistindo nada.

–Tem certeza?

–Absoluta, pequena garfanhota.

Escolho seguir o conselho da minha sensei.

Eu dou risada e apenas relaxo. Tiro a calça (com a mesma dificuldade que eu pus) e ponho um short jeans, também coloco uma blusa leve e vou para o banheiro escovar os dentes e lavar o rosto. Depois de esperar uma eternidade por Hayley, decido ir sozinha ao refeitório, até por que ela não iria comer. Talvez seja a comida armazenada de ontem a noite. Ou só o remorso de ingerir quase todos os petiscos da festa.

Entro no refeitório e vou direto pegar a minha bandeja. Pego batata frita e carne, e sento na mesa a qual eu e a Hayley sentamos ontem. Procurei o Blaine pelo refeitório, eu acho que ele ainda não veio...

–Eu acho que o Blaine é daqueles caras que esquecessem o que fazem na noite passada antes de ficarem bêbados... – Stefan disse, como se pudesse ler meus pensamentos, sentando do meu lado com um sorriso no rosto. - Eu acho que ele só estava naquele amor todo com você ontem por que tinha tomado algumas. Sabe como é né... homens são todos iguais. - ele indaga colocando na boca uma batata frita. Pode até ser isso. Mas eu não aceito o Stefan me passando na minha cara.

–Cala a boca Stefan. Ele não estava bêbado ontem. Não foi ele que se levantou e abriu o zíper da calça pra me mostrar o pênis. – eu sorrio, e sinto que ele se encolhe de vergonha. -Só deve ter se atrasado.

Percorro o refeitório com os olhos, ansiosa.

–Admita que ele esqueceu de você.

–Quer me deixar em paz Salvatore? – eu disse o empurrando para ele sair do banco. Por que ele não me esquece? O Blaine vai pensar que temos algo, e isso é tudo o que eu não quero.

–Só queria te avisar, pra você não quebrar a cara depois sabe? - revirei os olhos.

Comecei a comer a batatas como se não tivesse ouvindo uma palavra do que ele dizia. Aí o Blaine apareceu. Eu senti meus olhos se iluminarem, e minha barriga invadida por pequenas borboletas. Sorri e acenei pra ele. Ele olhou para o outro lado, como se tivesse que sentar em outro canto. Ou eu estou o incomodando ou ele tem o hábito de sentar em alguma mesa. Assim que ele me olha de novo, sorri para mim e vem em minha direção.

–Ah, oi. - ele disse, sorrindo, e coçando a cabeça, sem jeito. O Stefan revirou os olhos, eu sorri.

–Senta aí. O Stefan já tava indo sentar em outra mesa.

–Eu estava? Stefan perguntou.

–Sim, estava. - eu sorrio novamente olhando nos olhos dele com uma expressão de ‘’faz agora o que eu to mandando ou eu corto sua cabeça fora e dou para os pássaros comerem’’.

–É, mas eu desisti sabe? – o Stefan disse. Eu ia matar ele.

–Tudo bem então, olha eu to indo na biblioteca. A gente se vê depois. – o Blaine disse, sorrindo. Merda. Merda. Merda.

–Até mais... – eu disse, ele já estava indo embora.– QUE É QUE DEU EM VOCÊ? – eu disse, furiosa.

–Eu sei o que é melhor pra você... cara, agora que eu me toquei eu não sei seu nome! Engraçado isso– ele riu.

–Cala. Essa. Boca. – a ultima palavra sai como um rosnado. -Ninguém sabe o que é melhor pra mim. Meus parabéns. Conseguiu fazer com que eu perdesse a fome. – dou um murro na mesa e me levanto.

Stefan levanta e em seguida segura o meu braço.

–Desculpa. Sério. Eu só não suporto ver o Blaine com você. Ele não presta garota! – Stefan falou, pegando em minha mão. E assim que ele me toca, eu me arrepio e sinto a estranha vontade de beijá-lo. Estremeço com a idéia de me agarrar com ele e me solto da sua mão.

–Só me esquece. Entendeu?

Ele riu.

