Mystic Falls escrita por Larissa Armstrong


Capítulo 10
A cachoeira


Notas iniciais do capítulo

eu gosto desse cap, ela e stefan começam a se aproximar :x me digam o que acharam C:



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V

A minha frente tinha uma cachoeira. A mais bonita cachoeira que eu já vi. Eu olhava aquilo de boca aberta, e Stefan olhava com orgulho. Até que percebi que nossas mãos ainda estavam juntas e me soltei rapidamente.

–Isso tudo é tão...

–Lindo? Eu sei... Só eu e a Hayley sabemos disso. Tem muito tempo que ela não vem aqui, esse era nosso lugar preferido... A noite fica mais bonito ainda. Tudo fica iluminado por vaga-lumes e os peixes parecem brilhar na água.

–Uau. Parece um paraíso escondido.

–E é mesmo. Sinta-se honrada de eu estar te mostrando isso.

–Obrigada então.

–Você vai ficar olhando para o meu rosto lindo ou vai pular?

–Isso é fundo? Eu acho melhor você pular primeiro. – eu digo. Em parte por que queria saber se é realmente fundo, e também por que uma vergonha repentina me toma, de tirar a roupa em sua frente.

–Ah, qual é. Eu vou entrar e você me diz se é muito fundo. Se você não sabe nadar eu posso te carregar, sei lá... - ele falou como não quer nada, mas eu entendi a intenção dele. Ele nunca iria mudar.

–Tá, pula logo – eu falei revirando os olhos.

Ele tirou a jaqueta e eu me preparei psicologicamente para não babar por ele. Mesmo com toda aquela roupa eu sabia que Stefan era muito gato, e apostava que ficaria mais bonito ainda sem camisa.

Ao perceber que eu o encarava ele riu.

–Pode olhar que é de graça. Mas se quiser fotografar para matar a saudade depois eu cobro umas coisinhas.

Mostro o dedo do meio para ele e viro o rosto, encarando a grandiosa cachoeira a minha frente.

Com a visão periférica o percebo tirando a camisa e percebo minhas glândulas salivais começarem a me traírem. Que merda está acontecendo comigo? É só um homem sem camisa! Grito para mim mesma.

Logo depois ele tira a calça, e eu respiro fundo. Viro um pouco o rosto para olhá-lo e quase perco o fôlego. Ele estava com uma cueca da Calvin Klein branca, e seu corpo parecia ter sido esculpido por deuses. Depois de analisar um bom tempo o volume em sua Calvin Klein, subi o olhar para sua barriga. E nossa. O que o Stefan tinha de chato ele tinha de abdômen definido. Tentei desviar o olhar, disfarçar, mas não consegui, fiquei olhando diretamente pro ‘’tanquinho’’ dele. E merda. Ele percebeu, e me encarava. Reúno coragem e olho nos olhos dele.

Stefan estava com um sorriso malicioso no rosto e mordia o lábio inferior. Veio até mim andando devagar, como um leão antes de atacar sua presa. Engulo em seco e tento permanecer concentrada, mas minhas pernas bambas não ajudam em nada.

Quando se aproxima de mim, nossos rostos ficam colados, de modo que a ponta dos nossos narizes se toque. Se eu me mexer mais um centímetro, o beijo mesmo não querendo. Ele olha para minha boca durante alguns segundos e meu coração parecia estar sambando. Eu quero, ou não quero que nós nos beijemos? Ele desvia o olhar da minha boca para meus olhos, e mesmo não tendo a visão da sua boca eu sabia que ele sorria. Por fim Stefan desvia a cabeça e faz com que seus lábios toquem no lóbulo da minha orelha esquerda e sussurra com uma voz rouca e convidativa:

–Vai tirar a roupa também? – estremeço ao ouvir sua voz. Ao perceber ele deixa escapar uma risada sacana e me tortura ainda mais. – Quer ajuda? – eu parecia estar paralisada. Meu cérebro parece ter desligado, e tudo o que eu queria era que ele me beijasse. –Se quiser, a gente pode começar por cima... –ele sussurra segurando a ponta da minha blusa e levantando-a. Quando ela chega na altura do umbigo ele para. – Ou por baixo. – ele me puxa pela cintura e desabotoa o meu short. Ele já estava abrindo o zíper quando meu cérebro reacende e me lembro quem eu sou, onde estou e com quem.

Afasto-me desnorteada, e volto a abotoar meu short. Xingo-me mentalmente e tento me fazer lembrar para nunca mais sair a sós com ele.

–O que foi? Logo agora que estava ficando bom? – ele ri.

–Não tem graça nenhuma. – eu digo. E dessa vez digo séria. Para ele ver que eu não gostei de nada aquilo. Talvez, mentindo para ele, eu consiga me convencer de que nada daquilo foi bom. Eu tento disfarçar, olhando pras minhas unhas. – Você acha que eu nunca vi um cara sem camisa?

–O.K. vamos fingir que você não ficou balançada e fingir também que você não quis me jogar no chão e me beijar até nossos lábios ficarem dormentes, tudo bem?

–Tudo be... espera, não!

Ele explode em risadas e tenho vontade de pegar uma pedra e enfiar bem no meio da sua testa.

–Você vai pular ou não, idiota? – perguntei impaciente.

–Como quiser senhorita chata. – ele fez referência com a mão e em seguida pulou, num estilo ‘’bola de canhão’’, só para me molhar inteirinha.

No momento em que ficou em pé na água, percebo que ela batia em seu peito, e vejo que não há como eu me afogar.

–Entra loirinha, a água ta ótima! - ele disse, jogando água em minhas pernas. Deu vontade de jogar minha sandália na cara dele, mas eu desisti. Tirei a blusa, e meu short, e tentei não olhar para a cara do Stefan, mas não deu. Ele estava com uma cara de virgem catarrento, daqueles que nunca viu uma garota de biquíni antes.
Ele me seguia com os olhos, assobiou um fiu fiu enquanto eu entrava na água. Eu me jogo de costas e em seguida respiro pela boca tirando todo o ar do meu pulmão e afundando. Após alguns segundos dou impulso e volto para a superfície. A água estava morna, e o calor havia cessado drasticamente. Mergulho mais uma vez e quando subo dou de cara com o Stefan. Ele estava com uma cara de malícia, olhando pro meus seios.

–Você quer parar? – eu disse, revirando os olhos e nado para longe dele.

–Com o que?

–De me olhar desse jeito. Isso me deixa muito irritada, sabia? Eu te dou uma chance pra se desculpar e você fica com toda essa idiotice! Você me olha como se quisesse... sei lá, me devorar!

Ele riu.

–Te devorar é a palavra certa - ele me disse, gargalhando, como se fosse uma piada interna, que só ele entendia.

Eu explodo rosnando alto e dando um chute em sua caixa torácica. Nado rápido para sair da porcaria da lagoa.

–Ei! Espera aí, não vai embora. Me desculpa – ele falava na lagoa enquanto eu me enxugava -Desculpa. - Ele disse, falando no meu ouvido. A voz dele era sedutora... e ei! Espera aí. Como ele chegou tão rápido aqui? Mas eu não quero saber. Eu não queria puxar conversa com ele. Apenas ir embora. Fui colocando meu short e enxugando meu cabelo.

–É sério. Me desculpa. Eu ainda não me acostumei com esse seu jeito.

–Que jeito Stefan? – eu falei, olhando-o nos olhos. – O jeito certo? O jeito de não ser uma vadia que dá para você assim que te conhece? – eu não gostava de usar o verbo ‘’dar’’ para o ato de fazer sexo, mas ele não iria perceber que eu estava realmente irritada se dissesse ‘’o jeito de não ser uma garota que não se respeita e faz amor com você assim que conhece-te?’’.

–Esse seu jeito. Todas as garotas caem por mim, e eu posso falar qualquer coisa pra elas, elas não ligam e tal. Mas com você é diferente. Eu tenho que ter cuidado com o que eu digo, com o que eu falo.... eu tenho que pisar em ovos com você, por que qualquer coisinha você explode e... – ele suspira.- Desculpa, loira. Se quiser, eu te trato como amiga daqui para frente. Eu acho que estou... desistindo. – ele disse cabisbaixo.

Como eu vou saber que ele só está mentindo de novo? Se não é apenas mais uma de suas táticas para atrair alguém?

–Tá, agora me leve de volta à escola. – eu disse friamente. Ele abaixou a cabeça derrotado.

–Vai me prometer que vai considerar a idéia de me desculpar?

–Prometo, mas não te garanto nada.

Nós pegamos nossas roupas e fomos pra escola. No caminho fomos em silêncio. Mil coisas passavam por minha cabeça agora e uma delas é como se vingar de Taylor.

Chegamos ao muro e ele me carrega para eu pular de novo e voltamos para o colégio.

Assim que chegamos ao corredor principal, a claustrofobia me invade novamente. A escola inteira estava um alvoroço. Stefan segurou a minha mão e eu não recusei. Ele não parecia ter a intenção de dar em cima de mim, então seguro sua mão enquanto ele vai me guiando até Hayley que acenava loucamente. Aquilo tava uma loucura! Ao chegarmos perto dela pergunto:

–Que é que ta rolando? – eu disse, confusa, olhando o tanto de pessoas no corredor

–Sou eu que digo o que é que está rolando não? – ela olhava para a minha mão com a mão do Stefan. Nós dois nos soltamos.

–HAHA. Que engraçado. Diz que é que ta acontecendo logo Hayley!

–É o baile de primavera! Todo mundo ta aqui pra se inscrever, é o melhor baile do ano! Eu amo demais! Eu vou poder fazer um vestido perfeito pra você! Eu aposto que você será a rainha do baile! Vai ser demais! – Hayley diz, e depois dá gritinhos histéricos e me abraça. Stefan revirou os olhos.