–Como se isso fosse possível... – ele disse, praticamente falando pra só ele ouvir. Ignoro o aperto no coração que sinto ao ouvir aquilo e vou andando para o meu quarto, enquanto aquele idiota andava logo atrás de mim.

–Tá, desculpa. Sério, desculpa. Eu quero recomeçar com você – ele me olhava com de um jeito que me obrigava a ceder.

–Não! Só esqueça a mim e o qu..

E nesse momento ele me empurra e eu bato com força na parede.

–MAS QUE PORR... – eu começo a gritar, mas parei no momento em que o vi sujo de tomate, o cabelo, roupas, a pele. Eu olhei pra ele e para onde estava olhando. Taylor. Ela estava com as mãos na boca e pálida. Ela ia me jogar tomates quando eu passava e aparentemente estava assustada ao ver que ao invés de mim ela acertou o Stefan.

–Fê me desculpa... – ela disse, tentando limpar a jaqueta dele. Fê? Se eu não estivesse tão brava por ela querer me sujar na frente de todo mundo até que riria do apelido ridículo. Stefan estava com uma cara de assassino, que até eu ficaria com medo. Ele tirou as mãos dela da jaqueta dele e me puxou pela mão pra longe dali. Me debato para ir na direção daquela loira nojenta e arrancar os cabelos dela, mas Stefan era trezentas vezes mais forte que eu. E ele me segurava só com uma mão.

–Me solte! Eu vou quebrar a cara dela.

Taylor sai rapidamente do corredor, junto com as suas súditas.

–Stefan... me... solte...

Depois da humilhação de não conseguir nem sair do lugar, desisto e ando junto a ele.

– Por que você não deixou bater a cabeça dela na parede? – ele permaneceu calado e andando. –Hein? Me diz, por que? Aquela vadia tem que saber que não pode fazer o que quiser com as pessoas!

–Dá para você calar a boca? Se você batesse nela ou seria suspensa ou expulsa. Ela é a filha da diretora. – ele fala enraivado. Não é uma má ideia ser expulsa daqui...

Por fim faço silêncio e reúno as minhas forças para agradecê-lo.

–Stefan... Eu não sei o que dizer... Não sei se me desculpo ou te agradeço... – argh. Era tudo o que eu não queria. Agora eu tenho uma divida com ele, e não posso o mandarele pastar, já que ele ‘’salvou a minha vida’’. Ou só meu cabelo recém lavado mesmo.

– Tudo bem. Quer dizer, não ta nada bem, como você pode ver – ele sorriu sem vontade.

–Você está cheirando a ketchup.

–Isso. Quer provar? – respiro aliviada ao ver que ele já voltou ao normal.

Você não pode o tratar mal, sua ingrata. O lado bonzinho do meu cérebro grita comigo.

–Não. Obrigada.

Dou uma bela olhada no seu rosto. Suas sobrancelhas, suas bochechas e sua testa estavam cheias de pedacinhos de tomate, e sua blusa antigamente branca parecia manchada de sangue. Se ele não me arrancasse dali, com certeza iria apertar o pescoço da Taylor até seus olhos se esbugalharem, como em desenhos animados. Bom, pelo menos eu já sei que ela não estava de brincadeira quando falou tudo aquilo.

Nós andamos lado a lado calados até o meu quarto. Stefan atraía olhares, mas ninguém ousou a rir dele. Ou ele tinha muita moral, ou ninguém achou graça. Mas essa segunda opção é pouco viável.

Paramos em frente a porta do meu quarto.

–Então... Até mais. Obrigada de novo. – eu disse, me despedindo e fechando a porta. Ele pôs o pé para empatar que eu a fechasse. Respiro fundo.

–Ei, não termina aqui. Pega um biquíni que eu quero te levar pra um lugar. – ele me disse. Era tudo o que eu mais queria. Tomar um banho de biquíni. Mas... com ele? Por que nada pode ser do jeito que eu quero? Okay, eu admito. Foi legal ele se jogar na minha frente para eu não tomar um banho de tomate, mas isso não quer dizer que eu goste dele.

–Olha Stefan... Eu não sei, agradeço pelo o que você fez mas...

–Ah, qual é. O que há demais em a gente sair? Eu não vou tentar te estuprar não – ele disse rindo.

O lado bonzinho do meu cérebro apitava para que eu fosse. O Lado mal implorava para que eu fechasse a porta na cara dele. O remorso destroça meu coração e assento com a cabeça.

–Tudo bem... Eu vou me arrumar. – digo, completamente sem ânimo. O lado bonzinho do meu cérebro volta a vida, dizendo que eu vou aproveitar o dia de sol. Eu juntamente com o lado mau do meu cérebro mandamos ele ir a merda.

–Posso entrar?

–Não.

–Tá, tudo bem. - ele disse com os braços levantados, em sinal de rendição. - Te espero aqui fora então...- ele disse, revirando os olhos. Mas é cada uma...

Coloquei um biquíni, pus um short e uma blusa, pus protetor solar, um óculos de sol, spray de pimenta, uma toalha e um dinheiro na bolsa. Saí do quarto e o Stefan estava lá. Comendo uns pedaços de tomate que ainda estavam em sua jaqueta. Eca.

–Isso não é muito nojento não? – eu disse, ele riu.

–Ah, eu tenho que tirar algum proveito disso. - rimos juntos. –Você deveria usar mais shorts... – ele disse, olhando para as minhas pernas. Ele nunca teria jeito. – Colocando um queijo e uns pedaços de calabresa eu seria uma pizza deliciosa. - ele falou tentando mudar de assunto. Eu gargalhei. Ele é tão idiota que chega ser engraçado.

Ele estende o braço pra mim, e eu recuso. Primeiro por que ainda tinha tomate nele. Segundo por que eu ainda não estou confiante dessa mudança repentina.

Eu o segui até o auditório e ele abre a porta que ontem nos levava a festa.

O campo que ontem estava completamente cheio de coisas e de pessoas, mais parecia um cemitério sem túmulos. Entramos e fomos em direção a um muro baixinho, que de acordo com Stefan do outro lado havia a trilha que teríamos que pegar para chegar ao nosso destino.

–Não é perigoso sairmos hoje, já que não é fim de semana?

–Nada é perigoso quando se está comigo.

Olho para ele e percebo que ele estava falando sério. Se sua intenção era de me tranquilizar ele não ajudou em nada.

Pulamos um pequeno muro que era mais ou menos da altura do meu ombro. Eu joguei a minha bolsa do outro lado primeiro, e depois Stefan me carregou e me pôs do outro lado. Ele até que tentou pegar na minha bunda enquanto ajudava-me a ir para o outro lado, mas eu lhe disse que iria entupir os olhos dele de spray de pimenta, e aí ele desistiu da idéia de me apalpar. Sorte dele. Logo em seguida pulou.

Assim que piso no na grama alta do lado de fora do internato, me arrependo de vir aqui com ele. Eu estava repugnando o garoto até uns minutos atrás, e agora eu estou indo tomar um banho com ele. Agora não tem mais volta...

–Você ta me levando pra onde hein? – eu disse, desconfiada.

–Você vai ver. – ele me disse, misterioso.

Não estou gostando disso. Entramos numa floresta, cheia de galhos e insetos, tudo o que eu menos gosto. Bati uma ou duas vezes minha cabeça nos galhos das arvores. Stefan quase enfartou de rir. Fui obrigada a segurar em sua mão em alguns trechos, por que o solo desnivelado me fazia tropeçar o tempo inteiro. A floresta era muito densa, e nesses momentos não há orgulho que resista. Quando toquei em sua mão pude ver um sorriso no seu rosto. Revirei os olhos. Eu nunca mais saio com ele. Eu tento ser amiga dele e é nisso o que dá! Ele me leva pra uma floresta idiota, pra ficar sendo picada por insetos.

Até que nós entramos em uma fresta das árvores e chegamos numa clareira iluminada.

Aquilo era uma das coisas mais bonitas que eu já tinha visto.


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Notas finais do capítulo

o q acharam? :3