–Esse baile é um saco.

–Não é nada! Você diz isso por que nunca arranja uma parceira de baile decente. Sempre essas vadias com que você sai. Mas eu acho que esse ano você vai adorar ir pro baile... – ela disse, olhando pra mim.

–Sem chance! Eu não iria com ele e esse lance de vestido, cabelo, maquiagem e baile não é para mim. - eu disse, rindo.

–Não é mesmo. – Taylor disse, se pondo na minha frente rindo com suas hienas que ela chama de amigas. – afinal, todo mundo sabe que no baile não são permitidos animais. – ela riu.

–Então você não vai não é? Piranha.

–Nossa, a vaquinha aqui está achando que é gente. – ela ri.

–Estamos falando de você, não é? – rio de volta. – Sabe Taylor, eu acho ótimo que você veio até a mim. Eu queria mesmo falar com você. -Eu sorri. Stefan e Hayley estavam apreensivos. – Eu quero dizer que o que você fez com os tomates foi muito baixo. E também quero dizer que se prepare. Não foi por que os tomates não me atingiram eu vou deixar isso pra lá. Você não sabe quem eu sou. – eu disse, intimidando-a, chegando pra frente cada vez mais, enquanto ela chegava pra trás, tentando não fazer transparecer o medo. – E, aliás, me deu vontade de ir ao baile agora. Só pra você ver o quanto eu sou melhor que você. Veremos quem será a rainha Taylor... Vamos ver se você é tudo isso o que diz ser. – eu disse, sorrindo.

–Você acha mesmo que vai vencer de mim? – ela riu. - Boa sorte pra você, novata. – e saiu com as hienas dela.

–Cara... Você não sabe o que você fez agora. A Taylor ganha tudo! Ela ganhou como rainha por cinco anos consecutivos! – Hayley disse pasma. Revirei os olhos.

–Eu não tenho medo dela Hayley. E eu já estou planejando algo para nós fazermos contra ela. – eu ri, maleficamente.

–Eu acho um máximo briga entre mulheres. Ainda mais quando a briga é por mim. – Stefan disse rindo. Olhei sério pra ele. Ele levantou as mãos como se estivesse falando ‘’tá, desculpa!’’.

–Ta bom... Depois você me diz o que tramou. Vocês dois estavam onde? – Hayley perguntou, desconfiada.

–Eu resolvi levar ela pro lago. Lembra daquele lago? – ele pergunta animado.

Hayley parecia assustada.

–Lá é lindo. Vamos lá depois Hayley!

–Hm, na-não vai dar... - ela disse, nervosa

Stefan estava apreensivo. Olhei pro dois sem entender nada.

–Mas como assim não va...

–A Hayley tem alergia a água do lago! É isso! Eu tinha me esquecido não é Hayley? – ele disse, rindo nervosamente.

–É... – ela riu nervosa também.

–Mas você não disse que vocês dois iam sempre tomar banho lá?

–Isso foi antes de eu descobrir a alergia.

–É, é isso aí!

–Tá bem... - Eu disse, sem entender porra nenhuma. Eu preciso saber o que ela e ele esconde.

–Mas enfim, por que voltaram agora?- Hayley perguntou

–O Stefan é um idiota. – eu indago.

–Hey! – ele protesta de olhos semicerrados.

–Vocês dois se amam. – Hayley disse rindo. Nesse momento eu e Stefan ficamos em silêncio.

–Stefan você não tem um lugar pra ir não? – eu perguntei.

–Nã... – ele ia dizer, mas depois viu a minha cara, mandando ele ir embora. – ah, tenho sim, até mais. – ele deu um beijo na testa da Hayley e puxou a minha mão pra beijá-la. Depois sai e some em meio a multidão.

E eu contei tudo a Hayley. Sobre o que o Stefan fez, sobre o que ele disse.

–Você acha que eu tenho que dar uma segunda chance?

–Eu o conheço. Ele realmente parece gostar de você. Ele pode te perturbar às vezes, mas ele adora irritar quem ama. Se fosse outra garota, ele teria desistido. Afinal nunca teve paciência com mulheres. Quando elas dizem ‘’não’’, ele não insiste, por que sabe que elas estão fazendo charminho, o que ele odeia. Mas quando você diz “não”, é por que é “não”, e eu acho que ele gosta disso. E pra ele te levar no lago... Você realmente especial para ele.

Respirei fundo, ainda confusa.

–Ah, qual é. Dá uma chance dele pelo menos ser seu amigo. Você vai ver como ele é divertido. – ela disse, sorrindo.

–Tá, ok! – eu disse, e a Hayley comemorava dramaticamente.

–Que tal vermos uns modelos de vestido pro baile? – ela disse, empolgada.

–Eu não tenho escolha não é...? – eu disse, desanimada enquanto ia sendo puxada pela Hayley até nosso quarto.


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